HIATUS Leave Your Lover (l.s)

By louistgirI

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Por noites, Louis tem visto seu marido chegar tarde na casa em que dividem cheirando a um perfume que não se... More

I - Who we are.
III - Birthday dinner, pt 1.
III - Birthday Dinner, pt 2.
IV - You are lying and you know I know.
A verdade sobre LYL.

II - I lost the love of my life.

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By louistgirI

"Zayn, pelo amor de Deus, você está sujando a minha cama!" Louis resmungava enquanto o amigo apontava seu lápis de desenho sobre sua colcha branquinha.

O rapaz pareceu nem escutar, já que não tomou nenhuma atitude.

"Zayn, eu estou falando com você!"

"O que disse?" Continuou desenhando, sem desviar os olhos por um segundo.

"Eu disse que você está sujando minha cama."

"Ok."

"Zayn!" Louis deu um grito estridente, o assustando, quando o desenhista limpou os dedos usados para esfumaçar o lápis novamente em sua colcha.

"Jesus, Louis! Você me fez borrar!" Finalmente olhou para o menor, revirando os olhos.

"Sabe o que eu vou borrar, Zayn?" Disse docemente, e depois gritando "A sua cara!"

Zayn arregalou os olhos. "Por que você está sendo rude comigo, Lou?"

Ao ver o rosto sério de Louis, começou a rir.

"Então arranje um papel para eu me limpar, seu idiota."

"Você tem pernas pra isso, levante e pegue." O de olhos castanhos balançou a cabeça em desaprovação.

"Rude, Louis. Rude!" Passou os dedos sobre o rosto do amigo, deixando manchas pretas de grafite na pele bronzeada.

"Você não fez isso."

"Oh, sim, eu fiz."

Foi a última coisa que disse antes de ser atacado por Louis, que tentava dar-lhe tapas e socos. Zayn conseguia segurar seus braços, mas foi atingido algumas vezes.

"Saia de cima de mim, seu bastardo!" Gritou.

"Só depois que eu acabar com essa sua cara horrosa!"

Os dois nem perceberam quando Harry chegou em casa e se encostou no batente da porta do quarto.

"Posso saber o que está acontecendo aqui?" Cruzou os braços sobre o peito.

Louis saiu rapidamente de cima de Zayn e ficou em pé.

"O que? Acontecen-O que você quer dizer com isso, Harry?" Soltou um 'pfff' com a boca.

Harry riu e foi ate Louis o abraçando e beijando sua testa.

O menor o abraçou de volta e sorriu.

Era o seu cheiro.

"Harry, ainda bem que você chegou!" Zayn sentou na cama. "Esse demoniozinho tentou me matar!"

"Você fez isso, Lou?"

"Claro que não!" Fez bico. "Quem você acha que eu sou, Harry?"

Harry riu e apertou suas bochechas. "Eu acho que você é um pequeno mentiroso."

~*~*~*

Já fazia horas que Zayn havia ido para sua casa - não antes de brigar mais uma vez com Louis, dessa vez por achar que o amigo estava roubando no jogo de vídeo game.

Louis e Harry encontravam-se sentados na cama em que dividiam, Harry lendo mais um de seus livros chatos sobre economia e Louis jogava em seu vídeo game portátil.

"Merda!" Louis resmungou e o marido desviou a atenção do seu livro para observá-lo.

Riu nasalado ao perceber as caretas que o menor fazia de acordo com o que acontecia na partida.

"Estou sentindo você me observar, Harry."

"O quê?"

"Eu estou jogando e não posso parar, a não ser que eu queira perder. Posso sentir seus olhos em mim."

"Desculpe." Mordeu os lábios inferiores e fechou o livro, deixando-o de lado. "Eu estava pensando em uma coisa, Lou.'"

Louis bufou e desligou o aparelho para prestar atenção no que o mais velho falava (ou talvez ele estivesse perdendo feio).

"Em que, Hazz?"

"Seu aniversário está chegando!" Respondeu animado.

"Yay?"

"O que-Como assim, 'Yay?'? Você não está animado?" Harry estava, literalmente, de boca aberta.

O caso era: Louis amava e era fascinado por aniversários. Sendo o seu ou não, ele estaria animado e saltitante.

Se você fosse amigo dele, provavelmente já teria ganho uma festa surpresa.

"Eu não sei." Brincou com os dedos das mãos. "Me sinto velho."

Harry franziu as sobrancelhas. "Velho? Lou, você só vai fazer vinte e seis!"

"Exatamente!" Cobriu o rosto com a palma das mãos e choramingou. "Eu estou tão velho!"

"Eu nasci três anos antes de você, isso quer dizer que você já deve comprar meu caixão?"

"Não fale isso, Harry!" Fechou a cara. "A diferença entre nós dois é que você está sempre bem arrumado, não tem marquinhas da idade e sua altura te ajuda um pouco a parecer mais novo. Você é a porra de um vampiro."

Harry gargalhou curvando sua cabeça para trás.

"Qual é? Nós podemos sair." Colocou a mão sobre a coxa do marido. "O que você me diz?"

"E pra onde iríamos?"

"Uma boate?" Sorriu. "Relembrar os velhos tempos?"

"Boate?" Riu ironicamente. "Você não lembra o que aconteceu da última vez?"

"Já faz muito tempo, Lou. Por Deus, esqueça isso!" Fez bico e Louis riu de sua cara.

[Flashback | 15 de Fevereiro de 2015; Boate]

"Ok, prestem atenção!" Louis começou. "Harry está sumido há uma hora e meia, e vocês sabem que um Styles bêbado e perdido não é uma boa combinação."

Liam, o que estava mais bêbado entre o grupo de amigos, começou a rir.

"Vocês se lembram daquela vez que o Harry ficou.." Soluçou. "Preso na portinha do ga..."

"Liam, não é hora para relembrar histórias de bêbado!" Gritou o interrompendo. "Meu marido está perdido, sabe-se lá fazendo o que!"

O amigo formou um bico nos lábios e abaixou a cabeça, falando baixinho.

"Desculpe."

"Tanto faz." Revirou os olhos. "Nos dividiremos, okay?"

Ao ver que todos balançaram suas cabeças assentindo, continuou:

"Zayn, você e Pezz procuram na área dos banheiros. Niall e Ben no lounge e Sophia vá até a ala Vip." Suspirou cansado. "No caminho reze para que ele não tenha a invadido de novo por causa do drink flamejante que servem lá."

Todos concordaram novamente, mas continuaram parados no mesmo lugar. Louis esticou seus braços para cima em indignação.

"O que ainda estão fazendo aqui?!" Perrie pulou com o grito. "Vão!"

Todos saíram em passos rápidos para procurar, e quando Louis virou as costas para fazer o mesmo, uma voz o interrompeu.

"Hey! E eu?" Liam resmungou.

Louis apertou os olhos e soltou o ar pela boca, se virando para ficar de frente com o dono da voz.

"Liam, hmm... Você pode..." Parou pensar no que um cara bêbado poderia ajudar. "Por quê você não vai até o bar, huh? Procure-o por lá. Caso não o encontre apenas sente em uma das banquetas e espere até que alguém apareça para te buscar. Sem novas bebidas, okay?"

O amigo se virou e saiu tropeçando nos próprios pés, lutando para não cair. Louis copiou sua ação, e a única diferença entre eles era que o menor estava sóbrio o suficiente para conseguir andar sem se desequilibrar.

Louis passou entre todas aquelas pessoas desejando que encontrasse o marido o mais rápido possível.

Ele amava enfiar-se no meio da multidão, dançar e sentir a vibração de cada um deles, mas no momento a única coisa que sentia era repulsa por causa do cheiro que exalavam.

Por Cristo, essas pessoas não conhecem o uso do antitranspirante? Pensou.

Grande parte daqueles que dançavam esbarravam e pisavam nos pés homem, que resmungava e distribuía cotoveladas em suas costas como forma de proteção.

Ele estava de saco cheio daquela boate.

Em primeiro lugar, ele nem queria ir até lá. Foi tudo ideia de Ben, um dos seus melhores amigos.

Conhecia o rapaz desde seus tempos de criança, quando costumavam jogar futebol em um campo improvisado no bairro em que moravam.

"Qual é, Tommo! Depois que você se casou nem parece se lembrar de como é sair com os amigos para uma festa. É uma ótima ideia! Juro que depois de hoje não te pressiono mais sobre isso e ainda deixo você escolher os filmes que assistiremos pelos próximos três meses. O quê me diz?"

É claro, Ben. Ótima ideia.

Agora Louis estava desesperado por ter perdido o amor da sua vida em uma boate cheia de cobras prontas para atacar.

Louis se ergueu na ponta dos pés para poder olhar acima daquelas pessoas, mas falhou. Era muito baixo.

Se enfiou no meio de todas as rodinhas de dança que conseguiu para ter certeza de que nenhum dos homens ali eram Harry. Sem querer, o confundiu com uma mulher e quase saiu puxando-a pelos cabelos, mas percebeu com tempo o suficiente para não cometer esse erro.

Em um outro grupo de dançarinos, jurava que um homem de abdômen definido (sabia porque sua camisa estava tão apertada que tinha impressão que poderia rasgar a qualquer momento) passou a mão em sua bunda. Lindo, mas não era Harry.

As luzes projetadas na pista de dança começavam a deixa-lo perturbado, principalmente por uma delas ser da cor prata e bater diretamente em seu rosto.

Levou as mãos até seus cabelos e agarrou os fios, os puxando com força. Os olhos ameaçaram umedecerem-se, mas Louis rapidamente olhou para o teto, impedindo que elas escorressem.

Por quê ele ainda confiava em Ben?

"É tudo sua culpa, seu bastardo chantagista." Murmurou.

Esperava que por ali não existisse nenhum tipo de Nick Grimshaw, se não enlouqueceria.

Nick era um caso da adolescência de Harry, e o homem parecia não tê-lo superado até aqueles dias.

'Grimmy', como era seu apelido, dava em cima de seu marido sempre que tinha a chance, e Harry, como um homem criado para ser o mais gentil e amável possível (Louis chamava isso de ser ingênuo), não o dava um fora.

'Saia de cima do meu homem, seu estúpido!' Louis queria gritar.

É claro que nunca o fez.

De qualquer forma, estava cansado de procurar. Sentia seus dedos doerem naqueles sapatos e os pisões que havia recebido não ajudavam muito. Isso sem contar o fato de que sua garganta e olhos queimavam devido ao ar que estava repleto de fumaça de gelo seco.

Saiu do meio daquela multidão abrindo caminho empurrando-os com o braço. Não se preocupou em pedir licença ou se desculpar pelos empurrões, estavam todos chapados demais para se importar.

Enquanto andava em direção a terra firme - o bar -, avistou Liam ocupando um dos assentos.

Pelo menos não se meteu em confusão, pensou.

Se jogou no lugar livre ao lado do amigo, apoiou os cotovelos no balcão e as mãos em seu rosto, começando a choramingar.

"Eu não consigo achar o meu marido, Liam." Suspirou. "O que eu vou fazer?"

"Nós vamos encontrá-lo, Lou." Bateu com a mão em suas costas forte demais e Louis fez uma careta.

"Eu espero que sim." Começou a batucar a madeira do guichê com a ponta dos dedos. "Será que eles o encontraram?"

Pegou o celular do seu bolso e rapidamente o ligou. Seu plano de fundo era uma foto dele e de Harry, quando haviam viajado para as Ilhas Canárias, em sua de lua de mel. Desbloqueou a tela e torceu para que o sinal pegasse dentro do local. Felizmente, o sinal pegava, e Louis se apressou em mandar uma mensagem no grupo que tinham em um aplicativo.

Louis: Vocês o acharam? Por favor, digam que sim *emoji chorando*

Zayn: Nope. Em compensação, perdi a Perrie.

Louis: Vá procurá-la, idiota!

Niall: eu e Ben não achamos nada :(

Louis: Acho que vou chorar

Sophia: Notícia feliz: ele não invadiu a área Vip hoje.

Louis: Por quê isso seria feliz???

Sophia: Desculpa.

Louis: Todos venham até o bar.

Perrie: Ok

Zayn: PERRIE

Revirou os olhos e bloqueou o celular, guardando-o novamente em um dos bolsos de sua calça. Passou os dedos entre os fios de cabelo e depois descansou-os em sua perna, parecendo angustiado.

"Sabe, Lee... Eu reclamo bastante das pessoas, e sou grosso na maior parte do tempo. Mas não é sério, você sabe. É brincadeira." Parou para pensar. "Bom, nem sempre." Balançou a cabeça e continuou. "Harry sabe disso. E ele me amou assim, com todos os meus defeitos." Os olhos começaram a lacrimejar. "Eu não posso perdê-lo. Ele é o amor da minha vida."

Secou depressa com as mãos as lágrimas que escorreram ao ver Sophia, Ben e Niall se aproximando de onde estava.

"Desculpe, amor." Sophia disse fazendo carinho nas bochechas vermelhas de Louis.

"Está tudo bem." Sorriu fraco. "Assim que todos chegarem procuraremos juntos."

"Okay." Sophia sussurrou.

Ela o abraçou e Louis retribuiu, a apertando forte. A mulher era como um anjo, não podia negar. Desde que começara a namorar Liam, dois anos antes, Louis logo se apegou. Gostava do modo que ela era séria e gentil, sabendo o que dizer nas horas certas, mas não deixava de lado o seu jeito brincalhona.

"O que Perrie está fazendo?" Niall disse rindo e Louis seguiu seu olhar.

Perrie estava no chão, engatinhando como um bebê, no meio de todas as pessoas. De repente, se levantou e saiu correndo até o bar e se escondeu entre as cadeiras de Louis e Liam.

Louis começou a rir e perguntou o que ela estava fazendo.

"Estou me escondendo."

"Isso podemos ver, Pezz." Ben disse. "Do que você está se escondendo?"

"Zayn." Sorriu divertida.

Ate Liam que estava quieto o tempo todo, começou a gargalhar.

Perrie se levantou do chão e passou os braços pelos ombros de Liam, apoiando sua cabeça na dele.

"Ele começou com a conversa sobre quadrinhos de novo?" Niall perguntou e riu.

"Sim!" Revirou os olhos. "Ele começou a falar sobre o Lanterna Verde ser o pior super herói e eu já estava, tipo, dormindo."

"Mas é verdade!" Louis disse com indignação. "Aquele anel não serve pra nada."

Perrie o encarou por um momento e virou as costas, indo para o outro lado do bar.

"Eu preciso de uma bebida." Ela gritou antes de ir.

Todos riram, menos Louis, que fez uma careta.

"Onde está Zayn?" Perguntou. "Estou cansado de esperar."

"Não sei." Respondeu Ben. "Vou procurá-lo."

"Não!" Louis gritou. "A prioridade agora é Harry, e iremos achá-lo."

Se levantou e pegou na mão de Liam, o puxando.

"Todos deem as mãos!"

Os amigos fizeram o que foi mandado e começaram a andar entre as pessoas.

"Estou me sentindo no jardim de infância." Reclamou Niall.

"Bom, Niall, talvez nós estejamos nele." Respondeu Ben, começando a rir em conjunto com o loiro. Louis os olhou com um olhar mortal e os rapazes fecharam os sorrisos na hora.

"Harry, eu vou te matar quando te encontrar." Louis disse para si mesmo.

No mesmo momento, uma música extremamente estranha começou a sair das caixas de som.

"Que porcaria é essa?" Escutou alguém dizendo ao seu lado.

O som parecia querer estourar os tímpanos de todos que ouviam, e, ao ruído agudo de um microfone com problemas, Louis olhou para cima tapando os ouvidos.

No lado de dentro da cabine do DJ, um homem dançava desengonçadamente, provavelmente o provocador de toda a confusão.

Vários seguranças tentavam subir para alcançá-lo, já que a cabine ficava em uma área mais elevada.

Louis olhou de volta para a cabine e parou de andar abruptamente, fazendo com que os amigos se chocassem uns contra os outros.

"Eu não posso acreditar." Falou pausadamente, parando com a boca aberta.

"Outch, Louis!" Ben gritou.

"Shhhh!" O de olhos azuis respondeu.

"Alô? Teste." As caixas de som reproduziram.

Todos finalmente olharam para cima, onde o DJ deveria se encontrar.

"Oh, meu Deus!" Sophia exclamou. "O que ele está fazendo?"

"Não faço ideia." Liam, já mais sóbrio, respondeu.

Harry começou a bater os dedos sobre o microfone para checar se o equipamente funcionava.

"Acho que está funcionando." Soltou um riso embriagado. "Queria dedicar essa música que eu mesmo fiz para meu lindo marido, Loueh."

A seguir, começou a fazer alguns barulhos estranhos com a boca, provavelmente tentando produzir uma batida de rap.

Na pista de dança, algumas pessoas gritavam mandando-o sair dali, enquanto outros riam e o incentivavam.

Antes que percebesse, mãos fortes agarraram seus braços e foi puxado para fora da área.

"Hey!" Gritou ainda segurando o microfone, possibilitando que tudo fosse ouvido. "Me soltem, seus brutamontes! Onde está a liberdade de expressão?"

"Não aqui, amigo." Um dos seguranças disse, tirando o aparelho de sua mão e em seguida o desligando.

"Vão expulsá-lo!" Niall disse gargalhando.

Os homens o arrastaram por todo o salão até a saída, e o rapaz chutava o ar à sua frente, tentando acertar algum deles. Um dos funcionários de terno preto puxou o braço de Harry para trás, o entortando, com intenção de fazer com que ele se controlasse, o que resultou com o cacheado urrando de dor.

"Estão o machucando!" Louis gritou.

Então, saiu correndo de onde estava , passando pela multidão empurrando todos que não saíram do seu caminho a tempo. Deixou os amigos para trás, enquanto os mesmos gritavam por seu nome e tentavam acompanhá-lo.

Louis, ao avistar as costas daquele que machucara seu marido, colocou mais força sobre seus pés. Corria como se sua vida dependesse daquilo, sem se importar com os tornozelos que, se antes já encontravam-se doloridos, naquele momento latejavam.

Não se lembrava exatamente quando fora a última vez que tivera que correr de tal forma, talvez quando ainda tinha seus vinte anos e costumava entrar em confusões com os amigos, e quando a situação ficava feia, corriam quilômetros e mais quilômetros até terem certeza de que haviam despistado os homens da lei.

Sem que o segurança pudesse perceber, Louis já havia pulado em suas costas, rodeando as pernas em sua cintura para se segurar. O pequeno, com o braço direito, aplicava uma chave de braço no homem, enquanto que com o esquerdo batia no topo de sua cabeça raspada.

"Solte meu marido, seu gigante estúpido!" Gritou, batendo com mais força.

O funcionário, furioso com a situação, soltou Harry e começou a balançar seu tronco violentamente, no intuito de derrubar o rapaz pendurado em suas costas. Agarrou as pernas de Louis que prendiam em sua cintura e começou a empurrá-las para trás, tentando desvencilha-las de si.

Talvez Louis tenha se distraído e afrouxado o aperto no pescoço do homem, porque o mesmo, de algum modo, mordeu fortemente o braço do menor, fazendo com que ele caísse no chão.

"Ele me mordeu!" Louis gritou, segurando seu bíceps machucado grunhiu de dor.

Foi então que a confusão começou: Niall, Liam e Ben, que até agora só observavam, partiram para cima do segurança, que se defendeu o máximo que conseguia sozinho.

Sophia correu até o menor, que ainda estava no chão. O ajudou a levantar e examinou a mordida em seu braço, ficando surpresa. O homem tinha belos dentes afiados, já que o ferimento tinha marcas profundas e sangue escorria em alguns pontos.

Louis não havia prestado atenção, mas ao olhar para os lados, percebeu que um círculo havia se formado ao redor da confusão. Malditos curiosos.

De repente, a música parou de tocar. Pôde ser ouvido uma gritaria distante, provavelmente daqueles que não sabiam ou nem se quer ligavam para o que acontecia mais adiante.

Dessa vez, uma voz grossa e ruidosas ecoou pelo lugar, fazendo com que o silêncio se instalasse e apenas alguns burburinhos fossem ouvidos.

"Peço, por favor, que os autores da confusão se retirem do estabelecimento agora, e se não saírem de boa vontade, serão expulsos à força." Fez uma breve pausa aproveitando para coçar a garganta, e em seguida voltou a falar. "Aos clientes que não estão envolvidos, peço que ignorem e voltem a se divertir. Tenham uma boa noite."

Ao fim de seu aviso, os garotos até tentaram continuar com as ameaças para cima do homem; ele havia machucado dois dos seus, não deixariam barato de jeito nenhum. Mas perceberam que não havia como, o grupo de seguranças havia sido reforçado, e logo foram arrastados e jogados porta a fora.

Os amigos sentaram, lado a lado, no meio fio da calçada em frente a boate. Ben estava com uma cara emburrada, alegando não ter tido tempo para se divertir; Niall apenas bocejava e dizia que estava com fome, enquanto os outros estavam quietos ou conversavam entre si. Louis estava feliz, embora. Não havia perdido o amor de sua vida.

[Dezembro de 2015; Presente]

Louis estava tendo uma crise de risos e Harry continuava com um bico nos lábios.

"Dias felizes, Hazz!" Sorriu. "Não fique bravo, olhando agora parece ser uma história engraçada."

"Não parece engraçada para mim." Bufou.

"Você parecia bem feliz fazendo aquelas batidas, se quer saber." Louis zombou.

"Bom, eu não quero." Harry travou o maxilar. "Eu nem se quer lembro de algo daquele dia."

"Claro, e eu acredito em você, amor."

"Oh, cale a boca!" Mordeu o lábio e passou as mãos entre seus cachos. "Isso é constrangedor!"

Louis riu mais alto e Harry revirou os olhos, decidindo trocar de assunto. Definitivamente não queria mais falar sobre aquilo.

"Então por quê não saímos para jantar?" Perguntou. "Podemos chamar nossos amigos."

"Eu gosto dessa ideia, babe." Harry sorriu com a resposta e apagou a luz do cômodo.

"Se é isso, irei dormir, então." Ele se desencostou da cabeceira e se deitou, puxando o lençol até seu pescoço. Louis copiou seus movimentos e se ajeitou sobre o colchão, virando para o lado direito, de costas para Harry.

"Boa noite, eu te amo." Harry sussurra.

"Yeah, eu amo você também." O menor responde, e fecha os olhos.

-

Havia se passado algumas horas, mas que, para Louis, parecia mais como uma eternidade. Não estava conseguindo dormir e já havia se revirado na cama, mudando de posição, incontáveis vezes.

Irritado, se sentou na beirada da cama. Esfregou os olhos e bufou, balançando freneticamente a perna esquerda em indício de nervosismo.

Olhou para o relógio no criado mudo e quis chorar: ainda eram três e vinte e cinco da manhã.

Cansado de ficar naquela situação, decidiu levantar. Procurou por seus chinelos-pantufa, mas não os encontrou, logo imaginando que estivessem de baixo da cama ou que Donut, seu labrador, havia o pego novamente para usar como mordedor.

O cachorro recebeu esse nome porque, quando os Tomlinson-Styles o compraram (Louis sabe que o certo era adotar, mas quando entrou naquele petshop, o pequeno filhote o olhou com uma cara de 'me leve para casa, por favor, seja o meu dono', e ninguém poderia resistir a isso, certo?), ele poderia ser considerado um animal com uma grande boca. Mordia e comia tudo que via pela frente, principalmente os chinelos de Louis. O caso é que, nos primeiros dias, o casal não conseguia concordar sobre o nome que ele receberia. Louis queria Rick, e Harry, Khalil (a partir desse momento Louis começou a se preocupar com os nomes que o marido escolheria para futuros filhos).

No terceiro dia de discussão, Harry comia um donut enquanto gritava que os nomes que Louis sugeria eram péssimos. O cachorro-sem-nome, como o menor costumava chamá-lo, pulou sobre o sofá e deitou-se perto de Harry, que afagou sua cabeça com a mão livre. E, quando o homem menos esperava, o cachorro abocanhou seu doce. Então, a partir daquele dia, todos passaram a chamá-lo de Donut, mesmo que parecesse uma péssima escolha.

Louis ficou de pé sobre o tapete felpudo e se espreguiçou, estalando os ossos das costas. Quando começou a andar e os pés descalços tocaram o chão de madeira gelado, estremeceu. O inverno daquele ano estava de matar, mas ele não se importava realmente, sempre adorou a estação.

Desceu as escadas lentamente no escuro, com medo de cair e rolar degraus abaixo (já havia acontecido uma vez). Quando a escadaria finalmente acabou, suspirou aliviado.

Ali em baixo parecia mais frio, então juntou as mãos em formato de concha e levou-as até a boca, soprando-as, na intenção de que o ar quente as esquentasse.

Bateu a dedo rapidamente sobre o interruptor, fazendo com que toda a área da sala de estar se iluminasse. Logo, procurou pelo controle do aquecedor, facilmente o encontrando jogado entre cobertas deixadas no sofá naquela noite, horas antes.

Aumentou a temperatura e foi até a cozinha, deixando o controle na ilha da mesma.

Louis, com preguiça de sair debaixo das cobertas, tomou a decisão de não beber uma xícara de chá antes de deitar-se. Maldita escolha. Tinha esse costume de tomar, pelo menos, um saquinho da bebida desde que era uma criança. O ajudava a dormir e ter uma boa e completa noite de sono.

O homem bufou e abriu uma das portas do grande armário, onde guardava especialmente os instrumentos necessários para fazer a bebida: uma caneca grande de inox, uma caixa com uma grande variabilidade de sabores e sua xícara favorita, onde, nem mesmo Harry, podia beber.

Tomou em mãos o que usaria e preparou, delicadamente e com maestria, a bebida perfeita, do modo que gostava.

Já sentado no sofá, Louis pensou sobre a lembrança que teve naquele dia. Como podia tanto mudar em tão pouco tempo?

Dez meses atrás Harry e ele ainda eram o casal perfeito: quase não tinham brigas, e quando tinham, logo se resolviam; se tratavam como iguais, sem que um fosse considerado melhor que o outro. A gentileza e respeito eram fundamentais e não deixavam que pequenos desentendimentos abalassem sua relação.

Louis terminou de beber todo o líquido da sua xícara e em seguida a colocou sobre a mesinha de centro. Deitou-se no sofá e enrolou os pés gelados na coberta azul e macia, procurando por uma posição confortável.

Podia sentir os olhos pesando, o sono estava finalmente vindo. Antes de apagar por completo, teve um último pensamento:

No que foi que nos tornamos, Harry? Nossa relação não está abalada, de fato. Mas por quê, então, eu me sinto tão quebrado?

Deixe seu amante, Harry. Deixe-o por mim.

[N/A]

oi!

Essa é a primeira fanfic que eu estou realmente escrevendo, então me desculpem se em algum momento ela não for 100%. Eu estou tentando dar o meu máximo e espero que gostem.

Queria pedir que prestem atenção nos flashbacks (que são muitos rs) e em suas datas, porque alguns são importantes.

Enfim, é isso. O meu twitter tem o mesmo user que minha conta no wattpad (louistgirI), então se quiserem me chamar, serão bem vindos.

Isabela.



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