O chá verde era facilmente duas vezes tão bom quanto o café. Mas, eu me acostumei tanto com minha bebida amarga que, assim que terminei com meu (1) copo de chá, pedi uma xícara de café (queimado). Eu senti um pouco de culpa, como se eu tivesse estado envolvido em uma traição amorosa - afinal, o resultado foi duas vezes melhor e tão escandaloso quanto.
Eu havia decidido, na noite passada, depois de (3) cervejas que hoje seria o dia em que eu iria abordar o garoto com as covinhas e as botas (marrons).
Porque, honestamente, qual era o pior que poderia acontecer? Eu estava solitário demais e completamente envolvido comigo mesmo, e assistir televisão às sextas-feiras me deixou de coração partido por um indivíduo com headbands. Eu apenas queria conversar com ele sobre suas tatuagens e meias que não combinam.
Olhei ao redor do lugar, vendo que ele estava usando suas botas (marrons) e (5) anéis, mas estava bebendo (1) xícara de café (queimado).
espera-
café.... queimado....??????????
O quão peculiar e assustador foi nós termos trocado de bebidas - tínhamos o mesmo líquido cafeinado correndo nas nossas veias. Eu me perguntei se ele gostou do gosto queimado tanto quanto eu.
E, em seguida, o garoto de covinhas com os (?) anéis e as botas (??) andou para embaixo de Paris. Todos os detalhes meio que entraram fora de foco- qual era a cor de seus olhos e por que ele estava andando até mim?
"Esse lugar está ocupado?"
Ele não tinha um sotaque francês e seu hálito não cheirava a café queimado, porém eu assenti mesmo assim.
"Você já esteve em Paris?", perguntei. Ele levou (22) segundos para responder, mas apenas (2) para sorrir e eu (amei) o jeito como suas covinhas ficaram embaixo de Paris e tão perto de mim.
"Ouvi dizer que o chá verde daqui é muito bom", ele respondeu.
"Ouvi dizer que o café não é sempre queimado", eu repliquei.
Ele sorriu outra vez e eu comecei a pensar que a cafeteria com o café (queimado) de merda na esquina da Rua Três com a Rua McKinley foi a melhor coisa que aconteceu comigo.