A Vampira

By Martina-Romero

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DEGUSTAÇÃO Trezentos anos sem ele. O que ela faz? Tenta se distrair. Como? Matando e matando. E agora? Ele... More

Prólogo
Trezentos anos antes...
Hoje - Capitulo Um
Capitulo Dois
Capitulo Três
Capitulo Quatro
Capitulo Cinco
Capítulo Seis
Queridos Leitores Fantasmas...
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
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Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Booktrailer A Vampira
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Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
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Capítulo Onze

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By Martina-Romero


A reação de Daniel foi estranha. Primeiro, ele me olhou, confuso, e depois, começou a rir.

- Tatia? Sério? - ele não parava de rir, e isso estava começando a me irritar.

- Sim, Tatia - retruquei, com minha voz grossa.

- Ei, os dois, calma! - Jesse me apertou contra ele, e olhou duro para Daniel - está irritando ela.

- Agora você é o cachorrinho dela? - Daniel rosnou, avançando em nossa direção.

Me levantei, saindo do abraço de Jesse, e fiquei de frente para Daniel, apontando meu dedo indicador para seu rosto.

- Você não tem controle sobre mim! - berrei, empurrando-o até ele bater em uma árvore. - Você não tem o direito de chamar as pessoas com quem fico de cachorros, você não tem direito algum sobre mim! Só tirei você de lá, por orgulho! Não te quero se intrometendo na minha vida!

Soquei-o no estômago com força, o que o fez rir, e depois cair de joelhos, gemendo.

- Agora, vamos ao Lafayette Cemetery, para que eu possa falar com Tatia... entendido?

- Certo - ele respondeu, com um esboço de sorriso nos lábios.

Dei-lhe as costas e voltei a me sentar ao lado de Jesse, aninhando-me contra seu peito.

- Essa foi muito boa - Jesse conteve o riso, e depois beijou minha bochecha.

- Aham... - sorri.

Jesse encaixou sua boca na minha, e me beijou com vontade. Ele afagou meus cabelos com uma mão, enquanto usava a outra para me trazer para mais perto. Facilitando, sentei em seu colo, sem nunca separar nossos lábios.

- Ei, será que podem esperar até sairmos da cidade e encontrarmos um motel? - Daniel perguntou, fazendo cara de nojo. - Vocês não estão sozinhos.

- Cale... a... bo...ca - faloi, entre um beijo e outro.

- Não, é sério. - Ele alertou. - Estamos na frente da universidade. O Original pode aparecer aqui!

- Duvido muito - eu disse, descolando minha boca da de Jesse. - Primeiro: estamos numa parte fechada da mata, neste maldito parque. E segundo: o Caçador, provavelmente, acha que fugimos para algum lugar, bem longe daqui.

- Provavelmente - repetiu Daniel. - É uma teoria.

- E o que você quer fazer, Daniele? - ameacei. - Quer sair correndo à luz do dia, para matar o Original? Temos que ser mais cuidadosos que isso!

- Katherine, podemos andar no sol, normalmente! - o vampiro mais velho exclamou. - Qual a diferença?

- Eu quero que o Caçador pense que estamos longe, assim vai sumir de Nova Orleans!

- E por que temos que fazer isso à noite? - ele retrucou.

- Porque é o horário em que os vampiros ficam mais fortes! Vai me dizer que não sabia? Ou você tem medo do escuro, Daniele? - meu sarcasmo poderia ser detectado de longe... mas Daniel estava passando dos limites!

- Ah, Katherine! Por que esse escândalo? Voc...

- Já chega! Guarde suas forças, Daniel. Descanse - minha voz estava calma, até demais. Ele sabia que se continuasse insistindo e provocando, eu iria surtar. - Eu cuido do primeiro turno.

- Está me botado pra dormir? - ele soltou uma gargalhouda.

- Estou, e é melhor não me desobedecer - retruquei, e Jesse sorriu, malicioso.

- Está bem, Srta. Miller - Daniel sentou, encostando-se numa árvore, e fechou os olhos. Escutei-o tentar abafar o riso. E depois, nada. Ele já havia dormido. E, pensando bem, ele distraíra o Caçador... sabe-se lá o que ele fizera para fugir, depois.

- Você é quem deveria descansar um pouco - Jesse disse, fazendo-me ficar deitada em seus braços. - Eu cuido do turno de agora.

- Valeu - disse, encostando minha cabeça em seu peito, e fechando os olhos.

Acho que meu "descanso" durou apenas algumas horas. Um som me despertou, e não eram Jesse ou Daniel que o produziam. Falando nos garotos, Daniel cochilava, e Jesse também. Que responsável, pensei.

Outra vez, aquele som. Pareciam... passos. Passos, que vinham em nossa direção. Apuro minha audição, e ouvi alguém respirando pesadamente. Olhei para o céu. Já estava escurecendo... o que significava que passamos quase a tarde toda aqui.

- Jesse - sacudi-o levemente, até seus olhos se abrirem. - Temos que ir, agora.

- Hum-mmm - ele resmungou.

Saí do seu aperto e fiquei de pé.

- Daniele - chamei, ficando ao seu lado. - Temos que ir! Tem alguém aqui!

Ele abriu os olhos, abruptamente.

- O que?

- Tem alguém vindo! - sussurrei, e senti os passos se aproximarem.

Ele se levantou num salto, e, pegando Jesse pelo pulso, puxou-o para cima, fazendo-o ficar de pé.

- Por... - ele se calou assim que viu minha expressão.

E então o mal estar começou. Primeiro, veio a tontura, e depois a dor no abdômen.

- Melhor irmos - sussurrei.

Nenhum deles respondeu. Daniel apenas passou o braço pela minha cintura e começou a correr para longe do som, me arrastando com ele. Jesse estava logo atrás.

- Eu o distraio; leve-a para longe daqui! - ele disse, deixando-me com o coração na boca.

- Não! Jesse, não! - minha voz estava aguda demais, até mesmo para meus ouvidos.

- Vai, Kath! Por favor! - Jesse implorou. - Eu estou logo atrás de vocês!

Permiti que Daniel me arrastasse para longe. O embrulho em meu estômago não queria se desfazer. Eu sabia que deveria fugir, mas, bem, depois de todo esse tempo sozinha, eu não queria continuar assim. Jesse me deixava feliz - ou o quão feliz você pode ser quando seu ex-namorado aparece para te perturbar.

- Não podemos deixa-lo ali! Ele vai morrer! - consegui fazer Daniel parar de andar.

- Olhem só! Katherine Miller se importa com alguém? Uau! Vamos, continue andando - Daniel disse, ironicamente.

Ouvi um grito, e sons de batalha o seguiram. Ignorando a náusea, giro meu corpo e me solto do aperto do vampiro. Então, com toda minha força, empurro-o para longe de mim.

- Melhor não se meter nisso, baby - avisei e, logo depois, minhas presas apareceram.

Recuei até onde Jesse estava. Havia rasgos em suas roupas, e ele estava caído no chão, seu braço direito virado em uma posição nada natural.

- Onde você está? - berrei. - Você queria falar comigo, Sr. Death? Bem, aqui estou!

Ouvi o silvo da flecha antes que ela sequer se aproximasse. Rapidamente, me virei em sua direção e apanhei o objeto com a mão.

- Isso é o melhor que pode fazer? - gritei. - Apareça, seu covarde!

- Quer mesmo que eu apareça? - aquela voz grossa parecia estar em todos s lugares. - Certeza que não vai implorar por misericórdia?

- Matei sua linhagem inteira... não tenho medo de você! - rosnei.

- Mas deveria ter - sua gargalhouda ecoava entre as árvores. Onde estava aquele maldito? - Sabe, não sou tão ingênuo quanto os outros foram... eu tenho aliados. Tenho vantagens sobre você.

- Apareça, seu covarde! - repeti, começando a girar o corpo, quando ouvi o som da sua besta sendo carregada. Me abaixei no momento exato em que sua flecha passou zunindo sobre minha cabeça.

- Você é tão tola! - ouvi seus passos se aproximando, e me virei a tempo de ver sua silhueta aparecendo entre as árvores.

O Caçador Original não era exatamente como eu pensava que fosse. O homem que se encontrava na minha frente era alto e musculoso. Seus cabelos eram cor de areia, e pelo que eu podia ver, seus olhos eram castanhos. Ele estava usando uma regata branca, e a besta pendia em uma mão, e uma grande estaca de madeira, na outra. Se ele não quisesse me matar, seria um bom companheiro para passar a noite.

- E você é estúpido, se acha que pode vir, me desafiar, e sair vivo dessa! - retruquei, lançando-me em sua direção.

Ele pegou a estaca de madeira e desviei, pouco antes dela atingir meu peito. Solto um gemido quando a madeira cortou meu ombro. Bom, como todo vampiro, eu era vulnerável à madeira. Me enfraquecia, e doía quando cortava.

Corri ao redor dele, gritando insultos, e desviando de suas investidas com a estaca. Mas quando eu estava para quebrar seu pescoço, ele enfia o objeto em meu abdômen. Gritei, caindo de joelhos.

- Sabe, seria muito divertido matar seu amiguinho aqui, na sua frente... - o Original comentou, pegando uma flecha e passando-a pelo rosto de Jesse, fazendo um extenso corte ali.

- Se tocar nele, eu te mato - eu disse, entredentes. E depois murmurei, baixinho:- Daniel, seu idiota, onde você se meteu agora...?

- Ah, me mata, sei! - o Caçador riu - e o que vai fazer? Nem se levantar, consegue!

- Seu... seu... - minha voz tremia. Segurei a estaca presa em meu corpo e puxo. O esforço me fez gemer de dor. Só parei quando sinto que não havia mais nada dentro de mim. Tusso, cuspindo sangue. Merda!

Levantei com cuidado, e me lanço outra vez contra o Original, brandindo a estaca. Ele desviou do golpe, e me empurrou, fazendo-me cambalear. Ele era forte!

- Não se mexa, querida, ou vou mata-lo - ameaçou, pegando a flecha e posicionando-a contra o peito de Jesse, que não se mexia.

- Jesse! - gritei, parada no lugar. - Jesse, acorda, por favor!

- Se tocar nele, eu te mato - Daniel apareceu atrás do Caçador, segurando seu pescoço, pronto para quebra-lo.

- Não pode me matar assim, e sabe disso. - O Original sorriu. - Vai ter que sugar meu sangue, e vai ser difícil!

O Caçador pegou Daniel de surpresa, e o lançou para longe de si.

- Você que pediu, vampiro - depois, ele tirou uma estaca de um bolso na calça, e a colocou sobre o peito de Jesse, bem acima do coração. Segurei o grito que estava para sair da garganta.

O Caçador sorriu com maldade, e enfiou a estaca no peito de Jesse. Só vi o vampiro se contorcer um pouco, e depois sua pele ficar cinza. Ele não se mexeu mais.

- JESSE! - berrei, caindo de joelhos. Queria me aproximar dele, mas eu sabia que isso seria minha morte. E ficar ali parada, também. Mas meus músculos estavam duros, e eu não me mexia.

Mas Daniel, sim. Ele apareceu e me pegou pelo braço, puxando-me para longe da cena. No escuro, nós tínhamos mais vantagens que o Caçador, então poderíamos fugir sem que ele nos visse. Mas teríamos que deixar o corpo de Jesse ali.

Minha garganta começou a doer, e eu não conseguia engolir. Minha visão estava embaçada.

- Vamos, Katherine, se mexa! - Daniel implorou. - Vamos morrer aqui, se não fizer algo!

Minha mente voltou a trabalhar, e comecei a correr atrás de Daniel. Eram pouco mais de 4Km para chegar ao cemitério.

Meu corpo saiu do estado de alerta assim que entramos no Lafayette Cemetery. As poucas construções altas do lugar faziam os corredores parecerem um labirinto. Isso era bom.

Caí de joelhos assim que nos afastamos o suficiente da entrada. Um soluço tentava escapar de meu corpo, mas eu não podia deixar. Não podia chorar. Se eu chorasse, tudo estaria perdido. Daniel veria o monstro que eu era. Mas não era isso que importava... eu simplesmente não podia chorar, não depois de mais de um século sem faze-lo, pois eu sabia o que encontraria...

Uma de minha lágrimas caiu na lajota branca da calçada. O contraste entre as cores era incrível. Enquanto minha lágrima era feita de sangue de alguém que não tinha humanidade, o chão era limpo de qualquer maldade.

***

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