Fala galera.
Voltei antes do planejado, mais como sou ansiosa não ia aguentar até amanhã.
Boa leitura 😘
Sem recisão.
POV ROSALIE HALE
Após me despedir decentemente de Isabella, fui direto para a mansão dos Cullen, precisava de algumas roupas e do meu carro.
Para a minha decepção Edward estava lá e nosso encontro não foi amigável, como sempre.
Algo nele me fazia ficar com um pé atrás, porém não tinha tempo para focar minhas energias nele, havia coisas mais importantes.
Sem saber muito por onde começar a procurar, resolvi voltar para a cabana.
Talvez alguns dias tentando procurar resposta, encontrasse alguma pista.
Memória vinham e iam à minha mente como dardos lançados em alta velocidade. Se fosse possível, teria enlouquecido.
Paris 1889
Lena e eu fomos para Paris para a inauguração da famosa torre Eiffel, o monumento que demorou mais de 2 anos para ser construído e que fora necessário utilizar tecnologias avançadas para a época era um marco na história.
- vamos querida se apresse, quero ver com meus próprios olhos - disse ansiosa.
- Calma amor, a torre não vai sair de lá - Lena falou me provocando.
Bufei exasperada estava ansiosa, era uma amante da engenharia e no momento a torre Eiffel era uma evolução gigantesca.
Após alguns longos minutos, finalmente no encaminhamos para o local.
Estava lotado de pessoas, todas querendo ver o mais novo monumento histórico, alguns tinham o privilégio de subir no restaurante interno no auto da torre, outros se contentavam em somente olhar suas estruturas metálicas por fora.
Lena me guiava em meio a multidão.
- Podemos subir se quiser - disse amorosamente.
- eu adoraria - disse entusiasmada- mas como?
- Confie em mim querida - sorriu
Nós aproximamos dos guardas que impediam o acesso de qualquer um.
- Boa noite - Lena disse galante para o guarda - Essa bela dama e eu gostaríamos de subir na torre.
- Sinto muito senhoritas, somente pessoal autorizado- falou grosso.
- Deixe Querida - disse tristemente - teremos muitas oportunidades.
Lena não me ouviu, se aproximou do guarda e falou baixo e perigosamente.
- Você vai nos deixar entrar, e não vai lembrar disso! - se não fosse minha super audição eu não teria ouvido.
Estranhamente o guarda sorriu e deixou nos passar
- O que você fez? - perguntei confusa.
- Não se preocupe sim?, o importante é que entramos - falou me olhando nos olhos, respirei fundo e deixei o assunto de lado.
Chegamos ao restaurante no topo da torre, a vista era expendida, estava emocionada.
Senti Lena enrijecer ao meu lado, olhando-a perguntei silenciosamente se estava tudo bem.
- Fique aqui Querida, preciso resolver alguns assuntos, volto já.
Observei por cima dos ombros Lena se aproximar de um homem alto, ele vestia um terno preto fino, seus cabelos negros cuidadosamente penteados para trás.
Os dois se cumprimentaram formalmente e sumiram da minha vista, sem dar tanta importância, virei-me para a bela vista e passei a apreciala.
Gostava desses breves momentos de paz e socego aonde tudo que eu fazia era contemplar a beleza da natureza ou as incríveis construções humanas.
Senti uma presença se aproximando de mim, não sabia quem era mais o perfume de peônias e morangos inundou meu oufato, me embriagando com o delicioso cheiro.
A jovem moça parou a uma distância de 2 metros ao meu lado, colocou as mãos nas barras de proteção e inclinou levemente o corpo para apreciar melhor a vista.
Seus cabelos castanhos escuros desciam em cascatas onduladas por suas costas, ela usava um vestido preto elegante, saltos finos.
Sua pele era clara como a neve, ela era linda, e iluminada pela luz da lua era perfeita.
Sua beleza me prendeu, não sei quanto tempo fiquei parada apenas a observando.
-Sabe, posso sentir seus olhos em mim - disse com um sorriso no canto dos lábios.
Atordoada tentei não parecer afetada pelo som da sua voz.
- Perdão - disse simples - a vista daqui é deslumbrante.
- Digo o mesmo - respondeu agora virada de lado me analisando de cima a baixo.
Eu usava um vestido azul marinho que valorizava meu busto, meus cabelos estavam trançados no couro e soltos em ondas nas pontas, jogados para a lateral por cima do meu ombro esquerdo.
Sorri com sua fala, além de linda era galanteadora.
- A propósito Isabella Lockwood.
Me estendeu a mão, mesmo ezitante segurei em um aperto firme, um arrepio subiu pela minha espinha, e me surpreendi quando a mesma levou minha mão aos lábios, deixando um singelo beijo nas costas de minha mão.
-Rosalie Hale - consegui falar com dificuldade, ver aquela mulher desconhecida curvada com minha mão em sua boca me desconcertou.
- é um prazer senhorita Hale - sorriu soltando minha mão - o que uma linda mulher como a senhorita faz sozinha aqui? - perguntou gentil.
- oh, não estou sozinha - sorri de volta - mais por enquanto aprecio a companhia.
- Fico lisonjeada de lhe fazer companhia nesta bela noite enquanto seu acompanhante não retorna.
- Ora não será preciso, já estou aqui! - a voz de Lena soou como um aviso.
Elas se encararam por um momento, se fosse possível não sei quem desintregaria primeiro.
Lena se voltou para mim quebrando o contato visual entre as duas mulheres.
- Vamos querida - sorriu amorosamente para mim
- Claro, senhorita Lockwood - falei olhando aquela beleza pela última vez - Foi um prazer conhecê-la.
- Digo o mesmo senhorita Hale, espero que nos esbarramos algum dia - sorriu para mim, me perdi por alguns minutos.
Voltei a mim quando senti o aperto de Lena em meu braço, apenas sorri para a mulher e acompanhei Lena até a saída.
- O que foi aquilo? - Lena perguntou entre dentes
- Aquilo o que querida?
- você estava secando aquela mulherzinha na minha frente Hale.
Arregalei os olhos, pelo jeito não consegui disfarçar tão bem.
- Não seja boba Lutessa, você é minha companheira querida, sabe que nem se eu quisesse poderia olhar para outra. - nem eu mesmo acreditava nisso, pois era verdade que vampiros não tinham olhos para ninguém que não fosse seu companheiro. Então porque fiquei tão tentada com aquela bela mulher?.
O olhar de Lena vacilou, seu sorriso pareceu falso
- está certa, me desculpe sim?, difícil não ter ciúmes de alguém como você, Querida você está estonteante está noite!- falou colocando as mãos em minha cintura
E lá estava a mudança de assunto.
Naquela noite, Lena me deixou no hotel dizendo que iria se alimentar, apesar de ter bolsas de sangue no frigo bar.
Não questionei, pois nada melhor que beber da fonte.
O restante da madrugada foi composta por pensamentos naquela doce mulher.
A manhã não fora diferente, não entendia porque meus pensamentos estavam todos nela, e porque derrepente sentia a necessidade de estar perto.
Lena ainda não tinha voltado, e eu estranhamente não estava preocupada, na verdade me sentia aliviada em não te-la por perto por algumas horas.
Por volta do meio dia Lena voltou para casa, alegando ter tido uma reunião de emergência com algum cliente.
Eu sabia quando ela tava mentindo, mas fiquei quieta não gostaria de ter outro de seus rompantes de ira.
Ao anoitecer pude finalmente sair do hotel, andava sozinha pelas ruas me sentindo livre.
Um jornal jogado no chão me chamou a atenção, abaixe-me para pegar e vi a foto da mulher de ontem na capa.
Filha do grande empresário James Lokcood, Isabella foi encontrada morta nesta manhã em seu quarto.
O choque com a notícia me desarmou completamente, tremendo comecei a ler a matéria.
"Isabella Lockwood, filha mais velha de James Lockwood, foi encontrada morta em seu quarto nesta manhã, a jovem de 20 anos foi encontrada com sinais de enforcamento e espancamento. Não há sinais de arrombamento na residência, a polícia segue procurando o culpado."
A sensação em meu peito era de perda, como se algo que eu não sabia que precisava fosse arrancado de mim, eu queria gritar e queria principalmente gritar.
sem pensar muito segui até a residência dos Lockwood, furtivamente entrei pela janela que encontrava aberta, segui até um quarto com a porta cheia de fitas amarelas.
Ao adentrar o quarto respirei fundo em busca do cheiro de Isabella, já estava fraco mas ainda estava ali.
Outro cheiro no entanto tomou minha atenção, o cheiro de baunilha e hortências era inconfundível.
A raiva tomou conta de mim, eu só me perguntava o porquê.
Usei minha velocidade para chegar mais rápido, adentrei o quarto do hotel com fogo nos olhos
- Porque?
- Porque o que amor? - falou doce me enfurecendo mais ainda.
- Não se faça de desentendida Lutessa! Você sabe do que estou falando- Joguei o jornal na sua cara
Confusa ela pegou e leu a matéria, não conseguiu disfarçar o sorriso a tempo.
- porque acha que fui eu querida, nem conhecia essa moça - debochou.
Impaciente avancei apertando seu pescoço.
- Talvez porque seu cheiro estava por todo o local do crime! - Rosnei em seu rosto.
Ela riu, diabólicamente.
- Ora querida eu precisava resolver antes que você escolher-se ela novamente, mais pelo visto só basta olhar para ela não é! - disse com raiva.
-do que você está falando? - perguntei visivelmente confusa.
- Olha sua reação querida, quer me matar por ter matado ela, você conversou por oque 5 minutos com ela dessa vez?, e está aqui enforcando a sua companheira!.
Abalada por sua fala enfraqueci o aperto dando-lhe a oportunidade de se soltar.
Senti o baque das minhas costas na parede e sua mão em meu pescoço.
- Sabe Rose, eu te amo a tantos anos, e você me ama de volta, mas eu nunca ganho dela não é, só basta você olhar para ela que tudo o que vivemos desaparece - pude ouvir as rachaduras em meu pescoço.
- Eu não entendo - disse com dificuldade.
- a cada 20 anos nos últimos 300 anos eu a encontrei antes de você baby, e a matei antes que você a visse. Mais eu vacilei - Suspirou- se não fosse a pequena distração de Elaijah eu teria mais 20 anos pelo menos felizes com você - bufou frustrada, nunca soltando o aperto. - Agora eu tenho que começar de novo - pareceu triste - tenho que te hipnotizadar novamente para esquecer aquela mulherzinha inoportuna.
- Você o que? - eu estava desacreditada pelo o que ela me contava - Você não é minha companheira não é - sussurrei
- Infelizmente não meu bem, mais isso não muda o amor que sinto por você, e não deveria mudar o seu também, mais essa droga de laço de companheiros insiste em nos afastar- disse chorando.
- mas não vai ser agora que vai nos impedir meu amor - acariciou minha bochecha com a outra mão, a repulsa em meu âmago me faria vomitar se eu pudesse - não nos impediu nos últimos mil anos, não vai ser agora - sorriu por fim
- Mil anos? Você tem matado minha companheira por mil anos dizendo que me ama? - o nojo em minha voz foi inevitável.
- E matarei por mais mil se for necessário para ter você!
A ira consumiu meu ser, quem ela pensa que é.
Em um único movimento quebrei seu pulso me livrando de seu aperto.
-Quem Você pensa que é? - Rosnei furiosa desferindo uma sequência de socos seu rosto.
Em uma tentativa de arrancar seu coração, ela revidou me jogando na parece.
- Eu sou uma Original, você não pode me matar!
- é o que vamos ver!
Ela avançou em mim mas desviei com facilidade, chutando suas costas em seguida, sentindo um formigamento em minha mão, olhei para elas e estavam saindo pulsos elétricos.
- Ora, vejo que seu poder finalmente despertou! - sorriu perversa. - claro esqueci de mencionar que minha hipnose também serve para te fazer acreditar que não tem dom, sabe por precaução.
- Sua... Filha da mãe - cheguei avançando, desferi uma carga significativa quando consegui toca-la.
- você pode até me vencer em uma luta, mais não pode me matar e enquanto eu viver eu sempre vou te encontrar Rosalie.
Estressada com sua voz não pensei duas vezes ao quebrar seu pescoço.
Aproveitando antes dela acordar a amarrei com correntes e arrumei minhas coisas, sumindo noite afora, ela tinha razão, afinal, eu jamais conseguiria matá-la, mas enquanto pudesse iria fugir e arrumar um jeito.
..................
Mistic Falls 1891
Estou a 2 anos fugindo de Lena e nesse tempo venho tentando encontrar maneiras de mata-la, ainda não recuperei minhas memórias, mais estou trabalhando nisso.
Nesse tempo conheci uma bruxa poderosa chamada Elisabeth, ela vem me ajudando preparando uma poção que diz que recuperará toda minha memória dos últimos mil anos.
Durante esse tempo venho treinando minha habilidade, que descobri ter mais de uma. Também tenho pesquisado sobre minha origem, mais infelizmente os registros são escassos.
- descobriu alguma coisa? - Pergunto vendo Elizabeth chegar na biblioteca.
- Estou trabalhando na poção com ajuda de Miranda, a poção apenas deixará suas barreiras pisiccas vulneráveis para que eu entre em sua mente e desbloqueia suas memórias - sorriu reconfortante - e você o que está fazendo aí?
- Estou fazendo uma espécie de diário, aonde tem tudo que sei sobre a família original, tudo que descobri nesses anos, quero deixar guardado, caso aconteça de novo se um dia conseguir me libertar para que eu não tenha que recomeçar procurando - falei suspirando
- ah querida, não se preocupe sim?, ela nunca mais vai fazer nada com você!
- eu duvido muito Lizzie, mais obrigado por tudo.
Flashback off
Pelo visto eu estava certa, de alguma maneira ela me encontrou novamente.
Mais pelo menos agora sei por onde começar.
Coloquei minha mala de volta na BMW, levantei a capota e peguei estrada.
Após 10 horas dirigindo, parando somente para abastecer, cheguei em Mistckfalls Falls ao amanhecer.
Segui as ruas, até sair por uma estrada em direção a floresta, após cerca de 30 min, encontrei a casa das minhas memórias.
Era um pouco menor que a mansão dos Cullen de forks, a diferença era o estilo rústico, a casa fazia parte da natureza, sabia que era minha, era minha cara.
Enquanto os Cullen gostavam de se destacar em meio as arvores, eu preferia fazer parte do cenário.
Calmamente estacionei o conversível em frente a casa, a mesma parecia vazia.
Usei minha audição para tentar ouvir algo do lado de dentro mais não obtive sucesso.
Suspirei e entrei na casa, meus sentidos alertas para qualquer coisa fora do comum.
Vasculhei a casa em busca de alguém e quando finalmente tive certeza que estava sozinha, senteime no sofá e suspirei, estava exausta piscologicamente. Tantas perguntas..
- Rose?
Virei derrepente com a voz atrás de mim, assustada por não perceber a presença da mulher.
- Aí meu Deus é você!- a ruiva correu me abraçar e eu fiquei sem reação, eu me lembrava dela da minha última memória.
- você deve ser Elizabeth?- perguntei incerta.
- ah - falou tímida - você não se lembra muito não é?
- Desculpe, faz 2 dias que minhas memórias estão voltando aos poucos, ainda estou confusa.
Ela sorriu compreensiva.
- sinto muito por tudo, deve ter muitas perguntas.
- Sim, mais acho que o mais importante agora é, você ainda tem aquela poção que me devolve as memórias?
Ela me analisou cautelosamente.
- Não tenho pronta, mais podemos fazer - sorriu gentil - só preciso de Miranda e será possível.
- Obrigada - suspirei aliviada.
- mais agora me conta como é a sua vida atual.
- Eu não sei, é tudo tão confuso. Segundo o que eu me lembrava fui transformada em 1933 por Carlisle, vivi com eles até 1938 quando conheci Lena em Londres, me apaixonei perdidamente por ela achando ser minha companheira, nos casamos em 1940 na grecia, viajamos o mundo todo - sorri triste - eu era feliz sabe - veneno se acumulou em meus olhos, Lizzie segurou minhas mãos me confortando - em 1955 ela viajou dizendo que estava com problemas familiares, nunca mais voltou, eu passei 50 anos procurando ela, sofrendo pelo seu desaparecimento, pelo seu abandono. - busquei ar para continuar - até 15 dias atrás, estava morando em forks com minha família até que ela chegou na cidade, Isabella, no começo não dei muita bola estava perdida no amargor do abandono ainda. Até 3 dias atrás - abaixei o olhar com timidez - é como se ela me atraísse instantâneamente para ela, ela me fez esquecer Lena como se não fosse nada, droga, Lizzie eu perdi o controle com ela.
- Isabella sempre foi seu verdadeiro amor querida, por isso é impossível se controlar - sorriu acolhedora - e pela cor dos seus olhos acredito que vocês finalmente chegaram lá - sorriu maliciosa.
Se eu pudesse corar viraria o cosplay de um pimentão.
- você sabe porque meus olhos estão dessa cor? - ignorei suas insinuaçoes.
- Sim, mais prefiro que você descubra por si mesma. - falou se levantando.
Bufei frustrada - qual é, o que custa me contar?
A mesma riu - talvez você não acreditaria se eu contasse, bom, vou atrás de Miranda, volto em breve.
A mesma sumiu em uma nuvem de fumaça vermelha.
Não me restará nada a não ser esperar, então resolvi ir caçar.
Quando retornei Lizzie conversava animadamente com uma mulher de meia idade, muito elegante, seus cabelos grisalhos era apenas um toque na pele jovial.
- oh você voltou, Rose você não se lembra então essa é Miranda Pritzker.
A mais velha me puxou para um abraço acolhedor.
- Rosalie querida a quanto tempo, sei que não se lembra de mim mas logo resolvemos isso sim! - sorriu acolhedora.
- Obrigado - disse agradecida pelo carinho.
- Onde conseguiu essa corrente querida - a mesma indagou olhando o cordão que Bella tinha me dado.
Sorri tímida em sua direção.
- Isabella me deu antes de vir - falei em um sussurro
O rosto da mais velha empalideceu.
- Isabella? A sua Isabella? - concordei com um aceno - qual o sobrenome dela desta vez.
- Swan, Isabella Swan, Porque?
- droga - murmurou baixinho - vamos matar aquela cadela desta vez, ela não vai encostar um dedo em minha neta.
-Bella é sua neta?
Quero teorias na minha mesa!
Mereço estrelinha por ter voltado antes ein
Boa semana para vocês.