As Pontes Invisíveis

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"Se as pessoas soubessem tudo sobre você, será que você ainda teria amigos?" Esse é o drama vivido por Charle... עוד

As Pontes Invisíveis
Regresso
Imersão
Transição
Negação
Raiva
Medo
Resistencia
Súbito
Inércia
Loucura
Malicia
Vulnerabilidade
Insanidade
Paciência
Silêncio
Susto
Nostalgia
Solidão
Sete
Solidão pt. II
Surpresa
Partida
Adrenalina
Alivio
Se7e
Culpa
Aceitação
Epílogo
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AOS LEITORES

Retorno

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- Charlie? – chamou Leon, quebrando o transe de pensamentos e trazendo ele novamente ao presente. A primeira reação de Charlie foi passar a mão na sua cabeça, ele sentiu a cicatriz por entre seus cabelos e deu um pulo na cadeira.

- Como? – Perguntou ele.

- O cabelo? Bem, é raspado na hora da cirurgia mas depois é feito um implante, sabe, pra não ficar um buraco na cabeça de ninguém – ele sorria.

- Eu fugi- disse Charlie. – Eu era pra ter morrido e fugi, agora estou aqui!

- Calma Charles, pra falar a verdade mesmo você não fugiu – ele sorriu. – Bem, você fugiu, mas você só conseguiu fugir porque eu deixei.

- Como assim?

- Fui informado que o protocolo não havia sido seguido, você ainda estava nas escadas e seu amigo, Chuck, estava pirando na sala dele. Mas eu pensei, isso é inofensivo, melhor deixar ele ir, pode até ser divertido.

- Isso é tão injusto! – Gritou Charlie. – Vocês me matariam.

- Sim, mas se você tivesse lido o contrato saberia que isso poderia acontecer, e não usamos palavras bonitas. Estava escrito lá, preto no branco, que se a experiência não obtivesse sucesso, a cobaia precisaria ser morta.

- Eu não acredito.

- Não obrigamos ninguém a nada.

- Droga.

- Sinto muito – disse Leon. – Não há maneira de você voltar ao normal sem te matarmos. Colocar o memórium é relativamente fácil, mas precisamos tirar uma pequena parte do seu cérebro, a qual ele substitui. Se tirarmos o memórium você provavelmente vai virar um vegetal ambulante.

- Eu não pedi por isso! Isso foi feito contra a minha vontade.

- Volto a reforçar a importância de sempre se ler o que assina, se você tivesse lido o contrato e decidido que não queria, teria ido embora e iria se esquecer de tudo, sua vida ia seguir normalmente – Leon se levantou na sua cadeira e chegou perto de Charlie, se apoiando sobre a mesa. – Sabe qual é o problema das pessoas? A ganancia, antigamente tínhamos que pegar as pessoas que ninguém se importava a força e fazer as experiências contra sua vontade. Hoje em dia lhe damos um bolo de notas de cem e está tudo certo.

- Eu não acredito que eu fui tão burro – disse Charlie.

- Qualquer um em sua posição faria o mesmo, acredite.

- Vou me esquecer de tudo quando sair daqui, né? – Perguntou Charlie, Leon estava perto o suficiente para que fosse tocado, como Sete havia dito.

- Charles, eu gosto de você – disse Leon. – E por gostar de você e ver o seu potencial que como gesto de boa fé, vou deixar você ir embora com as suas memórias – Leon se levantou e voltou para sua cadeira, Charlie havia perdido a oportunidade de toca-lo. – Veja bem, numero de identificação 1317... – ele apertou alguns botões do teclado. – Liberado.

- Liberado?

- Sim, vou deixar você sair daqui com todas suas memórias e tudo que sabe. Quero que entenda que o que vai fazer com suas memórias pode ter um incrível efeito no seu futuro. Quero dizer, tudo aqui é sigiloso e estou confiando em você que vai continuar desse jeito.

- Claro – disse Charlie, parecia uma escolha, porém no fundo ele sabia que não poderia opinar no que Leon dissesse que ele deveria fazer. – Quem são os sombras?

- Ah, a Sociedade das Sombras? Acho que você não precisa se preocupar com eles.

- Eles me prenderam e tentaram me matar.

- Eles fazem esse tipo de coisa, são selvagens! A verdade é que o seu fundador era fazia parte do conselho da sociedade do tempo, mas ele queria dinheiro, poder.

- É não é isso que vocês querem?

- Você ainda não entendeu nada, não é mesmo? – Leon sorriu. – O dinheiro é relativo. O que você tem hoje, para um morador de rua é uma fortuna, para um astro de hollywood, o que você tem é uma merreca. Pra você, o que a sociedade do tempo tem hoje se compara ao infinito. A verdade é que temos todo o dinheiro que queremos, o que ainda não temos é todo o conhecimento que podemos ter, e é pra isso que viemos lutando, mesmo que tenhamos que fazer e coisas erradas na nossa jornada, um dia o futuro nos agradecerá e seremos lembrados para sempre.

- A única coisa que vocês querem é o conhecimento?

- O conhecimento é a única e verdadeira fortuna que um homem pode ter, qualquer outra coisa pode ser tirado dele – Leon sorriu como uma criança.

- Isso pra mim é muito surreal.

- A vida é assim caro Charles, aliás, quero te fazer uma pergunta – Charlie balançou a cabeça positivamente e ele continuou. – Como sabia que o doutor Lapreu era um dos nossos?

- Ele era? Eu não sabia, ele tentou me matar e eu me defendi.

- Ah, claro – ele sorriu. – O doutor Hebert Klein Lapreu foi expulso da nossa organização, ele nunca bateu muito bem da cabeça e acabou ficando maluco quando os experimentos do memórium não deram certo.

- Foi ele que colocou Memorium em minha cabeça?

- Não, foi o doutor Worthman. Pra falar a verdade esse projeto já é um pouco antigo, Lapreu foi demitido dois anos atrás e claro, sua memória foi apagada.

- Alguém vai vir tentar me matar?

- Não Charles, ninguém daqui vai tentar te matar – ele balançou a cabeça negativamente – Desde que você controle seus toques e mantenha nossa existência em segredo.

- Isso pode ser difícil.

- É bom se costumar. Outra coisa, qual é seu envolvimento com Ethan James Crow The Third? - Esse é só o nome que Sete disse pra eu dar na recepção. - Ah, claro – ele sorriu. – Deixe-me te explicar uma coisa, o Ethan, ou como gosta de chamado "Sete" é perigoso. Ele vem tentando nos derrubar já faz muito tempo. Não temos nem ideia do motivo que o leva a agir desse jeito, é um rebelde – Leon se levantou novamente e ficou bem em frente a Charlie, que se levantou. – Nenhum tipo de relação com Ethan Crow será tolerada, estamos entendidos? Charlie se concentrou, não sabia muito bem no que, porém fez como Ethan "Sete" Crow havia dito para ele fazer. Deixou a mente limpa, esqueceu de tudo. Deixou pra trás tudo que ele era e o que estava passando, se concentrou naquele momento, e então tocou a mão de Leon Brown.

O que aconteceu no milésimo de segundo seguinte foi totalmente novo para Charlie. Uma ponte foi criada entre ele e Leon, porém ao invés de ter suas lembranças transferidas para Leon, foram as lembranças de Leon que passaram diretamente para Charlie sem qualquer aviso prévio.

A mente de Leon Brown era um emaranhado de informações preciosas e outras totalmente inúteis, porém haviam espécies de lacunas em branco em sua memória, aliás, muitas delas. Charlie entendeu na mesma hora que se tratava do filtro de percepção, Leon tirou da sua própria cabeça as informações que ele não queria que ninguém soubesse, mas aqui vai uma lista das coisas importantes que Charlie encontrou na mente de Leon.

O sanatório do tempo: O avô de Leon Brown comprou o sanatório do tempo para ter um lugar em que a sua sociedade pudesse trabalhar em paz, já era rico quando comprou o edifico caindo aos pedaços. Antes do sanatório, a sociedade do tempo trabalhava em um hospital de Paris, porém o hospital era do governo e eles eram só uma parcela lá dentro. O sanatório era uma faixada para que eles pudessem fazer pesquisas com os pacientes que ninguém sentiria falta: mendigos, indigentes e pessoas órfãs e solitárias. O objetivo principal da sociedade naquela época era conseguir congelar um corpo humano por um período de tempo e descongela-lo intacto.

O congelamento: Antes da queda do sanatório do tempo a sociedade alcançou seu objetivo, foram os primeiros a conseguir lidar de forma eficaz com a criogenia humana. Leon Brown foi congelado em uma das salas secretas do sanatório, ficou o total de sessenta e dois anos, acordando em 1991. Leon Brown tinha um total de 64 anos – sem contar o tempo que ficou congelado. – E mesmo assim aparentava ter no máximo quarenta.

A Sociedade do Tempo: Havia sido fundada pelo seu avô, existia um objetivo maior, a verdadeira razão da sociedade do tempo, porém essa era uma das lacunas em branco que Leon fez questão de tirar da sua mente.

- Charlie, tudo bem? – Perguntou Leon. Ele não havia percebido. Charlie acabava de roubar todas suas memórias e ele não havia percebido. Parece que o Memórium foi um sucesso.

- Certo, não vou me envolver com Ethan ou qualquer um que se imponha a sociedade. – disse Charlie.

- Bom garoto – ele sorriu. Charlie se levantou e caminhava em direção a porta, ouviu a cadeira de Leon girar novamente para encarar as janelas de vidro.

- Leon – disse Charlie. – Tudo morre, só eu sigo em frente. Quem sou eu? – Perguntou Charlie. Leon girou novamente sua cadeira para encara-lo com um sorriso.

- O tempo. – Disse ele, voltando a se virar para a janela.

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