RE/viver

By mwangole

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A jornada do Hikaru por um mundo apocalíptico, onde a civilização, os hábitos e costumes serão erradicados e... More

RE/viver o sonho perdido
the momento
Must be the feeling
O mundo lá fora
O despertar

O sujeito

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By mwangole

Na vida a erros que cometemos e verdades que desconhecemos, por vezes nos deparamos com as manchetes do destino e nem ligamos, preferimos fechar os olhos de medo do que abri-los e encarar com impavidez, digo sempre que não tenho medo do presente omitido mas sim do futuro desconhecido.

A Emmily e eu acabamos de ter um acidente, meu corpo todo doi e acho que torci o ombro direito, não sei se ela tem algum ferimento grave e para melhorar a situação chegou um sujeito de 1,80 metros, com um olhar suspeito, moreno, tinha barba por fazer e vestia um casaco azul, com o ziper aberto mostrava uma t-shirt preta, usava calças largas e umas botas de couro claro.
Após ele ter ficado alguns minutos parado a minha frente deu as costas e foi ao poste e retirou a corrente que estava lá presa, voltou-se para nós com um sorriso tenebroso

- Que bela pescaria – disse ele enquanto ajeitava o queixo com a mão direita
Eu queria interroga-lo se tinha sido ele que colocou aquela corrente, Mas acho que é óbvio porque ele não parava de sorrir, então retirei o capacete, levantei-me lentamente com dificuldade e o encarei Eu queria libertar algumas palavras mas ele interrompeu-me dizendo:
  – Rapaz faz um favor a ti próprio, deixa tudo e vaza…

- O quê que você esta para aí dizendo? – A Principio eu não entendia os seus motivos, reparei que ele estava segurando firme a corrente então preparei-me para o que estava por vir.
- É Para você dar um fora otário! – falou enfurecido

- Você não sabe que podes ir preso? Nos podemos falar e…

- Preso? – Soltou uma gargalhada – agora neste mundo já não existe leis!

- Só por uma situação que os oficiais estão tendo dificultares em lidar?

- Ingénuo, O próprio presidente acabou de fugir, e 50% do pais esta infectado, isso agora tornou-se um jogo de sobrevivência, eu fiz essa armadilha para pescar suprimentos mas acabou vindo com bónus – fez um sorriso peculiar olhando para Emmily.

Parecia que o meu coração tinha sido atropelado após ouvir aquelas ultimas palavras, um sentimento de fúria foi crescendo dentro mim, vou ter que defender aquilo que me pertence. Eu nunca fui de lutar, tenho um porte físico bem fraco para brigas, ao contrario daquele homem que parecia ser forte pelo estado fisico que aparentava, mas para proteger a Emmily eu tinha que dar tudo de mim e fazer o impossível acontecer.

Fechei os punhos e olhei-o bem no fundo dos olhos tentando-o intimidar - Você hoje não ira levar nada – falei determinado a não ceder.

Ele começou a balançar corrente dando as voltas que com o tempo foi ganhando velocidade.

- Eu te avisei ,e agora eu vou te ensinar a obedecer! – Começou dando alguns passos afrente angariando rapidez, com a mão direita fez um ataque repentino com a corrente e eu esquivei-me com facilidade rebolando para sua esquerda, ele fez um segundo ataque a minha direita me apercebi antes e consegui esquivar mas a ponta da corrente tocou no meu lábio inferior fazendo um corte.

Antes que ele tomasse a posição para fazer outro ataque eu decido atacar e acabo por dar um soco no estômago do desgraçado, Após o feito Tentei me afastar um pouco mas ele pegou me pela gola do casaco e deu me uma cabeçada fazendo com que eu perdesse o equilíbrio.

Sem perder tempo Levantei-me e manti a distancia e ele já estava posicionado para fazer outro ataque com a corrente, então parei para pensar numa forma de contra-atacar e acabei tendo uma ideia. Ele gritou de raiva e começou correr em minha direcção balançando a corrente apostando tudo em um ultimo ataque, eu fiquei parado sem mover um único músculo foi então que ele lançou a corrente tentando chicotear-me pela 3 vez, em um acto rápido curvei o braço direito a frente do meu rosto em forma defensiva fazendo a corrente entrelaçar no meu antebraço, senti uma dor aguda no braço mas decidi ignorar e sem exitar eu puxo o indivíduo até mim preparando o meu punho esquerdo para socar aquela cara nojenta. Foi ai que me apercebi da presença da Emmily atras do sugeito.

- Tome seu bastardo! - Segurando o capacete com a mão direita ela o acertou pela nuca! E ao que parece deu com muita força pela forma que coou.

Fiquei aliviado ao ver que ela estava bem, na posição de quem acabara de acertar alguém, respirando fundo e despenteada, ela volta a compostura e diz:

- Afinal os capacetes servem para alguma coisa…

- Eles sempre serviram idiota – respondi-a sorrindo

Ao me ver ela veio até mim correndo preocupada, tirou um lenço do seu bolso e limpou o meu lábio inferior, Nem tinha me apercebi que estava saindo sangue, era tanto que chegava até a minha camisola.

- Desculpe… - disse ela com a voz tremula e ainda limpando o sangue

- Isso não dói nada, logo vai curar – desta vez banquei durão na tentativa de poupar o sentimento de culpa.

- Foi por minha culpa que você esta neste estado, se eu tivesse prestado mas atenção na estrada… - soluçando ela segurou a minha camisa com as duas mãos e encostou o seu rosto no meu peito.

- Tu não tens culpa de nada! – dizia enquanto que eu a consolava sobre o meu peito – o culpado é esse desgraçado, nós estamos bem e é só isso que importa, alem disso chorar não faz nada o teu género – sorri na esperança de acalma-la

Ela olhou nos meus olhos, puxou-me pela camisola e beijou o meu lábio inferior, o beijo dela foi tao intenso que eu senti ela sugando o meu labio, não sei o que fazer… se beijo-a devolta ou continuo estagnado, eu nunca sei o que ela esta pensando, a frente dos outros ela banca de durona mas quando esta comigo ela demonstra seu lado sensivel, tão impulsiva e fazendo coisas imprevisiveis deixam me na incógnita sobre os seus verdadeiros sentimentos.     
  
Os nossos lábios foram se afastando lentamente, com a sincronia do bater dos nossos coraçoes ela ficou me encarando por algum tempo, eu acabei desviando o olhar e de tanto embaraço fiquei vermelho que nem um tomate.

- Pronto! Já não esta sangrando –  sorrindo ela foi andando até a mota com as mãos atrás das costas.

- Nós podemos retomar o caminho? – perguntei tentando ocultar o ocorrido 

- Bem, a mota já era e os pneus amolgaram é impossível andar assim - falava enquanto analizava a mota

- Essa não…

A emmily deu alguns passos longos em direçao ao individo que nos tinha acabado de atacar, agachou-se e começou a revistar os bolsos dele.

- Ele não pode ter vindo aqui sem um veículo certo? – disse ela enquanto que revistava o desfalecido mas não demorou muito tempo até que… – o que? Nada? Que inutil!

- Tem como piorar? - Baixei a cabeça cabisbaixo, foi quando ouvi gemidos e alguns passos arrastados vindo em nossa direcçao.
A medida que foi se aproximando o som dos grunhidos aumentava não pela distancia mas sim pelo numero de vozes.

- Como é que eles passaram a barreira? Isso já não importa, hikaru nós temos que sair daqui

- Tudo bem

A Emmily quis levantar porém algo a havia segurado na perna esquerda, era o sugeito, mas havia algo de errado, ele tinha um rosto esbranquiçado e sem expressão e com os olhos opacos, Emmily o batia na cabeça freneticamente para se soltar mas sem sucesso, peguei a corrente que ainda estava no chão e fui em direçao de ambos, saltei para cima do sugeito e coloquei a corrente no pescoço para-o poder puxar, por mais que puxasse ele não parava de se contorcer parecia que so queria arrancar a perna da emmily.

Ela fez um movimento com a perna que fez com que se soltasse das mãos nojentas do fulano, quando ela se soltou deu um pontape na cabeça dele após ela ter feito isso ele ficou mais violento e levantou-se com força fazendo-me cair e foi atrás da Emmily.

- O quê que você tem?!- disse ela sentada no chão e encarando com horror a cara do sujeito andando em direcção a ela.
Eu tinha que fazer alguma coisa e comecei a procurar algo que o pudesse o atingir, olhei a minha volta e encontrei uma barra de ferro, ele andou lentamente até a Emmily até que a segurou no braço direito, ela ainda resistia tentando-o empurrar mas era inutil, ele não cedia nem um pouco parecia que tinha ficado mais forte.
Firmemente segurei a barra de ferro e corrir atrás do fulano, a Emmily havia perdido a estabilidade e ele tentou-a morder mas felizmente eu fui mais rapido e o acertei bem na cabeça fazendo-o cair bruscamente.

- Estas bem? – Perguntei ofegando segurando-a pela nuca

Ela não me respondeu, continuo estagnada e com agonia em seus olhos não pelo que viu mas pelo que estava a ver, quando eu olhei em minha volta apercebi-me que estavamos completamente cercados, o Clima envolta estava sereno, o som do ambiente era preenchido pelos grunhidos, ao total eram 9 pessoas a sua maioria era jovem uns tinham roupas comuns outros de trabalho e havia apenas 3 crianças nos encarando com aqueles olhinhos esbranquiçados de quem não entendera nada…
Eu não tenho a certeza se eles são portadores da doença ou não, mas também não quero ficar aqui para descubrir…

To be continued

Oi zumbies do wattpad como vão? O primeiro episódio ninguém comentou
(╥﹏╥)  mas eu tenho a esperança que neste os fodas irão se revelar  e 
se gostarão não esqueça de clicar na estrela caso tenha alguma dúvida é só comentar. XD

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