Sirius e Roxy foram sozinhos em uma das carruagens que levavam os alunos a Hogsmead. O jeito que Sirius olhava para Roxy, a deixava completamente corada e timida. Era um olhar intenso e quente, um olhar que se via o carinho do rapaz, mas também o desejo dele por ela. Sirius obviamente se segurava o tempo todo em que estava perto de Roxy, para não beija-la, mas nesse momento, suas forças precisavam serem maiores.
Enquanto observava o rosto corado de Roxy, o sorriso que ela dava enquanto falava sobre quadribol, o formato de seu corpo sendo marcado pelo vestido, ele imaginava tudo o que queria fazer com a garota. Ele olhava as pernas e se lembrava de como elas eram macias, olhava onde o vestido começava e ficava imaginando como seria bom vê-la sem aquela peça cobrindo suas coxas.
Mordeu os lábios, quando imaginou beijar cada parte daquele corpo, se perder com seus lábios por cada curva. Ele até parou de olhar para ela, por alguns segundos, tentando se esquecer do que pensava, mas não conseguiu, quando voltou a olha-la. Roxy estava mexendo com a cabeça dele.
Assim que chegaram, Sirius suspirou. Estava aliviado pois ao menos poderia andar com ela e isso iria distrair sua mente, de todo o desejo que ele sentia. Então ele desceu, ajudou Roxy a descer e andou de mãos dadas com ela. Perguntou a garota onde ela queria ir, mas indecisa, Roxy deixou a escolha de Sirius. Os dois foram a Dedosdemel, se sentando em uma mesinha e comendo alguns doces, enquanto conversavam.
- Docinhos de canela? - Roxy pergunta, olhando o pedido de Sirius.
- Você não é a única louca por canela, no nosso grupinho. - Roxy sorriu, franzindo o nariz. - Porra mulher, não faz isso comigo não.
- Isso o que?
- Esse tipo de sorriso. Tudo que você faz, já me deixa louco, imagina sorrido assim pra mim?
Sirius acariciou o rosto dela, suavemente, mas aproximou-se mais, dando um leve selar. Quando se afastou, sorriu para a garota e assim eles seguiram o encontro. Passar o dia com Sirius, não como a melhor amiga, mas sim como uma garota com quem ele tinha certo interesse, era incrível. Roxy se sentia ainda mais mimada por ele, do que quando ele a tratava como a melhor amiga. Acreditava que ele era assim com todas as garotas, mas estava errada.
Sirius não era assim com todas, porque não precisava ser assim com todas. As garotas praticamente se jogavam nele, logo ele não tinha a necessidade de fazer tudo ser especial. Mas com Roxy, ele queria que fosse diferente. Ela era extremamente especial para ele e Sirius esperou por anos para ter aquele contato com ela, para sair com ela de mãos dadas e dar beijos nela. Logo, tudo com ela tinha que ser diferente.
Por mais que seu corpo chamasse por ela, todos os dias, por mais que Sirius a quisesse nua em seus braços, ele não iria toma-la para si, sem antes sair com ela. Ele queria demonstrar a ela, que ele gostava de estar ao lado dela, que gostava de ser visto em público, de mãos dadas com ela ou até a beijando. Queria faze-la se sentir especial e estava conseguindo.
Na praça do vilarejo, enquanto os dois andavam ali, de mãos dadas, Sirius notou Amos Diggory, sentado em um dos bancos, olhando fixamente para Roxy. Pelo local que ele estava, não podia ver a mão dela entrelaçada a de Sirius. Então o rapaz, tomado pelo ciúme e querendo demonstrar que aquela garota pertencia a ele, puxou Roxy pela cintura e a beijou bem ali.
Não foi só Amos Diggory que parou para ver, boquiaberto, mas todos que estavam ali, também olhavam. Nesse momento, James e Remus saíam de uma das lojas e viram a cena. Remus sorriu, mas James ficou sério e não queria estar vendo aquilo. Remus olhou do casal aos beijos, para o amigo, o puxando e o tirando dali.
- Como vai ser agora? Vocês dois gostando da mesma menina! Que merda!
- Como vai ser? Eu vou tentar conquista-la e ela vai decidir com qual de nós dois ela vai ficar.
- Vai precisar contar ao Sirius. Não quero que ele descubra do nada, porque se for assim, vai dar em uma briga feia.
- De qualquer forma, ele vai querer destroçar a minha cara. Mas eu vou falar. Daqui a uns dias.
- Era tudo tão mais fácil quando você só odiava ela...
- Eu escondia de mim mesmo que eu era afim dela. Mas sempre fui doidinho com ela.
- Só não a mais tempo que o Sirius.
- É, eu sei. Vou ter que competir com o meu melhor amigo!
- Boa sorte. Se lembre de que a segunda casa do Sirius é a Sonserina. Foco no objetivo dele, ele tem de sobra.
- Mas que vai escolher é ela, não ele. Ela que vai se apaixonar por um de nós e escolher um de nós. O outro só vai ter que aceitar.
Remus respirou profundamente e então os dois seguiram andando. Quando o beijo de Sirius e Roxy acabou, ele sussurrou no ouvido dela que agora todos sabiam que ela era dele. Essa afirmação fez Roxy se arrepiar da cabeça aos pés e a respiração até falhar. Sirius tinha a fórmula certa para deixa-la sem palavras. E ela só pensou, naquele momento, o quanto gostaria de estar em um local fechado com ele.
Quando voltaram, foi tranquilo e em um corredor nas masmorras, Sirius puxou Roxy e a beijou por um bom tempo. O beijo estava quente, Sirius havia se sentado em um sofá e ela havia subido por cima dele, rebolando contra ele, enquanto se beijavam. Ela o provocava a qualquer custo, quase implorando que ele a levasse para a cama. Mas seu pedido seria negado, já que Sirius ainda queria mais. Porém, ela seguia o provocando.
Seus lábios beijavam o pescoço do rapaz, que apertava a bunda dela. Roxy olhou nos olhos dele, se sentindo ficar fraca com o olhar que ele lhe dava. Ele tocava o rosto dela com delicadeza, mas seu olhar estava carregado pelo desejo. Estava claro que ele a queria tanto quanto ela queria, mas então ele lhe deu o último beijo e os levantou, se separando dela. Roxy protestou contra a separação deles.
- Desculpe amor, mas ainda não é a hora.
- Quando vai ser?
- Quando eu sentir que te dei tudo o que merece.
- Sirius, você já deu.
- Não. Faltaram flores, cartas, pelúcias e dançar uma valsa com você.
Roxy se aproximou dele, tocando-lhe o peitoral e levando as mãos para a nuca dele.
- Mas eu... eu quero você.
- Quer? - Falou ele, sussurrando. - E o que quer?
- Eu quero transar com você.
Ele deu um sorriso de canto.
- Amor, eu também quero. E quero demais. Mas vou esperar mais um pouquinho. Só não sei se vou aguentar muito tempo.
- Tomara que não aguente. - Disse ela, com um sorriso. Sirius ajeitava a calça, tentando disfarçar como seu membro estava.
- Vem, vou te deixar na porta da comunal.
Assim ele a levou para lá e se despediu dela. Mais tarde ele a viu no jantar, parada no meio do corredor entre as mesas da Grifinoria e Sonserina, conversando com Remus. Quando Sirius se aproximou, deixando um beijo na testa dela, ele soube que a conversa era sobre como Peter estava. Ela prometeu ir vê-lo, após o jantar.
- Infelizmente eu não poderei estar lá. A professora Mcgonagall quer falar comigo sobre a festa de formatura e provavelmente ela vá falar com você também. Mas Remus vai com você. Ou o Pontas.
- Obrigada meninos. Vou até separar algumas coisas que ele gosta, pra levar. Tadinho. Já levaram ele na enfermaria?
- Sim. Não tem muito o que fazer a não ser deixa-lo melhorar. É tipo uma virose bruxa. - Disse Remus. - Na verdade é isso.
Depois do jantar, Remus e James a acompanharam até a comunal. Remus, querendo de certa forma, ajudar James, ficou na comunal, enquanto ele a levava para o quarto dos marotos. Assim que viu Peter, ela se aproximou da cama dele. O rapaz, apesar de pálido e um pouco fraco, sorriu para ela.
- Ah Peter! Como está?
- Vou melhorar. Em algum momento.
Roxy acariciou o rosto dele e deixou-lhe um beijo na testa.
- Pobre menino. Se eu pudesse, te levava comigo, pra cuidar de você.
- Os meninos estão cuidando bem de mim. A Evans vem aqui também, pra ver como estou. - Roxy fechou a cara. - Ela tá sendo boa comigo!
- Isso não me faz gostar mais dela. Certeza que aquela ali vem aqui e fica de olho no James.
- Com ciúmes, Roxy? - Brincou James, torcendo para que fosse verídico.
- Não estou com ciúmes. Mas ela é doidinha com você.
James revirou os olhos, mas se aproximou, acariciando o ombro esquerdo dela.
- Mas eu não ligo pra ela.
Peter olhou para a mão de James, depois para ele e sorriu.
- Tem alguma coisa rolando aqui...
- Não tem nada rolando aqui, Peter.
- Mas se o Jay pedisse pra te beijar?
- Peter, não começa. Eu tô aqui pra cuidar do meu amigo. E trouxe doces pra você. Também aquela torta salgada que tanto gosta.
- Obrigada Roxy Foxy.
Ela ficou por mais de uma hora com o rapaz e então se despediu dele, saindo do quarto.
- James, quantos dias mais o pobrezinho vai ficar daquele jeito? - Perguntou ela, preocupada.
- Mais três dias.
- Será que eu poderia vir vê-logo nesses dias?
- Claro! Não será problema. - James então resolveu fazer algo um pouco arriscado, levando a mão ao maxilar dela e com o polegar, acariciando o rosto da garota. Para a felicidade dele, ela deixou. - Peter vai ficar bem. Só mais três dias. Logo teremos ele com você, pelos corredores.
- Espero que sim. Estou preocupada. Não sabia que ele estava tão mal. Pobre menino.
- Ele vai ficar bem, linda.
Roxy olhou em choque para James, depois sorriu.
- Me chamou de linda. - Falou em tom de brincadeira.
- E você é. Na verdade é muito linda. - Enquanto falava, James se lembrava do corpo dela nu, o que o fazia ter ainda mais certeza do quanto ela é linda. Ele se aproximou dela um pouco mais. - Nunca achei o contrário disso.
- Não te vi na festa de halloween.
- E o que teria mudado? - Ele falou baixo. - Você não teria me deixado te beijar mesmo.
- E você ia querer me beijar por um acaso?
James se aproximou mais ainda. Seu corpo já estava junto ao dela.
- Eu quero te beijar. Queria na festa, antes dela e agora. Posso?
Roxy olhou para os lábios do rapaz, depois para os olhos e concordou. James então, finalmente a beijou. Não era a primeira vez, mas ele sentia como se fosse.
E esse beijo em? Gente, alguém esperava?
Se fosse você a escolher, quem você iria querer: Sirius ou James? Ou o Lucius?