❛CHOICES ── Crepúsculo ❥ [Set...

By madsmatic

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❛ ꧇ 🌲 ՚՚ ✦ 𝗖𝗛𝗢𝗜𝗖𝗘𝗦 ❙ Amélia Vallance - ou Mia, como é conhecida - é uma garota mandona e mimada que... More

𝗖𝗛𝗢𝗜𝗖𝗘𝗦
❚ 𝗖𝗔𝗦𝗧 + playlist
❚ 𝗘𝗣𝗜́𝗚𝗥𝗔𝗙𝗘
ESPECIAL 10K!
𝗣𝗔𝗥𝗧𝗘 𝗜: ──── 𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞
2020, Toronto
1896, Aspen - Parte I
1896, Aspen - Parte II
1911, Columbus
1921, Ashland
1962, Montpellier
𝗣𝗔𝗥𝗧𝗘 𝗜𝗜: ──── 𝐜𝐫𝐞𝐩𝐮́𝐬𝐜𝐮𝐥𝐨
01. Pressentindo o perigo
02. A aluna nova
03. A fatídica aula de Biologia
04. Uma semana no inferno
05. Ciclo sem fim
06. Carros e comida
07. Gangue dos desajustados
08. Tentando entender
09. Abstinência
10. Teorias
11. Rebeldia
12. Visita da humana
13. Pré-jogo
14. A caçada
15. Um final inesperado
𝗣𝗔𝗥𝗧𝗘 𝗜𝗜𝗜: ──── 𝐥𝐮𝐚 𝐧𝐨𝐯𝐚
16. À deriva
17. Devagar
18. Espaço vazio
19. Corpo sem alma
20. Normalidade forçada
21. O suficiente
22. Sempre de volta à La Push
23. É assim que termina
24. Triste, lindo, trágico
25. Fenda no sol
27. Dentro da floresta
28. Tragédia grega
(Especial 100k) Extra: versão de Seth
29. Anjos como você
30. Lidando com um monstro
31. Dentes no lugar do coração
32. A beira de um colapso
33. Um garoto com grandes sonhos
34. Fique comigo
ATENÇÃO!
35. O outro lado

26. Indiscutivelmente errado

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By madsmatic

CHOICES

╭────────────────⠀:⠀✦⠀⌇


▬▬▬▬▬ capítulo vinte e seis

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀





MIA.

CONCENTREI-ME NA PAISAGEM durante todo o percurso até a casa de Emily, sentindo uma ansiedade crescente. Era uma parte da floresta que eu nunca havia explorado antes, e essa novidade ofereceu-me um pequeno alívio em meio ao peso opressivo que se instalara dentro da pick-up.

Tentei desviar meus pensamentos, mas as perguntas invadiam minha mente com uma velocidade alarmante, cada resposta parecendo mais irracional que a outra. Billy sempre fora meu protetor, um contraste vívido com os ensinamentos ancestrais dos quileutes. Eu sempre encarei isso como uma bênção, algo pelo qual eu deveria apenas agradecer e aceitar em silêncio. Mas agora, isso começava a parecer uma loucura.

Jared estacionou no pequeno declive que antecedia a casinha de madeira entre árvores. Parte do meu cérebro – a parte que não estava ocupada tendo um colapso –, achou que o cenário era adorável e parecia aconchegante, como a maioria das construções de La Push.

Encolhi-me no banco traseiro da caminhonete, do lado oposto a Bella, e senti o olhar vigilante de Embry sobre mim. Seus olhos, embora carregados de ferocidade, nunca deixaram de ser decepcionados.

Preferia que ele me xingasse, gritasse comigo. Qualquer reação seria melhor do que aquele silêncio absurdo e asfixiante.

Isabella parecia mais tranquila agora, de uma maneira que eu não  busquei entender. Uma coisa era certa: ela tinha jeito para lidar com o sobrenatural. Não podia mais se impressionar tão fácil agora que descobrira tantos detalhes macabros escondidos na neblina da Península Olímpica.

A Swan saiu primeiro, e depois de uma boa escrutinação e olhares ameaçadores, Jared me puxou do banco traseiro pelo braço com uma brutalidade desnecessária, considerando que já havia demonstrado minha falta de periculosidade.

Eu poderia ter resistido há séculos atrás, mas por alguma razão desconhecida, escolhi ir. Talvez estivesse movida pela curiosidade. Afinal, quem não ficaria intrigado após descobrir ser uma anomalia?

Jared soltou meu braço com uma careta de desgosto, recuando sua mão como se tivesse tocado algo repulsivo antes de nos encaminharmos para dentro do local. Meus instintos me incitavam a reagir com hostilidade, a me defender da afronta, mas, como prometido, reprimi minha própria natureza para permanecer quieta.

— A gente devia voltar e verificar se o Jake está bem — sugeriu Bella, quebrando o desconfortável silêncio com uma voz preocupada.

Os garotos riram.

— Tomara que o Paul enfie os dentes nele, ele merece — amaldiçoou Cameron, sua voz carregada de sarcasmo.

Mesmo sabendo que era apenas uma brincadeira e que nenhum deles realmente pretendia machucar o outro, meu corpo estremeceu com a possibilidade. Se fosse qualquer outra pessoa, talvez não me importasse, mas estávamos falando de Jake ali.

— Impossível! Jacob é talentoso — defendeu Call, e senti uma onda de orgulho me invadir. — Já viu ele se transformando no ar? Eu aposto como o Paul não encosta nele — então ele olhou para Bella, parada ao meu lado, na frente da pick-up.  — Vem Bella! A gente não morde.

Jared me lançou um olhar feio de soslaio. — Fale por você.

Todos entraram primeiro, formando uma espécie de escudo protetor ao redor de Emily, antes que ela fosse exposta à minha presença indesejada.

Eu permaneci na varanda, hesitante. Foi só então que o aroma delicioso vindo de dentro da casa capturou minha atenção. Era algo como manteiga derretendo, emanando suavemente do forno, com um toque de canela, definitivamente açucarado. Havia sido um longo tempo desde que o cheiro da comida me atraiu, nada como o cheiro de sangue, com certeza. Mas aquilo... aquilo parecia genuinamente apetitoso.

Bella retrocedeu até a entrada quando percebeu que eu permanecia imóvel, franzindo a testa.

— Mia? Não vai entrar? — ela perguntou.

— Vou deixar Emily desconfortável. É melhor assim — respondi, mantendo minha posição.

Os rapazes se ajeitaram na copa, em torno de uma mesa redonda de madeira, conectando a sala ao que presumi ser o balcão da cozinha. Mesmo parecendo relaxados esparramados em suas cadeiras, nenhum deles desviou os olhos de mim.

Um leve ruído veio de dentro, atrás do balcão, onde ainda não podia ver. Era Emily. Era o único cheiro humano além de Isabella e, surpreendentemente, não provocava meu desejo por sangue.

Essa observação imediatamente me lançou para um fato do qual ainda não havia me atentado. Mesmo impregnada de lobos, a casa não exalava nenhum odor desagradável. Nada de cheiro de cachorro molhado, nenhum aroma incômodo. Era estranho.

— Ela não vem? — escutei a voz melódica da noiva de Sam. Ela não pareceu nenhum pouco nervosa.

— Estacou na porta — respondeu Jared secamente. — Vampiros não entram sem serem convidados.

— O que? É verdade? — ela perguntou, genuinamente surpresa, e não pude deixar de sentir um pouco de pena.

Antes que Bella pudesse articular uma palavra, Emily já havia contornado o balcão e se dirigido à porta, sua expressão carregada de compaixão. Instintivamente, dei um passo para trás, não querendo arriscar perder a vantagem que tinha conquistado até então.

— Sinto muito, querida — ela murmurou, franzindo a testa, a preocupação reluzindo em seus olhos. — Venha! Pode entrar.

Lutei para esconder o choque em meus olhos, embora sentisse que estivessem prestes a saltar das órbitas. Não queria que Emily interpretasse mal minha reação como aversão às marcas em seu rosto. Afinal, aquilo não a tornava menos bela.

Ela acenou com o braço, me convidando para sua casa como se eu fosse uma visitante, como se eu fosse bem-vinda.

— Jared estava só brincando — eu assegurei, balançando a cabeça negativamente para tranquilizá-la. — Não preciso de um convite. Só não queria assustá-la.

— Ah, você deve ser a vampira mais gentil que já conheci! — ela exclamou calorosamente, soltando uma risada. — Não que eu já tenha conhecido uma antes, mas você entendeu.

Minhas sobrancelhas se uniram e meu queixo caiu novamente, soltando ao vento uma risada que mais parecia um suspiro exasperado. Internamente, juro que quase chorei naquele momento.

Ainda perplexa, permaneci imóvel até que Bella colocou uma mão em minhas costas e me conduziu para dentro da casa, com Emily seguindo atrás de nós. Eu estava atordoada, desnorteada, para dizer o mínimo. Não havia explicação lógica que pudesse dar sentido àquele gesto tão amável, muito menos à minha presença ali.

— Que cheiro maravilhoso — comentei, um pouco desconfortável. Bella continuou me guiando até perto da mesa, mais próxima dos rapazes que pareciam ter miras laser apontadas para minha testa. — O que é?

— Oh, estou fazendo torta de maçã — ela respondeu com um sorriso singelo, quase orgulhoso. Era evidente que ela apreciava cozinhar. — Você gosta? Está quase pronta. Você e Bella podem pegar os primeiros pedaços antes que os meninos devorem tudo.

— O que? Isso não é justo! — protestou Jared.

A mulher lhe lançou um olhar reprovador e, instantaneamente, ele se calou, com a expressão emburrada como a de uma criança mimada. Tive que conter uma risada.

— Seria ótimo — Bella respondeu. — Obrigada.

Notei que Embry desviou o olhar de mim. Estava evitando seu olhar há alguns minutos, sabendo que era apenas questão de tempo até eu me descontrolar novamente. Mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E eu não queria que fosse na frente deles.

Decidi fazer o mesmo, me concentrando novamente em Emily e na torta recheada com pedaços de maçã e cristais de açúcar mascavo, que brilhava no forno.

— Eu não como — neguei timidamente, embora uma súbita vontade de provar aquela torta tenha me invadido estranhamente.

Os lobos pareceram surpresos. Provavelmente não estavam cientes desse fato, nem de muitos outros sobre a natureza dos vampiros.

— Nunca? — Emily perguntou, também surpresa.

— Não. Nunca — respondi. — Mas o cheiro da sua torta parece irresistível até para mim.

— O que acontece se você comer? — Embry perguntou, sua curiosidade brilhando por um breve instante, vencendo seu ressentimento momentâneo.

Encolhi os ombros, tentando encontrar as palavras certas para descrever a sensação. — É como comer terra. Não há sabor agradável ou qualquer valor nutricional, já que meu corpo não tem essa necessidade — expliquei, sentindo-me vulnerável sob o olhar penetrante de Emily. — Mórbido, eu sei.

— Deve ser horrível não poder comer! — ofereceu ela, seu rosto demonstrando compaixão genuína.

Jared balançou a cabeça, uma expressão de incredulidade surgindo em seu rosto. — Nossa! Minha vida seria miserável se eu não pudesse comer um hambúrguer... — ele disse, sua consternação transparecendo em cada palavra.

— Então, quando você saía com a gente e não comia... era por isso? — a voz de Embry estava coberta de mágoa quando me perguntou.

Fiquei paralisada, sentindo o peso das palavras dele como uma carga sobre meus ombros. Não queria responder, temendo a reação que viria a seguir. Mesmo que encontrasse as palavras adequadas, ele já conhecia a resposta. Seria apenas mais uma ferida para acrescentar à dor que me consumia, reforçando a imagem que ele tinha de mim, como o monstro das lendas.

Embry era uma das criaturas mais gentis, mas mesmo ele não podia ignorar sua mágoa.

Desde os primórdios, fomos destinados a ser inimigos, desde que as criaturas originais surgiram na terra e desde que a sede de sangue se tornou mais forte do que a compreensão. E assim o mundo foi moldado. Todas as espécies lutavam, algumas pela sobrevivência, outras por algum propósito maior, talvez mais nobre. Mas, no fim, permanecia a inegável certeza de que o mundo sobrenatural não tinha espaço para todos.

— O Jacob vai encontrar uma maneira de burlar a ordem do Sam de não dizer nada — interrompeu Emily, mudando de assunto.

Lancei um pequeno sorriso de gratidão para ela, mas a menção ao nome de Jake cutucou uma ferida aberta dentro de mim.

— Ele não... me disse nada — respondeu Bella.

Mesmo que Jacob não tivesse revelado a ela, era evidente que, mais cedo ou mais tarde, seu talento natural para intromissão a faria descobrir o segredo dos lobos por conta própria.

Pelo tom de voz da Swan, percebi que havia mais naquela frase do que ela estava disposta a admitir. Eu não tinha contado a ela, e talvez isso pudesse ser considerado uma forma de traição em seu mundo. Mas isso não me importava. Não era meu segredo para contar, e mesmo que fosse, ela seria a última a saber.

— É coisa de lobo. As ordens do líder são seguidas de um jeito ou de outro — contou Embry. Parecia infeliz com aquele fato e, de alguma maneira, eu sabia que tinha a ver comigo, com a minha presença indesejada ali. — Ah, se liga, podemos ouvir os pensamentos uns dos outros.

Jared o olhou ultrajado. — Você quer calar a boca? São segredos do ofício. Mas que droga! — ele explodiu, apontando um dedo na minha direção. — Aquela garota é uma vampira!

— Eu sei, Jared. Obrigado por me lembrar... — murmurou o Call.

Profundamente aborrecido, o lobo se ergueu e saiu da casa apressadamente, deixando uma cadeira vazia e outro buraco em meu coração; levando consigo uma parte de mim que jamais poderia ser restituída. Era evidente que isso aconteceria uma hora ou outra.

Quis dizer que sentia muito, quis gritar e correr atrás dele, mas sabia que nada do que eu dissesse apagaria o que eu era.

— Me desculpem — murmurei, minha voz à beira da ruptura. — Não sei porquê estou aqui — neguei, antes de implorar ao lobo que me encarava com olhos letais. — Jared, você poderia me escoltar até a linha do tratado? Não há necessidade de eu permanecer aqui. Juro que não farei nada contra ninguém.

O garoto estalou a língua contra o céu da boca, uma mistura de frustração e raiva evidente em seu rosto. — Não estou gostando disso mais do que você, sanguessuga. Sam deu as ordens. É melhor você ficar quieta aí.

— Não fale assim com ela — pediu Swan, tentando me defender.

Não pude deixar de apreciar o gesto, embora fosse tão "estilo Bella" quanto possível. Jared, por outro lado, não pareceu gostar muito daquilo.

O clima de repente tenso foi interrompido pela chegada de Sam. Através de suas passadas largas, o lobo correu para abraçar a noiva e depositar beijos por todo o rosto dela, principalmente no lado onde suas garras haviam se cravado e deixado uma marca eterna.

Alguma parte de mim ainda tinha a memória daquilo, do quão difícil, de acordo com Jacob, era lidar com a culpa sobre tudo o que aconteceu entre ele e as duas primas. Mas mesmo isso não diminuía o olhar amoroso do alfa para Emily, nem a maneira como ele a segurava nos braços, como se fosse seu mundo. E ela parecia tão encantada quanto ele.

Havia um sentimento surreal, quase tangível no ambiente, que deixava evidente o quanto se amavam.

Coisas assim só existiam no mundo da fantasia, reservadas para os sortudos e os qualificados. E, embora compartilhasse desse mesmo mundo, eu não me encaixava em nenhuma dessas categorias.

— O que está acontecendo, Sam?! — uma figura feminina alta e esbelta irrompeu pela porta, as narinas dilatadas e a testa franzida em fúria. — Por que quer meu irmão perto dessa sanguessuga?

Assim que me avistou, o rosto da mulher se contorceu em uma expressão de puro nojo. Era Leah. Furiosa por uma razão que, honestamente, era válida.

Por que Sam mandou chamar Seth?

Recuei para mais perto da janela, pronta para escapar caso a situação fugisse ao controle, e passei o braço na frente do torso de Bella, protegendo-a caso a loba decidisse explodir ali dentro. Por sorte, Sam a segurou antes que ela avançasse para o nosso lado. No entanto, pela maneira como a loba me encarava, duvidei que aquela barreira duraria por muito tempo.

— Para com isso, Leah. Está me envergonhando!

Ouvi outra voz, ainda um pouco distante, se aproximando rapidamente de nós. Estava claro que ele estava constrangido pelo comportamento de Leah, mas sua respiração profunda indicava impaciência.

Senti meu corpo formigar. Isso não era normal, não poderia estar acontecendo. Um sentimento de pânico me varreu de repente, inexplicável e indescritível.

— Estou aqui! — o garoto exclamou exasperado, entrando na casa logo em seguida.

Foi questão de segundos, talvez meio segundo, até que Seth direcionasse seus olhos castanhos para os meus dourados. E quando isso aconteceu, senti o mundo parar de girar.

Subitamente, uma necessidade inexplicável de ar tomou meus pulmões até então inativos. Percebi que precisava desesperadamente respirar o mesmo ar que aquele garoto, caso contrário, não suportaria nem mais um segundo, como se minha vida dependesse disso. E, de fato, parecia que agora dependia, ou eu sucumbiria incontestavelmente à escuridão sem as íris negras de Seth sobre mim, olhando-me com ternura.

Nunca imaginei que precisaria tanto me sentir daquela forma, até ele me olhar como se pudesse vislumbrar minha alma. Como se realmente pudesse me enxergar, como se eu fosse a personagem principal.

Uma força estranha me impelia a permanecer imóvel, mesmo que a parte lógica do meu cérebro emitisse constantes alertas de perigo. Mas eu não conseguia fazer nada além de admirá-lo.

A extensão de pele exposta era um tormento indecente e traiçoeiro que fez meus olhos percorrerem cada centímetro dele sem pudor algum em poucos segundos. Quando cheguei ao seu rosto, juvenil e ao mesmo tempo tão confiante, eu derreti por completo. O cabelo negro e de aparência macia, cortado com uma imperfeição quase criminosa de tão atraente, fez minhas mãos formigarem com vontade de tocá-lo. A boca perfeitamente delineada, com contornos delicados, estava entreaberta, exibindo um tom rosado extremamente convidativo que me deixou tonta.

Seth parecia nada menos que perfeito, e meu coração morto podia sentir isso como uma apunhalada dilacerante, rasgando meu peito de uma extremidade a outra com tanta facilidade.

Foi tudo o que eu precisava. Sua voz, seu cheiro, seu calor. Ele por inteiro. Como se estivesse todo esse tempo vivendo sem os meus sentidos.

— Mia... — ele sussurrou.

Uma parte de mim, a parte que não fazia ideia do que aquilo significava, ficou horrorizada. E, ainda assim, tudo pareceu certo, embora indiscutivelmente muito errado.

De repente, Seth se aproximou, um gesto que parecia mais involuntário, mas que meu corpo inteiro sentiu como um desejo por um pouco mais de proximidade. Quando ele estendeu um braço em minha direção, eu pisquei atordoada, a realidade voltando à minha mente, despertando-me.

Os pensamentos anteriores me provocaram uma onda de vergonha e horror que me deixou sem chão. O que diabos tinha acontecido?

— Preciso sair daqui.



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Notas finais;

Finalmente, o capítulo tão aguardado! Por favor, comentem bastante e não se esqueçam de votar para eu postar o próximo.

Têm muitos mistérios por vir e isso está me deixando super animada. Espero muito que vocês gostem!

O próximo capítulo já está pronto e tem mais de 3800 palavras (por volta de 20 páginas). E já dizia Luciano Huck: loucura, loucura, loucura! 🤪

Beijinho e até o próximo 💚

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