Corro por entre a folhagem, tenho pouco tempo até notarem que eu fugi. Tento não tropeçar nos ramos sem qualquer vida no chão. Assim que encontro um pequeno caminho, em terra, começo rapidamente a segui-lo. Deve dar à cidade certo?
Sei que não irei conseguir fugir da América e também não irei passar muito tempo fora do laboratório, mas pelo menos sentirei a natureza. Nem sei o porquê de eles me manterem lá. Eles podiam matar-me, sei Assim que os meus pés descalços calcam uma superfície bem mais dura e menos incerta que as folhas, juntamente com a lama do dia anterior, que foi causada pela chuva. Elevo o meu olhar, arregalando-o de seguida. Lobos a lutar, homens nus e semi-nus. Oh deus. Observo todo o terreno. Dois lobos encontravam-se no meio de uma roda, formada por humanos, acho, a lutarem. O mais pequeno, do mesmo tamanho que um lobo normal, enfrentava um lobo preto, gigante, mais ou menos do meu tamanho.
-Gato híbrido!-Ouço um dos homens a gritar e arregalo os olhos. Vejo que agora que todos os olhares, incluindo o do lobo preto, se dirigem para mim, alguns irritados, outros confusos, mas o do lobo negro era... diferente, parecia, feliz. Só se for para me comer. Assusto-me assim que alguns homens transformam-se em lobos, rapidamente viro-me e volto a correr pela floresta, mas desta vez com lobos atrás de mim. Terror, é o que estou a sentir. Eu sei que não vou conseguir escapar, mas vou tentar, eu vou correr pela minha vida. Mantenho o meu olhar no caminho, tentando não tropeçar, se cair é o meu fim. Passava por entre as árvores fugindo para longe do caminho que tinha anteriormente entrado. Avisto uma pequena clareira, pelo canto do meu olho e dirijo-me até à mesma, encarando um pequeno riacho. Não sinto os meus músculos das pernas. Sento-me no chão, perto , tentando recuperar da correria.
Mergulho a minha pequena mão no pequeno percurso de àgua e passo-o levemente pelo meu pé, sentindo as feridas a arder. Suspiro, tentando estar quieta, porque sei que pode estar aí um lobo-ou lobos-, à minha procura, para me matar.
Ouço uns passos, mais exatamente, sons de folhas secas a partirem, atrás de mim. Viro-me rapidamente e observo o grande lobo preto a olhar-me com os seus olhos vermelhos.Passo rapidamente para o outro lado do riacho, entrando na floresta, começando a correr, sujando e magoando os meus pés. Sinto as minhas pernas a falhar e caio desamparada no chão, sinto as minhas bochechas a serem molhadas pelas pequenas lágrimas que me escorriam pela cara.
Elevo a cabeça e o mesmo lobo aparece-me à frente e eu assusto-me, tentando-me levantar, mas falho na tarefa, caindo, outra vez, no chão. Olho de olhos arregalados para o mesmo e sinto a minha ansiedade e o medo a subir cada vez mais. Respiro fundo, começando a gatinhar, tentando fugir, pois não confiava nos meus pés e estava completamente exausta. Suspiro assim que vejo o riacho novamente. Porque é que ele simplesmente não me mata? Sou um alvo demasiado fácil. Chego-me para a borda do mesmo, observo pela primeira vez o meu reflexo em anos. Finalmente consegui ver-me a mim própria, já passaram alguns anos desde a última vez. O meu cabelo, preto, demasiado preto-um pouco castanho, pois estava sujo-, o que combinava com as minhas orelhas, os meus olhos, azuis e a minha pupila, com duas extremidades em bico, três finos riscos em cada lado da minha cara, provavelmente bigodes, parecia mesmo um gato, na verdade, os lobisomens vêm-nos como um brinquedo, sexual, ou não.
Viro-me rapidamente quando me lembro que tenho um lobo atrás de mim e observo o seu pelo brilhante e os seus olhos, que me observavam atentamente. A sua pata direita dá um pequeno passo na minha direção, mas mantenho-me quieta, olhando-o insegura, mas os seus olhos de alguma forma mantinha-me estranhamente bem. As suas patas dirigem-se agora lentamente até mim, parando à minha frente.
É o meu fim.
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Olá!
O que acharam? Continuo?
Podem partilhar a fanfic(Assim como eu o vou fazer) se gostarem?
Minnie