Um Beijo Encantado

By callmerozz

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Emma é uma linda plebéia. Acostumada por toda sua vida a ter o mínimo e se contentar com isso, ela encara, ne... More

Prólogo
Capítulo 1
Aviso
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Thank You!
Capítulo 11
Bryan & Gaia
Capítulo 12
Músicas!
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Comunicado!!!
Capítulo 20
Capítulo 21
Vídeos das Músicas
Capítulo 22
Capítulo 23
AGRADECIMENTOS
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Epílogo- As Dez Cartas

Capítulo 6

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By callmerozz

*Emma narrando*
O dia estava passando vagarosamente. A ansiedade para a festa de amanhã estava me consumindo por dentro.

Eu comecei a suar frio quando o Jaime Lacques, um designer famoso em todos os reinos, chegou ao castelo com vários panos finos, espartilhos, crinolinas, chapéus, colares, pulseiras, e várias outras peças de vestiário.

O homem vestia uma calça de couro amarela, com um sapato de bico de couro de jacaré. Sua camiseta era de uma seda rosa e estava dentro da calça. Um casaco vermelho.

Em minhas imaginações de antes, eu pensava em Jaime como um homem cheio de classe, que adorava cores neutras e estilo clássico. Nada de cores vivas e sobrepostas.

Ele olhou para mim. Deu um sorrisinho. E disse:

-Você é Emma?

-Sim- respondi.

-Você não tem sobrenome, querida?

-Tenho sim, mas prefiro não divulgá-lo. É vergonhoso.

-Entendo.

Jaime era um homem muito sério, apesar de toda a sua extravagância. Seus olhos eram de um brilho feroz e obcecado, um pouco voraz, ameaçador. Seu sorriso era cínico e amarelo. Seus cabelos eram levemente ondulados numa cor bem clara, quase branca e podia-se ver o início de falhas no topo de sua cabeça, logo iria ficar careca.

Suas mãos delicadas passeavam pela fita métrica enquanto esta media todas as proporções de meu corpo. Toda vez que ele tirava alguma medida, ele confirmava duas vezes mais, para ter certeza e lançava um olhar firme e impressionado para a fita. Por fim, ele sentou-se e tirou de uma pasta larga um caderno de capa de couro, como um diário, mas bem maior.

Ele também tirou da bolsa um lápis de carvão bem apontado e com ele, começou a desenhar no caderno. Suas mãos rabiscavam esboços agilmente e ele continuava sério. De vez em quando, ele rasurava os seus esboços e fazia de novo. Depois de muitos minutos concentrado no caderno, o estilista levantou-se e pegou um amontoado de panos coloridos, agulhas e linhas. Sua boca fina se abriu em um sorriso orgulhoso e ele começou a trabalhar. Enquanto isso, eu observava tudo atentamente.

Depois de alguns minutos, ele percebeu que eu continuava na sala e mandou-me sair, dizendo que deveria ser uma surpresa. Então, andei perdida por aquele palácio enorme. Andando pelos longos corredores, acabei parando num lugar abafado e cheio de encarregados trabalhando. Havia um fogão de lenha aceso e várias panelas jaziam em cima de suas poderosas chamas. Vi uma mulher muito simpática, de cabelos grisalhos, vestindo uma veste simples de algodão e um avental estava apoiada no fogão, mexendo as panelas com colheres de pau.

Ela tinha olhos doces e seus cabelos estavam bem presos em grampos. Ela gritava coisas com várias pessoas e parece que tinha dois auxiliares. Era possível ver o suor escorrendo pela sua testa devido ao calor que vinha da fumaça e seu ritmo respiratório era rápido e preocupado. Ela virou um pouco a cabeça e seus olhos pararam em mim. No mesmo instante, sua testa enrugou-se ao mesmo tempo em que ela sorria. Uma expressão de dúvida.

Ela gentilmente veio até mim, pegou-me pelo braço e levou-me de volta ao Salão Principal, onde grandes velas e candelabros de ouro já estavam sendo posicionados a fim de proporcionar a iluminação correta à festa. Tudo estava bem corrido e os funcionários andavam para lá e para cá, arrumando coisas ali e coisas aqui. No Salão Principal, todos prestavam atenção nas chiques decorações e seus lugares adequados. Nenhum deles sequer pareceu notar minha presença.

Andei do Salão Principal para o Saguão de Entrada, onde a escada que levava aos quartos estava sendo coberta por um longo tapete azul, e, no corredor que levava ao Salão, estendia-se um tapete vermelho chamativo. Tudo parecia em perfeita ordem, nos lugares adequados e organizados corretamente. Eu observava toda aquela correria como alguém que via tudo de fora, tudo pela primeira vez. Todo aquele estresse era novo para mim, e eu não conseguia entender nada que eles gritavam. Parecia códigos.

Eu saí do Palácio e fui direto para a macieira, sob a qual me sentei ainda mais cedo. Ela ficava no cume de um vale e era possível ver quase toda a cidade dali. Até mesmo o pobre setor da vila onde eu morava. A estrada de terra estava cheia de buracos e pessoas circulavam por todo lado em seus cavalos. Lá, do outro lado, podia-se ver o Castelo Fortmess e toda a sua magnificência. Na estrada, já aproximando-se do Palácio do Lorde, vinha um cavaleiro, galopando rápido.

Quando eu o vi, entrei no Palácio novamente e, pela janela do meu quarto, pude enxergá-lo melhor. Seus cabelos eram loiros e quase chegavam aos ombros e sua postura real podia ser vista de longe. Ao chegar à porta do Palácio, o jovem cavaleiro apeou seu cavalo e amarrou-o em uma árvore. Andou calmamente até a porta e bateu. Com toda a correria, nenhum funcionário abriu a porta então, eu desci até lá e abri a porta para ele.

A imagem que eu vi fez-me ficar estática. Seus olhos eram de um azul gelo, e seu maxilar era másculo, bem quadrado. Uma barba rala e loira cobria-lhe o queixo e sua boca estava séria. Ele sorriu e arrumou o cabelo, que estava um pouco desgrenhado devido à galopada. Disse:

-Olá! Eu sou o Príncipe Chace, de Méssia. E você é...

-Emma, futura Lady deste Palácio.

-Emma! Prazer em conhecê-la! Podemos conversar por um minuto?

Eu olhei em volta, ninguém parecia notar aquele bela jovem parado na porta. Ou, se alguém o tinha visto, parecia não se importar. Chace permanecia ali, com um sorriso de lado e as mãos no bolso da calça de algodão branca. Ele parecia indiferente quanto aos funcionários, despreocupado. Diante disso, eu disse:

-Prefere falar aqui ou quer ir a um lugar mais reservado?

-Ali está bom, perto de meu cavalo. Só tenho um recado do Rei para você.

-Tudo bem.

Um recado do rei? Um recado do rei! Minhas emoções eram paradoxas entre si. Eu não sabia se devia sentir medo, ou se devia ficar animada, ou nervosa, ou apreensiva, ou se deveria parecer interessada e séria, ou se deveria sentir tudo e não deixar transparecer nada além de uma face sem expressões.

-Não precisa sentir-se apreensiva, Mi Lady, é só um simples recado do rei.

-Então, diga logo! Estou aqui morrendo de ansiedade!

Ele riu, uma gargalhada contagiante.

-O Rei pergunta se, por acaso, Mi Lady não estaria precisando de nada para o Palácio. Ou, se prefere ganhar vestes ou jóias.

-Ah não! Não preocupem-se com isso! Presentes não são tudo que importa! Eu ficaria grata somente pela sua honorável presença.

-Sua humildade é bastante comovente, Mi Lady. Vou avisá-lo de que você disse que qualquer coisa seria ótimo.

-Tudo bem!

Então, o Príncipe subiu em seu cavalo novamente e saiu cavalgando de volta ao grande castelo.

*No outro dia*

O baile estava prestes a começar, e eu estava sendo preparada por uma equipe de mulheres encarregadas de me maquiar, arrumar meu cabelo e ajudar-me com o vestido. Elas eram bastante gentis e conversavam bastante, tentando acalmar meu nervosismo.

Mariah, era uma mulher bem magra, com cabelos pretos e lisos. Ela era a responsável pela maquiagem. Ela não trabalhava no castelo, assim como as outras duas, mas ajudava em cerimônias como essa. Ela era a mais séria das três, mas, mesmo assim, conversava bastante, sobre assuntos distintos. Era uma mulher de classe e elegância, com boas maneiras.

Kelly era a mais faladora. Ela era expert em cabelos e penteados. Não tinha tanta elegância como Mariah, é claro, afinal, ela era mais divertida. Com seus olhos verdes quase castanhos e um olhar extravagante, ela era muito amigável e sabia dar notícias de tudo. Seus cabelos eram curtos e bem cacheados, castanhos e já podia-se ver alguns fios brancos surgindo em sua raiz.

Johanna era a mais nova das três. Ela dizia que queria ser modelo de passarela e que sempre quis trabalhar com Jaime Lacques. Seu corpo era espetacular e seus olhos eram espertos e tão escuros que era quase impossível enxergar sua pupila naquele mar de escuridão. Mas, dentro deles, você podia ver um leve brilho malicioso, que dava àqueles olhos um toque especial. Ela iria me ajudar com o vestido.

Quando eu estava pronta, resolvi me olhar no espelho. O visual final estava simplesmente fantástico. Eu estava admirada com o trabalho espetacular que Jaime havia feito naquele vestido. Eu estava linda! Nunca havia imaginado que um dia eu poderia ficar linda assim! O que uma produção profissional não era capaz de fazer!?

*Charlie narrando*

Quando a hora do baile começava a aproximar, resolvi começar a arrumar.

Primeiramente, um banho bem tomado, com direito a espuma de lavanda. E depois, uma decisão que mudaria muito as coisas: minhas vestes.

Então, vejo em cima de minha cama uma caixa branca, com uma fita vermelha. Tinha um bilhete que dizia:

"Este é um presente para você, meu filho. Queria redimir-me por maltratar você daquela maneira, naquela manhã em que foi anunciado o noivado de seu primo. Eu sinto muito.

Seu pai"

Abri a caixa e dentro encontrei um dólmã branco, todo costurado com fio de ouro em seda. Ninguém no reino poderia ter aquela veste. Nunca. Provavelmente, custou a meu pai uma fortuna. Uma faixa se encontrava bem debaixo do dólmã. Era azul e nela, tinha o brasão real, algo que poucos tinham autorização e autoridade de usar. A calça era azul escura, assim como a faixa, e, em suas laterais, haviam duas listras douradas.

Quando terminei de vestir-me, percebi que eu estava simplesmente perfeito para a ocasião. Vestido adequadamente para um Príncipe. Príncipe Charlie, o Sucessor.

Meu cabelo ruivo ainda estava despenteado, então, cobri-o de gel e, com o pente, coloquei-o para cima, num topete. Mas, achei que um topete nas era o penteado adequado para a situação, então desmanchei e joguei-o para o lado direito, um pouco levantado, fazendo uma leve onda e, ainda, formando um topete formal.

Eu estava pronto.

********************************************************************************************

Olá pessoinhas do meu coração.... Que prazer estar aqui com vocês novamente. Eu sei que eu andei meio perdida, faz um tempinho que eu não posto, mas o problema é que eu não sabia direito como eu iria fazer , organizar, todo o baile e como seria toda a correria dos empregados, essas coisas.

Foi aí que eu perguntei para uma amiga como ela imaginava um Baile da Corte e ela foi me ajudando nessa parte. Bem, se vocês quiserem ler o livro dela, o título é Amor de Cowboys e ela está escrevendo em parceria com uma outra amiga minha, a autora de Histórias Cruzadas. Deem uma checada nesses dois livros.

Enfim, eu queria pedir desculpas pelo atraso e pelo tempinho que eu passei escondida de vocês. Eu não tenho certeza se eu vou postar nos finais de semana agora e no outro. Época de provas, sabem como é.....

Bom... Eu vou ficando por aqui... Beijos de Nutella e....

Fui!



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