Duas semanas incrivéis.

By LyllyDomingos

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...Possui BookTrailer... Após ser humilhada na frente de milhares de pessoas. Dhena se fechou para qualquer r... More

TRAILER.
1-Sexta-Feira.
2-Sábado.
2-Sabádo: continuação...
2-Sábado: No jantar.
3-Domingo.
3-Domingo: E o dia continua.
4-Segunda-Feira.
5-Terça-Feira
6-Quarta-Feira.
7-Quinta-Feira
8-Sexta-Feira
9-Sábado.
10-Domingo.
11-Segunda-Feira.
13-Quarta-Feira.
14-Quinta-Feira
15-Sexta-Feira
16-Sábado: De volta ao começo.
17-Domingo.
Capitulo Bônus.

12-Terça-Feira.

366 38 1
By LyllyDomingos

No dia seguinte, acordei um pouco cedo de mais, e depois não consegui dormir de novo. O medo me dominou, eu estava com aquele frio na barriga. Será que o Guilherme ia mesmo entregar a Viviam, a um veterinário ou alguma coisa do tipo?Preferi não pensar na resposta, ele estava bem convicto quando disse que ia fazer isso. tentei me acalmar deixei a Viviam com comida e Aguá, e voltei para o acampamento com o meu edredom na mão.

Entrei no quarto e desabei novamente na cama, estava exausta, mais não era em relação a sono, mais exausta de sempre sofrer, de chorar por alguém que só ri de mim, e me ignora que não acredita em nada que eu digo. Exausta de ser iludida, será que o problema sou eu? Ou o mundo?

O problema sou eu, por que o mundo é grande de mais e eu vejo pessoas felizes, enquanto eu tento caminhar para sair de uma decepção.

Me virei querendo, nunca ter pisado no Camp-Musical, nunca ter subido naquele palco pra cantar com o Guilherme, nunca ter deixado chegar onde chegou. A vida não é um conto de fadas, que sempre termina em... felizes para sempre. Mais o único ''para sempre'' que existe na vida real, são as marcas não cicatrizadas. Pelo menos na minha vida era assim, e pelo visto não ia mudar.

Os autos falantes do quarto começaram a chiar, e eu escutei a voz do D. César através deles.

-Alunos, depois do horário do café, temos um encontro marcado no palco principal, não faltem.

Ele desligou e eu me enrolei no edredom, que por sinal, não estava muito empoeirado.

Senti algo furando minha bariga, e rapidamente coloquei a mão no bolso do casaco, e puxei a chave do carro do Guilherme, eu nem percebi que ainda estava com ela, e que no chaveiro dela tinha a outra metade do colar. Coloquei ela embaixo do travesseiro e me cobri novamente Fechei os olhos e fiquei com eles fechados até o celular despertar e me lembrar que eu tinha que tomar café.

Tomei banho antes de sair, vesti uma regata Bramca, uma blusa xadrez colorida por cima e um shorts preto, esse era bem mais curtinho do que os que eu costuma usar, mais tava maior calor.

Sai do quarto e me deparei com Nyna, esperando alguém bem na frente do meu quarto.

-Até que fim, achei que tinha morrido ali dentro. -Ela apontou o quarto com a cabeça. -Você não olha o celular, de mandei um monte de mensagem.

-Desculpa estava no banho.-Respondi.

Ela assentiu, e fomos para o refeitório. Entramos e o Tales estava encostado na parede olhando para o refeitório, assim que me viu ele pulou e caminhou até parar na minha frente.

-Preciso falar com você.-ele disse, em um tom de voz preocupado.

-Agora?-Perguntei.

Ele fez que sim com a cabeça.

-Preciso tomar café, sabia?

-É urgente.

Eu olhei para Nyna que rapidamente saiu e foi encontrar a Sol.

Tales caminhou até as arquibancadas da quadra e se sentou.

-Eu preciso da BÁRBARA. -ele disse.

-E eu preciso dela, e do Guilherme. Mais não acredito que você só me chamou aqui para isso.-Falei me sentando ao lado dele.

-Não, eu não chamei.-ele respirou fundo.-E se a gente fingir, só fingir que tá..namorando para fazer ciúme a Bárbara e ao Guilherme.

Arregalei meus olhos.

-Você bebeu? -perguntei fazendo careta. -Eu não sou esse tipo de menina, tá legal?

-Eu achei que seria uma boa ideia...

-Pois não é, a gente não tem mais 12 anos para achar que isso vai mudar alguma coisa.

-Você não pensa no futuro?-Me perguntou. -O que você pretender fazer, quando sair daqui, ficar sem namorado e fingir que vai esquecer o Guilherme e a Bárbara? Eu não consigo ficar longe de quem eu amo.

-E você acha que tá sendo fácil, eu olhar para a cama da Bárbara e não ver ninguém? Mais o que eu posso fazer? Correr atrás de quem não se importa com a minha existência? Não, muito obrigada, já fiz isso de mais.

Ele parou por um minuto. e olhou além de mim. Me virei para trás.

O Guilherme estava entrando na quadrada, nos observou e eu percebi uma pontada de raiva nos olhos dele.

-Não vou atrapalhar,o casal. -ele disse entrando no vestiário.

-Se tivesse um, você até poderia atrapalhar; -Tales gritou enquanto corria para a porta, ele me olhou e fechou a porta, percebi assim que ele saiu o que ia fazer,desci as arquibancadas correndo e bati diversas vezes na porta, estava trancada.

-Tales abre essa porta. -gritei.

Mais não adiantou nada.

-Ah, para de fazer show. -Guilherme apareceu logo atrás de mim. -Não adianta apelar, eu não vou voltar com você.

-Ah cala a boca, até parece que eu tó tentando fazer isso.

-Ah, não, então me explica por que, o seu ''Acompanhante'' me trancou aqui dentro com você?

-Por que ele é um idiota, e um garoto morto. -Falei, batendo na porta.

Me virei e o Guilherme me encarrava sério.

Voltei a me sentar nas arquibancadas e tentei ligar para a Nyna.

-Nem tenta.- ele disse sentando ao meu lado, confesso que estranhei mais a sensação de ficar próxima dele era perfeita.-A quadra e o único lugar do acampamento que não dá área.

Abaixei o celular e deitei na arquibancada de novo.

-Qual a possibilidade de alguém vim aqui nas próximas vinte e quatro hora?-Perguntei.

-0,000001%, a gente está muito distante do campus, é quase impossível, alguém vim aqui.

-Affs,Ninguém merece.-ME levantei e comecei, a andar nas arquibancadas procurando área.

-Você está surda acabei de disser que não dá área.

-Não, escuto muito bem, mais nunca é demais tentar.

Ele abaixou a cabeça, e fingiu se distrair mexendo no botão da camisa.

-O que o seu pai quer com os alunos?-Perguntei em frente a ele.

-Falar sobre a apresentação final. -Ele respondeu com a voz baixa.

Fui até uma arquibancada longe, e me sentei. Torcendo para alguém aparecer ali, e abrir aquela porta.

Liguei o celular e fiquei movendo ele no ar, para tentar achar área.O que funcionou. Aquele silêncio estava me matando, eu estava agoniada. Me levantei, e fui me sentar ao lado do Guilherme novamente ele me olhou desconfiado.

-Quem te deu aquela gravação?-Perguntei

-Não te interessa.

-Claro que interessa, eu estou no meio.

-Você não estaria tão preocupada se não fosse verdade.

-não é verdade.-Gritei - quanto você vai intender?

-Se não é verdade por que você se preocupa tanto?

-Por que eu sei que não é verdade.

-Me prova, que não é.

Eu pensei em beija-lo, e assim provar que o que eu mais queria na vida era ele. Mais não ia adiantar muita coisa.Fiquei em silêncio.

-Se você não acredita em mim, não importa o que eu diga, pra você vai ser sempre mentira.-Me afastei na arquibancada, mais ele segurou meu braço, e eu voltei a encarrá-lo.

-Então, não fala. Prova com atitudes. -ele disse com o olhar de suplica.

Eu me levantei, e ele se colocou na minha frente, nós aproximamos e eu encarrei os olhos dele, o mais fundo...Mais alguém abriu a porta e ele se afastou como se estivesse arrependido do que tinha falado para mim.

-Gui. -Mônica. -Você estava demorando de mais-Ela o puxou para um beijo, assim que me viu.

Sabe a sensação de alguém de dando uma facada nas costa? Essa é a maneira mais fácil de me descrever naquele momento.

Meus olhos se enxeram de água e eu sai o mais rápido possível sem olhar para trás.

Quando estava longe o bastante dos outros corri floresta adentro.A cabana poderia me fazer esquecer o que tinha acabado de acontecer. Entrei pela porta e bati com força contra o peito de alguém. Tales.

-Ei. -ele colocou a mão na minha cabeça. -Você está bem?

-E-eu mato -v-você, nunca mais faz isso de novo.Piorou o que já estava ruim.-Falei me afastando.

-Cadê a Viviam? -perguntei secando as lágrimas.

-Na caixa, hoje eu cheguei e ela estava do lado de fora, comendo, você quase mata sua filha de fome.-Ele disse.

-Não deu para vim aqui hoje, mais que bom que você cuidou dela.-Falei indo até a caixa.

-Ah, tem comida na mochila, tirei seu café, é justo que eu te recompense.-Ele disse apontando para uma mochila preta, em cima do sofá.

-Valeu.

-Você vai para a ''reunião'' do D. César?

-Vou, só vim aqui pra relaxar, mais já fiz isso.-Me levantei.-Vamos?

Ele assentiu e no caminhou ele me perguntou o que tinha acontecido na quadra, ele expliquei tudo.

-Ele gosta de você ainda, só estava se fazendo de difícil. -Ele disse quando chegamos ao palco, ja havia um grande número de alunos. -Ele vai perceber que a vida sem você não tem sentido, é só você esperar.

-O difícil é isso, mais eu acho que consigo. -sorri sem graça.

Nós separamos e eu encontrei a Nyna.

-Você sumiu do refeitório, onde você estava?

-NO QUARTO -MENTI.

Ela assentiu e nós sentamos ao lado da Ludmila.

-Bom dia galera!-O D, César apareceu em cima do palco. Ele parecia totalmente recuperado. -Bom o dia da competição esta se aproximando e eu estou muito contente por todos vocês, estão a cada dia melhorando na música e esse é o motivo pelo qual o Camp-Musical existe, Para que você se tornem grandes artistas da música. Eu estou assim como você, muito feliz, e... tenho uma noticia que vai deixar todos vocês com ainda mais vontade de ganhar a competição final. Entraram em contato comigo ontem da gravadora, VIP-Tunes e eles vão gravar um CD de quem ganhar, no final do Camp-Musical.


Todos bateram palmas e gritaram, e é claro eu também. Seria uma oportunidade de ouro, gravar um CD? Não brinca.

-Por esse motivo coloquem força total. -D. César continuou. -Agora boa tarde para todos.

Ele saiu de cima do palco e os alunos inclusive eu e a Nyna levantamos, Ludmila veio logo atrás e andamos para a sala de aula. Assim que entrei e vi o Guilherme m lembrei que era aula de canto.

Me sentei o mais distante possível, tentando não me lembrar que era o Guilherme lá na frente explicando, tentei ver ele como um professor. Mais só tentei mesmo.

-Primeiro, para você compor uma música, você tem que saber que ela tem que ter letra,melodia, e acima de tudo sentimento.-Começou ele entregando uma folha de sulfite a cada alunos, eu encarrei a lousa enquanto ele e entrega a folha branca. -Então, cada um de vocês acabaram de receber um folha, escrevam nessa folha uma única frase,Desenho ou até mesmo palavra que defina você, emocionalmente nesse momento.

Eu congelei, ele só podia estar fazendo aquilo de proposito. Encarrei a folha.

-Ah.. não precisa colocar nome, através do que vocês estão sentindo eu vou compor uma música, para entenderem melhor oque eu estou tentando explicar. -ele se virou para turma. -Podem começar.

Decepcionada, cansada, triste,magoada, Vazia, sensível. Me definiam naquele momento, mais eu não desenhei ou escrevi isso, ficaria muito na cara que seria eu, Pensei por um longo momento e então desenhei uma coisa que nem mesmo eu acreditei: Uma carinha feliz.

20 minutos depois.

-Acabou o tempo, virem os trabalhos e passem para frente. -Guilherme disse se levantando da cadeira.

Todos passaram os trabalhos para frente. Guilherme foi recolhendo de fila em fila.

-Muito bem, vamos começar -ele se sentou na cadeira e colocou o violão embaixo do braço. Depois de folhear todos os trabalho, e ele parecia surpreso. -Nosso todos vocês estão tristes? Gente qual é? você acabaram de descobrir que podem gravar o seu próprio CD, e estão tristes, só esse ou essa aluno ou aluna que está feliz. -Ele disse erguendo meu desenho para o alto, eu arregalei os olhos.

Sim, e a única pessoa que está feliz, acabou de mentir. Pensei.

-Então vamos lá,ele começou a tocar o violão em uma melódia suave.


-Me perdi em meio a tantas lágrimas, me vi tentando esconder o choro atrás do orgulho

eu sei que posso passar, pelo o que for, não posso desaminar, a vida é feita de errar.

Mais em meio a tantas lágrimas, a tantos gritos guardados na garganta eu vou disser: é hora de parar pra pensar, e se abrir pra amar, ficarei bem aqui, te esperando quando precisar, meus braços estão de esperando vem me abraçar.....vem me abraçar.

Ele olhou ao redor e encarrou Mônica do outro lado da sala, soltou um longo sorriso para ela...

Virei meu rosto e encarrei a janela, estava chuviscado, eu daria tudo para estar na cama, enrolada em duas cobertas.

-Viram? Essa foi apenas uma demostração, vocês juntam melodia, letra e sentimento e uma nova música nasce.-Ele sorriu, que saudade daquele sorriso. -Bom, agora estão dispensados, boa tarde, nós vemos na aula de violão, para quem for fazer.

Ele abaixou a cabeça, e eu me levantei, Nyna veio até o meu lado.

-O Guilherme tem uma coisa para criar música, excelente.

-Todo mundo tem um dom. -falei. -Vamos?

-Não, eu quero fazer uma pergunta ao professor, me espera por favor?

Assenti, e ele foi ao lado de Guilherme.

-A aula acabou, podem sair. -ele disse, mais parecia que estava se referindo apenas a Nyna, nem me olhava.

-Eu quero fazer uma pegunta. -disse Nyna se aproximando.

-Então faça. -Ele soltou um longo sorriso para ela.

-Como eu... bem... descubro uma letra para um música?

Ele a olhou surpreso.

-Bom, você pode se inspirar em livros, filme, em um momento da sua vida. -disse.

-Ok? O senhor poderia fazer uma aula explicando sobre isso, o que acha?-Nyna propôs.

-Claro, vou ver direitinho o dia e depois falo, para você. Agora tenho que ir.

Nyna assentiu e ele saiu porta afora, deixando o perfume dele em toda a sala.

Soltei um longo suspiro.

-Agora podemos ir. -Nyna disse me deixando para trás.

...<3...

-A chave do meu carro sumiu. -Guilherme falou no estacionamento para outro garoto.-Não vai ter como ir na gravadora.

-Pega o carro do seu pai. -O menino sugeriu.

-Não, o carro do meu pai e estranho de dirigir.Chama um mecânico, enquanto eu ligo para o seguro. -Guilherme disse com o celular na mão.

Eu estava passando no estacionamento, procurando Tales, a aula de dança já iria começar e ele não tinha chegado, até que escutei a conversa do Guilherme com o garoto. Parei atrás de umas plantas e fiquei escutando. Eu sei que é feio, mais não estou nem ai.

-Escutar atrás das plantas é feio. -Tales estava bem atrás de mim.

-E ficar aparecendo como assombração, também é. -disse me virando. -Onde você estava? Estou de procurando a um século.

-No quarto, meu empresário estava ai, ele queria que eu começa-se a fazer show de novo, mais não consigo subir num palco sem lembrar da Bárbara.

-Nossa, como ele é romântico. -sorri. -Vamos para a aula estamos atrasados.

Ele assentiu.

...<3...

23:50h

Cheguei a cabana com o meu edredom na mão, continuava a chuviscar e eu não queria passar a noite no quarto.

Abri a porta e entrei rapidamente. Me assustei ao ver o Guilherme parado de frente para mim, quando eu entrei.

-Surpresa? -Perguntou.

-Com certeza... Cadê a Viviam?

-Você deu nome para a arara? -ele disse balançando a cabeça.

-Dei... algum prolema?

-Não, o único problema é que agora a sua mascate de estimação esta bem longe de você.

Arregalei meus olhos e corri para a caixa da Viviam. Ele não estava mais lá.

-O que você...

-Eu disse que iria leva-lá para um veterinário. Mais você não se importou. -A voz dele não era de arrogância, estava apenas calma.

Mais lágrimas se acumulavam em meus olhos, eu encarrei ele.

-Você não fez isso. -sussurrei,

-Fiz, não era pra te fazer ficar triste, era pelo bem da arara. você não entende que ele precisa de cuidados mais avançados?

Corri para fora da cabana em direção a cachoeira, me joguei de joelhos no chão, e chorei o mais alto que pude. Guilherme se ajoelhou ao meu lado e colocou a mão na meu ombro.

-Não me toca. -falei me afastando e em seguida levantando com raiva. -Por que,você tem destruir minha vida, já não basta te acabado com a pouca esperança de ser feliz que eu tinha, o que mais você quer?-Perguntei gritando.

-Eu? Você que estava me usando, para sei lá o que, e agora a culpa, é minha?-ele sorriu irônico.-Não me culpa pelo um erro seu.

-Tem razão. -disse.-A culpa é todo minha, por ter nascido, e acreditado que podia recomeçar depois de tudo que eu passei. Mais sabe de uma coisa que eu não me arrependo? De ter nascido com uma mãe como a minha, que me educou muito bem, para que em horas como essa, eu não te xinga de todos os xingamentos existentes na face da terra, -recuperei o fôlego. -Por ter sido tão..burro e ter acreditado em uma gravação que estava na cara que foi montagem, eu nunca te usaria para nada. A não ser pra...Esquece.

-Eu quero acreditar, que você não tem culpa de nada, mais é tão difícil disser uma coisa, quando a vida e as circunstância de mostram outra totalmente ao contrário.

-Quem ama faz isso né? Ah esqueci, você não me amou. -Falei sem tirar os olhos dele.

-O que? Você foi a garota que eu mais amei em toda a minha vida, você simplesmente era o motivo que me fazia levantar todos os dias. -Ele respondeu.- Eu nunca tive dúvidas que foi você que me fez descobrir o verdadeiro amor.

-Verdadeiro amor? Eu nunca vou saber o que é isso de verdade, por que todas as vezes que eu tentei descobrir o garoto fazia questão de me machucar, pior do que o anterior. E olha que nem foram muitos. -Fiz uma pausa. -E era obvio que eu nunca amei nenhum deles de verdade. Amor de verdade pelo o que as pessoas dizem, é você querer o bem da outra pessoa, mesmo que você esteja sofrendo, mais sabe por que eu não acredito nisso? Por que se fosse amor de verdade, não era apenas ela que ia amar mais ele também, se fosse amor de verdade séria eterno, não temporário, se fosse verdadeiro nada, nem ninguém iria separar, e no amor verdadeiro existe confiança. Mais o que você demonstrou foi uma completa falta dela.

Ele me olhou e eu percebi que os seus olhos estava ficando cheios de água. Ficamos em silêncio.

-Por que você, não conta de uma vez pelo o que você passou? -Ele perguntou.

-Por que você vai achar que eu estou me fazendo de vitima. -me virei para a cachoeira que caia com um barulho agradável.-E também, por que, não vai mudar nada, você saber ou não.

Ele se aproximou de mim, mais eu recuei, estava a poucos passos da água. A cachoeira era formada por grandes pedras que se levantavam para cima em direção ao céu.

-Eu perdi tudo. -abaixei a cabeça e mais algumas lágrimas rolam rosto abaixo.

-Me conta. -ele implorou com os olhos.

Neguei com a cabeça e dei mais um passo para trás....Não encontrei aonde pisar.

Me desequilibrei e cai como força dentro da água.Senti apenas uma grande pancada na cabeça e desmaiei.

...<3...

-Dhena, acorda, acorda. -Guilherme batia na bochecha de leve na tentativa de me acordar, acho que deu certo.Ele fez respiração boca a boca e eu ''coloquei para fora'' toda a água que eu tinha engolido.

-hummmm. -resmunguei. -Estou, bem. -Falei pausadamente.

-Levanta. -Ele diz.

-Não dá, eu ainda tó meio tonta, eu cai na cachoeira? -pergunto meio boba.

-Caiu, e esta com um galo enorme na cabeça.

-Outro? Não tem cabeça que aguente.

Ele sorri e eu me levantei de vagar.

-Obrigada por não me deixar aqui, valeu por ter me ''salvado''. -Digo fazendo aspas com as mãos.

-Não podia te deixa aqui, mesmo... eu querendo deixar...

-Você não queria me deixar, você nunca quis fala logo a verdade. Que você sabe que eu nunca disse aquilo, que você não me esqueceu, para de mentir. -Grito sem me importar em levar uma ''patada''.

Ele me olha assustado, e abre a boca para falar alguma coisa, mais não consegue e fecha.

-Para de se enganar, eu te amo, eu preciso de você, esse dias sem você estão cada minuto pior.-Me aproximo até estarmos bem próximos. -Volta para mim, e nunca mais vai embora.

Ele me encarra, sem intender nada por muito tempo...

-Seu silêncio diz tudo. Desculpa por te perturbar. -Me afasto e vou embora, de volta ao acampamento.

...<3...

Assim que entrei no quarto, lembrei do edredom. Sai para fora novamente e voltei a cabana, eu estava ensopada, e estava começando a enfriar, mais como eu sou uma sereia, (o Diogo que colocou esse apelido em mim, por que eu sempre gostei de piscina, e foi no casamento da tia Cléo que estava chovendo e eu entrei na piscina em plena 2:00h da manha.) Eu fui até a cachoeira, andei em volta dela, e mergulhei, a água estava gelada mais conforme eu fui nadando meu corpo se acostumou a temperatura. Nadei tentando descontar toda a minha raiva na água. Subi a superfície, para recuperar o folego e comecei a chorar, me deu um aperto no coração, uma vontade sumir de sair correndo daquele acampamento. Eu tinha perdido tudo, que acha um dia ter sido meu.

Voltei para baixo da água, e nadei até meus braços cansarem, parei bem no meio da cachoeira e fique observando a lua, a noite...

Me assustei assim que ouvi alguém ou algo mergulhar na água. Reconheci o cabelo castanho-loiro, assim que ele surgi na superfície.

Guilherme.

-Achei que você tinha ido embora. -falei.

Ele nadou, até parar na minha frente.

-Não fui. -ele me olhou. Estávamos tão perto que eu podia sentir a sua respiração. -Não antes de falar com você. -Ele olhou para o céu e depois me olhou novamente.

Esperei ele falar algo do tipo :Me esquece, some da minha frente, eu não te amo mais.

Mais o que ele disse foi uma linguagem bem mais...Certa. Digamos assim.

Ele me beijou. Que saudade eu sentia daquele beijo, me entreguei sem me importar com mais nada, ele me puxou para perto dele, e eu abracei seus ombros. Matei toda a minha saudade, com um beijo longo e intenso.

-Não, para.-Ele se afastou. -Eu não posso... fazer isso...

-Claro, o Augusto, não deixa né?- Falei seria.

Da onde eu tirei essa ideia?

-Que? Não tem nada haver com Augusto. -ele respondeu mais serio ainda.

-Ah não? Serio? Não parece, você vive, o que? Pelos outros?

-Eu vivo por mim, não por ninguém. -Ele continuou.

-Seja feliz na sua vida. - Sai da água e olhei para trás.-Ah, e para de dar falsas esperanças, para quem só quer o seu bem, tá legal?

Isso não uma pergunta, mais....Ah esquece.

Peguei meu edredom que havia deixado em cima de uma pedra, e voltei para o acampamento. Quando cheguei a porta o Augusto apareceu bem atrás de mim.

-Saindo do quarto, tão tarde, para onde você foi? -ele perguntou falso.Ele é, todo falso.

-Não é da sua conta. -Falei abrindo a porta.

-Eu não sou banco para ter conta.

-Mais, não é tão burro que não entendeu o que '' Não é da sua conta'' significa. -rebati rapidamente, eu era boa com patadas.

Ele sorriu irônico, e me encarrou.

-Nossa, você está bem molhada,a chuva está tão forte assim.

-Ah Augusto me esquece, some da minha vida. Morre, que você vai fazer bem a toda humanidade. -Berrei, sem ligar se algum aparece-se.

-Não, eu não vou embora, sem você.-ele respondeu gritando.

-Então vai morrer esperando que eu vá com você.Por que isso nunca vai acontecer.

-Ah, comigo você não vai, mais sozinha, sim. Sabe, o mecânico veio hoje inspecionar o carro do seu ex e ele disse que alguém cortou o fio do freio, e que por sorte ninguém saiu no carro, se não teria grandes chances de não ter voltado vivo dessa viajem. -ele disse debochando.

-Você...

-Sim, acertou. Eu que cortei o fio, eu que fiz aquela montagem com a sua voz, e a montagem de você e Tales se beijando. Admita eu sou um genio...

-Você é um monstro, Como pode, armar uma armadilha para quem só quer o seu bem. Todo mundo nesse acampamento, menos eu é obvio, confia em você, te acha uma pessoa de caráter...

Ele me olhou surpreso, e me empurrou para o quarto.

-Ei, sai daqui agora. -Falei apontando para a porta.

-Não.

Ele fechou a porta e jogou o edredom no chão,se aproximou de mim, e me agarrou.

-Me solta. -tentei me afastar. Tá agora fiquei com medo.

-Não, agora você me paga.-ele disse colocando uma mão na minha boca e beijando meu rosto, meu pescoço.... Aiiiii que nojo.

Comecei a gritar desesperada, tentando me soltar mais ele era mais forte, ele me derrubou no chão, e me beijou, mais ai eu mordi a boca dele, com toda a minha força, ele se afastou e eu corri para a porta, tentei sair mais a sua mão forte agarrou meu braço e me jogou contra a parede, um quarto de vidro caiu no chão e cortou meu braço. Gritei desesperada, e ele novamente me levou para o banheiro. Passei esse tempo todo gritando, será que existe alguma alma viva nessa acampamento?

Ele começo passar a mão na minha cintura na minha barriga, e eu continuava gritando. Mais os meus gritos sessaram com a porta batendo contra a parede. Alguém apareceu.

Tales.

Ele pegou o Augusto pelos ombros derrubou no chão do quarto subiu em cima dele, e deu vários socos no rosto.

Eu gritava para, para. Mais era em vão, o Augusto apanhava feio.

-Tales chega. -gritei.

O Tales saiu de cima do Augusto e chutou ele para fora do quarto.

-Vê se aprende a ficar longe da amiga dos outros. - ele gritou assim que o Augusto caiu em frente ao quarto. Rapidamente se levantou olhou para o Tales passou a mão na boca, que estava sangrando, e saiu. Voltei para o quarto e me encostei na parede deslizando até o chão.

Chorei de alivio.

O Tales fechou a porta e foi até a minha frente.

-O que ele fez com você? -ele me encarava com a testa enrugada.

-Ele tentou me agarrar. -Falei em meios as lágrimas.

Tales me abraçou e eu chorei mais ainda.

-Tales, eu não aguento mais. -Falei em um sussurro.-Eu não aguento mais.... eu vou embora daqui.

Ele arregalou os olhos.

-O que? Você tá louca?

-Eu não tenho mais motivo para ficar aqui, o Guilherme, a Bárbara, a Viviam... Foi todo mundo embora.

-Perai, a Viviam?-ele perguntou.

-O Guilherme levou-a para algum lugar mais especifico, para cuidar dela.

O Tales se levantou, e estendeu a mão para me ajudar a ficar de pé.

-Como ele descobriu?

-Ele me seguiu ontem, é uma longa história, amanha eu falo, tá legal?

Ele assentiu e foi para a porta.

-Cuidado, Fecha bem a porta. Boa noite. Amanha a gente conversa.

Assenti e fechei a porta com várias voltas na chave assim que ele saiu. Tomei banho, meu braço estava sangrando, fiquei embaixo do chuveiro até o sangue parar de''jorrar'' .Sai do banheiro e cai na na cama,certa do que iria fazer no dia seguinte.


...<3...

Oiiiiii meu Loves, tudo bem!?

Será mesmo que a Dhena vai embora? Amanha vocês descobrem, por mais que a resposta seja obvia.

Sim, eu quero muito que o Augusto morra, assim como vocês.

Bjusss.

Votem, comentem.

Obrigada por tudo, até o próximo capitulo.

Cap, não revisado desculpem os erros.
























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