Duas semanas incrivéis.

By LyllyDomingos

10K 1K 73

...Possui BookTrailer... Após ser humilhada na frente de milhares de pessoas. Dhena se fechou para qualquer r... More

TRAILER.
1-Sexta-Feira.
2-Sábado.
2-Sabádo: continuação...
2-Sábado: No jantar.
3-Domingo.
3-Domingo: E o dia continua.
4-Segunda-Feira.
5-Terça-Feira
6-Quarta-Feira.
7-Quinta-Feira
8-Sexta-Feira
9-Sábado.
10-Domingo.
11-Segunda-Feira.
12-Terça-Feira.
14-Quinta-Feira
15-Sexta-Feira
16-Sábado: De volta ao começo.
17-Domingo.
Capitulo Bônus.

13-Quarta-Feira.

335 39 1
By LyllyDomingos

Acordei no dia seguinte, com a forte claridade em meus olhos, aconteceu tanta coisa ontem que eu acabei esquecendo de fechar a janela. O sol brilhava, e eu percebi que seria uma dia de sol forte, me levantei tentando não olhar para o quadro quebrado no canto, onde o Augusto tinha me atirado noite passada. Fui até a banheiro, escoveis os dentes fiz minhas higienes, e antes de trocar o pijama liguei para minha mãe:


Ligação onn.

-Oi filha.

-Oi mamãe, não tenho muito tempo, eu preciso que você venha... me buscar no acampamento, não precisa se preocupar eu estou bem, apenas vem me buscar . Se possível saia de casa agora. por favor .Beijos.

Desliguei antes que ela me enchesse com perguntas.Peguei a mala embaixo da cama, e comecei a jogar minhas roupas dentro, não tentei ser muito organizada, por que depois eu ia bagunçar tudo de novo mesmo. Arrumei as três malas, deixando de fora a roupa que eu ia vestir: Uma blusa de mangas compridas creme com flores rosas, e uma calça jeans branca. Peguei tudo que era meu no quarto, na comoda, na sapateira no banheiro, arrumei meu cabelo, e fui para a frente da porta com minhas três malas. Olhei ao redor, e chorei.

Havia passado tantos momentos bons naquele quarto, minha vida mudou tanto desde o primeiro momento que eu pisei aqui. Eu estava decidida, eu sei que estou sendo um criançona mimada que sempre foge dos problemas, mais não me jugue, você também talvez já fez isso. Não é que eu estava me acovardando, mais eu estava tentando não ser feliz por que disso eu já perdi a esperança, mais de ter uma vida normal. Bem longe de tudo aquilo.

Sequei as lágrimas e sai do quarto sem olhar para trás arrastando minhas malas.

Caminhei tentando me esconder dos outros alunos, e fui até o escritório do D. César, bati na porta e entrei assim que ele me autorizou. Ele me olhou surpreso ao ver minha malas.

-Posso ajudar? -perguntou me enviando um sorriso verdadeiro. O Guilherme tinha herdado o sorriso do pai. Aquilo me deu saudade. Mais não tinha o que fazer.

-Ah...Eu quero cancelar minha matricula... no acampamento. -falei tentando ser ''aparentemente'' o mais forte possível.

Ele se levanto da cadeira e me olhou assutado.

-Desculpe, mais... aconteceu alguma coisa. Olhe se for por conta do castigo não se preocupe eu já esqueci...

-Não, -neguei com a cabeça. -Não tem nada haver com o castigo do refeitório, aquilo é passado... Eu só quero ir embora, por favor.

-Não tem um motivo especifico?-ela perguntou com a mão no meu ombro.

-Coisas do coração. -falei baixo, forçando um sorriso.

-Hmm, tudo bem... Mais tem certeza do que está fazendo?

Não, não tenho certeza.

-Sim, tenho...- respondi.

Ele foi até a mesa e se sentou na cadeira mexendo no computador...

-Não se esqueça o Camp-Musical, vai estar sempre de braços abertos, se quiser voltar...

Eu assenti.

-Seu no...

-Oh pai, o tio Carlos já...

Guilherme entrou na sala, e assim que me viu parou.

-Oi filho, seu tio já está indo embora? -O D.César se levantou e encarou o filho. -Termina esse cancelamento de matricula para mim, que eu vou me despedir dele.

Não, fica aqui, num vai não.

-Cancelamento de matricula? -ele perguntou surpreso.

-é filho, não me diga que esqueceu como se faz isso. -D. César saiu antes que Guilherme respondesse.

Eu continuei de costa para ele encarrando a parede.

-Você vai embora?- ele perguntou, caminhando até a mesa do D. César.

-É, acho que é o que cancelamento de matricula significa.

-Não fui mal educado com você. -ele disse rapidamente.

-Nem eu com você. -respondi.

Ele se sentou na mesa.

-Por favor, faz rápido o que tem para fazer.- falei, evitando contato visual com ele.

Ele digitou no computador, mais rápido do que eu jamais vi alguém digitar. Do lado direito uma impressora começou a fazer barulho e imprimir alguma coisa.

-Assina aqui, e aqui, e aqui. -ele disse colocando o papel na minha frente e em cima uma caneta, e apontando para 3 folhas diferentes com uma linha embaixo.

Assinei a assinatura mais estranha da minha vida.

-Sua mãe vem te buscar, ou você precisa ligar para alguém?

-Minha mãe vem me buscar.

-Por que você vai embora?

-Por que sim.

-Porque sim, não é resposta.

-Se não fosse eu não estava de dando.

Ele levantou e parou a poucos metros de mim.

-Você, não está fazendo show por causa de ontem né?

-Claro que não, o mundo não gira em torno de você. Eu estou indo embora por que eu quero, não porque... enfim você sabe.

-Sei de nada.

-Então vai ficar sem saber. Agora você pode viver sua vida longe de mim, sem ter nenhuma ''falsa'' para te atrapalhar.-Me virei e pegue as malas. -Posso ir embora?

-Pode. -ele disse me entregando um papel, dos que eu tinha preenchido.

Sai sem falar mais nada, esperei minha mãe no estacionamento, e ela demorou de mais. Então me lembrei da Nyna da Amália da Lorena, e do Tales. Peguei minha bagagem e fui procurar eles. Primeiro no refeitório, que estava vazio. Entrei na cozinha, e fui na direção de Amália.

-Oi Amália. -falei primeiramente.

-Oi Dhena, deixa eu adivinhar, perdeu o café?

-Não, eu só passei para me despedir... estou indo embora do Acampamento.

Ela arregalou os olhos.

-Como...

-É, eu estou indo embora, por que aconteceram muitas coisas pessoais, não aguento ficar mais aqui, não queria ir sem me despedir de você e da Lola, você foram muito importantes para mim.-Disse tentando segurar as lágrimas. Obrigada pelo carinho, pelo cuidado, pelas broncas, pelo pão com patê, e por todo o resto. -Terminei em meios os lágrimas.

Ele me abraçou forte.

-Não se esqueça, somos mais fortes do que pensamos ser. -ela sussurrou ao meu ouvido, depois me soltou. -Você vai fazer falta. -Disse sorrindo.

-Cadê a Lola? -perguntei.

-Aqui -ela disse entrado na cozinha. -quem esta de mudança, tem 3 malas ali fora.

-A Dhena esta indo embora. -Amália disse.

-O que?

-Depois sua mãe, explica. -disse abraçando-a. -A gente se fala pelo whatts.

Ela assentiu e eu sai da cozinha, dando de cara com o Tales.

-Que história é essa que você vai embora? -ele me perguntou.

-Como você sabe?

-Sua mãe, está te esperando no estacionamento, e me disse.

Suspirei fundo.

-Eu disse que iria. -Falei baixo.

-Eu não acredito, que você vai deixar tudo para trás por causa de uma coisa... insignificante.

-Se coloca no meu lugar que você vai entender, ok? Agora me dá uma braço de despedida. -Falei abrindo os braços. Nos abraçamos amigamente.-Obrigada por tudo... até pelos sustos.

Ele sorriu me soltando.

-A gente se fala?

-Com certeza- Respondi.

-Eu te ajudo com as malas.

Assenti e ele levou as malas até o carro da minha mãe, no estacionamento.

-Obrigada. -Agradeci.

-Boa sorte. -ele me desejou sorrindo.

Soltei um sorriso forçado. E ele voltou para o acampamento. Eu nunca fui boa com despedidas.

-Já pode me contar o que aconteceu? -Minha mãe perguntou sobre o meu ombro, me abraçando por trás.

-Vamos embora, que no caminho eu te conto. -Disse arrastando minhas malas até o porta mala.

Entrei no carro, minha mãe deu partido,aos poucos fomos nos distânciando e eu observava o acampamento ficando cada vez mais longe.

...<3...

A viajem foi mais tranquila do que eu imaginava. Contei tudo para minha mãe e ela apenas escutava tudo sem tirar os olhos da estrada.

Depois de 1h eu estava na garagem de casa. Lar doce lar.

Desci e ajudei minha mãe a pegar as malas. Entramos em casa. Como eu senti falta da minha casa, do meu quarto. Do que realmente vai ser meu pra sempre.

-Seu irmão ainda está com o seu pai. Volta provavelmente amanha.- Minha mãe diz fechando a porta. -Sabe o caminho para o seu quarto ainda?

-Claro que sim, mamãe, eu vou pro meu mundo, preciso pensar.

-Sereia não fica assim, você já passou por isso e superou, agora esquece o passado e foca no futuro. Chora se for preciso, mais esquece. -Ele me encarou com um olhar que dizia tudo.

Arrastei minhas malas até o quarto e capotei na cama assim que fechei a porta, minha cama ainda estava do mesmo jeito que eu havia deixado, forrada com minha coxa Roxa. E com minha almofada de flor branca em cima. Minha estante de livros no canto meu guarda-roupa de frente para a cama, meu mundo. Como eu costumava disser, estava de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Encarrei o teto. O Diogo estava na casa do meu ''pai'', todas as férias ele ia passar 3 semanas na casa dele. Eu nunca aprovei muito, ele trocou minha mãe por uma mulher de 27 anos que quer ter 18 e fez mais de 50 plásticas depois que foi morar com o meu ''pai''.

Talvez fosse de família, ser infeliz do lado de qualquer homem. Enfim... eu vou contar toda minha história desde do começo.

Eu nasci no dia do aniversario da minha mãe, 13 de Agosto, ela disse que foi o melhor presente que ela podia ganhar. Depois de 9 anos ela engravidou do Diogo, nessa época ela e meu pai ainda estava juntos. Quando o Digo nasceu meu ''pai'' começou a ficar estranho, distante, de tudo. No aniversario dele, minha mãe preparou uma festa surpresa que ele não compareceu, veio aparecer no outro dia e com o divorcio na mão. Foi um baque, tanto para minha mãe, para mim com 12 anos e principalmente para o Diogo que só tinha 2 anos e iria crescer sem o pai. Minha mãe até hoje fala para mim, não ficar com raiva do meu ''pai'', mais eu não consigo, só de pensar que ele jogou minha mãe fora,eu tenho vontade de mata-lo. Mia não passa de vontade. Ele muitas vezes tentou se reconciliar comigo, mais eu nunca deixei, ele disse que ia pagar pensão mais eu nunca quis, não preciso do dinheiro dele, posso muito bem trabalhar e ganhar o meu.

Nesses anos separados da minha mãe ele arrumou 2 filhos, que eu tenho certeza que não são deles, a Renata ''mulher dele'' é a maior piranha. Ele continuo próximo ao Diogo, levando ele pra passear, comprando brinquedos e etc. Mais para mim ele não passa de um estranho.

Na escola, na época da adolescência eu assim como qualquer uma na minha idade comecei a me interessar por garotos, eu achava um bonito o outro charmoso, e assim foi, até a oitava série, quando o Augusto surgiu na minha vida, eu simplesmente fiquei caidinha por ele, com a ajuda da Êmilly, minha melhor amiga naquele tempo,eu consegui ficar com ele e aos poucos começamos a namorar escondido. Eu estava feliz e completa, atê a formatura onde ele contou para a escola inteira o como eu beijava mal, meus defeitos contou tudo que eu achei ser segredo nosso, e ainda por cima beijou varias meninas na minha frente,e disse coisas horríveis como :Eu nunca te amei, você foi um brinquedo. E coisas que destruíram meu coração.

Mudei de escola quando fui fazer o ensino médio, muitos meninos pediam para ficar comigo e eu simplesmente dizia não. Me tornei uma pessoa amarga, fria, e todos diziam que não tinha coração. DE certa forma não mesmo, ele tinha sido quebrado, pisado, massacrado.

Vivi minha vida marcada por uma cicatriz que tentei apagar quando conheci o Guilherme, mais o que aconteceu foi que a cicatriz se abriu ainda mais. Então o resto da história vocês já sabem.

Me virei na cama e adormeci, mesmo ainda sendo 13h.

...<3...

Despertei com o celular tocando, mensagem da minha mãe.

Vou dobrar no serviço, preciso de dinheiro, sabe onde tem comida, boa noite.

Minha mãe trabalhava de atendente em uma lanchonete no aeroporto, ela sempre trabalhou pesado para pagar as contas e para criar eu e o Diogo. Foi com 18 anos que comecei a trabalhar na Fashion-Bolsa, uma loja de bolsa no centro da cidade, o salário era ótimo e o local de trabalho, também.

Me assustei assim que percebi que horas eram. 19h. Como eu dormi tanto?

Levantei, revirei meu guarda-roupa e causei minha pantufa vermelha, eu sei que pantufa é meio criança, mais todo mundo tem um lado infantil.

Fui até a cozinha, e quase tenho um infarto ao ver o Douglas assistindo o massacre da serra elétrica.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA- gritei fazendo ele pular. -Assombração, o que você tá fazendo aqui?

-Assombração é você, que me matar com esse gritos? -ele disse se levantando e colocando a mão na coração.

Nos abraçamos o Douglas era filho da tia Cléo, era 4 anos mais velho que eu, mais quando a gente se juntava ficávamos parecendo dois BEBÊS.

-Eu vim fazer companhia para a sua mãe, mais ai ela me disse que você tinha voltado do acampamento,perguntei se podia ficar com você, ela deixou e como você não acordou, eu vim assistir um filminho. -ele respondeu apontando para a TV.

-Tinha que ser filme de terror?

-Claro, eu não sou você que assiste Barbie...

-Não fala dos meus filmes, pelo menos eu não corro o risco de infartar quando estou assistindo eles.-Caminhei até a cozinha, que ficava bem perto da sala, um balcão separava os dois. -Tá a fim de bater um rango?

-Precisa pergunta?-ele me encarra e senta no sofá novamente.

Começo a mexer na cozinha da mamãe, ela tem um ciúme processivo dessa cozinha. Estava morrendo de fome, então esquentei o jantar no microondas, preparando um prato para o Douglas, que continuava assistindo aquele filme horrível.

Me sentei ao lado dele, colocando o prato na frente dele.

-Troca esse filme, coloca um menos... assustador. -ele pegou o prato da minha mão,e passou o controle.

-Só não coloca Barbie.

-A casa é minha eu faço o que eu quiser -Eu estava brincando, e soutei um sorriso.

Ele me olhou fazendo um careta.

-Nossa rainha da Inglaterra, foi mal ai. -ele sorriu.

Encarrei a televisão e comecei a passar os canais.

Parei em um filme de comédia. Ficamos assistindo por longos minutos, depois que jantamos, eu fui fazer pipoca de microondas, não sei como não explodi.

-Porque você voltou? O acampamento é tão ruim assim?-O Douglas perguntou quando o 2° filme terminou.

E lá fui eu contar toda a história para ele, logico que dispensei detalhes, contei só o básico.

-Agora, já está bem tarde, você pode ir para casa. Tchau, abraços, obrigad...

-Eu vou dormir aqui. -Ele disse me interrompendo.

-Aqui em casa?

-Não, aqui no rua...

Olhei com cara de séria e ele começou a dar risada.

-Ok, mais no quarto do Diogo. -falei me levantando e indo para a pia lavar a louça.

-Posso ir? -ele perguntou apontando para o corredor.

-A vontade. -disse sem me virar.

Lavei a louça, e deixei no escorredor, limpei a sala que estava um bagunça. E fui para o quarto, e adivinha quem está lá fuçando nas minhas coisas?

-Ou, o quarto do Diogo e o da frente. -falei apontando para a porta.

-Eu sei, mais me deu uma vontade de vim no seu quarto.

-Dá próxima vez que der essa vontade, fica só na vontade mesmo, tá? Obrigada, agora pode sair. -falei sem sentimento, meu quarto é só meu.

Ele sorriu e saiu.

-Boa noite. -ele disse antes de entrar no quarto do Diogo.

-Boa noite, e não faz bagunça. -falei fechando a porta.

Tomei um banho demorado. O Douglas havia me feito esquecer por um longo tempo, o Camp-Musical, e tudo que ele representava, mais agora embaixo do chuveiro a saudade e a dor voltaram. Será que algum dia ela iria sair?

Me vesti, e como tinha dormido de mais, fiquei a madrugada inteira lendo, tentando tirar da minha cabeça o Guilherme a Bárbara e tudo mais. Por algum motivo não desarrumei minhas malas, estava sem ''saco'' para mexer nelas.

Por volta das 4h da manha o sono chegou, eu me deitei e dormir.


...<3...

Não me matem porque a Dhena foi embora. Isso tem um motivo que em breve vocês saberão.

Capitulo não revisado, desculpem os erros. (eu nunca reviso os capitulos) kkkk

Obrigada.

Votem e comentem.

Bjussss













Continue Reading

You'll Also Like

424K 34.4K 49
Jenny Miller uma garota reservada e tímida devido às frequentes mudanças que enfrenta com seu querido pai. Mas ao ingressar para uma nova universidad...
258K 19.6K 62
AVISO: Como destacado no título, o livro está passando por revisão. Algumas coisas podem ser mudadas - deixando os capítulos não revisados sem sentid...
11K 757 86
Adam Júnior Carter e Jade Carter agora estão crescidos, em plena juventude onde a aventura e hormônios estão à flor da pele, ela com 16 anos desejand...
3.9K 744 60
Certas promessas não deviam ser feitas... Vitória e Nicholas sabiam que eram o grande amor da vida um do outro, mas não como todos imaginavam, eles a...