Bruno Narrando
Dizem que curiosidade é algo sério. Podemos dizer que nunca fiquei tão curioso como estou agora.
Ela me olhou assustada e eu começei a rir:
— O gato comeu sua língua? Quem tu ama?
— Quem e-eu amo?
Só conseguir rir.
— Sim?
— Amo...Minha mãe!
Acho que ela esqueceu que tínhamos platéia.
— MENTIRA! - Gritaram diversas pessoas.
Percebi que a Gabriela fuzilou todas as pessoas com olhos. Mais elas não ligaram e continuariam gravando.
— Eu..
— FALA LOGO! — Nossa "platéia" estava mais nervosa que eu.
— Eu amo você
Ela disse e correu.
Todos começaram a bater palmas e assobiar. Eu rir e fui procurar ela.
Gabi Narrando
Me sinto péssima!. Totalmente. Nunca pensei em dizer meu primeiro "Eu te amo" pra alguém assim. Com platéia. Ok preciso correr. E pra sala que eu não ia voltar. O sinal tocou e eu corri mais ainda. Vi o muro do colégio. Pensei, pensei.. E peguei a escada que ficava escondida. Pulei o muro e corri.
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Quando já tinha chegado na parada parei e suspirei não podia voltar pra casa agora, era o primeiro lugar que o Bruno iria me procurar quando percebesse que eu não estava na escola. Então resolvi apenas andar por BH.
Bom o tempo passou e quando eu olhei já eram quase cinco da tarde.
Suspirei terrivelmente cansada e terminei de comer o algodão doce que havia comprado.
Quando estava indo pra parada de ônibus sinto alguém me puxar tento me soltar mais não sou forte o suficiente.
— Sério? Você fala aquilo pra mim e some? Me deixa preocupado, agoniado e praticamente matando a professora?
O Bruno me abraça e continua me dando sermão.
— Enquanto ao que eu disse eu estava doida, pirando, estava a base de maconha.
Falo pra ele e saio andando.
A base de maconha.
Eu tenho algum problema?
Você tem vários querida, agora resolva um deles.
Ele me puxa de novo me fazendo ficar muito perto dele e fala:
— Sério? Achei que fosse verdade o que você tinha falado, porque também tinha uma coisa pra te falar.
Na mesma posição que estava falo, ao melhor pergunto.
— O que?
— Eu te amo menina dos meus sonhos.
Ele disse isso e me beijou. E ai me toco que estou na praça e tem pessoas com celulares e batendo palmas. Nossa. Hoje eu estava sendo a estrela né.
Solto o Bruno e o puxo pra outro lugar com quase ninguém.
— Menina dos seus sonhos?
Ele ri e me beija de novo.
— Falei isso em voz alta mesmo?
Sorrio.
— Falou.
Ele esconde o rosto no meu pescoço.
— Eu também te amo, menino dos meus sonhos. Eu não estava a base de maconha.
Ele sorri com um sorriso um tanto convencido e me beija novamente.
Acho que agora estou ficando doida mesmo.