Antes de começar esse capítulo, queria dedicar os posts de hoje à TiAtwood que fez aniversário ontem. Infelizmente não consegui postar ontem como prometido, mas acho que um Parabéns atrasado, mas de coração vale mesmo assim né?
Desejo que você tenha então muitos anos de vida pela frente ainda. Que Deus te ilumine e te traga todas as boas vibrações para que você conseguir alcançar todos os seus objetivos e realizar os seus sonhos. Que a sua vida seja repleta de alegrias e de pessoas que te amem muito!Esse post como prometido é dedico à você e um pequeno presente de aniversário!
Espero que goste e uma boa leitura!
Isso vale pra todas ;)
Bjus ^^
Na manhã seguinte Anahí acordou e encontrou sua cama vazia. Por um segundo acreditou que a noite passada havia sido um sonho. Foi então que viu uma rosa vermelha sobre o colchão acompanhada de um bilhete.
"Fui obrigado a me afastar e vestir-me em outro quarto para tomarmos nosso primeiro café da manhã juntos com toda a corte. Logo as empregadas ou alguém de sua confiança virá ajudá-la a vestir-se e nos encontramos de novo.
Com todo meu amor, A.H"
Anahí beijou o papel e em seguida levou a rosa até o nariz. Fechou os olhos e suspirou ainda sem acreditar que aquilo estava acontecendo, será que estava sonhando? Uma batida na porta a despertou e radiante ela pulou da cama afastando a saia do vestido e os lençóis. Assim que viu Dulce, a abraçou e a levou pra dentro do quarto.
- Oh minha irmã! - quando a soltou estava com olhos marejados. - Alfonso está vivo, enfiou-se em alguma parte deste castelo, mas está vivo. - riu mal podendo acreditar nas próprias palavras.
- Eu sei minha irmã, há alguns dias ele apareceu aqui e quase matou-me de susto. - Dulce sorriu.
- Você sabia!... Sabia que era com ele que iria casar-me?
- Sim, todos sabiam, incluindo Alfonso. Mas não podíamos contar a você, é contra as tradições do casamento. Todos foram instruídos a não dar quaisquer informação sobre o noivo. Era assim antigamente, a noiva aceitava o casamento, sem conhecer o noivo. E em algumas ocasiões, o noivo também não sabia nada sobre a noiva.
- Não sabes como me senti quando o vi na minha frente, é como um sonho Dulce.
- Um sonho que é totalmente realidade, do qual poderá desfrutar sem que ninguém lhe faça algum mal.
- Aonde ele está? - Any perguntou às pressas quicando no chão.
- Vim ajuda-la a vestir-se e logo irá vê-lo outra vez. - Dulce sorriu. - Não sabes como estou feliz em vê-la assim.
- E eu minha irmã? Ousou dizer que sou capaz de explodir de tanta alegria. - Anahí abriu os braços querendo gritar. - Mal posso crer que me livrei daquele velho asqueroso. - correu até a cama e se jogou nela, era possível sentir o perfume de Alfonso misturado ao dela.
- Não tens ideia do quanto me alegra vê-la assim. Radiante! - Dulce sorriu. - Recuperaste sua alegria de viver minha irmã e finalmente poderei ser totalmente feliz sabendo que sentes o mesmo que eu.
- Eu estou feliz minha irmã, muito. - Any sorriu sentando na cama.
- Ora então levante-se e venha, devo aprontá-la o mais rápido possível.
Anahí obedeceu e avistou a crinolina em cima do sofá, junto com seu vestido de noiva.
- Temos que usar isso? - apontou a crinolina.
- Oh não, graças ao bom Deus não. Exceto nos bailes que o rei e a rainha tão e eventos formais, como casamentos. Foi ordem da rainha, a própria Isabel me contou o quanto odeia este aparato.
- Oh que alívio, deveras incomoda demasia. - Any suspirou.
- E então?! - Dulce sorriu e foi até o armário. - Qual destes vai escolher?
Anahí abriu a boca pasma ao ver tantos modelos na sua frente. Azuis, brancos, vermelhos, perolados, lilases, havia pelo menos uns quinze vestidos ali. Todos eram bordados, com pedras, rendas e outros enfeites. Pareciam tão delicados que a tarefa de coloca-los no corpo sem rasga-los parecia impossível.
- Quando... São todos meus?
- Sim, aqui na corte temos inúmeras modistas, o rei ordenou que os vestidos ficassem pronto até o dia de sua chegada. Seu marido, lhe comprou todos eles.
- Alfonso?! - questionou pasma. - Mas são muitos!
- És uma Infanta agora, deve vestir-se de acordo minha irmã. Mas não precisa preocupar-se logo irá acostumar-se com o modo de vida da corte e eu sou a encarregada de ajuda-la nesta tarefa.
Anahí sorriu se sentindo tonta com tanta informação. Em 24 horas sua vida havia virado do avesso.
- E então qual deseja usar?
- Alguma sugestão senhora Infanta? - Any cruzou os braços sorrindo.
- Sugiro o azul. Combina com a ocasião, representa a doçura de seu caráter e deixará seu marido fascinado.
- Então será o azul. - Any assentiu satisfeita.
O Duque levantou-se de sua mesa quando Manoela entrou em seu escritório trazendo a correspondência.
- Alguma notícia de minha esposa?
- Não senhor. Nenhuma novidade. - Manoela negou. - Faz dê mais alguns dias senhor Duque, sua esposa provavelmente chegou à corte na tarde de ontem.
- Está certo, tens razão, retire-se, por favor.
Manoela assentiu e com um aceno de cabeça deu as costas e saiu fechando a porta. Ao entrar no quarto de sua senhora ela viu o quarto impecavelmente em ordem. Juntou as mãos e orou.
- Que Deus a ajude e permita que nunca mais a senhora ponha os pés aqui.
Christopher riu encarando o primo que impaciente andava de um lado pro outro dentro do quarto.
- Quer causar um buraco no chão de madeira primo?
- Por que está demorando tanto? E por que tem que ser assim? Já estamos casados, Anahí é minha de todas as formas possíveis, porque não posso ficar com ela? - reclamou.
- Porque nosso tio gosta das tradições e ainda mais de segui-las à risca. Dê os minutos necessários está bem? - Christopher pediu.
- Acho que essa tradição já deveria ter se dado por encerrada.
- Os boatos sobre o seu retorno logo irá espalhar-se, deixe nosso tio fazer tudo como manda a tradição. Queres correr algum risco de perder-se de Anahí outra vez?
- É claro que não.
- Então não sejas teimoso e obedeça, em minutos estará com ela.
Uma batida soo na porta. Christopher a abriu e viu uma das empregadas do palácio.
- O rei ordena que o senhor desça. - avisou fazendo uma reverência.
- Obrigado, estou indo. - Christopher sorriu. - Até breve, primo. - piscou pra ele e saiu fechando a porta.
Alfonso andou de um lado pro outro dentro do quarto até não aguentar mais esperar.
- Ao diabo a tradição! - resmungou e saiu do quarto.
Atravessou o corredor a passos apressados e encontrou a mãe na metade do caminho.
- Vejo que alguém aqui é desprovido da capacidade de esperar. - Elizabeth cruzou os braços.
- Onde ela está mamãe?
- Vá para o final do corredor e espere lá, sua esposa virá-la encontra-lo. - avisou e saiu.
Alfonso suspirou e fez o que lhe foi ordenado. Parou no final do corredor bem no topo da escada. Há frente dele encarou o final do outro corredor e a outra escada. Ambas as escadas começavam separadas no topo até se encontrarem na metade e formarem uma só.
O coração de Alfonso disparou quando finalmente ele avistou Anahí surgiu no final do outro corredor. Como se suas pernas tivessem vida própria ele saiu de onde estava e foi na direção dela. Anahí também desceu as escadas, mal conseguindo conter as batidas frenéticas de seu coração.
- Estás linda meu amor!
Anahí sorriu sentindo o rosto pegar fogo. Dulce tinha razão, Alfonso adorara a escolha de seu vestido. Segurando sua mão Alfonso depositou um beijo na palma. Olhando em volta ele se certificou de que ninguém estava vendo e segurou o rosto de Anahí entre os seus beijando-a.
O coração dela errou uma batida e disparou ao sentir o sabor dos lábios dele. Se fosse comparar com algo, diria que a sensação lhe causava borboletas no estomago e lhe despertava uma alegria tão grande que doía. Ao se afastar Alfonso sorriu e fez uma reverência à ela.
Anahí sorriu e tomando cuidado para não fazer nenhuma besteira retribuiu a reverência.
- Não tens noção do quanto sonhei com este momento. - estendeu o braço pra ela.
- Creio que sonhou com ele tanto quanto eu. - Anahí sorriu dando o braço pra ele.
- Aguardo ansioso pelo momento em que ficaremos a sós outra vez. - ele sussurrou.
Anahí sorriu e mordeu o lábio desejando o mesmo. De braços dados os dois desceram as escadas, o silêncio do palácio era tanto que Anahí ouvia apenas o barulho de seus passos e seu vestido arrastando no chão.
Ao chegarem a enorme sala de baquete, Anahí assustou ao ver todos os membros da corte posicionados numa fila. De um lado os homens: o rei Filipe, Joaquim, Arthur, Christopher e os jovens príncipes Christian e Fernando. Do outro lado as mulheres: a rainha Isabel, Jane, Elizabeth, Dulce e a jovem princesa Maite.
Alfonso conduziu Anahí pelo corredor entre eles, enquanto os mesmos batiam palmas comemorando.
- Felicidades aos noivos! - Filipe sorriu fazendo uma reverência a eles.
Uma pétalas de rosas surgiu do nada e quando Anahí viu Dulce a estava abraçando.
- Fizeram isso com você? - Anahí perguntou confusa.
- O cortejo do primeiro desjejum dos noivos é uma tradição antiga. - Dulce sorriu.
- Senhora Infanta, fico feliz em tê-la como parte da família, seremos como primas-irmãs agora. - a princesa Maite se aproximou, era a primeira vez que a garota falava com ela.
- Obrigada princesa. - Anahí lhe fez uma reverência.
- Obrigada pelos votos, logo celebraremos o seu casamento. - Alfonso sorriu.
Maite forçou um sorriso e se afastou o rosto corado. Isabel foi a próxima a lhe fazer os cumprimentos.
- Vem vinda a família.
- Obrigada majestade. - Anahí sorriu se curvando.
Depois de todos na fila cumprimentarem os dois. Ambos se sentaram um ao lado do outro ficando ao lado dos pais de Alfonso, enquanto Dulce e Christopher se sentavam ao lado de Jane e Joaquim.
Após tomar um café da manhã Anahí subiu para o seu, queria procurar em sua mala, o casaco de Alfonso e finalmente devolver à ele. Queria ver Alfonso usando-o outra vez, agora que ela não necessitava mais do casaco para ter uma lembrança dele. Porém eram tantos corredores dentro daquele enorme palácio que como era de se imaginar ela acabou se perdendo.
Estava prestes a pedir ajuda, quando dois braços a envolveram pela cintura e a prensaram de encontro a parede. Os lábios de Alfonso logo estavam sobre o dela calando seus protestos.
- Alfonso... Estás louco? - ela sorriu enquanto o empurrava pelos ombros.
- Louco de amor por você. - Alfonso sorriu. - Não sabe o quanto fiquei feliz quando a vi subir desacompanhada, imaginei que se perderia e por isso a segui.
- Alguém pode nos ver, onde fica nosso quarto. - Any sorriu.
- Do outro lado, mas creio que não poderei esperar chegarmos até ele. - sussurrou acariciando seu rosto.
Alfonso afastou a franja dela que lhe caia nos olhos e estava prestes a beijá-la outra vez. Foi quando viu uma cicatriz logo acima da sobrancelha que a poucos minutos atrás estava escondida.
- Que cicatriz é esta, meu amor? - Alfonso estreitou as sobrancelhas.
- É... - Any mordeu o lábio e abaixou a cabeça.
- Ontem à noite não reparei nela, mas posso afirmar que você não tinha está cicatriz quando nos conhecemos. - Alfonso observou sério.
- Eu a consegui em minha noite de núpcias com o Duque. - Any abaixou a cabeça lembrando daquele pesadelo. - Pra afastá-lo eu menti dizendo que esperava um filho seu. Isso o enfureceu e ele me jogou de encontro a um armário. Me lembro de bater a cabeça com força e quando ele saiu, só pude trancar a porta de meu quarto antes de desmaiar no chão.
[...] - Pois é a verdade! - ela afirmou com os olhos marejados. - Me entreguei à Alfonso antes que viajasse, algo me dizia que eu tinha de fazê-lo e eu fiz e não me arrependo. O senhor forçou-se a casar-me contigo, ameaçou minha família, minha irmã e meu cunhado. Lembre-se do que o padre lhe disse na igreja: essa é a consequência deste casamento forçado.
- Sua vagabunda! - ele gritou e lhe desferiu um tapa. - Meretriz imunda! - agarrou Anahí pelo braço. - Eu deveria matá-la pelo que acabou de me dizer.
- Pois então me mate, prefiro a morte a ser sua esposa! - Anahí respondeu enchendo-se de coragem.
O Duque a soltou jogando-a de encontro ao armário. Anahí bateu a cabeça com força na madeira e caiu no chão sentindo-se a beira da inconsciência. Esforçou-se para manter-se acordada, tinha medo de desmaiar e o Duque aproveitar-se disso. [...]
Alfonso que escutara tudo sentiu a raiva crescer dentro dele em cada palavra. Deu um soco na parede quando sua ira ultrapassou limites que ele não podia mais conter. Anahí sobressaltou-se assustada diante da raiva dele. Nunca vira Alfonso tão furioso antes.
- Desgraçado! Isto não vai ficar assim. - disparou pelo corredor.
- O que vais fazer? - Anahí o seguiu às pressas preocupada.
- Irei mandar uma carta à ele, não em meu nome obviamente, mas uma convocação para que venha ao palácio imediatamente. Não esperarei mais um segundo sequer pela chance de acertar as contas com ele.
O coração de Anahí parou de bater ao ouvir aquelas palavras. Com os olhos marejados e petrificados ela encarou Alfonso temendo pela desgraça que certamente aconteceria quando os dois se encontrassem.
- Por favor, eu lhe imploro, meu marido. Não faça isso!
- Perdoe-me, meu amor, mas não posso ficar calado depois do que me contou.
Sem lhe dar ouvidos Alfonso desceu as escadas com Anahí atrás dele. Quando entraram na sala de banquete, todos ali ainda conversavam animados.
- Desejo falar a sós com o senhor, meu tio e vossa majestade. - Alfonso irrompeu na sala.
Filipe ficou de pé e com um aceno de cabeça ordenou.
- Venha comigo!
Alfonso seguiu Felipe e prestes a chorar Anahí viu os dois se retirarem.
- O que houve minha irmã? - Dulce se aproximou preocupada.
- Meu marido, deseja a presença do Duque aqui. Quer vingar-se por tudo o que aconteceu.
- Eu disse à Alfonso para esquecer isso. - Christopher suspirou ficando de pé.
- Se eles se encontrarem, receio que uma desgraça irá acontecer. - Anahí suspirou.
- Vou falar com meu filho. - Arthur ficou de pé e se retirou.
- Fique calma querida, não vai acontecer nada. - Jane e Elizabeth se aproximaram.
- Confie no rei querida, ele tomara a melhor decisão. - a rainha Isabel encarou Anahí.
Any encarou Dulce e enxugou o rosto tentando se manter otimista. Não queria que Alfonso e o Duque se encontrassem.