HEARTBREAKER | SEBASTIAN STAN

By tomcruisre

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Sebastian Stan é o baterista de uma banda famosa e está vivendo com todo o glamour e prestígio de um verdadei... More

Personagens & Avisos
Soundtrack & Avisos
00. Prólogo
01. A vadia da Rolling Stones
02. Primeiro escândalo
03. Tudo o que poderia dar errado
04. O contrato
05. Aparição Pública
06. Upper East Side
07. Tequila e limão
08. Lençol de seda
09. Jantar a dois
10. Caixa de veludo
11. O equivoco
12. Preço da liberdade
13. Estúdio de gravação
14. Mais uma casualidade
15. Topless & TMZ
16. Massagem relaxante
17. O acidente de Skyler
18. A maldição
19. Lavagem a seco
20. Olho por olho
21. Noite de jogos
22. No limite
23. O álibi perfeito
24. Artigo da cosmopolitan
25. Escolha errada
26. Revelações
27. Um lugar chamado notthing hill
28. Como conquistar uma mulher
29. O depoimento
30. Dupla traição
31. Inimigo do meu inimigo
32. Envelope de fotos
33. Good morning america
34. Novas suspeitas
35. Feliz aniversário
36. Voyeur
37. Cottage grove - parte I
38. Cottage grove - parte II
39. Momento em família
40. Dia de SPA
41. Sorvete de baunilha e escândalo
42. Ação de graças
43. O primeiro corte é o mais profundo
44. O dia seguinte
45. Arma de choque
47. O peso do passado
48. Acerto de contas
49. Primeiro encontro
50. Ouroboros
51. Contagem regressiva
52. Um pequeno favor
53. Negocio Arriscado
54. Desastre de natal - Parte 1
55. Desastre de natal - Parte 2
56. A verdade nua e crua
57. Mais um beijo
58. O ultimo suspiro

46. Pedido de desculpas

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By tomcruisre

Havia pelo menos umas 20 chamadas perdidas em seu celular que não parava de tocar mas Sebastian nem ao menos se deu o trabalho de atender as ligações de Kraig.

Naquela manhã a banda iria começar a divulgação para concorrer ao VMA já que em uma semana as indicações seriam divulgadas e enquanto todos estavam esperando a coletiva de impressa, Sebastian estava dentro de um elevador apertado seguindo até o apartamento de Lexi que ficava no subúrbio.

— Sebastian? — Lexi travou ao vê-lo sair do elevador e caminhar em sua direção. — O que está fazendo aqui?

— Precisamos conversar. — Sebastian tentou manter a firmeza em sua voz sem extrapolar e acabar gritando no meio daquele corredor. — Podemos entrar?

— Não quer tomar um café? Eu estava indo até a cafeteria. — Lexi perguntou mas Sebastian continuou em silêncio e ela entendeu o recado. — Tudo bem, pode entrar.

Tudo o que Sebastian queria era acabar de vez com toda aquela farsa que Lexi tinha criado e expondo a sua filha para a mídia do jeito que ela tinha feito apenas para tentar se livrar de Skyler mas por sorte o fotografo da TMZ tinha aparecido no seu apartamento aquela manhã e dado com a língua nos dentes.

— Você não deveria estar em um coletiva de impressa agora? — Lexi franziu o senho. — Sebastian, eu não acredito que você esqueceu...

— Sabe o que eu mais odeio nessa vida? Estar errado. — Sebastian forçou um sorriso sem animo. — Na verdade... Eu odeio admitir que estou errado.

— É, você é um pouco orgulhoso mesmo. — Lexi mordeu o lábio inferior enquanto flertava. — Mas acho que esse é o seu charme.

— Você é patética. — Sebastian riu fazendo Lexi arregalar os olhos pelo susto.

— O que?

— Isso mesmo que você ouviu sua vagabunda patética. — Sebastian estava tão irritado que era possível ver a sua mandíbula marcar toda vez que ele respirava fundo.

— Por que está falando assim comigo? — Lexi gaguejou nervosa.

— Vendeu a história da Hope para um site de fofoca pra se vingar porque eu cansei de usar você como meu brinquedinho? — Sebastian perguntou debochado. — Percebeu que era descartável e quis se vingar? Foi isso?

— Eu não sei do que está falando... — Lexi tentou se explicar mas Sebastian a cortou.

— Não se faça de sonsa. — Sebastian gritou fazendo-a engolir seco. — O fotografo que você contratou te entregou e está agora em uma cama de hospital com um braço quebrado depois da surra que eu dei nele.

— Sebastian, você está alucinando. — Lexi disse desesperada. — Eu nunca faria uma coisa dessas com você ou com sua filha.

— Cala essa boca.

— Precisa acreditar em mim. — Lexi estava com lagrimas nos olhos. — A única pessoa capaz de fazer alguma coisa desse jeito para te prejudicar é a...

— Se você falar o nome da Skyler eu juro por Deus que vou perder de vez a cabeça e esquecer que você é mulher. — Sebastian respirou fundo tentando se controlar mas sua raiva era visível.

— É verdade. — Lexi se embolou para falar soluçando. — Depois que ela entrou na sua vida tudo começou a dar errado, não percebe isso? O processo contra você, sua música, sua imagem...

— A Skyler é a única parte boa da minha vida agora. — Sebastian gritou. — Então dobre essa sua língua pra falar dela.

— Ela não te ama como eu te amo. — Lexi se aproximou de Sebastian tentando toca-lo mas ele recuou. — Eu jamais faria algo assim com você, precisa acreditar em mim.

— Mas faria para ferrar com a Skyler e tirar ela do caminho, não é? — Sebastian disse debochado fazendo Lexi engolir o choro. — Mas você mexeu com a pessoa errada... Não deveria ter feito isso.

— Eu não fiz nada. — Lexi trincou os dentes. — Você não pode me acusar de algo que eu não fiz!

— Pra que continuar negando? Acha que eu vou voltar atrás e rastejar de volta pra você? — Sebastian perguntou. — Pelo amor de deus! Deixe de ser maluca, porra.

— Você está ignorando tudo o que a gente viveu por causa de uma suspeita sem fundamento? Por que aquela mulherzinha te disse?

— O que a gente viveu? — Sebastian perguntou com uma ruga na testa. — A gente trepava. Nada mais do que isso... Você era apenas uma transa sem insignificância.

— Eu não acredito em você. — Lexi limpou as lágrimas no canto dos olhos.

— Nós usavamos um ao outro e era apenas isso. — Sebastian disse sem se importar com Lexi chorando na sua frente. — Foi você quem criou esse sentimento maluco nessa sua cabeçinha doente. Eu sempre deixei claro minhas verdadeiras intenções com você.

— Mas eu me apaixonei...

— Se apaixonou por mim? — Sebastian gargalhou. — Você usou a pessoa que eu mais amo no mundo pra me atingir e quer que eu acredite que está apaixonada por mim? Você é doente.

— Aquela mulher não te ama e não te faz bem... Olha só pra você! E eu não me arrependo de nada. — Lexi esbravejou e imediatamente se arrependeu ao perceber que tinha acabado de confessar.

— Você tem sorte. — Sebastian segurou o rosto de Lexi com a mão. — Acho que a vadia que você tanto odeia amoleceu o meu coração porque você estaria dentro de uma vala agora.

O apartamento foi invadido por três homens altos e tatuados que usavam jaqueta de couro com o simbolo de um coyotte nas costas.

— O que é isso? — Lexi recuoou assustada. — Quem são vocês?

— São meus amigos que vão te acompanhar até a estação mais próxima. — Sebastian fez sinal com a cabeça para o rapaz que seguiu até o quarto para recolher as coisas dela.

— Do que está falando? O que é isso?

— Ou você saí da cidade ou eles vão dar um jeito permanentemente no problema que você me causou. — Sebastian disse com um sorriso no rosto. — Porque eu não vou sujar minhas mãos com uma vagabunda como você.

— Está blefando. — Lexi riu. — Você não teria coragem de me matar.

— Não mesmo. — Sebastian apertou o ombro do amigo que estava ao seu lado. — Mas eles teriam.

Lexi engoliu seco ao ver aqueles três homens encarando ela.

— Que tal facilitarmos as coisas? — Sebastian sorriu para Lexi. — Eu já quebrei a cara do desgraçado que tirou as fotos e estou em paz com isso e você não vai querer tirar a minha paz, não é?

Suas lágrimas não paravam de rolar pelo seu rosto e Lexi apenas balançou a cabeça negando.

— Foi o que pensei. — Sebastian disse satisfeito. — Eu tenho uma coletiva de impressa agora mas os rapazes vão te ajudar a empacotar suas coisas.

— Vai me deixar aqui sozinha com eles?

— Deveria confiar em mim assim como confiei em você. — Sebastian sorriu e então bateu as mãos uma na outra fazendo-a sobressaltar. — Faça uma boa viagem e se aparecer por aqui de novo... Vai por mim, não apareça.

— Espera! — Lexi o chamou com a voz chorosa. — Não existe nada que eu possa fazer que te faça mudar de ideia? Eu estou arrependida.

— Você sabia como era importante pra mim manter a Hope no anonimato. — Sebastian disse com a voz firme. — Você não está arrependida pelo o que fez e sim por ter sido pega. Seja pelo menos honesta.

— O Stacee e a Skyler estão transando. — Lexi prendeu a respiração ao ver o olhar mortal de Sebastian sobre ela.

— E você por acaso tem provas dessa traição?

— Está bem na sua frente. — Lexi disse nervosa. — Seu melhor amigo e sua namorada perfeita estão transando bem debaixo do seu nariz.

— Cuidado com o que você vai falar em seguida. — Sebastian levantou o olhar cruzando com os rapazes. — Eu posso mudar de ideia sobre a estação.

— Está tão cego a ponto de não ver o que está bem na sua frente?

— Eu não sou cego. — Sebastian forçou um sorriso. — Eu sei sobre as intenções do Stacee e ele mesmo já deixou isso muito claro mas se ele ousar encostar um dedo na Skyler ele é um homem morto... Eu substituo um guitarrista em um piscar de olhos, então não se preocupe comigo.

Ouvir aquilo a deixou completamente incrédula, como Stacee podia ter tido a coragem de entregar tão facilmente o jogo quando os dois poderiam estar nessa juntos.

— Você vai ser apunhalado pelas costas por essa mulher. — Lexi balançou a cabeça. — E é uma pena eu não estar aqui para ver isso.

— Essa é a Lexi que eu conheço. — Sebastian deu uma piscadela. — Adeus!

Fechando a porta do apartamento, Sebastian tirou o celular do bolso que não parava de tocar.

Onde você está? — Kraig gritava do outro lado da linha fazendo Sebastian afastar o celular do ouvido.

— Estou preso no trânsito. — Sebastian mentiu apertando no botão do elevador.

O motorista disse que está estacionado em frente a um prédio no Queens. — Kraig disse e Sebastian coçou a sobrancelha tentando pensar em uma desculpa plausível.

— Vim buscar uma jaqueta que comprei na internet. — Sebastian fez uma careta. — Costumizada.

O que?

— É da Louboutin. — Sebastian respondeu o primeiro nome que veio em sua mente.

Não me interessa. — Kraig esbravejou. — Quero você aqui em cinco minutos.

— Me dê dez.

Por sorte o trânsito cooperou bastante e ele conseguiu chegar na hora exata entrando na sala climatizada de supetão empurrando as duas portas duplas mas seu sorriso logo sumiu ao ver Skyler e Stacee sentados um ao lado do outro conversando sem se importar com as pessoas que estavam ali.

O papo parecia empolgante já que nenhum dos dois notou a sua presença.

— Sem escândalo. — Sebastian disse assim que Kraig se aproximou.

— Louboutin é uma marca de sapato. — Kraig praticamente avançou no pescoço de Sebastian que recuou.

— Me dedurou pra ele? — Sebastian perguntou olhando para Skyler que apenas deu de ombros.

— Na próxima vez tente pensar em uma mentira mais convincente. — Skyler riu debochada. — Uma jaqueta da Gucci seria bem melhor.

— Eu deveria ter comprado seu silencio com esse tal de Louboutin. — Sebastian disse em tom sedutor mas Skyler permaneceu de cara fechada sem cair em seus charme.

— Você chegou atrasado. — Kraig disse irritado. — A coletiva de imprensa já acabou.

— Só chamar eles de novo.

— Não é assim que funciona.

— Eu sei exatamente como funciona. — Sebastian respondeu de forma sarcástica. — Só apresenta-los ao Benjamin Franklin e temos o que queremos.

— Nem todo mundo pode ser comprado. — Skyler disse de forma provocativa.

— Mas eu tenho certeza que vocês cuidaram de tudo, não é? — Sebastian abraçou Kraig envolvendo o braço ao redor dele. — Você é o melhor empresário do mundo.

— Por que o bom humor? — Kraig perguntou assustado. — Isso não é nem um pouco normal.

— Aposto que deve ter aproveitado bastante a noite de ontem. — Stacee deu uma risada. — Saiu mais cedo do bar e aposto que tinha alguma companhia.

— A minha unica companhia era a solidão. — Sebastian deu uma piscadela. — Mas valeu pela preocupação.

— Eu vou nessa. — Skyler acenou para o pessoal da equipe.

— Mas já? — Sebastian se colocou na frente dela tentando impedi-la de sair. — Eu acabei de chegar.

— Eu tenho um trabalho e uma vida fora daqui. — Skyler riu. — Não posso ficar cem porcento disponível para você.

Era óbvio que Skyler estava longe de esquecer e até perdoar tudo o que tinha acontecido mas todo aquele gelo estava começando a machuca-lo principalmente por ter que vê-la se aproximar de Stacee enquanto ela não parecia se importar em ignorar sua presença ou olhar para ele com um olhar de decepção.

— Vocês precisam de mim? Vou ajudar o Chace lá dentro. — Stacee apontou por cima do ombro apontando para o amigo.

Ao ficarem a sós, Kraig foi logo puxando Sebastian para um canto.

— Por favor, me diz que não se meteu em encrenca de novo.

— O fotografo está no hospital. — Sebastian disse deixando Kraig boquiaberto. — Relaxa, ele não vai falar nada.

— Cortou a lingua dele?

— Era uma boa ideia. — Sebastian disse pensativo. — Mas não, ele só é um cagão que está morrendo de medo de apanhar de novo.

— Sebastian...

— E a Lexi está fora da linha de cobertura. — Sebastian deu um gole na bebida. — Deve estar a caminho da rodoviária para deixar a cidade.

— Expulsou ela de Nova Iorque?

— Sim. — Sebastian respondeu. — Que cara é essa?

— Você ainda vai se meter em problemas.

— Agora eu só preciso fazer a Skyler me perdoar ou pelo menos olhar na minha cara. — Sebastian disse pensativo. — Alguma ideia?

— Já pensou em pedir desculpas?

— Alguma ideia boa?

— Melhor do que pedir desculpa? — Kraig abaixou a cabeça se curvando para rir. — Acho difícil.

— Já sei. — Sebastian estalou os dedos assim que a ideia lhe veio a mente. — Corta o cartão de credito dela.

— Já não passamos por isso antes? — Kraig rolou os olhos sem paciência. — Você quer conversar com ela ou quer que ela te odeie?

— Um pouco dos dois? — Sebastian perguntou balançando a cabeça. — Cortando o cartão ela vai precisar vir até mim e a gente vai poder conversar... Ela está ignorando todas as minhas ligações e quando atendeu me mandou ir para o inferno. Viu como me tratou hoje? Nem consegue olhar na minha cara.

— E porque você não vai até ela primeiro?

— Você não ouviu o que eu disse? Só faça o que eu mandei. — Sebastian sorriu orgulhoso. — Eu não dou 24 horas para ela bater na minha porta.

1 SEMANA DEPOIS

Desde que tinha acordado naquela manhã sua cabeça não parava de latejar, parecia que ela estava de ressaca mesmo sem ingerir uma gota de álcool e até mesmo o som da buzina dos carros a incomodava.

O seu celular tocando a fez grunhir de dor e ao ver o número de sua mãe ela rolou os olhos.

— Não posso falar agora, estou ocupada.

Me encontra no Maine's. — Rachel disse de uma vez. — É urgente.

— Mas que porra...? — Skyler resmungou ao ver que ela tinha desligado na sua cara.

Por sorte a cafeteria ficava perto do seu trabalho e Skyler só precisou pegar dois onibus para chegar até lá.

— Querida! — Rachel se levantou da mesa correndo para abraçar a filha. — Você não me parece bem.

— Eu estou ótima. — Skyler disse sem animação. — O que você quer?

— Vamos tomar um café e conversar. — Rachel apontou para a mesa mas Skyler negou com a cabeça.

— Eu vou me sentar mas não vou comer nada, já tomei café. — Skyler mentiu.

Ela mal tinha dinheiro para pagar a passagem de ônibus para o trabalho depois que seu cartão de credito foi cortado.

— Soube que você e seu namorado estão enfrentando uma crise. — Rachel disse preocupada. — Eu li os sites de fofoca e pela sua cara é verdade.

— Ai, mãe. — Skyler rolou os olhos sem paciência. — Eu não quero falar sobre isso.

—  Seja lá que crise vocês estejam passando se resolvam logo. — Rachel disse nervosa. — Porque seu pai está de namorada nova e você sabe o que isso significa, não é?

— Eu não vou me meter nas suas crises com o papai. — Skyler disse irritada. — E não coloque meu relacionamento no meio.

— Então vocês terminaram? — Rachel perguntou preocupada. — Oh ceus! Não seja burra.

— Do que está falando?

— O que esse rapaz fez para você estar com tanto rancor? — Rachel perguntou fazendo Skyler respirar fundo para não xingar. — Vai mesmo sair desse relacionamento com as mãos abanando?

— Você quer que eu peça um seguro ou auxilio ex-namorada? Pelo amor de deus. — Skyler disse horrorizada.

— Se você tiver um filho com ele você nunca mais vai precisar se preocupar com dinheiro. — Rachel disse e Skyler lançou um olhar mortal para a mãe. — Você bem precisa amar esse rapaz... Pense nisso como um investimento.

— Foi assim com o papai? Eu e meu irmão fomos um investimento pra você? — Skyler perguntou irritada. — Essa conversa está me deixando enjoada.

— Eu me preocupo com você. — Rachel disse segurando a mão de Skyler sobre a mesa. — Por favor, pense no que eu te falei.

— Eu nunca colocaria uma criança no mundo por um investimento. — Skyler disse enojada. — E eu vou falar pela ultima vez, não se meta no meu relacionamento.

— Skyler...

— Não! — Skyler esbravejou. — Você e o papai já fizeram isso antes e eu não vou deixar que façam de novo.

— Você era uma criança, o que esperava que eu fizesse? Eu sou sua mãe. — Rachel disse mas Skyler apenas deu as costas e saiu da cafeteria seguindo até o prédio da revista que ficava no quarteirão.

[...]

O som do teclado fazia a cabeça de Skyler latejar e ela tentava ao máximo não fazer barulho já que o som de cada tecla sendo apertada era como se um prego estivesse sendo martelado em sua cabeça.

— Nós vamos sair para tomar um cafezinho. — Julie abriu a porta de supetão fazendo a persiana bater com força no vidro.

— Argh! — Skyler resmungou apertando as têmporas.

— Você está bem?

— Não. — Skyler deu um suspiro cansado. — Eu não consigo terminar esse artigo e minha cabeça parece que vai explodir.

— Eu tenho um remedio na bolsa se quiser.

— Nem morfina faria efeito. — Skyler fechou os olhos com força tentando aliviar a dor. — Essa enxaqueca não vai embora.

— Você está reclamando de dor desde ontem. — Julie disse preocupada. — Pede um dia de folga pra Ellen e termina esse artigo em casa.

— Eu estou com enxaqueca desde a semana passada. — Skyler soltou um suspiro cansada. – E parece que ela só vai embora quando eu estou dormindo e toda vez que tomo uma aspirina eu fico enjoada.

— Que estranho. — Julie disse pensativa. — Você deveria ir ao medico se está desde de ontem indisposta.

— Acho que vou fazer isso. — Skyler sentia a cabeça pesar. — Mas deve ser alguma besteira.

— Eu tinha enxaqueca constante quando estava gravida do meu ultimo filho por causa da pressão alta. — Julie disse fazendo Skyler parar no tempo ao ouvir aquilo. — Quer alguma coisa da cafeteria?

— Não, valeu. — Skyler ainda estava atônita depois daquela informação e assim que Julie saiu da sua sala ela pegou sua bolsa revirando tudo até encontrar a cartela de anticoncepcional.

Sua mão tremia e ela mal conseguia contar as pílulas que havia tomado de tanta ansiedade.

— 5? — Skyler perguntou para si mesma nervosa. — Tudo bem, eu acho que pulei algumas.

O sorriso no rosto de Skyler sumiu ao ver a cartela no fundo de sua bolsa com dois comprimidos que ela tinha esquecido de tomar da ultima cartela.

— Não, não, não... — Skyler xingou baixinho batendo na própria cabeça fazendo sua visão ficar turva por conta da enxaqueca. — Ouch...

Saindo de sua sala, Skyler correu até a recepcionista.

— Oi. — Skyler sorriu para a assistente.

— Oi. Posso te ajudar em alguma coisa?

— Está ocupada? — Skyler perguntou e Beatrice negou. — Você poderia ir na farmácia? Estou morrendo de enxaqueca.

— Claro.

— Eu vou precisar de aspirinas e... — Skyler tossiu para tentar disfarçar. — Um teste de gravidez.

— Um teste de gravidez. — Beatrice arregalou os olhos. — Você está...?

— Não é só por causa da enxaqueca. — Skyler deu uma risada sarcástica. — Pra ter certeza se estou tendo um AVC ou se estou gravida mas tomara que seja um AVC.

Beatrice deu uma risada desconfortável sem saber se aquilo era mesmo sério mas Skyler estava tão desesperada que nem notou o desconforto dela.

— É uma piada. — Skyler rolou os olhos. — Por favor, não demore a minha cabeça está explodindo.

Enquanto esperava a sua assistente voltar da farmácia, Skyler foi até a cozinha pegando um saco de jujubas que sempre deixava no armário em um caso de emergência.

Sua menstruação estava atrasada fazia pelo menos uma semana mas ela não deu a mínima porque estava ocupada com o seu novo artigo e as entrevistas da semana. Em dois dias ela tinha ido para uma radio e dado entrevista para 2 programas de televisão enquanto evitava os paparazzi e as perguntas irritantes sobre o seu relacionamento.

Depois de longos minutos torturantes enquanto sua cabeça ameaçava explodir a qualquer momento, sua assistente finalmente resolveu aparecer com o teste e as aspirinas.

— Eu comprei... — Ela nem conseguiu terminar de falar quando Skyler arrancou a sacola de suas mãos e saiu correndo para o banheiro se trancando na primeira cabine que encontrou.

Ela não estava com medo de fazer o teste de gravidez mas sim do resultado.

Depois de fazer xixi naquele clear blue, Skyler continuou trancada dentro da cabine encarando a ampulheta na tela rodar sem parar deixando-a tonta.

Fechando os olhos com força tentando se acalmar, ela inspirou e expirou devagar.

— Anda logo! — Alguém gritou do outro lado da cabine.

O som da batida na porta da cabine fez Skyler tomar um susto derrubando o teste de gravidez dentro do vaso sanitário.

— Só pode ser brincadeira. — Skyler xingou baixinho mas continuavam batendo na porta sem parar. — Já vai porra!

Parecia azar demais.

Sua primeira reação foi olhar ao redor procurando algo para conseguir tirar o teste do fundo do vaso e por um breve segundo ela olhou para os próprios pés vendo suas botas vermelhas mas logo aquela ideia foi embora.

— Eu estou apertada. — A mulher do outro lado continuava batendo na porta deixando Skyler ainda mais irritada pela sua enxaqueca e seu nervosismo.

Sem saída, Skyler acabou dando descarga fazendo o teste que ela havia feito ir por água abaixo literalmente.

— Graças a deus! — A mulher invadiu a cabine do banheiro antes mesmo que Skyler pudesse sair. — Eu estou desesperada e muito apertada.

— Bom pra você. — Skyler respondeu sem animação lavando as mãos encarando o próprio reflexo.

Aquela duvida iria continuar a corroendo pelo resto do dia e seu mal estar não passava de jeito nenhum e agora ela se sentia ansiosa e enjoada.

Ela poderia vomitar todas as jujubas que tinha comido há meia hora atrás mas ela optou por respirar fundo e voltar para sua sala onde ela se deitou no sofázinho para relaxar. Talvez a enxaqueca fosse apenas cansaço da longa semana de trabalho e ela só precisasse de uma boa noite de sono já que seus remedios para dormir tinham acabado e ela continuava tendo os mesmos pesadelos repetitivos.

— Oi, você está bem? — Beatrice deu duas batidinhas de leve na porta vendo Skyler deitada no sofá com o braço em frente ao rosto.

— Não. — Skyler resmungou. — Minha cabeça parece que vai explodir e eu estou enjoada.

— Você comeu hoje? — Beatrice se aproximou segurando uma sacola da cafeteria. — Trouxe um pão com presunto.

— Eu só tomei um suco antes de sair. — Skyler segurou o pão com as duas mãos. — E algumas jujubas na hora do almoço.

— Talvez seja por isso que está com dor de cabeça. — Beatrice respondeu. — Quer que eu peça um almoço no seu restaurante favorito?

— Eu estou sem grana. — Skyler respondeu sentindo vergonha por dizer aquilo em voz alta. — Gastei toda grana que eu tinha em um vestido antes do meu cartão ser cancelado.

— Está sem comer por causa de um vestido?

— Estou sem comer porque sou orgulhosa demais para pedir ajuda ao meu namorado. — Skyler forçou um sorriso. — Não sabia que ele tinha cortado o meu cartão de credito ou eu não teria comprado o vestido.

— E você pensou em devolver?

— Eu acho que vou pra casa. — Skyler recusou o salgado depois de uma mordida. — Não estou me sentindo bem.

— Eu aviso a Ellen que você precisou se ausentar.

— Diz a ela que prometo entregar a primeira revisão até o final do dia. — Skyler foi até a sua bolsa e celular que estavam sobre a mesa. — Vou entregar dentro do prazo.

— Não se preocupe com isso. — Beatrice balançou a cabeça. — Ainda temos tempo.

— Valeu.

[...]

As garrafas de champanhe estavam dentro do balde de gelo esperando para serem estouradas, a banda Winter Soldiers estava reunida no quarto de hotel que Chace estava se hospedado esperando as indicações ao VMA do próximo ano.

— O que faremos se não formos indicados? — Staace perguntou atraindo a atenção dos rapazes. — Porque eu organizei uma festa e isso custou muita grana.

— Nosso videoclipe foi um sucesso. — Chace respondeu roendo as unhas. — Pelo menos essa indicação a gente vai ter... Eu acho.

— E você? — Keller cutucou o ombro de Sebastian. — Está todo caladão desde que chegou.

— Nós vamos receber essa indicação e o prêmio. — Sebastian disse tentando mudar de assunto. — Eu tenho certeza.

— Eu não senti muita confiança nesse seu discurso, cara. — Keller franziu o senho. — O que está acontecendo?

— Deixa ele. — Chace deu um gole na garrafa de cerveja. — Está com dor de cotovelo porque brigou com a Skyler.

— Vocês terminaram mesmo? — Keller perguntou surpreso. — Porque se você estiver solteiro de novo essa é mais uma razão para comemorar.

— O Chace é um idiota. — Sebastian disse olhando diretamente para Stacee. — A Skyler e eu ainda estamos juntos.

— É uma pena.

— Calem a boca, já vão anunciar. — Chace pegou o controle da televisão aumentando o volume o máximo que conseguiu.

Quando a primeira categoria foi anunciada e a banda foi indicada todos gritaram empolgados jogando tudo para cima derrubando algumas decorações do quarto.

— Isso vai custar caro. — Stacee riu.

— Foda-se! Nós fomos indicados porra!

— Espera... — Keller apontou para a televisão assim que o rosto da banda apareceu mostrando sua segunda indicação. — Puta merda!

— Duas indicações. — Stacee abraçou o pescoço de Keller enquanto pulavam de alegria comemorando e gritando.

Sebastian sentiu um vazio no peito vendo os amigos comemorarem enquanto para ele nada daquilo fazia sentido sem Skyler ao seu lado.

— Pra onde você vai? — Chace perguntou confuso vendo Sebastian vestir a jaqueta de couro e pegar as chaves. — Ainda não anunciaram a indicação de videoclipe do ano.

— Eu tenho algo mais importante para resolver.

[...]

Skyler estava embaixo das cobertas encarando o teto tentando criar coragem de fazer o teste de gravidez que estava na sua bolsa. Desde que chegou no apartamento seu mau estar lhe derrubou de vez a deixando de cama e tudo o que ela queria fazer era ficar embaixo daquele edredom até cair no sono.

O som de algo batendo contra a janela chamou a sua atenção mas ela não teve forças para levantar e conferir o que estava acontecendo.

— Deve ser um pássaro. — Skyler se virou para o lado oposto puxando mais as cobertas já que estava morrendo de frio.

Do lado de fora, Sebastian continuava tentando acertar a janela de Skyler com pedrinhas e cascalhos que encontrou pelo chão mas aparentemente isso não estava surtindo o menor efeito e ele teve que pensar rápido.

Os olhos de Skyler estavam pesando de tanto sono mas ao ouvir uma batida alta em sua janela seu coração acelerou fazendo-a pular de susto da cama.

— O que!? — Skyler coçou os olhos para ter certeza que não estava vendo coisas.

— Abre, por favor. — Sebastian se segurava no parapeito tentando se manter em pé já que a escada de incêndio não chegava até a janela dela.

Skyler correu até lá para abrir a janela.

— Está emperrada. — Skyler tentou forçar para cima mas sem sucesso.

— Pelo amor de deus abre essa janela. — Sebastian sentiu a palma da sua mão começar a soar e ele estava prestes a cair do quinto andar daquele prédio.

Usando as ultimas forças que lhe restaram, Skyler conseguiu abrir a janela e Sebastian jogou uma caixa vermelha dentro do quarto e se arrastou para dentro se deitando no chão com a respiração ofegante e com as duas mãos no peito.

— Você está bem? — Skyler perguntou assustada vendo o rosto de Sebastian pálido.

— Não. — Sebastian deu um pausa respirando fundo. — Eu acabei de descobrir que tenho medo de altura.

— Bom pra você mas pelo menos eu não vou te obrigar a sair do mesmo jeito que entrou. — Skyler foi até a cama puxando o cobertor para esquenta-la. — Estou cansada e eu não quero discutir com você.

— Espera, eu vim até aqui pra isso. — Sebastian se virou para ela tentando se colocar de pé mas suas pernas ainda tremiam.

— Pra discutir?

— Pra resolver as coisas. — Sebastian disse apontando para a caixa vermelha. — Te trouxe isso.

— Vai embora.

— Naquele dia eu não esqueci o nosso aniversário. — Sebastian disse finalmente se colocando em pé. — Fui até Nova Jersey para um leilão comprar o presente do nosso aniversário de namoro.

Skyler abriu a caixa com certo receio abrindo a boca ao ver o vestido da Julia Roberts em uma Linda Mulher.

— É lindo mas você não pode me comprar com isso. — Skyler jogou a caixa em cima da cama. — Por favor, vai embora.

— Eu sei que fui um babaca e um idiota te tratando daquele jeito. — Sebastian disse arrependido enquanto implorava. — Eu nunca quis te machucar ou ter gritado com você daquela forma e eu fui um ignorante tocando daquele jeito em você e eu estou ciente disso e mais uma vez você estava certa sobre a Lexi.

— Sebastian, eu estou cansada de estar certa. — Skyler disse passando a mão na cabeça a sentindo pesar. — Estou cansada de ouvir o mesmo discurso sempre.

— Eu sei mas eu não vim aqui só pra isso.

— Por favor, vai embora.

— Me desculpa. — Sebastian disse a pegando totalmente de surpresa. — Eu sinto muito pelo o que eu fiz a você e estou arrependido.

Skyler ficou em silêncio ao ouvir aquelas palavras saindo da boca de Sebastian, ele nunca imaginou que ouviria aquilo.

— Eu estava no hotel do Chace agora pouco e a banda recebeu varias indicações ao VMA. — Sebastian deu uma risada nasalada. — E eu tenho certeza que batemos algum recorde de indicações da premiação mas eu não consegui sentir nada. Não consegui nem se quer ficar feliz porque isso só faria sentido se eu pudesse compartilhar esse momento com você e por isso eu estou aqui te pedindo desculpas por ter sido um idiota e implorando para que me perdoe.

O silêncio foi quebrado quando Skyler colocou a mão em frente a boca correndo até o banheiro se ajoelhando em frente ao vaso e vomitando tudo o que tinha jantado.

— Não era bem essa a reação que eu esperava. — Sebastian disse assim que Skyler se recuperou cambaleando com a mão em frente a boca sentindo o gostoso ruim lhe deixar ainda mais enjoada.

— Não é nada disso. — Skyler deu um sorriso fraco. — Você escalou o prédio para me pedir desculpas quando poderia só ter tocado o interfone.

— Eu tinha essa opção? — Sebastian perguntou chocado. — Bom, eu acho que eu fui romântico pra variar.

— Foi sim.

— Então eu estou perdoado? — Sebastian perguntou se aproximando de Skyler segurando o rosto dela com as duas mãos e tomando um susto logo em seguida. — Você está quente.

Sebastian colocou a mão na testa de Skyler.

— Está queimando em febre. — Sebastian disse preocupado.

— Estou? Graças a deus! — Skyler soltou um suspiro cansado. — Quer dizer eu...

Antes de conseguir terminar a frase, Skyler espirrou fazendo sua cabeça latejar.

— Ah, não...

— Você está gripada? — Sebastian perguntou olhando os pés descalços dela. — E andando nesse chão frio?

— Sem sermão, mãe. — Skyler revirou os olhos.

— Eu tinha esquecido como você é teimosa. — Sebastian a guiou até a cama.

— E você um... — Skyler espirrou. — Chato.

— Eu vou comprar alguma coisa para você comer. — Sebastian foi até o banheiro revirando os armários. — Tem algum remedio aqui?

— Eu estou enjoada.

— O que é isso? — Sebastian perguntou segurando a caixa com o teste de gravidez.

— Será que é uma boa hora para fingir um desmaio? — Skyler deu uma risada nervosa. — Eu achei que talvez...

— Você está grávida? — Sebastian perguntou e Skyler não soube dizer o que ele estava sentindo.

Não havia expressão em seu rosto.

— Não, eu só achei... — Skyler fez uma pausa para espirrar. — Droga! Argh! Foi besteira, eu não estou grávida, é só uma gripe.

— Mas você está se cuidando, não é? — Sebastian perguntou preocupado. — Está tomando as pílulas direitinho?

— Estou. — Skyler balançou a cabeça.

— Ótimo nós não queremos nenhuma surpresa, não é? — Sebastian perguntou largando a caixa em cima da bancada.

— Séria tão ruim se fosse? — Skyler perguntou e em seguida balançou a cabeça. — Esquece o que eu disse.

— Não, claro que não mas você tem a sua carreira e eu tenho minha música. — Sebastian disse tentando se justificar. — E ainda tem a Hope.

Sebastian deu um passo em direção a Skyler puxando o edredom para que ela pudesse se deitar.

— Mas agora eu vou cuidar de você. — Sebastian disse rindo. — E te preparar um chá.

— Boa sorte tentando encontrar alguma coisa... — Skyler espirrou novamente. — Natural aqui.

— Não adianta fazer cara feia. — Sebastian pegou o frasco com remedio entregando o comprimido na mão dela. — Eu tenho uma filha adolescente sabia?

— Que é mais inteligente do que você.

— Vou comprar uma sopa e volto já. — Sebastian disse conferindo a hora no relógio.

Depois de jantar e tomar o remédio que a fez suar enrolada no lençol que fez sua febre ir embora, Skyler finalmente estava se sentindo melhor apesar dos espirros constantes e do seu nariz congestionado.

— Obrigada por cuidar de mim. — Skyler disse ainda de olhos fechados sentindo a mão de Sebastian fazendo carinho em seus cabelos.

— Sua voz fica menos irritante desse jeito, sabia? — Sebastian disse fazendo-a abrir os olhos o fuzilando. — Isso foi um elogio.

— Não foi não.

— Tudo bem... — Sebastian pegou a mão dela dando um beijo no topo. — Quando você vai voltar pra casa? Aquele apartamento é muito sem graça sem você.

— Até a Layla voltar. — Skyler respondeu. — Prometi que ia cuidar de tudo até ela voltar.

— Se você não voltar amanhã eu vou subir na sacada e só saio de lá quando você voltar pra casa. — Sebastian disse de forma dramática fazendo Skyler rir. — Estou falando sério nenhum bombeiro vai conseguir me resgatar porque eu vou ameaçar pular.

— Esqueceu que tem medo de altura?

— Por isso você não pode me deixar fazer essa loucura. — Sebastian disse arrancando uma gargalhada de Skyler.

— Eu não posso deixar o Bruce sozinho.

— Quem é Bruce? — Sebastian perguntou e do lado de fora o cachorro latiu ao ser chamado. — Ah, eu lembro do seu cachorro de bolsa.

— Ele é da Layla na verdade. — Skyler espirrou balançando a cabeça pegando um lenço para assoar o nariz. — E eu também não quero que me veja assim.

— Assim como? Você está linda.

— Para de mentir. — Skyler estava com a voz fanha. — Ah, não... Vai embora.

— Vai me expulsar porque não quer que eu veja a sua meleca? — Sebastian perguntou debochado e Skyler o chutou para fora da cama.

— Rua! — Skyler gritou.

— Eu te quero mesmo com o seu vírus. — Sebastian disse e Skyler rosnou de raiva jogando o travesseiro contra o rosto dele. — Eu fui romântico de novo.

— Não foi não! — Skyler se levantou e o empurrou até a saída.

— Ao menos me dê um beijo de despedida... — Sebastian fez biquinho mas Skyler bateu a porta bem na cara dele. — Te vejo amanhã?

— Vai embora!

Sebastian não conteve a risada ao ouvir ela resmungando do outro lado da porta, era óbvio que ele não se importa com ela está doente mas pelo fato de Skyler ser tão vaidosa, aparecer daquele jeito sem maquiagem e com a cara de doente e abatida era o fim do mundo pra ela.

Ao menos antes de sair ele havia deixado um recado escrito na geladeira

"Se recupere logo, não aguento passar um dia longe de você."

Estacionando a sua moto em frente ao condomínio, Sebastian tirou o celular do bolso para mandar uma mensagem para Chace, ele precisava remarcar a festa em comemoração as indicações porque ele queria que Skyler estivesse ao seu lado nesse momento tão especial.

— Sebastian? — A voz feminina o chamou mas ele nem se deu ao trabalho de ver quem era.

— Eu não dou autógrafos em partes do corpo e... — Sebastian parou de falar assim que viu a mulher parada na sua frente.

Seu sangue gelou e seu rosto ficou pálido como se tivesse acabado de ver um fantasma.

Um fantasma do seu passado.

— Eu acho que precisamos conversar.

NOTAS!!!

De agora em diante o sebastian vai precisar engolir muito o orgulho pra pedir desculpas kkkkkkkk Quem será essa querida que apareceu no finalzinho do capitulo? Vcs tem algum palpite? Alguma teoria?????

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