Maybe it' love || Carlos Sainz

By eusoumilly_

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Elouise Vasseur, uma jovem cheia de vida e paixão, está à beira de realizar seu maior sonho: tornar-se uma re... More

cast
highs and lows
late again?
apendicite
ferrari or mercedes?
I like this game
are we really friends?
where is Elouise?
happy birthday
happy birthday - part II
welcome to Monaco
friends don't kiss, Carlos
gentleman
he's not an option
welcome to Brazil
pancakes
strangely good
under the moon of Trancoso
back to reality
contract
through the streets of Amsterdam

we weren't made for each other

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By eusoumilly_

Carlos Sainz Vázquez de Castro.
Mônaco, pós corrida.

À medida que a corrida de Mônaco chegou ao fim, com Charles celebrando sua vitória no topo, o ambiente vibrava em antecipação pela festa de comemoração organizada por meu companheiro de equipe. Essa celebração seria a bordo de um dos mais imponentes iates ancorados na marinha de Monte Carlo, refletindo o gosto de Charles por festas extravagantes em alto-mar.

Durante o início do fim de semana, uma discussão surgiu entre Rebecca e eu, incitada por comentários que ela fez sobre Lewis para Elouise. Intrigantemente, o que mais me incomodou foi o entusiasmo de Rebecca em pintar Lewis como uma figura fascinante para Elouise, despertando, talvez, um interesse da espanhola pelo heptacampeão mundial. Essa situação é no mínimo estranha, considerando que Elouise e eu compartilhamos apenas uma amizade. Teoricamente, as escolhas amorosas dela não deveriam me afetar.

No entanto, percebo que minha reação à presença de Elouise tem sido fora do comum. Minhas mãos suam, meu coração dispara, e me vejo incapaz de focar em qualquer coisa que não seja ela. Mas, apesar disso, sei que ela me vê apenas como um amigo — um com reputação questionável em romances, algo que ela não faz questão de esconder. A visão que Elouise tem de mim é a de alguém que brinca com os sentimentos alheios, uma imagem que, infelizmente, não posso contestar devido ao meu passado amoroso.

E como poderia competir com Lewis? A atenção que ele dedica a Elouise, os beijos casuais que trocam, os olhares que compartilham; tudo isso me deixa desconfortavelmente atento. Diferente de mim, Lewis não carrega um passado de relacionamentos conturbados ou infidelidades. Não seria surpresa se Elouise se encontrasse atraída por ele, considerando sua conduta exemplar em comparação à minha.

— Carlos! — Rebecca interrompe meus pensamentos. — Por que não me falou sobre essa festa?

Charles foi claro em me convidar, porém sem acompanhantes. Ainda assim, quando expliquei que deixar Rebecca no hotel sozinha seria inapropriado, ele relutantemente concordou com sua presença, deixando claro seu desinteresse por ela.

Após rumores sobre a fidelidade de Rebecca, percebi uma frieza em meus amigos mais próximos em relação a ela. Isso não é justo, visto que desconhecem o nosso acordo sobre nossa relação — se é que podemos chamar assim.

— Acabei esquecendo... Mas, sinceramente, prefiro que você não vá. — Confesso, encontrando um olhar furioso da Rebecca.

— Por que eu ficaria de fora? Percebi que você não tira os olhos da jornalista. Não é do jeito que você olha para as outras, que você descarta depois. Você está apaixonado por ela, Carlos! Lembre-se, você tem um compromisso comigo! — Rebecca esbraveja, indignada.

— Não estou apaixonado, Rebecca. Sim, temos esse acordo, mas acredito que já é hora de encerrá-lo. A poeira já baixou, ninguém mais fala dos rumores. Podemos anunciar nosso término tranquilamente. — Explico mais uma vez.

Há semanas tento persuadir Rebecca a finalizarmos nosso acordo. Contudo, ela resiste, e nosso contrato prevê duração até o final do summer break, e não tenho como forçá-la a desistir.

— Isso é crucial para mim, Carlos. Você sabe que preciso disso. Não podemos finalizar agora. — Ela argumenta, mais serena. — Nós até que nos damos bem, você sabe...

Enquanto Rebecca insinuante desliza sua mão pelo meu peitoral, interrompo seu gesto.

— Vou tomar um banho. — Aviso, dirigindo-me ao banheiro da suíte.

— Precisa de companhia? — Ela se insinua.

— Não, eu não quero. — Respondo sucintamente.

Rebecca persiste em ir à festa de Charles, alegando que não deixará Elouise e eu sozinhos. Segundo ela, agora não é o momento para ceder a quaisquer sentimentos que eu possa nutrir por Elouise.

Embora Rebecca insista que tenho sentimentos por Elouise, qualquer ideia de um relacionamento entre nós parece impensável para a espanhola.

— Está pronta? — Pergunto, já impaciente.

— Sim, estou. Vamos. — Rebecca responde, tentando disfarçar a tensão anterior.

A caminho da festa, o silêncio entre nós é ensurdecedor. Cada um imerso em seus próprios pensamentos, deixando uma atmosfera carregada no carro. Chegando ao iate, os flashes das câmeras e os sorrisos dos convidados formam um contraste agudo com o nosso silêncio.

Charles nos recebe com um sorriso aberto, mas percebo um olhar de cumplicidade entre ele e Olívia quando seus olhos encontram os meus. A festa está em pleno vapor, e mesmo com a música alta e a animação geral, sinto uma espécie de isolamento.

— Aproveitem a festa! — Charles diz, nos encorajando a nos misturar.

Enquanto Rebecca vai ao encontro de algumas conhecidas, minha atenção se desvia em busca de Elouise. Ao encontrá-la, algo dentro de mim se acalma. Ela está rindo com um grupo, completamente à vontade e incrivelmente bela.

A vontade de me aproximar é quase irresistível, mas me contenho, lembrando das palavras de Rebecca e do nosso acordo. Mesmo assim, a presença de Elouise na festa me traz um conforto inexplicável.

Ao longo da noite, nossos caminhos se cruzam várias vezes, cada encontro um lembrete da conexão que compartilhamos. Apesar da companhia de Rebecca, não consigo evitar a atração magnética que me puxa em direção a Elouise, cada vez mais convencido dos meus sentimentos por ela.

A noite avança, e entre conversas casuais e risadas, a complexidade dos meus sentimentos se torna mais clara. Rebecca, percebendo minha distração, se aproxima com um olhar inquisitivo.

— Está se divertindo? — ela pergunta, um traço de ironia em sua voz.

— Estou. — respondo, embora meu coração esteja em outro lugar.

— Bom, porque eu estou. — Rebecca diz, antes de se afastar para dançar.

Observando-a se afastar, percebo o abismo entre nós. Meus pensamentos voltam para Elouise, e me pergunto sobre as possibilidades que o futuro reserva. Nesse momento, mais do que nunca, desejo explorar o que sinto por ela, mesmo que o caminho seja incerto.

— Mate, você se importa em ir lá em baixo pegar mais algumas garrafas de champanhe? — Charles me solicita, aproximando-se com um sorriso.

— Claro que não, cábron. Onde está? — Respondo prontamente.

— Desce as escadas até o final, e entra na segunda porta à direita. — Ele me orienta com um aceno.

— Caramba, mas isso é um iate ou uma casa? — Brinco, impressionado.

— Caprichei nesse. — Charles responde, todo orgulhoso.

Seguindo as instruções de Charles, encontro dificuldade para abrir a porta indicada, mas finalmente consigo.

— Carlos! Não fecha a por... — Elouise tenta avisar, mas a porta se fecha antes que ela conclua.

— O que você está fazendo aqui? — Pergunto, surpreso ao vê-la sozinha.

— Charles me pediu para vir aqui pegar algumas taças. — Ela explica. — Mas essa porta está emperrada, não estou conseguindo abrir por dentro.

— Taças, né? Ele me pediu para pegar algumas garrafas de champanhe. — Comento, suspeitando de algo.

— Claro que ele planejou tudo isso. Dessa vez ele passou de todos os limites. — Elouise fala, claramente irritada.

— Pelo menos sou uma boa companhia. — Tento aliviar a tensão.

— Às vezes. Mas ficar presa em um quarto dentro de um iate não é a melhor sensação do mundo... Você poderia tentar abrir a porta, afinal, esses treinos loucos de piloto têm que servir para alguma coisa. — Ela provoca.

— Acho que não consigo abrir a porta com meu pescoço. — Brinco, tentando manter o humor. — Mas posso tentar com meus braços.

— Esses músculos, incrivelmente definidos, têm que servir para alguma coisa. — Elouise me elogia, me deixando um tanto envergonhado.

— Se quiser, pode pegar. — Ofereço, meio brincando.

— Esse prazer eu deixo para a Rebecca. — Ela responde, provocativa.

Após várias tentativas frustradas de abrir a porta, finalmente admito:

— Desisto.

— Eu vou matar o Charles. — Elouise diz, furiosa com a situação em que nos encontramos.

Após nosso momento de frustração com a porta, resolvemos sentar na cama, tentando elaborar um novo plano para sair daquela situação. O clima estava um pouco tenso, mas também curiosamente confortável.

— Talvez, se gritarmos, alguém nos ouça? — Elouise sugere, meio incerta.

— Nesse barulho todo lá fora? Seria um milagre. — Observo, olhando em direção à porta como se pudesse ver através dela.

Ela suspira, olhando para mim com uma expressão pensativa. — Sabia que nunca imaginei que acabaria presa em um quarto de iate com você?

— Nem eu, mas aqui estamos. — Digo, tentando encontrar algum humor na situação. — E, olhando pelo lado bom, não sou a pior companhia.

— Carlos Sainz tentando ser charmoso? Isso é novo. — Ela brinca, com um sorriso de canto.

Rimos um pouco, e então caímos em um silêncio cômodo. A situação, apesar de não ideal, nos forçou a compartilhar um momento de calma juntos, longe da loucura do mundo lá fora.

— Não acredito que Charles fez isso de propósito. — Elouise finalmente quebra o silêncio.

— Com Charles, nunca se sabe. Mas se ele planejou isso, ele vai nos ouvir mais tarde. — Respondo, meio sério, meio brincando.

— Bem, já que estamos aqui, podemos conversar sobre qualquer coisa, certo? — Elouise sugere, mudando de posição para ficar mais confortável.

— Claro, sobre o que você quer falar? — Pergunto, encorajando-a a escolher o tópico.

E assim, começamos a conversar. Falamos sobre tudo e sobre nada, desde nossas carreiras até assuntos triviais. A conversa fluiu de forma tão natural que, por um momento, esquecemos que estávamos presos ali.

Por um momento, toda a tensão entre nós pareceu desaparecer, substituída por uma conexão genuína que eu não esperava encontrar.​

— Você até que é interessante, Carlito. — Elouise provoca, se deitando na cama.

— Você também, até demais, princesinha. — Devolvo a provocação, deitando ao seu lado.

— Confesso que eu até que estou gostando de estar aqui, até mais do que estar na festa. — Elouise diz, reflexiva.

— Eu sem dúvidas prefiro estar aqui. Acho que em vez que brigar com o Charles, vou até agradecê-lo. — Digo.

— Pode admitir, você gosta da minha companhia. — Elouise provoca, se virando de frente para mim.

— Até mais do que eu deveria. — Digo, me aproximando mais.

Me aproximo o suficiente para a única coisa que eu consigo sentir ser seu hálito de melancia. O som da sua respiração silencia todo o barulho da festa que acontecia por trás da porta.

— Carlito... — Elouise começa, interrompendo o silêncio, sua voz suave como uma carícia.

— Sim? — Respondo.

— Não importa o que aconteça depois de hoje, eu quero que você saiba... eu estou realmente feliz agora. Aqui com você.

Ela não precisa dizer mais nada. As palavras ecoam dentro de mim, profundas e verdadeiras. E, naquele momento, eu sei que, independentemente do que o futuro nos reserva, este instante — esta noite — será uma lembrança que guardarei para sempre.

Movido por um impulso incontrolável, diminuo a distância entre nós até que nossos lábios se encontram. A suavidade de seus lábios, impregnados com o doce aroma de melancia, me envolve numa nuvem de êxtase. Elouise não resiste, em vez disso, ela aprofunda nosso beijo, suas mãos percorrendo meu cabelo e minha nuca, enviando ondas de arrepios por minha espinha.

À medida que o beijo se intensifica, nos perdemos no calor do momento. Mas, subitamente, Elouise me empurra suavemente pelo peitoral, quebrando nossa conexão.

— Deus... isso foi um erro. Eu... eu não sou esse tipo de pessoa. — Ela balbucia, levantando-se num salto e passando as mãos pelos cabelos em um gesto de frustração.

Me levanto, seguindo-a, e tomo suas mãos nas minhas.

— Espera, Elouise. Vamos falar sobre isso. Talvez não queira admitir agora, mas isso... era algo que ambos desejávamos. Eu... eu desejei isso profundamente.

— Carlos, isso é um erro. Um erro gigantesco! Como pode nem lembrar... Tem alguém esperando por você la em cima. Sua namorada! — Sua voz transborda de remorso e confusão.

— Por favor, dá-me uma chance de explicar... — Suplico, numa tentativa vã de amenizar a tempestade que se formava.

No entanto, o que acalma a tempestade em Elouise não são as minhas palavras, mas o som da porta se abrindo abruptamente. É Olívia, chegando como um anjo da guarda.

— Quando soube da confusão que Charles armou, vim o mais rápido que pude. — Liv explica, entrando no quarto.

— Eu... eu tenho que ir. — Elouise foge do quarto, antes que eu consiga dizer mais alguma coisa.

— Carlos, o que se aconteceu aqui? — Liv me questiona, claramente perplexa.

— Foi algo que eu queria há muito tempo... — Confesso, me sentindo simultaneamente culpado e aliviado por finalmente beijar Elouise. — Obrigado por vir, Liv.

Eu corri o mais rápido que pude, com a urgência de encontrar Elouise fervendo em minhas veias.

Enquanto vasculhava o ambiente em busca dela, Charles surgiu no meu caminho.

— Olha, eu sei que você deve querer me esganar agora, mas juro que minha intenção era só ajudar vocês dois a se entenderem. Sério, eu acho que vocês dois têm algo especial. — Ele explicou com um ar de quem fez algo errado, mas por uma boa causa.

— Charles, eu realmente preciso encontrar a Elouise agora. Você a viu? — Perguntei, minha ansiedade transbordando.

— Ela acabou de passar por aqui, soltando fogo pelas orelhas e xingando em espanhol. Felizmente, meu espanhol é básico demais para entender. Acho que ela foi embora. — Ele informou.

— Preciso ir atrás dela agora. — Afirmei, decidido, e comecei a me afastar rapidamente.

Caminhei apressadamente em direção à saída do iate, esquivando-me das pessoas pelo caminho. Mas, quase chegando à saída, fui abruptamente interrompido.

Era Rebecca.

— Onde você estava se escondendo? — Ela perguntou, com uma mistura de raiva e confusão.

— Rebecca, não é o momento. — Tentei desviar.

— Pra onde você está indo agora? — Ela insistiu.

— Isso não te interessa. — Respondi secamente, me desvencilhando e continuando meu caminho.

Ignorando o peso do seu olhar em minhas costas, saí em disparado pela marina de Mônaco. A madrugada estava silenciosa, exceto pelo meu coração acelerado e, em algum lugar, Elouise.

Rejeitei a ideia de ir ao apartamento de Charles e Liv, sabendo que Elouise não estaria lá. Cafeterias seriam o refúgio ideal dela, mas todas estavam fechadas àquela hora.

Sem opções, vaguei sem destino, guiado apenas pela esperança de encontrá-la. E após uma meia hora de busca incessante, lá estava ela, uma silhueta solitária contra o mar de Monte Carlo, sentada em um banco.

Eu a observei de longe, capturado pela visão dela. Ela não me notou; se tivesse, provavelmente teria ido embora. Lá estava eu, congelado, dominado pela indecisão e pela admiração.

Até que ela se levantou, e sem me notar, começou a se afastar. Lá estava ela, descalça, os braços cruzados tentando se aquecer, com os cabelos levemente em desordem – uma imagem de pura beleza e vulnerabilidade.

Eu permaneci lá, estático, enquanto ela se distanciava. E mesmo depois dela desaparecer da minha vista, eu ainda fiquei ali, perdido em meus pensamentos e na imensidão do que poderia ter sido.



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O beijo finalmente veio aí... Mas nem tudo são flores, né?

Próxima parada: Barcelona.

E pfv, votem e comentem se estiverem gostando 🫶🏻

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Esta história é feita com a autora inessvila287. Ela Clara tem 17 anos e vive a treinar futebol. Ele João Neves tem 18 anos e vive do futebol.