Just a Year - (COMPLETA)

By alexia-macedo

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Rebeca mora em São Paulo e está no último ano do ensino médio. Tudo que ela quer é apenas aproveitar esse últ... More

Sinopse
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6 (bônus)
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25 (Especial 6 mil leituras)
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Capitulo 44
EPILOGO
Agradecimentos
Novidades para os leitores!

Capitulo 45 (Final)

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By alexia-macedo

O olho esquerdo do Brian está com uma mancha roxa enorme que me faz estremecer só de olhar. Sua boca está meio cortada e sua expressão é de extrema dor, pela claridade, suponho. Ele está com uma blusa grande cinza que combina com a calça de moletom. Seu rosto é indecifrável e sem dizer nenhuma palavra ele abre um pouco mais a porta, em um sinal de que eu deveria entrar.

Relutante, eu entro.

- Seus pais estão? – Pergunto assim que consigo encontrar um pouco de voz.

A ideia de estar sozinha na casa dele novamente é perturbadora. Principalmente depois de tudo que me aconteceu nos últimos dias. Eu realmente não estou muito forte. E muito menos sei o que estou sentindo.

Uma parte de mim quer pular em cima dele, prender minhas pernas ao redor da sua cintura e beijá-lo. Outra parte quer socar em cima do seu machucado. Outra parte quer apenas sumir.

Vim para aqui sem saber nem o que falar novamente. Apenas com o desejo de por fim de uma vez por todas a essa tormenta, essa procura louca por um amor que sequer existe. O desejo de viver um pouco sem me magoar. Sem ter que conviver com um espinho que entra cada vez mais a cada passo que tento dar para frente.

- Não. Quando acordei, eles já não estavam mais aqui. – Ele se joga no sofá e solta um suspiro profundo. Fico em pé ao seu lado, mexendo nos dedos sem fazer a menor ideia do que fazer, perguntar ou dizer.

- O que aconteceu? – Digo com a voz entrecortada. Ficar tão perto dele, com a sala escura e todo esse peso no meu coração está me machucando mais do que eu imaginaria que seria possível.

- Briguei em um bar ontem à noite. Nada demais. – Ele dá novamente de ombros e fecha os olhos. Sento-me ao seu lado colocando as mãos sobre os joelhos, ele abre os olhos e me encara. Tenho vontade de encolher até virar uma formiga.

- Acho que tem algo demais aí. Você foi ontem à casa da Penélope. Você estava me procurando.

- Sim, foi uma estupidez. – Ele olha para frente e então joga sua cabeça para trás, olhando para o teto. Em um ato reflexo busco sua mão em cima do sofá. No mesmo momento em que a toco sinto um curto circuito por todo meu corpo. E então tudo começa a ficar ainda mais confuso. Por que eu me importo tanto com ele?

- E quando que você não faz alguma estupidez? – Digo com as lagrimas já tomando conta dos meus olhos e um sorriso torto no rosto. Ele também deixa um sorriso escapar dos lábios. Não é alegria. Não é graça. É dor. Porque a verdade sempre dói, porém a mentira nos corrói.

- Eu não sou bom para você Rebeca! – O Brian diz com a voz embargada e eu engulo toda a saliva que acumulou em minha boca. Tento manter o ritmo da respiração normal, mas é uma tentativa falha. Ele levanta sua cabeça e se vira para mim, segurando minhas mãos. – Desde que nos conhecemos eu tenho agido como um moleque, mas eu sei que não sou assim de verdade...

- Eu acredito.

- Mas eu sou covarde. E por conta da minha covardia eu estou deixando a pessoa que me torna melhor escapar. – Ele respira fundo. – Eu terminei com a Cecilia. Eu descobri que ela não estava gravida.

Ele para e me analisa. Eu sei que deveria fingir uma expressão de surpresa e perguntar como isso era possível. Mas eu não consigo. Ele descobriu. Pelas mensagens da Penélope eu já havia imaginado que isso aconteceria, mas não assim.

Ele percebe minha falta de surpresa pela bomba que acabou de dizer. Sua expressão se transforma de curiosidade para fúria.

- Você sabia! – Ele diz incrédulo, soltando drasticamente minhas mãos. – VOCÊ SABIA DISSO! – Ele se levanta brutalmente e grita. Mesmo com a pouca iluminação na sala posso ver seu rosto ficando vermelho. Essa era uma boa hora para sair correndo, mas o máximo que eu consigo fazer é ficar em pé.

- Sim... – Abaixo minha cabeça e olho para meus pés. O que mais eu poderia dizer? O que eu poderia fazer?

- POR QUE DIABOS VOCÊ NÃO ME CONTOU? – Sua voz soa tão alta que faz eco na sala. Ele chega perto de mim e me segura pelos ombros, posso sentir toda a força que está fazendo, como se eu fosse sair correndo. Como se eu estivesse, nesse momento, conseguindo mandar em qualquer parte do meu corpo.

- Por que eu não sabia como dizer, nem se deveria dizer. Nem sabia se era verdade mesmo que ela não estava gravida. – Digo enquanto algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto. A expressão do Brian é uma mistura de frustração e raiva.

- Você... – O Brian respira fundo e me solta, me fazendo cambalear para trás. Ele passa as mãos pelos cabelos e respira fundo algumas vezes antes de continuar. – Você faz a menor ideia de como isso é importante? Você tem noção do tanto que meus pais encheram a minha cabeça? Você faz ideia do peso que teria tirado das minhas costas se tivesse me contado isso antes?

Eu respiro fundo e tento encontrar palavras. Abro a boca três vezes e fecho logo em seguida até conseguir pensar no que dizer.

- Eu estou farta. Cansada. Completamente exausta. Mesmo depois de tudo eu estava preocupada com você e o que poderia ter acontecido. Sinceramente, eu não faço a menor ideia do porquê de gostar tanto de você, pois a cada chance que te dou você pisa no meu coração. Estou completamente cheia do seu sentimentalismo barato, do seu coração vazio. Dessa sua personalidade fraca. Não te contei porque não tinha essa obrigação. Eu não tenho nada a ver mais com sua vida, Brian. E você, mais do que ninguém, sabe que não fui eu que escolhi isso. Então não venha me culpar pelas suas más escolhas. Não tenho a menor culpa da sua fraqueza, e se isso aconteceu contigo e você foi enganado, é porque se permitiu. Submeteu-se a isso. Eu estava aqui a todo tempo, sempre disposta a perdoar e te amar. Mas você achava que era perigoso demais. Agora tenta seguir seu caminho sozinho, porque estou lavando minhas mãos.

Respiro fundo e vejo que ele está sem reação. Sigo até a porta da sala e o deixo parado no meio da sala. Para a minha sorte o elevador chega assim que aperto o botão. No mesmo instante que entro vejo seu rosto na porta de sua casa. Uma única lagrima escorre pelo meu rosto e então as portas se fecham.

E só nesse momento eu me permito desmoronar completamente.

{...}

Após algumas horas chorando no meu quarto, eu me permito levantar e tomar um banho. Meu rosto está completamente grudado e salgado das lágrimas que escorriam sem parar, principalmente do momento em que cheguei. Na verdade não sei sequer onde encontrei forças de caminhar do elevador até aqui e me jogar nessa cama.

Olho para o relógio no corredor e vejo que já se passaram da meia-noite. Ufa! Dessa forma não vou ter que encontrar com a Vanessa e muito menos meu pai para lhe darem satisfação.

Após deixar toda a água lavar minha alma, sento-me no sofá, pego uma xicara de café e fico vendo a primeira coisa que aparece, é um talkshow americano. Não estou conseguindo absorver o que eles estão falando tão rapidamente e estou sem um pingo de paciência, mas faço de tudo para deixar minha mente ficar limpa por apenas alguns minutos, já que parece que tem milhares de bombas dentro dela nesse instante.

Desde o começo eu sempre soube que o Brian era problema. Eu sempre fui boa em reconhecer problemas de longe. E sempre fui melhor ainda de fugir deles. Entretanto, algo nele me fisgou. Como um peixe idiota que não consegue ver a enorme armadilha, eu fui. E, depois, por mais que eu tentava sair, não conseguia.

Mas agora chega.

Com todas as minhas forças, chega.

Não me importo se vou ter que conviver com ele por mais três meses na escola e no elevador, o que me importa é que eu realmente cansei de lhe dar novas chances. Cansei de esperar que ele tome alguma atitude e vire homem. Se eu não sou motivo o bastante para ele fazer qualquer uma dessas coisas, a vida vai ter que ser.

Escuto um barulho na cozinha e meu coração gela. Estava olhando tão fixamente para a televisão, que meus olhos estão ardendo agora. Me levanto, deixando na mesa da sala a xicara com o café. Ando devagar até entrar lá e vejo alguém. Antes que eu possa gritar a pessoa coloca a mão na minha boca.

E então ela liga a luz.

- Céus, Vanessa! – Falo assim que ela me permite. – Você queria me matar do coração?

- Desculpa, mas eu não te vi na sala, só queria beber água. – Ela ri um pouco. E eu balanço a cabeça ainda me recuperando do susto. – Acho que não é um bom momento, sua cara não está das melhores, mas preciso te contar uma coisa.

- Conta logo. – Digo sem muita paciência. Tudo que tiver para me saber é melhor que eu saiba de uma vez.

- Sabe aquele meu amigo que disse que você deveria ser modelo? – Balanço a cabeça afirmando. – Pois, agora o convite é oficial. Ele mostrou suas fotos em uma boa agencia em Milão e você sabe como é. Agora é um bom momento já que estão lançando as novas coleções. E a data é ótima para assim que você terminar a escola. Claro que vai dar tempo para você ir ao casamento de sua mãe, e tudo bem se você não quiser, mas pensa mais um...

- Eu quero! – A interrompo antes que continue me dando bons motivos para sair daqui. Qualquer coisa que me ajude a me encontrar e que me faça ficar longe do Brian para sempre nesse momento me parece a melhor opção. Além disso, é Milão!

- Como assim? – Ela parece bastante surpresa.

- Eu vou para Milão. – Dou um sorriso.



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