Razão e sensibilidade- Jane A...

By leh_almeida5

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Originalmente publicado em 1811 sob o singelo pseudônimo 'A Lady', Razão e Sensibilidade começou a ser escrit... More

Prólogo
Volume I /Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo sem título 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Volume II/Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Volume III /Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14

Capítulo 14

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By leh_almeida5


A súbita interrupção da visita do coronel Brandon a Barton Park mais o esforço feito por ele para esconder o motivo de tão intempestiva partida tomaram conta da cabeça da sra. Jennings e ativaram a imaginação dela durante dois ou três dias. Essa senhora tinha mente poderosamente criativa, como só podem ter as pessoas que apresentam interesse muito vivo pelas idas e vindas de todos os seus conhecidos. Constantemente, a breves intervalos, ela imaginava por que o coronel havia ido embora daquela maneira. Era evidente que recebera más notícias e a sra. Jennings pensava com tal determinação em todo tipo de aflição que poderia tê-lo atingido que seria difícil algo escapar-lhe. - Deve ter acontecido alguma coisa triste demais, tenho certeza - comentou ela. - Pude perceber isso no rosto dele. Pobre homem! Tenho medo de que esteja em uma situação muito ruim. A propriedade Delaford jamais rendeu mais do que duas mil libras por ano e seu irmão deixou a situação muito atrapalhada, da maneira mais terrível. Acredito que ele tenha sido chamado para resolver problemas de dinheiro, o que mais poderia ter sido? Fico pensando no que poderá ser. Daria qualquer coisa para saber a verdade! Talvez se trate da srta. Williams... Aliás, quase me arrisco a dizer que é isso mesmo, porque ele ficou muito perturbado quando falei nela. Pode ser que a jovem tenha adoecido lá na capital; coisa que não é impossível, pois fiquei sabendo que vive adoentada! Sou até capaz de apostar que se trata da srta. Williams. Com certeza, é isto, sim, porque cuidadoso como ele é, já deve ter resolvido a questão da propriedade há muito tempo. Imagino o que pode ser! Quem sabe a saúde da irmã dele, que mora em Avignon, piorou e mandaram chamá-lo. A pressa com que ele se retirou indica que deve tratar-se de algo parecido... Bem, desejo de todo coração que o coronel se saia bem desse problema e que encontre uma boa esposa. Imaginando e falando sem parar, a Sra. Jennings expunha sua opinião a cada nova possibilidade e tudo que dizia parecia bem razoável. Elinor, se bem que estivesse interessada no bem-estar do coronel Brandon, não demonstrava pela retirada brusca dele toda a curiosidade que a sra. Jennings gostaria que sentisse; apesar das circunstâncias meio misteriosas, ela achava que não havia justificativa para tanto espanto e tanta especulação. Achava-se preocupada por outra coisa e essa preocupação aumentara com o silêncio extraordinário de sua irmã e do sr. Willoughby sobre o que vinha acontecendo entre eles dois, apesar de estar mais do que evidente que seu relacionamento já havia despertado um interesse

peculiar em todos. Como o silêncio persistisse, a cada dia Elinor o achava mais estranho e mais incompatível com a disposição de ambos os jovens. Não conseguia imaginar o motivo pelo qual eles não falavam abertamente com sua mãe e com ela própria sobre o que o comportamento que tinham um com o outro tornava claro. Podia compreender com a maior facilidade que casamento não estaria nos planos imediatos deles, pois, apesar de saber que Willoughby era independente, não havia motivo para acreditar que fosse rico. Sir John calculara o valor da renda dele em cerca de seiscentas ou setecentas libras por ano, porém o jovem cavalheiro levava um nível de vida que essa quantia não poderia sustentar e era comum que se queixasse de sua situação. No entanto, Elinor não conseguia compreender a estranha espécie de segredo que os dois mantinham a respeito de seu possível noivado, que parecia iminente para todos. Era um comportamento tão contraditório ao modo como elas costumavam agir e às suas opiniões em geral, que tornava Elinor insegura e a impedia de fazer qualquer pergunta a Marianne. As atitudes de Willoughby pareciam-lhe uma prova indiscutível de apego. Ele tinha para com Marianne todas as ternas atitudes que um coração amoroso dedica ao objeto de seu amor e demonstrava para com o restante da família as atenções afetuosas de filho e irmão. Dava a nítida impressão de considerar e amar o chalé como se fosse seu lar; passava a maior parte do tempo lá, em vez de ficar em Allenham. Se por acaso um encontro geral não os reunisse em Barton Park, a cavalgada que ele dava todas as manhãs sempre ia terminar no chalé, onde o jovem cavalheiro passava o resto do dia ao lado de Marianne, com seu pointer preferido aos pés dela. Em uma determinada noite, uma semana depois do coronel Brandon ter ido para a capital, o coração dele parecia mais aberto do que nunca ao amor pelos objetos que o rodeavam. Quando a sra. Dashwood mencionou seus planos de reformar o chalé na primavera, Willoughby se opôs apaixonadamente a qualquer alteração a ser feita naquela casa que sua afeição considerava perfeita. - O quê? - reagiu ele. - Reformar este chalé? Não. Eu jamais consentiria isso. Nem uma pedra sequer deve ser adicionada a estas paredes, nem um centímetro sequer deve ser acrescentado ao seu tamanho, caso alguém se importe com os meus sentimentos. - Não se alarme - acalmou-o a srta. Dashwood. - Nada disso vai ser feito, pois minha mãe jamais terá dinheiro suficiente para uma reforma. - Fico muito feliz, então! - exclamou ele. - Que a sra. Dashwood seja sempre pobre, se não souber empregar melhor sua riqueza! - Muito obrigada, sr. Willoughby! Pode ficar tranqüilo que não serei capaz de sacrificar um lugar tão importante para o senhor ou para alguém que eu amo, nem mesmo pelas mais lindas reformas do mundo. De fato, a reforma depende do dinheiro que sobrar das nossas despesas, coisa que só descobrirei quando fizer minhas contas, na primavera; mas prefiro deixar esse dinheiro sem uso a utilizá-lo em algo doloroso para o senhor. É mesmo assim tão apegado a esta casa que não vê nenhum defeito nela? - Sou - respondeu ele. - Para mim, é um chalé perfeito. Mais do que isso, considero-o o único tipo de construção capaz de tornar uma pessoa feliz e, se eu fosse rico o bastante, demoliria a

mansão de Combe e construiria em seu lugar uma casa igual a esta. - Com escada estreita e escura, cozinha que fica cheia de fumaça... - duvidou Elinor. - Isso mesmo - garantiu ele, no mesmo tom decidido -, do jeito exato que ela é. Não mudaria nada, fosse na conveniência ou na inconveniência. Então, e só então, eu seria feliz em Combe, do mesmo modo que tenho sido feliz em Barton. - Tenho certeza - replicou Elinor - de que mesmo diante da desvantagem de salas melhores e escada mais larga, no futuro o senhor irá considerar sua casa tão perfeita quanto considera esta agora. - É claro que há circunstâncias - considerou Willoughby - que podem ser mais importantes para mim, porém esta casa sempre merecerá meu afeto de um jeito que nenhuma outra irá merecer. Emocionada, a sra. Dashwood olhou para Marianne, que fitava Willoughby de um modo expressivo, demonstrando que o compreendia perfeitamente. - Quantas vezes desejei - prosseguiu ele -, quando vim para Allenham no ano passado, que o chalé Barton tivesse moradores! Jamais passei por aqui sem admirar sua localização e sem ficar triste por não haver moradores nele. Quantas vezes pensei que a melhor notícia que poderia ouvir da sra. Smith, no minuto seguinte que chegasse aqui, seria a de que o chalé Barton estava, afinal, ocupado. E quando aconteceu, senti uma profunda alegria e grande interesse pelo acontecimento, como se estivesse tendo uma espécie de premonição de que isso me traria felicidade. E foi assim, não é, Marianne? - Ao falar com a jovem, a voz dele suavizou-se, em seguida voltou ao tom normal quando continuou: - E é esta a casa que pretende destruir, sra. Dashwood? Quer roubarlhe a simplicidade com modificações imaginárias! Esta sala querida, onde as vi pela primeira vez e onde desde então passamos tantas horas felizes juntos, iria ser degradada transformando-se em um hall de entrada comum, em uma passagem percorrida apressadamente por todos em busca da sala maior, quando na verdade oferece mais conforto e mais abrigo do que pode oferecer qualquer aposento de grandes dimensões deste mundo. A sra. Dashwood garantiu-lhe que não faria nem sequer a menor alteração no chalé. - A senhora é uma excelente pessoa - declarou ele, com intenso ardor. - Sua promessa me deixa tranqüilo. Torne-a um pouco mais extensa e me fará feliz. Diga-me que não apenas a sua casa continuará a mesma, como também que irei encontrálas aqui a vida inteira, como sempre encontrei, e que a senhora sempre irá me considerar com a mesma bondade que me faz adorar toda e qualquer coisa que diga respeito à senhora. A promessa foi feita imediatamente e as atitudes de Willoughby naquela noite foram uma verdadeira declaração de sua afeição e felicidade. - Nós o veremos amanhã, ao jantar? - perguntou a Sra. Dashwood quando ele se despedia para ir embora. - Não o convido para vir de manhã, pois iremos para Barton Park, atendendo a um convite de lady Middleton. Ele prometeu que ali estaria às quatro horas da tarde. 


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