50.
50.
Eu ainda estava flutuando, aproveitando o calor e a ambiguidade do espaço enquanto cantarolava para mim mesma.
Reconheci tardiamente a música como "Yellow" do Coldplay.
Eu não conseguia tirar as notas da minha cabeça.
Eles pareciam tocar de novo e de novo e de novo...
"E você sabe, por você eu me sangraria, por você eu me sangraria..."
"Você está cantando." A voz masculina afirmou.
"Eu sou, e quer saber? Você é meu melhor amigo, cara."
"Tudo bem, Iris." Ele respondeu suavemente.
"Você deveria dizer obrigado."
"Obrigado." Novamente foi uma resposta simples.
"Coloque um pouco de emoção nisso! Acabei de dizer que você é meu favorito!"
"Não tenho alegria nem angústia com a sua aprovação para mim."
"Ugh. Acho que gosto mais de mulher agora."
"Obrigado, Iris." A voz feminina declarou tão simplesmente quanto a voz masculina.
"Você também parece um robô." Eu notei.
Deus, eu estava entediada.
"Não estou aqui nem ali. Sou feito de tudo e de nada. Não poderia ser um robô."
"Vocês são realmente incríveis às vezes."
"Não sei como responder a isso."
"Claro que não, robô." Revirei os olhos.
"Eu não sou um robô."
"Ok, robô."
"Eu não sou um robô."
Ugh... isso pode durar para sempre.
Não sei por que homem ou mulher se deram ao trabalho de me responder.
Não importa o quanto eu tentasse irritá-los, eles simplesmente não se importavam.
"Iris!" Uau. Agora, isso é alguma emoção.
Bravo, cara.
Foi revigorante ouvir a voz em pânico.
Espere, essa não é a voz masculina que eu estava acostumada a ouvir.
Quem era aquele?!
"IRIS!" O homem foi mais insistente... talvez até um pouco... bravo?
"Cara, não é você, é?"
"Sou muitas coisas e não sou nada. O que, em particular, você pensa que eu sou?"
"Os gritos! Você não consegue ouvir?!"
"Eu não estou aqui nem lá. Eu não estou..."
"Argh! Cale a boca!"
"Tudo bem."
"Iris, por favor!" Ele estava implorando.
Senti um puxão vindo de algum lugar do meu centro e não lutei contra ele.
Parecia de alguma forma... certo... deixar ir.
"Iris!" Acordei com alguém ainda chamando meu nome.
Pisquei, tentando abrir os olhos,mas eles estavam muito pesados e fecharam imediatamente.
"O quê..?" Eu resmunguei em minha cegueira.
Minha boca estava seca.
Eu me senti como a morte.
Minha cabeça dói.
Dói-me as costas.
Tudo doeu e senti como se algo pesado estivesse em cima de mim.
"Iris? Ah, graças a Deus." A voz masculina soluçou de alívio.
"O que... quem... é...?" Eu estava ofegante.
Tive que respirar superficialmente e tossir fracamente para limpar a garganta o suficiente para forçar a saída de qualquer som.
A voz masculina era tão suave, tão familiar.
Por que não consegui dar um nome a isso?
Tentei novamente abrir os olhos.
Eles estavam regando e ardendo enquanto eu piscava furiosamente.
Não consegui ver ninguém imediatamente e meu corpo estava fraco demais para olhar além de onde estava.
Eu estava em um quarto, meu quarto, lembrei-me. Estava quieto além da voz do homem.
"Pensei que você tivesse ido embora... Você estava tão imóvel, tão pálida. Não posso perder você." Ele murmurou em meio aos soluços.
Ele parecia terrivelmente triste.
Eu queria alcançá-lo e consolá-lo, mas onde ele estava? Então senti uma mão fria envolver a minha e tudo voltou.
Edward.
Como eu poderia não me lembrar de Edward?!
"Sim estou aqui." Ele entrou na minha visão.
Ele era tão bonito.
Perfeito.
Seus olhos eram de um tom dourado brilhante.
Estou tão orgulhosa... "Obrigado, amor."
Ele sorriu e se inclinou para roçar seus lábios em minha bochecha.
"O que...aconteceu?" Eu ainda lutava para recuperar o fôlego.
O que diabos havia de errado comigo?!
"Não se esforce tanto, por favor. Você é fraca. Posso ler seus pensamentos, lembra?" Ele riu fracamente, a tensão ainda presente em sua voz.
Então ele ficou totalmente sério.
"Você está doente. Carlisle disse que é ruim... incurável. Você esteve febril na última semana."
Uma semana? Uma semana?! Eu estava doente... e Edward estava aqui? Por que Edward estava aqui...? Edward está aqui!
"Carlisle veio me encontrar. Ele estava preocupado que houvesse algo mais acontecendo. Ele queria que eu tentasse ler seus pensamentos enquanto você estava inconsciente..." Ele parecia estar com dor.
Ele não deveria estar aqui.
Isso foi muito difícil para ele.
"Estou bem por enquanto. Iris, não se preocupe comigo... Sua mente... estava totalmente em branco. Você não estava aqui. O que aconteceu?"
Mostrei-lhe o lugar de onde tinha acabado de vir e ele assentiu. "Eu vejo." Sua voz era baixa, decepcionada.
Eu odiei a expressão em seu lindo rosto.
Não cabia, não pertencia àquele lugar.
"Iris. Temos que mudar você. Sinto muito. Não há outra maneira. Não posso perder você. Nem agora. Nem nunca."
Espere! Você disse que estou doente? O que está errado?
"É pneumonia. Tentamos terapia com antibióticos, mas a doença está se espalhando rapidamente pelos pulmões. Não podemos impedi-la."
Qual antibiótico?
"O mais forte que ele tem à sua disposição... Neosalvarsan."
Que diabo é isso? Não, ele precisa de penicilina combinada com algo mais forte.
"Não reconheço esse nome. Não é algo que temos..." Ele parecia perturbado novamente. “Iris, o que devo fazer? Não posso ficar muito mais tempo...” Olhei nos olhos dele. Eles eram quase de um marrom dourado.
Ele estava lutando novamente.
"Carlisle!" Ele chamou.
"Sim... oh Iris! Muito bem, filho." Ele bateu no ombro de Edward. "Iris, como você está?"
"Eu..." comecei, mas tive que tossir. Carlisle franziu a testa enquanto observava.
"Ela não está bem. Ela mal consegue manter os olhos abertos. A febre está mais alta. Ela diz que precisa de um remédio mais forte... Penicilina?"
A testa de Carlisle franziu.
"Houve conversas em Londres sobre uma possível nova opção de tratamento para infecções bacterianas, mas ainda está em fase de testes. Não estará disponível por algum tempo. Temos que transformar ela. Iris, sinto muito, mas é seu melhor chance."
Merda.
Eles tiveram que me transformar.
Eu estava morrendo.
Eu podia sentir isso.
"Sinto muito, amor. Eu sei o quanto você queria esse futuro." Ele parecia que poderia chorar por mim. Ele também queria.
Assim que ouvi a dor, a perda em sua voz, soube o que tinha que fazer.
“Não, Iris, você está muito fraca! E se não conseguir nos encontrar a tempo?” Ele estava em pânico novamente.
Eu podia ver que seus olhos ainda estavam escurecendo.
Ele não poderia ficar perto de mim por muito mais tempo.
Oh senhor, você pode fazer qualquer coisa! Siga nosso amor! Agora você escolhe duvidar de mim?
Edward sufocou uma risada dolorosa e gemeu.
"Iris... você está tão doente. Acho que não entende."
Eu farei isso por você.
Você merece um final feliz, mesmo que eu não mereça.
Sou forte o suficiente... eu acho... não, sou.
Eu posso lutar contra isso por você.
Espere por mim.
Meu amor.
Sorri o melhor que pude.
"Sempre..." ouvi ele dizer enquanto fechava os olhos e focava no futuro...
Surpresinha da madrugada,essa semana n deu pra eu postar capítulo sinto muito gente.
Iris toda "dengosa" morrendo tadinha .
META PRA VCS EIN;180 COMENTÁRIOS E EU LIBERO CAPÍTULO NOVINHO PARA VOCÊS.
NAO ESQUEÇA DE VOTAR E COMENTAR MUITOOOOO