Olho no relógio e faço uma careta pela hora. Estava tarde e tínhamos aula cedo amanhã. Graças à Deus iríamos saber se estaríamos ou não de recuperação, o bom era que eu já sabia que eu não estava pois tinha estudado pra caramba o bimestre todo.
—Acho melhor irmos para a casa. —falo e Diego me olha.
—Queria ficar aqui junto com você o resto da vida. —ele diz e eu abro um sorriso colocando a mão no seu rosto.
Eu era loucamente apaixonada por esse garoto.
Volto a beija-lo e terminamos o beijo com selinhos breves.
—Vamos. —ele se levanta e estende a mão para me ajudar.
...
Assim que chegamos na minha casa, ele não quis fazer muita hora por minha mãe está lá e nós sabíamos que ela se sentia um pouco incomodada com a situação.
Tanto pelo fato de eu ser a menininha dela e que ela tem ciúmes e também porque ela é super protetora em tudo.
Agora eu já estava tomada banho e deitada na minha cama, pronta para dormir como a bela adormecida.
Escuto três batidas na porta e antes de eu falar algo minha mãe aparece com a cabeça na porta e abre um sorrisinho.
Levanto as sobrancelhas. Alguma coisa ela queria.
A mesma se senta na ponta da cama e olha as unhas parecendo nervosa com a situação.
—O que você acha do Edu? —pergunta rápido e eu tenho vontade de rir pela situação.
Minha mãe parecia uma adolescente pedindo conselho a uma amiga.
—Não sei, não o vi muitas vezes. Não o conheço. —respondo desdém.
—Quero marcar um jantar com ele na sexta, o que acha? —pergunta me pegando de surpresa.
—Você é quem sabe. —dou de ombros e ela abre um sorriso parecendo feliz com a resposta.
—Tudo bem então. —ela se deixa um beijo na minha testa. —Tenha uma boa noite. —ela diz e sai do quarto.
Orei deitada mesmo e depois fiquei pesando o quanto Deus é lindo conosco. Mesmo com nossas imperfeições, ele continua lá, perfeito.
Acabei adormecendo ao começar pensar em várias coisas.
No dia seguinte...
—Querida, acorde! —escuto a voz a minha mãe e sinto o meu corpo mexer.
—Só mais cinco minutinhos. —resmungo quase sem voz.
—O Diego está aí. —ela diz e isso faz eu me despertar.
—Na sala? —pergunto me sentando na cama e ela abre um sorriso.
—Não, ele não está aqui. Era só para você levantar de uma vez. Vá logo, vou levar vocês de carro. —ela diz e sai do quarto.
Bufo.
Que impostora!
Tomei meu banho e fiz o resto das higienes. Depois que sai do banheiro, voltei ao quarto e fiquei indecisa do que vestir.
Decidi por fim colocar uma calça jeans e uma regata mesmo e nos pés um tênis. Me sentia super confortável desse jeito.
Quando termino, passo uma leve maquiagem no rosto e um batom nude nos lábios.
Pego meu celular e ligo para Diego.
—Bom dia, como está? —falo quando ele atende.
—Bom dia, pronto para mais um dia e você?
—Bem. Não precisa passar aqui, minha mãe irá nos levar hoje. —falo e olho minhas unhas.
Precisava fazê-las.
—Tudo bem. —ele diz. —Te espero no mesmo lugar de sempre. —ele fala e eu me recordo da árvore.
—Tudo bem, até mais. Fique com Deus.
—Amém, se também. —ele responde e finaliza a ligação.
Desço as escadas junto ao meu irmão e percebo que ele não está com a cara muito boa.
—Está tudo okay? —pergunto e ele assente sem querer falar muito.
Minha mãe desce as escadas e abre um sorriso para nós dois.
—Depois conversamos. —falo baixo só para eu ele escute.
...
—Chegamos, crianças. —diz minha mãe e eu reviro os olhos.
Crianças? Sério?
—Só não somos crianças. —abro a porta do carro.
—Realmente, são meus bebês. —ela diz e eu reviro os olhos.
O barulho da porta de trás que é batida com força me faz dá um pulinho pelo susto e vejo um olhar reprovador da minha mãe pelo ato do meu irmão.
—Esse menino precisa de bons modos. —ela diz. —Bom filha, beijos, se cuida. —ela deixa um beijo no ar e eu faço o mesmo.
Fui correndo para a árvore e Diego estava lá como o combinado.
Hoje só teríamos aula depois do recreio, então, iríamos aproveitar o momento vago.
Me aproximo dele e sem eu tomar qualquer atitude sou surpreendida com os seus lábios nos meus.
Eu amava ter um namorado.
...
TODO LUGAR QUE VOCÊ ESTIVER O ESPÍRITO SANTO ESTÁ CONTIGO .
SE ELE NÃO ESTIVER NÃO ERA PRA VOCÊ ESTÁ LÁ .
CONTINUA...