Abro os olhos e me vejo deitada numa cama hospitalar, mais uma vez. Em cada lado da minha cama vejo minha avó e o Adam eles estão de olhos fechados, pareciam dormir e seguravam com firmeza as minhas mãos.
Meu corpo está pesado e não consigo me mexer. Mas meu corpo começa a se mexer sozinho. Como?
Estou no comando lindinha – meu outro eu fala e eu entro em pânico.
Não pode ser. Não ela.
– Claro que pode. E claro que sou eu... Quem mais seria? E agora em relação a esses dois? Que tal se eu quebrar o pescoço deles? Vai ser uma morte bem tranquila... Dormindo, acho que eles não poderiam esperar por coisa melhor...
– NÃO! – grito em minha mente desesperada.
– Nossa Megan, relaxa, eu sou você, esqueceu? Não posso fazer mal a sua avó e o Adam... Pelo menos um mal definitivo. Mas eu estou trabalhando nisso, quem sabe eu não volte depois para resolver isso de uma vez por todas?
– Deixe os dois em paz! Me deixe em paz! Porque você não volta para o canto escuro da minha mente de onde você saiu e fica por lá para sempre?
– Eu vim aqui porque você me chamou Megan. Eu só tenho força porque você me dá. Você insiste em esquecer disso. Quer dizer, você não esquece, resolve ignorar para melhor passar... Que feio Megan...
– Pare de falar! Isso não é verdade! Você só está querendo me confundir com as suas palavras! Eu sei muito bem o que eu sou e sei que não tenho nada de você...
– Tem certeza disso?
Calei. Por mais que eu quisesse muito que fosse verdade o que eu acabei de dizer. No fundo, nu fundo, ela sabia, que eu não tinha certeza sobre os meus sentimentos. Não poderia afirmar com todas as palavras que eu era uma pessoa boa, se eu não sabia que poderia ser assim para sempre.
– Como eu pensei – ela fala e levanta da cama. Com muito cuidado para não acordar a minha avó e nem o Adam.
– Para onde você, quer dizer, nós, estamos indo?
– Você vai adorar lá Megan, é super ensolarado e cheio de gente, do jeitinho que você gosta. E vamos encontrar velhos conhecidos, acho que você vai lembrar dele...
Impressionante como ela conseguia ver os meus pensamentos e sentimentos de forma tão clara, mas quando era o papel inverso eu não conseguia saber o que ela ia fazer, eu só sabia quando ela me informava.
Passei por algumas pessoas e falei normalmente com elas. Quer dizer, a outra Meg que falou, mas ninguém desconfiou de nada ou tentou me parar.
– Impressionante como o seu rosto me leva longe bonitinha... Minha sorte é que eu tenho um igualzinho. Você já me impediu de sair uma vez, mas te garanto que você não vai ter a mesma sorte da próxima vez...
– Calada!
– Nossa Megan, não precisa ficar esquentadinha assim. Ou quer saber, fica, que é até melhor.... Acho que você fica bem mais autêntica assim...
– Para onde estamos indo?
Vejo que saímos do hospital disfarçado e estávamos caminhando livremente pela cidade. Não sei o que ela pretende com isso, mas eu estou com um péssimo pressentimento.
– Você vai ver...
Fomos andando cada vez mais rápido para os limites da cidade. A cada passo que dávamos para mais longe, menos pessoas encontrávamos. Até que caminhamos uns bons minutos sozinha pelos campos de lava na periferia da cidade.
Capturava tudo o que os nossos olhos me permitiam até que finalmente paramos. Não entendi ao certo o motivo de estar ali em frente daquela poça de lava específica. Mas foi quando pulamos dentro dela, que eu entendi.
Aquilo não era uma poça normal, aquilo era apenas um disfarce. Caímos dentro de uma ampla sala redonda incrivelmente iluminada, e com algumas câmeras de segurança. E claro, pessoas que olhavam para essas imagens de segurança. E os dois rapazes que estavam ali sentados, quase enfartaram de susto ao nos ver ali.
– Quem é você? – um dos rapazes perguntou, empunhando uma lança de fogo. O outro fica de pé e também assume uma posição de luta.
– Ora rapazes, isso não é necessário... – com um movimento de mão, o fogo da lança se extingue, deixando o rapaz assustado.
– O que quer aqui.
– Só preciso dar uma olhadinha nessas câmeras rapazes, é jogo rápido, logo vocês nem vão mais lembrar que eu estive aqui...
Um bloco de terra sobe e atinge os dois mesmo no queixo. Eles caem no chão, de costas, desacordados. Então nos aproximamos deles e com horror eu observo ela cortar a garganta dessas duas pessoas. Duas pessoas inocentes. Uma poça de sangue começa a crescer no chão.
– Como você pôde fazer isso? Eles não fizeram nada para você... – falo furiosa. Ela estava usando o meu corpo para fazer essas coisas horrendas!
– Ué, mas eu disse que eles não iam lembrar de mim, quer dizer de nós... E não se pode lembrar de alguma coisa quando se está morto, não é?
– Você é uma psicopata!
– Claro que não lindinha... Se eu sou, você também é... E eu sei que você acha que não é uma psicopata, certo?
– Volte para onde você saiu e me deixe em paz! Vá procurar outra coisa pra fazer! Uma coisa que não envolva matar pessoas inocentes!
– Ah, não fica tão sentida assim Megan... Você acha mesmo que nenhuma ação que você tomou na vida que você julga ser tão perfeitinha levou uma pessoa inocente a morte? Pense novamente.
Não falo ou penso nada.
– Assim está bem melhor... Nãosei como é que as outras pessoas que covivem ao seu redor nunca te deram esse choque de realidade, é ridículo você pensar assim... – ela fala cheia de razão.
– Só porque algum inocente morreu por minha causa, não quer dizer que eu seja uma psicopata!
– Só porque você tem um motivo de fazer as coisas que faz, isso que dizer que está tudo bem? Motivação, certa ou errada não adianta Megan, o que importa são os fatos.
– Você está querendo me confundir! EU NÃO SOU VOCÊ!
– Vou fingir que acredito. Mas você sabe que eu não acredito. Nem você acredita... Mas eu tenho que te dizer uma coisa Megan. Esse seu treino que você fez naquele lugar maluco deu muito certo. Vejo que é bem mais fácil controlar todos os domínios agora.
– Certo, certo... – um barulho atrás de nós nos chama a atenção. Quase que eu tenho um ataque quando eu vejo que a pessoa que entrou ali era o Tobias.
– Olá Megan... – ele fala todo sorrisos. Mas como assim? Nós não nos batíamos, disso eu tenho certeza.
– Tobias, que bom ver você por aqui... – ela fala e eu só quero gritar.
– Vejo que você chegou primeiro e já fez a limpeza por mim...
– Claro. Foi fácil... E agora, que tal olharmos como está o movimento na província do Fogo? – minhas mãos apontam para os milhares de monitores que vigiam toda a cidade.
– Claro. Depois de você – ele me indica o caminho como o cavalheiro que eu sei que ele não é.
– Tenho que confessar uma coisa para você Megan, eu demorei a acreditar que você tinha mudado, mas quando eu percebi que não era bem assim, que não era você que estava no controle sempre, confesso que fiquei bem animado.
– Não estou por aqui sempre. Sempre tento o meu melhor para permanecer no controle, mas está cada vez mais difícil... – ela admite e eu fico desesperada. Eu tenho um complô com o Tobias? Logo com ele?
– Sei disso, mas adoro as nossas conversas casuais.
– Vou te mostrar todas as entradas que estão camufladas. Claro que se você não souber onde é, irá passar direto, mas com a minha informação você vai poder entrar e destruir quem você quiser lá dentro...
– Maravilha... Era somente isso que eu gostaria de saber mesmo.
– Vai ser super fácil de conduzir com o nosso plano, já que a maioria da população e guardas vão estar preocupados com o casamento da sua filha...
– Claro. E vai ser tão mais fácil, já que eu não vou ter que me esconder de ninguém para entrar e sair daqui... Depois do casamento eles ficarão surpresos...
– Sim...
– Agora vamos mostrar onde estão as entradas...
NÃO! – grito dentro da minha mente e finalmente desperto daquele pesadelo maldito. Que eu não sabia que era um pesadelo e assustou até o canto mais escondido da minha alma. Meu coração estava acelerado e minha cabeça pesava no travesseiro.
Tinha sido só um sonho. Estava tudo bem. Ela ainda estava na minha mente e eu não ia deixar ela sair de modo algum. Tateio a cabeceira para encontrar uma garrafa de água que eu tinha deixado ali. Abro e tomo um gole enorme.
Tento acalmar a minha respiração e repito baixinho várias vezes. Foi só um sonho, foi só um sonho, foi só um sonho...
– Isso não foi somente um sonho – uma voz fala de dentro do quarto e eu dou um pulo de susto. Eu conhecia aquela voz...
– Quem está aí?
– Sou eu Megan – Fred sai da penumbra do quarto e o quarto ilumina com a sua presença ali. Mas o que ele está fazendo aqui?
– Fred? O que você faz aqui?
– Sinceramente? Vim me despedir de você Megan.
– Despedir? Mas porque? Você vai para algum lugar?
– Sim. Eu vou finalmente cumprir o meu destino como senhor do destino Megan.
– E para isso você precisa se despedir? – sento na cama, cobrindo melhor as minhas pernas e olhando para ele de forma confusa.
– Na realidade eu não sei Megan. Sei que eu não vou mais poder te ajudar, a não ser que esteja escrito na linha do destino. Ainda vou me lembrar de você e tudo, mas meu livre arbítrio vai ser afetado.
– Isso é horrível Fred.
– Nem tanto. Eu fui criado com essa filosofia. Eu sabia o que ia acontecer e foi por isso que eu me preparei o melhor que pude...
– Mas Fred, qual é o real motivo da sua visita aqui?
– Vim te avisar Megan. Esse sonho foi um aviso. Tudo o que aconteceu no seu sonho pode facilmente acontecer com você se fizer a escolha errada...
– Isso é um problema Fred, porque muitas vezes o certo e o errado ficam parecidos para mim. Nunca sei ao certo o que fazer.
– Não posso falar muito mais do que isso Megan. Somente torcer para que você tome a atitude correta. Sei que nós vamos nos ver novamente muito em breve. Não deveria dizer isso, mas eu torço por você Megan...
– Obrigada por acreditar m mim Fred. Vou tentar o meu melhor para não decepcionar você e nem os que me cercam.
– Lembre-se dessas palavras Megan. Se agarre nelas quand... Se tudo parecer estar perdido. Essas palavras e pensamentos podem vir a te salvar...
– Vou tentar me lembrar delas Fred.
– Fique bem senhorita White. Foi um prazer conhecer você antes de tudo isso. Boa sorte na sua jornada.
– Obrigada Fred. Fiquei feliz por conhecer você também.
E com uma nuvem de fumaça ele foi embora e eu me vi novamente sozinha ali no quarto.
Você não está sozinha Megan. Não está nem nunca esteve. Você tem a mim e todas as pessoas que amam você e querem lhe ver bem – a voz reconfortante do meu esquilinho me acalma.
Não está sozinha mesmo Meg. Esqueceu que também estou aqui? Eu amei o sonho. Achei muito divertido. E um aviso Megan. Eu não consegui uma primeira vez, mas guarde as minhas palavras. EU VOU SAIR DAQUI – a sua voz não era nada reconfortante e eu temi que as palavras virassem verdade. Eu tive sorte da primeira vez. Se eu não tivesse tanta assim na próxima? O que ia ser de mim?
Faziam quatro dias que o Fred tinha aparecido e se despedido de mim.
– Meg? – a voz do Adam falado outro lado da porta.
– Oi Dam, pode entrar.
Ele abre a porta do meu quarto e eu sou imediatamente sugada pela quanto o meu namorado estava incrível. Eu estava acostumada a vê-lo com as suas camisetas básicas e jeans surrados que ele deveria ter dito alguma coisa antes de entrar ali vestido impecável com o seu smoking.
Claro que eu já o tinha visto de smoking, mas aquele estava especialmente bonito nele. Sua barba feita e o perfume que eu tanto amava. Seus sapatos brilhantes e bonitos. O mais próximo da perfeição que um cara poderia alcançar.
– Desculpa, mas acho que eu não recebi o memorando de se vestir como um príncipe...
– Deixa de coisa Meg, eu vim aqui pra te chamar para sair comigo.
– Nós tínhamos combinado alguma coisa? – pergunto já me sentindo culpada por provavelmente ter esquecido de um compromisso nosso.
– Não, não tínhamos combinado nada Meg, fica tranquila. Você está livre agora? – ele pergunta sorrindo e me mostrando suas covinhas.
– Deixa eu ver a minha agenda... – falo brincando. – Claro que eu estou livre. Tenho um tempinho livre sim. Não estou fazendo nada...
– Maravilha. Porque eu trouxe isso – ele me entrega uma caixa preta fechada. – Pode se trocar com calma. Te espero aqui do lado de fora.
– Pode ficar aqui, eu me troco no banheiro, sem problemas.
– Você que sabe. Só espero caiba em você...
– Vou dar um jeitinho – pisco um olho e segurando a caixa, eu vou para o pequeno banheiro que eu dispunha. Dentro da caixa, um vestido lindo. Preto e com um decote nas costas que eu nunca me imaginaria usando. Uma sandália alta dourada e uma bolsinha com diversas maquiagens.
Não pude deixar de rir com o conteúdo da caixa. Adam tinha separado isso?
Aproveito que estou no banheiro e tomo um banho rápido, me trocando. O vestido ficou lindo. Um pouco mais frouxo do que eu usaria no meu busto, mas nada demais, o resto ficou perfeito. O decote me assustou um pouco no começo, mas agora eu percebi que ele dava um ar diferente ao vestido. A sandália era o meu número. Calcei e fui ver exatamente as maquiagens que eu tinha a minha disposição.
As cores eram um pouco mais escuras do que o meu tom de pele, então resolvi usar somente um batom e sombra. Não estava nem perto da maquiagem que a minha mãe faz, mas era o que eu tinha para hoje, então... Senti muita saudade dela. Mal posso esperar para que as coisas se resolvam aqui para que eu possa vê-la. Ela e o meu pai.
Saio do banheiro e o vejo que o Adam está sentado na minha cama, olhando alguma coisa que deveria ser muito interessante no chão, ao escutar o trinco da porta ele ergue o olhar e seu queixo cai.
– Nossa Meg, você está mais do que linda, você está, você está...
– Gostou? – dou uma voltinha e quando virei ele já estava a dez centímetros de mim, com suas mãos em minha cintura, me segurando firme.
– Você é sempre a coisa mais linda que eu vejo todo dia – e me dá um selinho. – Vamos?
– Vamos.
Ele sorri e cobre meus olhos com suas grandes mãos. Logo meus pés não fazem mais contato com o chão e eu perco completamente a noção de onde estávamos indo.
– Vai ser uma supresa...
– Pra onde estamos indo Adam? – pergunto tentando espionar por entres as suas mãos.
– Já disse que é uma surpresa amor – ele fala perto do meu ouvido e consigo sentir o seu sorriso. Continuávamos a flutuar e ele segurava meu corpo bem perto do dele. Não pude reclamar disso.
Até que eu senti meus pés no chão e as mãos dele saem dos meus olhos. Minha boca abre e fecha milhares de vezes tentando falar qualquer coisa. Mas eu estava completamente sem palavras...
Num salão circular e todo decorado. Luzes desciam e piscavam sobre as nossas cabeças como um céu estrelado e bonito. Uma caixa de som mais afastada e uma mesa com duas cadeiras. Uma rosa azul no meio da mesa fizeram eu morder o lábio para não chorar.
– Gostou?
– Amei Adam. Você é perfeito. Sempre.
– É, eu estou tentando compensar todos os encontros e coisas de namorados normais, mas fica difícil com tudo o que sempre acontece ao nosso redor.
– Você não precisa compensar com nada Adam – me viro para encarar meus tão amados olhos escuros. – Você consegue sempre ser o cara certo em todos os momentos...
– Não acho isso.
– Mas eu estou falando. E você trate de aceitar o que a sua namorada fala e também quero saber se aquela caixa de som toca alguma música.
– Claro que toca – ele corre até ela e depois de ligar, um som de violino suave começa a tocar. Sorrio como a mulher mais feliz do mundo que sou.
Ele toma a minha mão e sua mão apoia na base nua da minha coluna. Um arrepio bom sobe por mim e eu encosto a minha cabeça no peito dele. Então sem muito esforço ele começa a nos conduzir pelo salão. O que é uma tarefa fácil para ele, já que pode flutuar.
– Essa música é linda. Uma das minhas favoritas... – os acordes mesmo sem nenhuma voz ainda são indiscutíveis.
– Eu sei disso. Por isso gravei.
– Como? – retiro a cabeça do peito dele para poder encará-lo. – Você que gravou essas músicas?
– Foi... Tente entender que as opções de música aqui em Nihal são um pouco delimitadas... E eu sei do que você gosta... Então resolvi gravar para você. Pensei que você já tinha percebido pelos errinhos.
– Que errinhos Adam? Está perfeito. Você é perfeito – passo rapidamente meus braços pelo seu pescoço não aguentando os poucos de milésimos de segundo que demoraram para as nossas bocas se encontrarem.
Nem me preocupei em bagunçar o seu cabelo perfeitamente penteado enquanto enganchava meus dedos por ele. Ele também não teve a mesma preocupação. Me entreguei aquele beijo. Não havia outra pessoa no mundo que me fazia sentir assim... Tão feliz, tão amada, tão eu...
Um pequeno, mas indiscutível barulho de explosão acontece a perto de nós. Interrompemos o beijo. O barulho foi abafado, então não sei se foi do lado de dentro ou de fora do salão. Vamos lá destino, me dá um tempo...
– O que foi isso? – pergunto olhando para todos os lados assustada com o barulho.
Adam pergunta me puxando para mais perto dele. Ele olha em seu relógio e une as sobrancelhas. E solta um suspiro triste. – Quando é que vamos ter mais do que um diz de sossego?
– Ah. Essa era uma resposta que eu também gostaria de ter Adam.
– Você quer ignorar o barulho e continuar a dançar?
– Quando foi que nós ignoramos uma coisa assim e ela não voltou para dar na nossa cara Dam?
– Você tem razão Meg. Vamos ver o que foi esse barulho – ele enlaça nossos dedos e vai na frente. E antes de chegarmos a porta do salão de festas, esta é escancarada e um corpo passa voando por ela.
Paramos de imediato e ao ver que o corpo que passou voando pela porta e aterrissou a poucos metros de nós era nada menos que o Oliver.
– Oliver? – pergunto espantada.
– Megan? Adam? O que vocês fazem aqui? – ele fala com dificuldade e tosse um pouco de sangue no chão.
– Podemos te perguntar a mesma coisa Oliver.
– Não é a melhor hora para termos uma discussão pessoal. Temos coisas mais importantes para nos preocupar agora.
– Deve ter mesmo. Como a pergunta. Por que você passou voando por essa porta?
– Porque eu joguei – Tobias estava ali. O que ele fazia ali não faço a menor ideia, mas coisa boa sei que não é.
– Tobias... – Oliver fica de pé e limpa com as costas de sua mão uma linha fina de sangue que escorreu por ali.
– Mas ora se eu não estou com sorte hoje? Primeiro eu encontro o meu pequeno fantoche que se rebelou e cortou as amarras, e agora eu encontro vocês, o casal mais odiado de Nihal. Megan White e Adam Krauss. Estou com sorte. Muita sorte.
– E porque acha que você está com sorte Tobias. Eu acho que agora a sorte está do nosso lado não? Afinal somos três e você somente um... – eu falo com um pingo de esperança. Se pudermos parar o Tobias agora... Tudo ficaria mais fácil.
– E quem disse que eu estou sozinho, senhorita White? – ele ergue a sua mão e de repente todos os muros que nos rodeiam começam a ruir. Tijolo por tijolo vai ao chão e nesse momento eu desejei não estar de saltos, pois com o chão tremendo sem aviso abaixo de mim, não pude fazer muita coisa para permanecer de pé.
Mas pelo visto não foi somente eu. Adam e Oliver também se desequilibraram. Mas Adam faz logo o favor de nos tirar do chão. Tobias olha para nós com o seu sorriso diabólico. Isso não é nada legal.
Com um golpe de vento, a poeira que tinha subido das paredes caindo foi embora e o que eu vi não foi nada, mas nada animador. Como o Tobias tinha dito, ele não estava sozinho.
Estávamos cercados.
E muito encrencados.
Oi Oi Oi dominadores! :D Como estão? Geeeente, o tempo pra mim tá tão corrido, mas não consigo não escrever esse livro ^^ Infelizmente os capítulos estão demorando mais para sair, mas eles saem :D
E esse então? Eiiiiita, que as coisas estão complicando. E já estamos nos aproximando do final.... :X O livro vai ter 30 capítulos, então vamos lá, contando comigo. 9 para o fim.
Esse capítulo é dedicado à @NicolasWeber, @GleyceImortal e @DiogleyMargos. Amores, desculpem se você mudaram de users. Quando eu anoto os nomes de vocês, é um pouco difícil manter atualizado... Então, perdoem se o nome de vocês está desatualizado aqui. Mas muiiiiito obrigado vocês que me acompanham e que sempre que podem falam comigo. E Dih, tô esperando minha capa kkkkkkkkkk (brincadeira tá?) Um beijo enorme no coração de cada uma de vocês :*
Então por hoje é só. Beijos e até a próxima ;***