O Nono Domínio

By CFernandes_

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| HISTÓRIA COMPLETA | TRILOGIA DOMÍNIOS | LIVRO 02 Caso você não estiver lendo essa história pelo Wattpad, se... More

Sinopse
Lembretes a todos os dominadores!
Os Oito Domínios, como tudo começou...
Capítulo 01 - Não você Martin!
Capítulo 02 - Adeus meu guardião. Adeus meu amigo
Capítulo 03 -Acerto
Capítulo 04 - Lágrimas de sangue
Capítulo 05 - Cheguei... Mas aonde mesmo?
Capítulo 06 - Acorrentada e confusa
Capítulo 07 - Sete dias
Teste - Qual é o seu Domínio?
Capítulo 08 - Consequências
Capítulo 10 - Mura, o guardião
Capítulo 11 - A vez de Hau e Moana
Capítulo 12 - Um raio que o parta!
Capítulo 13 - Corpo & Mente
Capítulo 14 - Dois lados da mesma moeda
Bônus de 10k + Conto + Votação
Capítulo 15 - Porta Selada
Capítulo 16 - Querida, cheguei!
Bônus - Pedaços da mente
Capítulo 17 - Preparar...
Capítulo 18 - ... Apontar...
Capítulo 19 - ...Fogo!
Capítulo 20 - Não no meu turno!
Capítulo 21 - I want to break free
Capítulo 22 - Emboscada
Capítulo 23 - Adeus Megan, Olá Morgana.
Bônus - Nascimento de Morgana
Capítulo 24 - O Senhor do Destino
Capítulo 25 - Segunda Prova
Capítulo 26 - Sozinha & Perdida
Capítulo 27 - Uma provação surpresa?!
Capítulo 28 - Pisando em ovos
Capítulo 29 - Reencontro
Capítulo 30 - Enfim, o confronto
Hello, it's me.

Capítulo 09 - O que eu posso fazer?

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By CFernandes_

Antes de mais nada eu quero que vocês olhem fixamente para a imagem desse capítulo e tentem não me matar por demorar a postar o capítulo. A imagem é pra amolecer o coração, mas sei que o que vocês querem mesmo é o capítulo, então não vou me prolongar demais aqui. Nos falamos ao final do capítulo. ;*



– Diz logo de uma vez Fred, rápido como arrancar um curativo...

– Arrancar um curativo? – ele não conhece a expressão e fica me olhando como se eu fosse uma criatura de outro planeta.

– É só uma expressão Fred, pra quem sabe um monte de coisa mais importante, acho que você esqueceu das coisas menores.

– É, talvez...

– É só pra você falar de uma vez, sem embolação.

– Sua avó está com o Tobias. Ela ainda está presa e sua localização está mudando constantemente. Estamos trabalhando num mapa de locomoção, e já vimos alguns padrões. Creio que em poucos dias possamos encontrá-la.

– Com Tobias? – tremo só de pensar, nem quero imaginar o que ele pode estar fazendo com ela, a maldade daquele homem parece não ter limites. Mas o que me tranquiliza um pouco é pensar que já estão mais perto do que longe para encontrá-la.

O sujo pensando do mal lavado. A sua maldade Megan também não tem limites... – uma voz parecida com a minha ecoa dentro de minha mente. Arregalo os olhos e respiro fundo algumas vezes. Sabia exatamente de onde vinha a voz, mas não poderia fazer nada para calá-la. A voz não está errada.

– Sim, ele fez uma troca com os governantes do Raio. Não sei o que eles trocaram pela Edith, mas só sabemos que a Edith saiu acompanhada com o Tobias. Mas sabemos que ela ainda está viva. Somente isso.

– Isso é terrível – sei que é preciso de muito mais para uma pessoa estar viva, mas agora me atento ao fato dela ainda estar respirando e seu coração batendo. Isso vai bastar.

Só espero que o coração dela esteja tomado de ódio e tristeza como o seu. Isso vai ser bem legal de assistir... – a voz fala novamente e eu só queria que essa voz tivesse um rosto para que eu pudesse esbofetea-lo. Respiro fundo mais algumas vezes.

– Pode ser que sim, pode ser que não. Megan, sei que isso pode ser ruim de escutar, mas temos crenças para acreditar que a sua avó esteja sendo torturada – Fred fala, mas nada que eu não pensasse já.

– Torturada é pouco Fred, conheço pouco o Tobias, mas sei como a mente dele pode ser perversa a ponto de quebrar facilmente uma pessoa. Não me preocupo muito com as cicatrizes no corpo dela, me preocupo com as da mente, isso sim, pode ser um problema – me aperta o coração pensar que a voz dentro de mim possa ter razão, se o coração dela fosse tomado? Não! Nem quero pensar numa coisa dessas...

– Acredite em sua avó Megan, você sabe de sua força de vontade e de sua força física. Ela vai suportar até que possamos encontrá-la e estamos fazendo o possível para isso.

– Sei disso Fred, e quero te agradecer por isso.

– Não posso fazer muita coisa como senhor do Destino, não posso influenciar diretamente no destino dela, mas faço o impossível para ajudar no que for preciso. Você não pode perder duas pessoas tão importantes assim pra você em tão pouco tempo. Nihal não seria capaz de suportar isso.

– Obrigada por sua honestidade.

– E quero falar outra coisa com você.

– O que aconteceu?

– Gostaria de pedir pra você dar um tempo aqui. Caso a encontremos, você ainda não se recuperou por completo, e você ainda está com a mente debilitada, gostaria que você nos deixasse resgatar a sua avó. Será melhor se você ficasse aqui por um tempo.

– Não vou poder ajudá-la?

– Meg, tenho que concordar com o Fred – Adam fala baixo. – Você infelizmente vai ajudar mais aqui do que num possível campo de batalha que será para recuperarmos a sua avó. Sei que o que pedimos para você é uma coisa chata a ser solicitada, mas você precisa ficar.

Eles tinham toda razão.

– Eu fico.

Os dois se espantaram com a minha resposta. Não era por conta que eu não queria ir recuperar a minha avó, eu queria isso mais do que qualquer coisa agora, mas tenho medo das minhas emoções agora. Não sei o que eu faria com o Tobias se eu o encontrasse, acho o viraria do avesso por cada fio de cabelo que ele possa ter encostado na minha avó.

O faria engolir cada palavra ruim que ele já falou. Por tudo que ele tinha feito com as pessoas que eu conheço e passei a amar, eu o faria sentir um mundo de dor. Eu poderia fazer o sangue dele ferver e...

Merda! Já estou ficando com raiva novamente e isso não é bom. O apito com os batimentos do meu coração aceleram um pouco e eles me olham preocupados, mas fecho os olhos e respiro fundo um monte de vezes.

Nossa como você é sem graça, quando seus pensamentos estavam começando a ficar interessantes, você começa a pensar em coisas boas. Mas sei que isso ainda vai despertar o melhor de você, que sou eu... – a voz fala. E logo começa a rir. Uma gargalhada bem profunda. Eu me senti mal de escutar ela dentro da minha cabeça.

Cale-se! Cale-se! Cale-se! Grito na minha mente e acho que deu certo pois não escuto mais nada.

Tenho pensar que a minha avó está bem e que o Tobias não faria nada de mal pra ela. Mas tive que rir. Até o pensamento disso é ridículo. Claro que o Tobias iria fazer mal para a minha avó. Ele não é uma pessoa boa.

Mas a minha convicção de que ela ficaria bem agora era bem grande e será o que vai ter que me sustentar. Não poderia ir e talvez estragar com os planos deles. O melhor que eu poderia fazer era ficar aqui e tentar me recuperar o melhor que posso.

Meus músculos doíam e ficar amarrada numa cama por tanto tempo não era tão legal. Tenho que me recuperar para poder dar o meu melhor quando a minha avó voltasse. Com ela do meu lado poderíamos dar um jeito definitivo em tudo. Era isso, eu poderia fazer isso.

– Não quero atrapalhar ninguém. Eu fico. Só se me prometerem de trazer a minha avó sã e salva – falo e sabia que isso seria difícil, mas não custava nada pedir.

– Vamos fazer o nosso melhor Megan, quer dizer, eles vão fazer o melhor deles, já que eu não posso interferir assim – Fred fala.

– Se você quiser meu amor, eu vou também, vou ajudar a sua avó. Afinal, a dona Edith já me ajudou tanto, acho que eu meio que devo pra ela, sei que se não fosse por ela, eu não estaria aqui para contar a história.

– Eu sei disso Adam, mas você pode ficar aqui comigo? – aperto a sua mão. – Você pode encontrar uma outra maneira de pagar essa dívida, mas você pode ficar aqui comigo?

– Claro que sim Meg – ele sorri e alisa a minha mão com os seus polegares.

– Vou deixar você dois sozinhos – Fred fala e sorri. Fico olhando ele sair e fechar a porta atrás dele.

– Sei que soa extremamente egoísta Adam, mas eu não quero ficar sozinha.

– Você não está sendo egoísta. E você não tem que se sentir sozinha, você não está sozinha e nem precisa estar.

– Obrigada Adam.

Uma enfermeira entra no quarto e me dá mais remédio e me ajuda a levantar para ir ao banheiro e eu aproveito o momento para esticar um pouco as pernas. É bom andar um pouco e sentir o chão abaixo dos meus pés.

Quando saio do banheiro um pequeno bipe que está preso na cintura da enfermeira apita com toda velocidade e vejo que ela tem pressa de sair. Então Adam toma o seu lugar e me ajuda, me segurando próximo dele o tempo todo.

Ele me ajuda sempre que eu tropeço um pouco e é bom ver como ele estava voltando ao normal comigo. Aos poucos, mas consigo ver suas expressões suavizando. Afinal, acho que não deve ter sido fácil para ele me ver, falar e fazer tudo o que tinha feito. Esse meu outro eu tinha torturado a confiança do Adam em mim.

Adam me ajuda a andar um pouco pelo corredor enorme, sem graça e branco. Mas logo eu tenho que voltar, pois o remédio que eu tinha tomado mais cedo dá muito sono e logo meus olhos já querem fechar contra a minha vontade.

Adam me leva de volta para o quarto em seus braços e me aconchega na minha cama pequena de colchão fino e estéril. Eu adormeço dentro de poucos segundos e sinto a mão do Adam na minha o tempo todo, e aquilo me dá uma calma.

– Já estamos indo. Só voltaremos aqui com a Edith – uma voz fala e eu vou despertando de leve do meu sonho.

Tento falar alguma coisa, mas acho que só saiu da minha garganta um grunido rouco, mas pelo menos serviu para que parassem de falar e percebessem que eu estava acordada.

– Meg? – reconheço essa voz e quando abro os olhos vejo Felícia na minha frente.

Sentei desajeitadamente na cama, mas o meu corpo não doía tanto e nem a minha cabeça parecia querer explodir, então vi como uma pequena melhora. Já não me sentia tão debilitada com meus movimentos e não pude deixar de me sentir um pouco feliz por conta disso.

– Felícia? – eu tenho certeza que eu falei o nome dela, mas o som que saiu dos meus lábios não foi nada mais do que um monte de vogais num tom interrogativo.

– Sim, sou eu – ela sorri e coloca sua mão em cima da minha. – Olá Meg? Como você está? Desculpe só soube da sua situação há pouco tempo, vim o mais rápido que consegui. Desculpe por isso.

Minha garganta fica seca e ao olhar para Felícia é somente um lembrete do meu guardião e de como eu não pude fazer nada, que por minha culpa ele não estava mais ali. Doeu. Doeu muito. Olhei dentro dos seus olhos de sereia e vi que ela estava fazendo o seu melhor pra sorrir.

Seu cabelo sempre brilhante e volumoso hoje estava uma camada triste e ruiva pouco abaixo de seu queixo. Olhos que eram cheios de vida e de uma beleza única, estavam apagados e grandes olheiras negras abaixo deles. Ela estava mais magra. Mesmo assim, ela ainda era uma mulher muito bonita.

Adam, Oliver, Nick e mais duas pessoas estavam no quarto também, mas eu gostaria de ter o meu tempo para falar com a Felícia. Olhei para o lado e tomei um pequeno gole de água, para molhar a minha garganta e as minhas palavras saírem mais compreensíveis.

– Será que você poderiam nos dar licença por alguns momentos? Gostaria de falar à sós com a Felícia – dou um pequeno sorriso e olho para a sereia, que sorri mais uma vez e assente.

Os rapazes vão saindo e assim que eles fecham a porta, eu seguro sua mão e falo de maneira calma.

– Eu sinto muito Felícia... Não sei se você sabe da história toda e... – ela levanta a mão me interrompendo.

– Sim Meg, eu sei da história toda e saiba que eu entendo as ações do Martin. Mesmo não conhecendo você muito bem, você exala uma coisa boa, uma coisa que aqui em Nihal pode fazer a diferença, e eu sei que o Martin queria proteger isso. Eu aceitei. Só é difícil saber que eu não vou mais olhar em seus olhos, mas isso vai passar. Eu só não quero mais lembrar sobre isso certo? Prefiro seguir em frente, sei que era o que ele queria que todos nós fizéssemos – ela sorri para o nada e aperta um pouco a minha mão.

– Certo. Mas Felícia, não posso viver comigo mesma se eu não te falar que ele se preocupava demais com você. Na realidade ele ainda se preocupa. Você sabe que tem um pouco dele vivendo dentro de mim não sabe?

– Sim, eu sei disso. Obrigada.

– Você também vai participar da missão de resgate da minha avó?

– Ah, sim, claro. Eles estão se movimentando pela província da água e ninguém conhece melhor aquilo ali do que as sereias...

– Então você recuperou seus poderes não foi?

– Ainda estou relembrando algumas coisas, mas tenho treinado muito esses dias e já me acho pronta para mostrar o caminho para todos – ela fala desviando o seu olhar do meu. Acho que ela tinha que fazer outras coisas para liberar a mente dela.

– Que maravilha Felícia.

– Fique bem Meg – ela fala se afastando de mim e indo em direção à porta. – Vou fazer o meu melhor para trazer a sua avó de volta para você.

– Obrigada Felícia.

E assim ela foi embora. Assim que a porta fecha, o Oliver entra no quarto e senta ao lado da minha cama.

– E aí pequena guerreira, como você está se sentindo? Está melhor? Soube dos seus feitos e fiquei preocupado com você...

– Acredito que o pior já tenha passado.

– Sei como é ruim ter outra pessoa na nossa cabeça, e quando a pessoa é você mesmo, acho que não há muita coisa que nós, seus amigos possamos fazer.

– Concordo com você Oliver, mas tenho que acreditar que tudo vai se resolver agora. Vou trabalhar a minha mente e não vou mais me deixar cair.

Só quero ver isso mesmo... – a voz que tinha ficado calada todo esse tempo volta a falar comigo. Penso para que a voz se cale e ela para. – Só vou ficar calada porque quero. Lembre-se Megan, eu sou você, de forma que você nunca vai estar sozinha. Na realidade você nunca esteve, foi somente agora que você me deu uma voz, e eu não vou desistir dela tão facilmente. Eu sei o que se passa em seu coração.

– É assim que se fala... – ele me dá um sorriso e me olha. – Aconteceu alguma coisa? de repente você ficou com uma cara toda esquisita...

– Ah, é só a posição da cama... – minto. Ele não precisa saber que eu estou escutando a minha voz. Na realidade tenho medo que se eu falar com alguém sobre essa voz vá se tornar mais real e tudo saia de controle.

– Entendo. Você quer que eu chame a enfermeira? Quem sabe ela não consegue descolar pra você mais um travesseiro ou quem sabe aquela coisinha confortável de se por no pescoço?

– Ah, não precisa disso não, isso deve ser somente pela minha posição de dormir, não é nada demais.

– Você que sabe... Ah, eu já ia me esquecendo o motivo pelo qual vim aqui...

– E tem um motivo especial?

– Claro, não vim aqui somente para te fazer uma visita normal, vim aqui te fazer um convite.

– Convite? Mas como assim?

– É o seguinte. Conversando com os seus médicos descobri que você vai receber alta em questão de uns dois dias, mas como nós já vamos ter saído em busca da sua avó, temo que não vai ser possível você nos acompanhar...

– Entendo... Mas onde entra o convite nisso?

– O convite é para você voltar ao campo de treinamento. Os perigos vão aumentar daqui por diante e soube do seu novo domínio então nada melhor do que treinar para aperfeiçoar os seus domínios.

– E eu vou poder fazer isso sem problemas? Mas quando a minha avó voltar, tenho certeza que não vou poder treinar muito tempo...

– Aí é que entra a parte boa do campo de treinamento. Lá o tempo é distorcido, um mês no campo é o equivalente a somente um dia aqui em Nihal.

– Nossa que incrível... E porque eu só fiquei sabendo disso agora?

– Porque essa dobra temporal não estava presente nesse campo de treinamento. Fred nos ajudou com isso, mas ele disse que só poderia ser utilizado por você. E claro pelo seu acompanhante. Ele disse que era isso que o Destino estava reservando para você agora.

– Oh!

– Pelo jeito que ele falou pareceu que você não tinha muita escolha, mas preferi fazer como se fosse um convite.

– Bem melhor sendo um convite mesmo. E com certeza eu irei. Tenho muita coisa para fazer. E vou ter tempo para fazer isso sem me preocupar demais com o tempo aqui de fora.

– Maravilha então. Vou falar com o Fred e ele vai deixar tudo providenciado. Nos vemos em breve Megan, e não se preocupe, sua avó vai estar em boas mãos muito em breve.

– Certo Oliver.

Ele sai do quarto e me deixa sozinha com os meus pensamentos um pouco. Um mês por um dia. Vou dar o meu melhor e amadurecer as ideias aqui dentro da minha cabeça. Tenho o pressentimento que quando eu voltar a ver a minha avó ela vai estar precisando da família dela. E eu tenho que ser forte.

Ela permaneceu forte ao meu lado por tantos momentos, não vai ser agora que ela pode precisar de mim e eu não vou estar ao lado dela. A porta do meu quarto abre e eu vejo meu namorado se aproximando de mim.

– Oi Adam.

– Oi Meg – ele me dá um beijo na minha testa. – Temos que conversar.

Isso nunca é bom.

– Claro – falo tentando esconder o medo da minha voz e me sento na cama.

– Pode tirar essa cara do seu rosto Meg, não é isso que você está pensando...

– E como você sabe o que eu estou pensando? – falo cruzando os braços em meu peito.

– Eu tenho uma boa ideia só de olhar pra você. Mas não é isso. É que eu tenho que voltar ao reino do fogo, mas será bem rápido. Eu volto antes que você tenha alta. Mas tenho que ajudar o meu pai com algumas coisas... Passei um bom tempo fora de casa e as coisas por lá se complicaram um pouco...

– O que aconteceu Dam?

– Ah, algumas coisas com o Alexander e a Pearl... Uns problemas políticos e... – ele me olha e põe uma mecha do meu cabelo detrás da orelha. – Não é nada demais minha linda... Eu só vou lá falar com o meu pai e com o Alex, mas em dois tempos estou de volta, vou para o campo com você...

– Tudo bem Adam, leve o seu tempo, se eu tiver alta antes de você voltar, eu te espero sem problemas.

– Eu sei. Mas vou ser rápido. Prometo.

– Certo – ele segura firme em minhas mãos e massageia de leve as minhas mãos com as dele. Ele olha fixamente para o ponto de encontro dos nossos dedos e me parece um pouco tenso. – Você tem certeza que está tudo bem?

– Tenho sim meu amor – ele dá um sorriso, mas esse não alcança os olhos.

– Se você diz... – sei que o certo a se fazer agora é não forçar a barra para ele me falar o que ele está passando. Quando e se ele tiver vontade de me falar, ele me dirá.

– É... Eu acho que já vou indo Meg. Vou logo para voltar logo, tudo bem assim?

– Vá com cuidado meu amor – não sei como estão as coisas lá fora, se ainda estão atrás de nós, mas todo cuidado é pouco...

– Pode deixar, vou ter muito cuidado.

– Até logo Dam.

– Até minha Meg – suas mãos se desencaixam das minhas e seguram meu rosto ele passa um bom tempo olhando para os meus olhos e não falamos mais nada.

Seus lábios encontram os meus de maneira rápida, mas mesmo assim consegui sentir a sua tristeza e o seu medo. Não sei quando as coisas voltariam a ser normais com a gente, sei que nunca fomos normais, mas ele ter medo de me tocar é uma tortura. Só queria poder apagar o que o meu outro eu disse.

– Volto antes que você perceba – ele agora me dá um beijo na ponta do nariz e começa a se afastar de mim.

Mas eu percebi. Não por conta que o Adam tinha ido embora, mas pelo fato que eu estava ainda na cama do hospital e não tinha ido resgatar a minha avó. As horas demoravam a passar e uma das enfermeiras tinha sido gentil em me trazer um baralho e um quebra-cabeça, assim consegui me distrair mais e o tempo começou a passar.

Foram dois dias para que o Adam voltasse e três dias para que eu tivesse alta. Mas eu só sabia que o Adam tinha voltado, ele não tinha ido me ver para avisar, e eu entendi que ele tinha outras coisas para resolver e não só ficar aqui num quarto de hospital sem nada para fazer.

Eram cinco horas da tarde quando eu estava oficialmente liberada do hospital e eu fiquei feliz ao saber que o Adam estava me esperando na recepção. Eu usava um jeans meu, uma camiseta folgada e um tênis escuro quando sai do quarto.

Adam me esperava de cabeça baixa sentado na recepção, e ele nem me viu se aproximar, só levantando a cabeça quando eu encostei no seu ombro de leve e quando ele levanta seu rosto, novas escoriações cobriam seu belo rosto.

– Adam, o que... – nem consegui completar a frase, chocada com o seu estado.

– Está tudo bem Meg, foi um descuido meu – ele dá de ombros e se levanta. – Vamos então?

– V-vamos... – ele segura minha mão e assina alguns papéis antes de me levar.

Adam não fala nada durante todo o caminho até o campo de treinamento e eu estava tão ocupada analisando as suas feições que eu nem prestei atenção para onde estávamos indo e nem percebi que já estávamos encarando uma porta branca de madeira.

– Está preparada Meg? – ele pergunta, finalmente olhando para mim e apertando de leve minha mão.

– Sim, eu estou.

– Pois então, vamos nessa – ele põe a mão em cima da maçaneta e a gira, nos permitindo assim quase parar no tempo.



Boa noite dominadores! É, eu sei que eu estava em muita falta com vocês, pela demora do capítulo. Mas juro pessoal que foi por motivos de força maior, não queria deixar vocês esperando demais, então eu coloquei esse capítulo aqui sem revisar mesmo. Perdoem errinhos bobos e mais uma vez pela minha demora.

Queria dizer que o outro capítulo não vai demorar, pois já estou escrevendo ele e isso é verdade, eu já estou escrevendo ele, então se a minha criatividade colaborar, o capítulo não irá demorar um mês para sair.

Esse capítulo é dedicado à todos vocês que ainda estão com paciência de ler o livro e espero que ele sirva como um pedido de desculpas para vocês. Não se esqueçam de votar e comentar, quero lembrar do rosto de vocês, hahahaha

Beijos meus dominadores e até breve ;**

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