II MOST WANTED ★ JIKOOK VERSI...

By loveusomary

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A estrela do pop mundial Jimin Carter, está de volta ao Texas, sua terra natal, para produzir seu novo álbum... More

PRÓLOGO - RENAISSANCE
HANGMAN
DADDY LESSONS
SWEET DREAM OR BEAUTIFUL NIGHTMARE
AMERIICAN REQUIEM
THE TIME OF MY LIFE

COWBOY CARTER

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By loveusomary


Por favor, me notifiquem caso haja algum erro! Boa leitura, meus favos de mel :)


                                                      ★

— Mais um? — Jungkook apontou com o queixo para o copo vazio de Jimin.

Carter negou com a cabeça e deu uma olhada em volta. Jimin tinha aquela expressão relaxada mas que ainda era poderosa e imponente o suficiente para deixar qualquer pessoa tímida. O chapéu fazia uma pequena sombra em seus traços perfeitos que deixava seu olhar mais escuro, meio sombrio até.

— Como funcionam os shows aqui, Jungkook? — Seu nome saindo dos lábios de Jimin Carter o trouxe de volta para a realidade e ele percebeu que Destiny não estava mais lá. — Qualquer pessoa pode se apresentar?

— Sim. Bem, mais ou menos. — Jungkook estava conseguindo parecer tão confiante quanto precisava parecer? Merda, ele podia ouvir sua própria voz tremendo. — Taehyung e eu sempre priorizamos os artistas locais, principalmente os que frequentam o Linda's, mas é, qualquer pessoa pode cantar.

— Você o ajuda a escolher?

Jungkook assentiu.

— A procura pelas apresentações aumentou depois de... — Sua garganta estava tão seca quanto as estradas de terra que cercavam o bar. — Quero dizer, acho que todo mundo quer cantar em um palco em que Jimin Carter já esteve.

Jimin pareceu surpreso por um segundo, mas no milésimo seguinte ele assumiu sua expressão neutra outra vez. Porra, Jungkook precisava parar de se referir a Jimin como uma divindade, pelo menos enquanto estivesse perto do próprio Jimin.

Jungkook quis rir de si mesmo por cogitar ter qualquer tipo de convívio com Jimin Carter depois da péssima impressão que deixou naquela manhã. Bem, pelo menos ele ainda estava ali, certo?

— Taehyung precisou da minha ajuda para organizar as datas e esse tipo de coisa. Eu faço uma planilha com os nomes dos artistas que se apresentarão naquele mês e Taehyung resolve coisas como o cachê.

— Hm. — Jimin assentiu. — E o que temos hoje?

— Diana Olsen. — Jungkook apontou para uma mulher de cabelos crespos e volumosos sentada perto do palco. A luz amarelada que refletia na pele negra de Diana a fazia parecer uma deusa. — Ela era uma das vocalistas de um trio que se desfez há pouco tempo, Destiny 's Child, eu acho.

— Destiny mencionou uma vez. — Jimin pontuou mais para si mesmo do que para Jungkook. — E você?

A atenção de Jimin se voltou para ele.

— Eu?

— Você já se apresentou aqui? — Jimin levantou seu copo, pedindo mais uma dose da bebida que tinha recusado antes. Isso significava alguma coisa? Ele ficaria ali por mais tempo?

— Oh... — Eles estavam falando sobre Jungkook agora?

— É, eu já cantei aqui algumas vezes. Taehyung diz que os clientes gostam de ouvir, então... — Ah, agora ele estava se vangloriando na frente de Jimin. Ótimo. — Não que eles não gostem dos outros ou que eu seja melhor do que eles, claro que não, é só...

— Eu entendi. — Tinha uma sugestão quase imperceptível de sorriso nos lábios de Jimin e Jungkook quis morrer. Ele era um cara confiante e fácil de conversar, mas Jimin o transformava em um bobo da corte sem fazer o menor esforço.

Jungkook se abaixou por um segundo para alcançar a garrafa de whisky para dar outro drink a Jimin, sua mente desejando que o chão se abrisse e que algum monstro o puxasse para baixo até que estivesse fora da vista de qualquer pessoa ao redor, principalmente Jimin Carter.

— Mas, você sabe...eu vi alguns vídeos seus no instagram hoje. — Jimin comentou, examinando o líquido que enchia seu copo. Ele virou tudo de uma vez assim que Jungkook endireitou a garrafa para impedir que ela derramasse mais bebida.

Jungkook demorou alguns segundos para se convencer de que tinha escutado Jimin dizer aquilo mesmo. Quando o fez, ele quase derrubou aquela garrafa de 250 dólares, seus olhos quase saltaram para fora do rosto e ele pediu incessantemente por aquela coisa da cratera no chão e o monstro.

— Você é bom. — Jimin disse.

Puta. Merda.

— Porra, você...— Jungkook piscou várias vezes. — Merda, foi mal. Quero dizer, obrigado, sr. Carter. — E aí ele quis morrer. De novo. — Jimin! Desculpa, eu quis dizer Jimin. Obrigado, Jimin.

— Tudo bem, cara. — Jimin deu uma risada fraca e arrastada que poderia ter conquistado qualquer garota do Texas. E se Jungkook fosse uma garota, ele com certeza seria uma vítima. — Mas ainda não quero ser chamado de senhor. Talvez quando eu morrer e for canonizado.

Ele se sentou em uma das banquetas e ao seu lado e passou os dedos pelo cabelo que caía em seu olho.

— Obrigado, Jimin, de verdade. É realmente importante ouvir algo assim de você. Quero dizer, eu não quero ser um idiota, nem nada disso mas você é...bem...você. — Jungkook não achou que seria uma boa ideia se referir a Jimin usando seu nome artístico em um bar lotado quando ele claramente não fazia questão de revelar quem era. — Eu sou um grande fã.

Jimin deu um sorriso que poderia ter matado Jungkook de verdade. Porra, Jimin Carter estava sorrindo para ele.

— Obrigado. Talvez seja um pouco menos depois de hoje de manhã, eu acho.

Jungkook não sabia o que responder.

Ele ligou para Lily assim que saiu da casa de Jimin e ela disse que queimaria todos os posteres que tinha dele em seu quarto. Jungkook não sabia o que fazer ou o que pensar depois que ouviu Jimin basicamente dizer que odiava pessoas como ele.

Ele só conseguia sentir um buraco no peito por ter perdido uma oportunidade de ouro em menos de cinco minutos. Claro, ele quis pedir desculpas e esclarecer a situação, mas o que ele iria dizer?

— Eu não vou dizer que me arrependo do que disse. Eu realmente quis dizer aquilo e levo o meu trabalho a sério mais do que qualquer coisa, Jungkook. — diferentemente daquela manhã, seu tom não era frio ou passivo-agressivo, mas ainda era confiante e firme. — Se você disse o que disse por ignorância ou qualquer coisa assim, aquilo que eu falei está mais do que reforçado. Mas se não foi proposital ou se foi só uma falha de comunicação, o que eu acho que é o caso aqui...

— Pode apostar, é sério. — Jungkook afirmou com um tom sério e firme. — Eu realmente não quis soar como um idiota ou um cara ignorante, só estava surpreso e...olha, eu sinto muito mesmo, cara.

— Eu acredito em você. — Jimin afirmou. — É por isso que quero ter certeza de que saiba que se você não é como eu pensei que era, aquilo não se aplica a você. Você é mais do que bem-vindo para trabalhar comigo.

Jungkook faria uma dança feliz se pudesse.

— É claro. — Ele disse um pouco rápido demais, ofegante e com os olhos arregalados. Porra, sim. Quero dizer...Caramba, é uma honra mesmo. E só para esclarecer, eu só fiquei um pouco assustado. Nunca produzi nada além de country, blues e folk antes, por isso o susto.

— Tudo bem. — Jimin pediu mais uma dose e eu agradeci internamente. Não queria sair dali para atender mais ninguém. — Na verdade, estava mesmo procurando por pessoas como você.

Jungkook estava prestes a morrer, com certeza absoluta. Puta merda.

— Queremos fazer algo diferente e eu quero os melhores nesse álbum, por isso pedi recomendações ao Taehyung.

— Foi uma ótima decisão. Taehyung respira música.

Jimin concordou com a cabeça.

— Vou fazer o meu melhor, te dou minha palavra. — Jungkook disse com seu coração inteiro na ponta da língua. Ele daria a porra da vida nesse álbum.

— Eu aprecio isso, Jungkook. — Um toque de inquietação atravessou a expressão de Jimin e ele se ajeitou no banco. — Você vai se sair bem, eu tenho certeza disso. Sei que é assustador na primeira vez. Ouvi country mais do que ouvi a voz dos meus pais e quase tive um colapso nervoso quando gravei Love Letter.

— Bem, se ajuda saber, não pareceu. — Jungkook apoiou as mãos no balcão e esticou os braços. — Esse álbum é o meu favorito desde que eu tinha 16 anos. Mal posso esperar para te ouvir no...

Jungkook percebeu que não sabia o nome do novo álbum de Jimin.

— Não temos um nome ainda. — Jimin deu de ombros e bebericou seu whisky, bebendo mais devagar dessa vez. Ele ainda parecia inquieto e Jungkook se perguntou se tinha a ver com sua presença. — Gosto de deixar a ideia do nome vir naturalmente.

— É sempre assim?

— Na maioria das vezes, sim. Lemonade e J'day foram nomeados quase no fim das gravações. Love Letter surgiu antes mesmo das letras e melodias das músicas do projeto.

Jungkook estava fascinado. Mesmo que sua música favorita estivesse tocando nos alto-falantes do bar, ouvir Jimin falando sobre seu processo de criação era mais interessante do que qualquer coisa no mundo.

— Sobre o que é? — Jungkook perguntou mais baixo do que o normal, meio fascinado ainda.

— Sobre minhas raízes. Sobre o Texas, as pessoas daqui e tudo isso. É como minha versão texana, só que totalmente diferente do que as pessoas conhecem.

Jungkook mal podia esperar para ouvir, muito menos para trabalhar nisso. Ele amava o Texas e Jimin era seu ídolo número um. Parecia tanto com um sonho que Jungkook tinha medo de piscar demais e acabar acordando.

Jimin mexeu na aba do chapéu e ele acompanhou o movimento de sua mão e franziu as sobrancelhas quando reparou no quão trêmula ela estava. Ele percebeu sua carranca confusa e hesitou antes de inclinar a aba, aumentando a sombra sobre seus olhos. Jungkook percebeu que Jimin notou sua curiosidade e ele quis dar um tapa em seu próprio rosto pelo quão desconfortável Jimin pareceu estar por causa de seu olhar curioso sobre sua tremedeira.

— Você fica bem de chapéu. — Jungkook disse a primeira coisa que surgiu em sua mente e se arrependeu instantaneamente. — Essa coisa de cowboy combina com você.

Jungkook se lembrou de Jimin encarando seu chapéu em sua casa naquela manhã e da sua clara aversão a cowboys. Se ele pudesse se dar um tiro, não perderia tempo antes de fazê-lo.

Mas Jimin sorriu e as sardas discretas se acumularam no canto de seus olhos. Porra, esse cara devia ter uma fila de mulheres atrás dele.

— Me disseram o mesmo hoje, estou quase começando a acreditar. — Ele virou o resto de whisky no copo e o silêncio caiu sobre eles.

O zumbido das conversas e o som de copos de vidro batendo no balcão eram os únicos sons agora.

Jimin olhou em volta e uma carranca se formou em seu rosto. Ele estava claramente desconfortável. Jungkook encheu seu copo antes que ele voltasse a olhar para frente. Carter abriu a boca para dizer alguma coisa mas Jungkook foi mais rápido.

— É por minha conta. Para agradecer e para me desculpar.

— Não deixe Destiny e Namjoon descobrirem isso, eles vão achar que trabalhar com você significa bebidas de graça. — Ele aceitou o drink com um sorriso tímido que Jungkook nunca achou que veria no rosto do cara mais confiante que já conheceu. Foi bem legal, se você o perguntasse. — Pergunte ao Taehyung, eles são como dois tanques de gasolina de um carro velho.

Jungkook sorriu e quis fazer aquela dança feliz novamente.

— Obrigado. — Jimin levantou o copo como se estivesse brindando com Jungkook e bebeu o líquido dentro de uma só vez.

Jungkook não teve a chance de responder pois as luzes do palco se apagaram indicando que o show começaria em breve. Ele precisava ir e anunciar Diana.

— Acho que tenho trabalho a fazer e você tem um show para assistir. — Ele disse enquanto tirava o avental preto da cintura.

— Claro. — Jimin levantou e colocou uma nota de 100 pratas em cima do balcão. CEM. Fodidas. Pratas. Jungkook arregalou os olhos e ele estava pronto para recusar o pagamento mas Jimin o impediu. — Isso é só pelas três primeiras, eu aceitei o meu presente.

Ele levantou as sobrancelhas como se estivesse desafiando Jungkook a recusar o pagamento de cem pratas por 3 doses que não valiam mais do que 40 dólares. Jungkook decidiu que aceitaria mas que não pegaria sua gorjeta dentro desse valor. O dinheiro iria todo para o caixa, mas ele não disse isso a Jimin.

— Te vejo amanhã? — Ele perguntou firmando seu chapéu de cowboy sobre sua cabeça e isso quase pareceu uma saudação que ele provavelmente julgaria como algo que Jungkook faria se estivesse usando seu chapéu.

Jungkook se sentiu como no dia em que ganhou permissão para participar da fogueira com seus pais. Seu peito estava queimando de felicidade e ele tinha certeza de que não dormiria nem por um segundo naquela noite.

— Com certeza. — Ele respondeu e seu sorriso estava prestes a dividir seu rosto no meio.

Jimin sorriu de volta, bem mais discreto e hesitante do que Jungkook, mas ainda era um sorriso genuíno, principalmente quando ele viu que no boné de Jungkook estava escrito "chapéu de cowboy." Ele inclinou a cabeça rapidamente com a mão na ponta de seu próprio chapéu (um chapéu de cowboy de verdade). — Cowboy Knowles. — Ele o saudou sem conseguir segurar o sorriso.

Por um momento, Jimin pareceu menos inquieto. Ele ainda estava contido, mas relaxado. Jungkook percebeu que talvez não fosse tão difícil estar perto de Jimin. Na verdade, ele já estava contando os segundos para o dia seguinte.

— Cowboy Carter. — Ele saudou de volta e viu Jimin desaparecer no meio da multidão.

Bem, ele não chegou a desaparecer...e Jungkook não tirou os olhos dele o tempo todo. Era impossível tirar os olhos de Jimin Carter, mesmo que suas roupas e seu chapéu o fizessem se misturar com mais facilidade no meio daquele monte de gente.

Jungkook já assistiu a vários shows de Jimin pela internet e até viu um pessoalmente, e sua presença de palco sempre o deixava de queixo caído. Jimin dominava o palco e fazia isso sem o menor esforço. E agora, vendo de perto, Jungkook notou que isso não era uma característica que fazia parte da composição artística de Jimin Carter, mas era também um traço do próprio Jimin.

Jungkook viu mais dez caras usando o mesmo chapéu que Jimin, mas nenhum deles era notável e se destacava como ele o fazia.

Trabalhando no Linda's, Jungkook estava acostumado a ver caras como ele mesmo, cowboys de todos os tipos e de todos os cantos de Houston. Mas naquela noite...

Naquela noite ele não conseguiu desviar os olhos do Cowboy Carter


  


                                                         ★

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