Meu Amor Não Correspondido

Oleh Solvazio

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Isac sempre desprezou a única pessoa que o amava da forma que ele era, arrogante e superficial. Chloe podia v... Lebih Banyak

A. N. C.
E P Í G R A F E
P R E F Á C I O
P R Ó L O G O - MÁSCARAS
0.1 - SE BASTE!
0.2 - IRMÃOS D'ANGELO
CAPÍTULO BÔNUS - 1
0.5 - FÚRIA

0.4 - VISUAL

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Oleh Solvazio

"O problema nunca foi perdoar e sim confiar de novo." - Desconhecido.

- Ok, eu aceito. - eu disse depois de muito tempo em silêncio.

Ester que estava na cozinha caminhou até a sala para poder me encara mais de perto.

- O que você aceita? - ela balançou os ombros. - Eu não te pedi em casamento, pedi?

Eu mordi os lábios rapidamente.

- Eu aceito fazer todas essas coisas que as mulheres fazem. - me encolhi no sofá. - Eu vou topar ser tua bonequinha por um dia.

Ester arregalou os olhos e abriu a boca vindo em direção a mim, muito rápido.

- Você está doente? - ela pôs a mão sobre a minha testa e eu a afastei.

- Eu preciso me renovar, e não só a alma. Eu quero me sentir mais bonita, e se pra isso eu realmente preciso ser mais vaidosa. Tudo bem. - disse frustrada.

No final, qual era a mulher que não gostava de se sentir bem consigo mesma, ou de se cuidar? Eu podia relutar, porém, uma hora eu tinha que fazer isso.
Havia levado anos para perceber que eu precisava disso pra saber se eu estava certa ou não.

Eu só... cansei de verdade.

Ela cruzou os braços me jogando um olhar bravo.

- Eu realmente espero que você esteja fazendo isso por você. Porque se for pelo Isac, eu vou ficar com muita raiva. - ela apontou o dedo indicador na minha cara.

Não! Não era por ele. E eu tinha total certeza disso. Se a sociedade queria uma princesa, eu tinha que dá isso a eles, porque eu estava cansada de ser massacrada. E essa era a única "vantagem" de ter dinheiro, você podia se transforma no que quisesse.

E não, definitivamente eu não faria plástica ou algo do tipo. Cortar e moldar meu corpo estava fora de cogitação, eu estava falando de outras coisas, como por exemplo um corte novo, quem sabe?

Na verdade, até que Isac tinha sim alguma coisa a ver com essa minha mudança repentina, porque eu finalmente havia aberto os olhos. Eu tinha que me adequar a sociedade porque a sociedade não se adequa a mim, e isso podia ser fatal se eu não fosse forte o suficiente, e infelizmente as coisas funcionavam assim.

Bastou apenas eu concordar para que Ester chamasse reforços, que no caso, eram minha mãe.

A dona Alicia era louca por mudanças e ela sempre teve um desejo enorme de me arrumar e fazer todas essas baboseiras juntas, o problema foi que eu nunca permiti. Ter escolha própria era bom, mas hoje não, finalmente ela poderia ter tudo o que mais quis na vida.

E no final, quando elas terminaram, eu confesso que... Não me senti melhor como pessoa, ou a mulher mais bonita do mundo.


Não estávamos em um filme onde acontecia todo aquele processo de transformação onde a garota feia virava a mulher mais bonita e todos a queriam, mas enfim, eu me senti mais mulher.

Só que, estranhamente, eu estava bem comigo mesma.

Jamais pensei que uma franja poderia cair tão bem em mim, ou um batom vermelho pudesse destacar tanto meus olhos azuis apagados.

Só que, de uma coisa eu tinha certeza, usar salto alto era uma desgraça e eu não usaria nunca mais, voltaria para o meu bom e velho tênis. E sobre as roupas, bom, era estranho e desconfortável, eu não tinha muitas considerações finais.

- Foi um baita de um avanço! - minha mãe comentou mordendo a ponta da arte do seu óculos.

Ela era uma das estilistas mais talentosas que eu já havia visto, e bonita, não puxei seus cabelos loiros ou suas curvas. Meu cabelo era de um tom chocolate, iguais aos do meu pai, na verdade, tudo em mim vinha dele.

- Vindo da Chloe? Foi o máximo que poderíamos fazer. - Ester respondeu, as duas falavam como se eu não estivesse aqui.

- Sendo pouco ou não, já vai bastar para as pessoas comentarem. - eu disse me olhando profundamente através do espelho.

Minha mãe se aproximou de mim.

- Você é linda, só é desengonçada, e depois dessa ajudinha, você não pode voltar a se vestir daquela forma de novo. - ela advertiu e eu revirei os olhos.

Eu era uma adulta de 26 anos mas nunca me senti tão adolescente quanto hoje, ouvindo sempre o que as pessoas queriam que eu fizesse ou usasse.

- Não é pra tanto, Alicia. - Ester rebateu, minha mãe odiava ser chamada de tia.

- Ela tem sangue Devis Clark correndo dentro de si. - minha mãe disse se afastando.

- Eu definitivamente nunca deveria ter influenciado vocês a fazerem isso comigo. - suspirei começando a tirar aquela roupa. - Eu só quis experimentar novas opções. E mãe, não é porque a nossa família é desse mundo horrível, que eu tenha que agir dessa forma.

Ela veio até mim rapidamente me impedindo de tirar a roupa.

- Me desculpe, Chloe. - ela pôs a mão no meu cabelo acariciando. - Só que é difícil pra mim, quando eu tive você pensei que seguiria os meus passos, e mesmo estando nesse meio todo, sei que detesta e só fez pra agradar a mim e seu pai. Eu não sou uma dessas megeras que impõe a filha como ela deve agir ou ser, eu apenas me empolguei.

Eu sabia disso. Ela sempre foi adorável.

- Não vamos discutir sobre isso agora. Se fossemos para brigar por esse assunto, teria que ter sido anos atrás. - eu a abracei. - Você sempre me aceitou do meu jeito.

Ester estava fazendo biquinho atrás de nós, e depois de um segundo não conseguiu e se enfiou no meio do abraço também.

- Vocês duas são as coisas mais preciosas que eu tenho, e não importa o que os outros digam, sejam vocês mesmas. - era uma frase clichê, porém havia saído do coração de Alicia Devis.

Depois que as duas foram embora eu me senti terrível, me peguei pensando no que faria contra Isac, não era do meu feitio se vingar, mas eu estava tão cansada que queria dá uma lição, e eu só não sabia o que fazer.

Eram 03:00 da madrugada e eu ainda não havia conseguido pregar os olhos, estava muito ansiosa para que o dia pudesse amanhecer logo, havia dois dias que eu não tinha notícias da empresa ou havia ido lá, eu quis dá um tempo antes de ter que começar tudo de novo, porque isso doía muito. Nick tentou falar várias vezes comigo, sabia que ele não tinha nada a ver com essa história porém querendo ou não, ele era irmão do Isac e isso me deixava com o pé atrás sempre.

Me peguei imaginando qual seria a reação de Isac ao me ver como eu estava agora. Não era nada deslumbrante ou algo assim, mas se era diferente pra mim, pra ele também seria.

Droga, eu o amava tanto e não conseguia entender, porque justo ele? Havia bilhões de homens no mundo e só ele me fazia ficar desse jeito, era indescritível.

As horas haviam passado lentamente, mas assim que amanheceu eu estava de pé e bem arrumada novamente, não era como se eu fosse sair para algum lugar mais uma idéia havia martelado na minha cabeça esse tempo todo.

E envolvia sim um D'Angelo, mais o D'Angelo certo.

Procurei muito nas minhas coisas até achar o cartão que Michael havia me dado, e antes de ligar ou mandar uma mensagem eu pensei muito se faria aquilo ou não, eu sabia que a única coisa que deixava Isac extremamente furioso era Michael, e ele poderia ser uma peça chave para mostrar a Isac que eu podia ser tão cruel quanto ele.

Eu estava exalando confiança, então fui com tudo, sem medo. Mandei uma mensagem para ele.

"Michael? É a Chloe. Pode me encontrar no C&C?"

Alguns minutos se passaram até Michael me responder, e eu estava nervosa e quando finalmente ele respondeu eu estava andando de um lado para o outro no meu apartamento.

"Então você resolveu usar o meu cartão? Pensei que eu teria quer ir trás de você."

"Ok, vejo você nesse lugar em meia hora. Pode ser?"

Eu sorri, prático e rápido, eu esperava que Michael pudesse me ajudar, eu não via nenhum outro tipo de solução mesmo que soubesse que existia várias e estava cutucando onça com vara curta.

Isac iria me detestar o dobro.

Podia me lembrar das palavras cruéis que Isac usou pra me afetar, era tão errado, e saber que eu não era a única que sofria coisas como essa no mundo era mais angustiante ainda, quantas mulheres sofriam coisas do tipo por culpa dos seus defeitos? Coisas que deviam ser valorizadas e não desprezadas.

Pensei tanto que quando sai de casa estava muito atrasada, até eu chegar no Café em que tinha combinado com Michael demoraria um pouco e eu esperava que ele não ficasse chateado por esperar um pouco.

Quando eu finalmente cheguei depois de alguns minutos, entrei no local olhando em todos os cantos até achar aquele homem charmoso sentado em uma das mesas mais escondidas daquele local, Michael já havia feito o seu pedido e parecia estar pensando em algo enquanto encarava o seu café.

Eu me aproximei rapidamente e ele sentiu minha presença, assim que seus olhos bateram em mim ele ajeitou sua postura na cadeira e me comprimentou com um sorriso gentil.

- Foi mal o atraso. Eu acabei perdendo um pouquinho a hora. - falei enquanto eu me sentava na cadeira a sua frente.

Ele negou com a cabeça.

- Não é como se eu estivesse esperado muito. - ele ironizou. - Você...

Ele não terminou a frase, ele me encarou de uma forma estranha, me analisando bem antes de que pudesse continuar a falar algo e eu me senti constrangida. Meu corpo estremeceu de uma forma estranha e minhas bochechas esquentaram me fazendo desviar o olhar, tentando procurar algo pela janela que não existia.

- Eu? - pigarreei virando novamente para olha-lo.

- Está diferente da última vez que nos vimos. - eu fiz uma careta e ele balançou as mãos. - Não, não é uma coisa ruim.

Eu relaxei os ombros.

- Resolvi mudar um pouco o visual. - falei sem vontade.

Ele pegou o seu café levando até a boca mas antes de toma-lo, disse.

- Para mim dos dois jeitos continua bonita. - enfim deu um gole no seu café.

Eu me engasguei, surpresa.

Não era sobre aquilo que eu queria falar com Michael, o meu foco nunca foi flertar com o irmão do homem que eu gostava.

- Michael. Eu te chamei porque preciso de ajuda. - eu me inclinei sobre a mesa. - Você já arrumou algum trabalho, ou sei lá, qualquer coisa por aqui?

Ele me olhou um pouco confuso.

- Eu tenho alguns projetos que planejo por em prática logo, mas ainda não. - ele me respondeu estranhando.

Eu não queria ter que falar sobre esse tipo de coisa com ele, até porque não tínhamos intimidade alguma, mas pra dá continuidade ao meu plano eu tinha que dá satisfações a ele.

Respirei fundo antes de começar.

- Eu sempre tive alguns problemas com Isac, e nesse momento sinto que cheguei no limite de tudo que eu poderia suportar por ele. - Michael me ouvia atentamente.

Assim que houve um espaço de tempo ele correu em falar algo antes que eu pudesse prosseguir.

- Era por culpa dele que você estava daquele jeito, não é? Eu sabia. - ele abaixou a cabeça dando um sorriso amargo. - Todos tínhamos pena de você, me desculpe dizer isso, mas nunca iria dá certo. Com ele não.

As palavras de Miachel foram cortantes. Eu me senti horrível mas preferi não dá importância, até porque eu já sabia de tudo aquilo.

- Não precisa me dizer o óbvio. E não é por isso que estou falando com você hoje. - umedeci os lábios. - Eu quero que ele aprenda. E vocês se detestam, Michael, você sempre foi o ponto fraco dele.

Michael sorriu convencido. Ele era inteligente.

- Mas o que você ganha com isso? - ele se inclinou também, ficando bem próximo.

Eu não me distanciei.

- Eu não posso negar que pensei em sair da empresa. - a expressão dele ficou rígida com desaprovação. - Mas não vou fazer isso. - ele se tranquilizou. - Só que, eles não precisam saber disso, vamos supor hipoteticamente que eu te venda a minha parte da empresa, ou você começasse a resolver tudo por mim, Isac ficaria com ódio, ele jamais aprovaria porque ele queria que eu vendesse a minha parte para ele ou Nick, e cá entre nós, se ele não suporta te vê casualmente, imagina trabalhar com você.

Michael ficou em silêncio por um tempo, eu não podia ler sua expressão, e depois de um tempo pensando no assunto, ele me jogou um riso de lado.

- Você quer que eu seja tipo um procurador pra você? - eu balancei a cabeça confirmando. - O que eu perderia perder com isso? Eu nunca medi esforços para ferrar com a vida dele, eu aceito.

Eu senti um alívio dentro de mim, já estava pensando na idéia de um plano B, até porque eu não sabia se isso iria dá certo ou iria afetar Isac da maneira que eu queria.

- Você é incrível, Michael. - eu sorri para ele. - Te prometo uma boa recompensa.

Ele mordeu o lábio interior, como uma forma de charme.

- Não quero nada de você. Se você está bem com isso, eu também ficarei. - ele piscou.

Os D'Angelo tinham algo que ninguém tinha igual, o sobrenome que era sinônimo de conquistador.

- Então temos um acordo. - eu estiquei a mão para ele.

Michael segurou firme concordando.

- Sim, mais com uma condição. - eu fiquei um pouco confusa encarando as piscinas azuis que eram seus olhos. - Eu vou trabalhar com você, e não para você. Não quero que você saia da sua própria empresa por causa do Isac. Não vale a pena abandonar tudo isso por ele.

Eu suspirei. Ele tinha toda razão, porém eu tinha que me planejar para saber como isso funcionaria.

Isac me mataria se possível quando soubesse o que eu estava planejando fazer. E me aliar com Michael era só a ponta do iceberg.

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