Boa noite meus amores!
Enfim o segundo livro da Série Olhar saiu. Eeeeeeeeeeeeee.
Vou postar um capítulo por semana, todas as quintas... ou sextas.
Como prometido, aqui está o prólogo.
Muito obrigada a todos que me acompanharam no primeiro livro, e espero que gostem do segundo também... Obrigada também pelo carinho de vocês. Significa muito para mim.
Bem boa leitura, espero que gostem!
Amo mais que chocolate.
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Prólogo
- Andrea -
- Pode deixar Lili, não vou chegar atrasada no primeiro aniversário de Lucas com a gente. – sorrindo continuei andando e falando com minha amiga linda que passou por um sufoco e tanto no último mês por causa de sua irmã psicopata e seu namorado ainda mais louco. Mas graças a deus que tudo deu certo e ela está muito bem e feliz com seu noivo e filha.
- Tá bom, você é indispensável nessa comemoração, estamos te esperando, as meninas já estão aqui, elas madrugaram hoje. – disse Lili toda contente.
- Ok senhora Vilar.
- Ainda não, mas vou ser. – deu uma risadinha animada e desligou.
Estava indo fazer uma surpresa para meu noivo Roberto, espero que ele goste. Não estamos muito bem em nossa relação de quase dois anos, ele anda muito estranho ultimamente. Alguns meses atrás, pedi para Alice tirar umas fotos minhas como presente para ele, eu amei cada uma delas, mas pra ser bem sincera eu não sei se ele vai gostar, de uns tempos pra cá vive dizendo que tenho que perder peso e isso me irrita, mas às vezes me deixa pra baixo.
Desmarcamos a data do nosso casamento, pois minha vozinha tinha adoecido e resolvemos deixar o casamento para daqui dois meses para o desagrado do meu pai, que por ele já estaria casada com Roberto desde que o conheci.
Não preciso nem falar que ele é louco pelo Roberto, né? O filho homem que ele não teve e blá, blá, blá.
E eu como sempre, tento fazer suas vontades, como inclusive à faculdade de Direito que fiz. Por ele. Ou esse casamento, que pra falar a verdade, não estava nos meus planos por agora, mas meu pai ficou radiante com isso. Então aqui estou eu, a filha obediente quase casando.
Meio nervosa cheguei ao nosso escritório de advocacia, ele está trabalhando em pleno sábado. Deve estar resolvendo alguma coisa importante do nosso novo cliente.
Dá pra acreditar que trabalhamos juntos?
Pois é trabalhamos.
Abrindo a porta que dá para a recepção avistei a bolsa de Larissa nossa secretária em sua mesa.
Estranho.
Ela está de licença, pois está completando oito meses de gravidez, hoje por sinal, não devia estar aqui. Bem talvez tenha esquecido alguma coisa e veio buscar antes de se afastar de vez daqui por um tempo.
Dando de ombros fui em direção à porta do escritório do meu noivo para surpreendê-lo com o álbum de fotos e dar uns amassos nele antes de voltar para o almoço de comemoração do aniversário de Lucas.
Antes mesmo de chegar à porta ouvi um barulho de alguma coisa caindo no chão e fiquei preocupada. E se... se... ele estiver passando mal?
Ai meu deus, não!
Meu coração apertou e segui com a preocupação de algo ter acontecido com ele.
- Mais forte Beto. Ahhhhh!
O quê?
Parei de andar e fiquei encarando a porta, meio atordoada. Não, não podia ser o que estou pensando. Ou podia?
- Deus como você é gostosa Lari! – gritou o "Beto".
Não, não, não. Eu não estou aqui parada do lado de fora da porta do escritório de Roberto o ouvindo transar com outra mulher. Não, tenho certeza que isso não está acontecendo.
Vou fechar os olhos e contar até dez e quando os abrir novamente terei certeza que isso é só um pesadelo.
Dez, nove, oito...
- Eu vou vir forte amor, me acompanha... Ahhh, como te amo.
- Eu amo você também Lari. Deus! Cada dia que passa você fica mais gostosa.
- Mais rápido, por favor.
- Você e essa criança são minha vida. Ahhh.
Não aguentando mais irrompo na sala abrindo a porta com tanta força que ela bate na parede e faz um barulho alto, que os deixam paralisados e com o horror estampado em seus rostos olhando em minha direção.
- And... – estava de olhos arregalados pela surpresa.
Imagine a minha surpresa, querido!
- Cale a boca seu porco nojento! – estava furiosa e chocada ao mesmo tempo.
A cena a minha frente me enoja, Larissa está sentada na mesa com as pernas enroladas na cintura de Roberto e ele sem camisa e com as calças a seus pés.
- Andrea desculpe, não queria que você descobrisse assim. – disse à mulher que às vezes até convidei para o jantar na minha casa por que não tinha mais ninguém aqui no Rio.
Parabéns para mim.
- Poupe-me de ouvir sua voz Larissa, saia daqui antes que mude de ideia e resolva bater em mulher grávida! – disse entredentes.
Eles tinham se separado e agora o imbecil do meu "ex-noivo" estava vestido e passando a mão no cabelo, isso acontecia quando ficava nervoso.
- Eu posso explicar Andrea. Não é o que estava pensando. – serio?
Dei uma gargalhada forçada, ele só pode estar tirando uma com a minha cara.
- Esse filho é seu. – não era uma pergunta.
- Sim. – balancei a cabeça e respirei fundo.
Eu não vou chorar. Na verdade estou com vontade é de matá-lo.
- Parabéns! – disse e bati palmas olhando de um para o outro. – Nossa sociedade está desfeita.
- Você não pode fazer isso só por que eu pisei na bola uma vez. É só uma aventura e...
- O quê?! – dissemos Larissa e eu ao mesmo tempo.
Ele olhou para ela e balançou a cabeça e eu não aguentei. Quem era esse homem que eu ia me casar?
- Você não vale nada! – gritei e ele deu um pulo de susto, enquanto sua amada estava chorando. – Seja homem Roberto, eu acabei de ouvir você dizendo que ela e essa criança eram sua vida. – disse com uma dor no meu coração.
Com cada palavra ele se encolheu mais diante de mim.
- Você me enoja Roberto. – olhei para ele e balancei a cabeça, depois olhei para uma Larissa soluçando sentada ainda na mesa. – Faça bom proveito desse lixo! – me virei e fui saindo da sala, mas ele me alcançou e pegou em minha mão.
- Andy não faça... – puxei minha mão de seu agarre e virei socando em cheio seu nariz. O barulho de osso quebrando foi um alívio para o meu coração quebrado.
Sai de lá às pressas, mas não sem antes pegar o álbum que eu daria para ele de presente. Não queria que as visse.
Como fui burra!
Corri pela rua, agora deixando as lágrimas que estava segurando antes caírem pelo meu rosto, embaçando minha visão. Quanto mais corria, mais chorava. Passei por carros e só parei quando quase fui atropelada, fui para uma calçada e comecei a correr de novo, e quando cheguei a uma esquina bati em uma pessoa e quase caio no chão. Mas antes que chegasse ao chão ele me pegou com suas mãos grandes e quentes.
- Está tudo bem? – ele me perguntou com sua voz grossa e bem próxima a mim que dava para sentir seu hálito quente em meu rosto. Olhei para ele por um momento e me deparei com olhos azuis lindos e hipnóticos mostrando preocupação. Comigo, uma desconhecida, enquanto que...
Recuperei o controle e soltei-me dele rápido e empurrei o álbum em suas mãos.
- Tome. Faça bom proveito. – e saí correndo na direção oposta.
Nunca mais ninguém vai me fazer de idiota.
Nunca mais vou fazer as coisas para agradar meu pai.
E nunca mais vou amar ninguém.
Risque o ninguém.
Nunca mais vou amar nenhum homem.
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Bem espero que tenham gostado desse começo de estória.
Muito obrigada e não esqueçam da estrelinha e dos comentários.
Beijos e muito obrigada!
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