LIKE A DEMON

Bởi bellacruellax

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Ele é lindo como Lúcifer e tão perigoso quanto. Heather não sabe dizer quando exatamente acabou se apaixonand... Xem Thêm

Bem-vindas, vadias
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Bởi bellacruellax

HEATHER WILLIAMS

— Heather. — Sou arrancada de meus devaneios pela voz de Bianca Santorini. Olho para ela, caminhando ao meu lado, e seguro a vontade de roer as unhas. Onde eu vou arranjar meus malditos cigarros?

— Falou comigo?

— Sim, sua boba. Perguntei como você se sente sendo a garota que metade desse colégio mataria para ser — ela esclarece. Honestamente, nem sei como ela veio parar aqui durante a troca de salas. Essa garota sempre nos encontra. Será que nos implantou chips?

— Como assim? — uno as sobrancelhas, totalmente confusa. Que papo doido ela e Chloe estavam batendo enquanto eu viajava no meu incrível mundo? — O que está dizendo?

— Todo mundo está falando que você é dupla do Jasper Young. Meus parabéns, você se sentou na janelinha. — Ela sorri, desviando-se de Chloe para se meter entre nós duas.

— É. Grande coisa. Vou fazer um trabalho com um top modelo metido a besta — reclamo, voltando no tempo em alguns minutos, quando o garanhão me olhou como quem queria me matar.

As aulas do dia estão acabando e eu ainda não superei a atitude daquele cara. Quem ele pensa que é para me tratar daquele jeito? Não gosto que me atrapalhem, minha mente repete a sua fala com uma voz estúpida, porque foi como ele soou para mim. Estúpido. Idiota, arrogante, precoce... argh, odiável!

Tenho vergonha das vezes em que babei seu ovo em meus pensamentos.

— Ah, ele pode ser metido, dê um desconto. — Bianca sorri, maliciosa, enlaçando o braço no meu. — Vão fazer trabalhos juntos pelo resto do ano. Você devia aproveitar a chance para conhecer o quarto dele, coisa que nenhuma garota daqui fez antes. Aposto que é uma experiência única. Claro, depois vai ter que contar tudo para nós, nos mínimos detalhes. Sinto que a Diana sequer ficaria ciumenta, se valer a pena.

É agora que falo que não dou a mínima para o que Diana vai sentir?

— Espera aí, o que você quer dizer com "trabalhos juntos pelo resto do ano"?

— O professor não falou para a sua turma? — ela franze a testa. — Vocês vão ficar com a mesma dupla até as aulas acabarem.

Puta merda.

— Ah... — eu estou ferrada. — Acho que não chegou até você que eu o chamei de cretino prepotente, então, desculpe por destruir seus sonhos, mas ele nunca vai me chamar para o quarto misterioso dele.

Ela me faz parar de andar e entra na minha frente. Seu semblante é chocado. Chloe para de andar com a gente, puxando o celular do bolso e sorrindo para o que quer que tenha visto ali.

— Você chamou o Jasper Young de cretino? Garota, por quê?

— Porque ele é um cretino! A forma como falou comigo fez com que eu me sentisse uma incompetente, como se estivesse me fazendo um grande favor! — defendo.

Por que eu estou me justificando para ela?!

Foda-se ela.

— E daí?

E daí? — repito, indignada.

— Ele é um gostoso, Williams. Se ele te acha burra, aja como se fosse. Garotos como ele adoram as burras — ela revira os olhos e balança a mão. Para ela, não é nada demais.

Fico sem palavras, em dúvida se a considero louca ou muito esperta. Tem gente que faz qualquer coisa por uma foda.

— Eu não estou nem aí se ele é bonito ou não! Ele é um grosso.

— Os grosseiros fazem bem. — Ela levanta a sobrancelha loira. Revoltada, dou a volta nela, me segurando para não a sacudir e a fazer acordar para vida.

— Não tenho a menor intenção de ir pra cama daquele garoto. Nem de longe ele é meu tipo — minto sem sentir culpa. Ninguém tem que saber.

— Ah, acho que entendi! — Bianca diz, me seguindo de perto. — O Ethan é o seu tipo, então.

Paro diante do meu armário e espio minha sósia, que parou de sorrir.

— Faz sentido, até... Pensei que a Chloe que gostasse dele, mas ele combina mais com o seu estilo.

Eu vou voar na cara dela. Ela está diminuindo a minha irmã na minha frente, só eu posso fazer isso.

— Ele faz ainda menos o meu tipo. — Digo, seca. Abro o armário e pego os livros certos para a próxima aula.

— Qual é. Deveria investir. Ele também não é nada de se jogar fora e você total teria todas as chances com ele.

— Seu namorado também acha que eles não são de se jogar fora? — questiono. Bianca ri, muito bem-humorada.

— Sou comprometida, Heather, não estou cega. — Ela abraça a minha irmã. — Não acha que ela devia ficar com o Ethan? Eles virariam rei e rainha do baile rapidinho, é um casal que promete, né?

— Eu... eu não sei. — Chloe desliga o celular e se abraça. Fecho o armário com força.

— A gente tem que ir para aula. — Determino, engolindo o veneno que devia cuspir na porra da Bianca Santorini. — Agora.

— Verdade, tenho que ir me encontrar com as meninas. Vejo vocês depois, gatinhas. — Ela se despede, se afastando e rebolando a bunda ao caminhar. Olho feio para Chloe e ela fica confusa. Talvez esteja pensando que meu ranço está apontando em sua direção, mas é uma mera impressão.

— O quê?

— Eu odeio essa garota.

Ela desvia o olhar e coloca o cabelo atrás da orelha.

— Ela não mentiu... — minha sósia força um sorriso, sem jeito — você combina com ele... de alguma forma.

— Como você pode deixar que a opinião dessa galinha entre na sua cabeça? Ela não sabe do que tá falando. — Nós andamos em direção ao prédio A e passamos por pessoas que estão se tornando conhecidas, aos poucos.

— O Ethan é fofo e você sabe que eu entenderia se você também achasse isso, né?

— Tenho tanto interesse pelo Ethan Young quanto tenho por uma salada de azeitonas. — Ela sabe que eu detesto azeitonas.

Demoro a perceber que tem uma pessoa de gênero não identificável me estendendo um panfleto. O pego e continuo andando. Vejo a foto da senhora Parker debaixo do escrito "desaparecida" e levanto as sobrancelhas.

— Ah, tem alguém procurando por ela. — Passo o panfleto para Chloe e ela o lê.

— Isso é o número da escola. Acho que ela não tinha família, mesmo.

Ficamos caladas, sem assunto, até chegar na porta da última aula do dia, quando Chloe segura meu braço e me puxa de canto. Parece nervosa, o que instiga a minha curiosidade.

— Que foi? — pergunto enquanto ela dobra o papel, nervosa.

— Ele pediu o meu número hoje. O Ethan. — Ela admite e seus olhos brilham. Levanto as sobrancelhas uma outra vez, esse garoto não perde tempo. Não posso dizer que esperava diferente de alguém com a postura dele.

— E você deu?

Ela faz uma careta fofa e balança a cabeça em afirmativa.

— Ele já até me mandou mensagem. Estou achando que ele vai me chamar para sair. — Ela se morde e sua ansiedade me contamina. Ela teve suas paixonites ao longo da vida, é claro, mas nenhum dos seus encontros anteriores deu certo. Ter receio faz sentido. Seguro seus ombros e olho no fundo dos seus olhos.

— Vai dar tudo certo. Quando ele te chamar, você vai estar pronta para o que vier.

— Como? — Ela une as sobrancelhas. Mordo o lábio, tentando conter o sorriso.

— Vamos dar um trato em você e vai ser hoje à noite!

• • •

Ensinar Chloe a se portar como uma vadia segura de si é uma missão impossível. Tinha me empolgado tanto com a ideia de ajudá-la a sair das sombras com uma repaginada no visual, mas, depois de algumas horas circulando o único shopping da cidade com suas constantes reclamações, minhas energias vão se esgotando mais rápido do que minha paciência de garota sóbria.

Ela se irrita quando eu coloco pressão ou tento mudar seu estilo, pense numa menina teimosa! Eu só quero o melhor pra ela!

Fizemos escova no salão depois da aula e está escuro do lado de fora enquanto escolho novas roupas para nós duas. O papai vai nos matar quando ver a fatura do seu cartão. Ou esse é do tio Hunter? Não tenho certeza e me importo pouco.

Nota mental: não dar nenhuma cor de destaque para Chloe. Tentei transformá-la numa princesinha, mas ela se acha uma porca gorda quando a visto de rosa em qualquer tom.

Estou começando a suspeitar que ela tem alguma distorção de imagem, porque não é possível.

— Você tem que achar outra cor para vestir, porque o preto já é meu, maninha — alego. Tudo bem que eu também fico maravilhosa de vermelho, mas não posso dominar tudo, para o bem da raça humana.

— Que tal cinza? — ela oferece, pensativa e entediada.

— Não. — Reviro os olhos, mexendo nas araras. — Você veste mais cinza do que muita senhora de oitenta anos, parece até que divide o armário com a senhora Parker. Que Deus a tenha.

— Para de ser escrota, ela não tá morta. Amarelo? — é a próxima projeção. Minha imaginação me traz os tons mais feios da cor à mente e eu faço uma careta de nojo.

— Muito fora da caixinha... e com certeza a velha tá morta. Está desaparecida há dias e não tinha nenhum retardo mental. Como justifica isso?

— Ela pode ter sido sequestrada e estão tentando tirar dinheiro dela. E que tal verde?

— E desde quando professores de ensino médio tem dinheiro para guardar? Pera aí, verde? Quer se camuflar em algum lugar, querida?

— Eu sei lá, não quero falar disso. Vermelho?

— Hum! Sexy e ousada, esse eu aprovo. — Puxo um vestido das araras e analiso suas lantejoulas pavorosas de várias cores. Não. Faço cara feia e o devolvo para o lugar.

— Não. Azul?

— Por que não vermelho? — A olho por cima do ombro, indignada.

— Não quero parecer sexy nem ousada.

— Minha querida, nós viemos fazer uma mudança em você, se não quisesse isso, não tivesse vindo!

Você que me arrastou até aqui, Heather! — ela estreita os olhos e eu estalo a língua, acenando com a mão.

— Não se apega aos detalhes. E quanto você apostaria que a velha tá morta?

— Por Deus, Heather!

— Não, é sério! De tanto você falar, comecei a ficar curiosa. Acho que vou perturbar o papai para saber como anda o caso.

— Cê sabe que o papai não gosta de pegar esses casos.

— Mas ele é novo na delegacia. Pode ter certeza que vão jogar os mais chatos para cima dele.

Chloe suspira, cansada de discutir.

— Vou ficar quieta. Você é um caso sem solução.

Dramática.

Com um sorriso torto, olho para o lado. O movimento diminui a esse horário e muitas lojas estão se fechando, prontas para encerrar o dia. Penso em como as atendentes devem estar com raiva da gente e logo me esqueço disso, porque um loiro está passando na frente da loja com uma sacola pendurada no braço e cabeça baixa.

Reconheço o vulto e me encho de raiva. Jogo todas as peças de roupa que estava segurando no colo de minha irmã.

— Leva para o caixa, eu já volto. E não ouse devolver nenhuma!

Me afasto antes que ela consiga perguntar o que estou fazendo. Deixo a loja correndo e encontro o loiro vários metros a frente, caminhando como se não devesse nada a ninguém. Esse desgraçado. Se pudesse, arrancaria um tufo dos seus cabelos perfeitos e o faria engolir fio por fio. Ele tem que me falar qual é a droga do tema do nosso trabalho porque ele não vai fazer sozinho, quer queira, quer não. Não o deixarei escapar de novo.

— Ei! — chamo. Ele não olha para trás, finge não me ouvir. Aperto o passo para alcançá-lo e seguro seu braço com força, o obrigando a parar. — Young.

Meus olhos encontram os seus. Não é o Jasper. Porra. Não é o Jasper.

Imediatamente tiro a mão do homem e meu rosto se aquece de vergonha. Ele claramente tem uns vinte e quatro anos ou mais e seus olhos são de cores diferentes, um sendo muito castanho e o outro muito azul.

É um pouco bizarro e muito impressionante. Ele une as sobrancelhas, confuso. Caramba, ele se parece bastante com Jasper e isso é um elogio maior do que parece.

Puta merda, Heather. Não esquece que ele foi um babaca com você hoje cedo. Não importa se ele tem uma boca linda, cílios grandes e nariz perfeito.

— Me desculpa, pensei que era outra pessoa! Eu sinto muito, senhor, eu não queria...

— Tudo bem. Acontece. — Ele balança a cabeça e corta o assunto, visivelmente incomodado com a minha abordagem mal-educada.

Eu quero morrer. Agora mesmo.

— Foi mal — sussurro.

Nós nos afastamos e eu levo as mãos à cabeça, querendo arrancar meus cabelos. Meu Deus, que humilhação. Não tenho coragem de olhar para trás e, quando chego na loja para me esconder, Chloe está sendo chutada para fora.

— Onde você foi, Tet? — ela pergunta, confusa e se equilibrando com várias sacolas. A dou uma força, liberando um de seus braços.

— Confundi um homem com o Jasper Young e quase briguei com ele. — Confesso, querendo me jogar do último piso. Chloe ri. — Não ria de mim. Não tem nada de engraçado nisso.

— Pelo menos ele era bonito. — Ela sorri de lado. Enlaço meu braço no seu e escondo o rosto no seu ombro ao caminharmos em direção à saída oposta.

— Ele tinha olhos de cores diferentes — sussurro, em profundo sofrimento.

— Muito, muito bonito. — Ela se corrige, sensata.

Silêncio. Meus neurônios não estão funcionando muito bem essa hora da noite. O dia foi bem longo e já dei desgosto o suficiente para dois loiros bonitões.

— Quero me matar, Tat.

— Vamos pra casa primeiro. — Chloe suspira, jogando os cabelos para trás repetidas vezes. Ela fica incomodada quando eles estão lisos demais. Eu entendo, acho um saco no primeiro dia. — Tenho que fazer janta ou papai e o tio Hunter vão morrer de fome.

Em casa, todos dependemos dela para comer e quem dera não fosse algo sério. Se Chloe não existisse, os Williams teriam entrado em extinção há anos.

Espero pacientemente enquanto ela liga para nosso tio para termos nossa carona gratuita. Esta virá com muitas reclamações? Provavelmente, mas quem liga? Ele é nosso motorista pessoal e fim de papo.

Minha mente não para de repetir os momentos embaraçosos do dia enquanto estou sentada num banco do lado de fora do shopping. O vento frio da noite joga meus cabelos para o lado e para a frente do meu rosto, meus braços se arrepiam e eu me encolho, puxando as sacolas para mais perto.

— O Jasper tem um irmão mais velho? — quebro o gelo enquanto Chloe segura o telefone contra a orelha e caminha de um lado para o outro. A luz do poste sobre nossas cabeças reflete em seus cabelos loiros e retocados.

— Não sei. Só sabemos da Charlotte.

— As meninas nunca mencionaram nada sobre um quarto gostosão à solta? — arregalo os olhos, impressionada. — Elas não os conhecem, tipo, a vida toda?

— Não. — Ela responde, como se fosse óbvio. — Eles só estão em Central Legue há um ano, Heather. As garotas sequer sabem quem são os pais deles, nunca apareceram no colégio. Pode ser que Jasper seja até emancipado.

Mordo a bochecha, trabalhando com os meus botões. Ninguém sabe nada sobre eles?

Respiro fundo e o tio Hunter finalmente atende a chamada. Ele está zangado e com fome quando vem nos buscar, no entanto, deixo com que minha irmã pague o pato ao me sentar no banco de trás.

Intrigada, pesco o meu celular do bolso e procuro por Bianca nas redes sociais só para ver as pessoas que ela segue. Se alguém poderia encontrá-los, esse alguém seria ela.

Nada. Não encontro Ethan, nem Charlotte ou Jasper em nenhuma rede social, o que aumenta a minha curiosidade. Seria ok um deles não estar na mídia de forma alguma, mas nenhum dos três?

Desligo o celular e sacudo a cabeça. Eu não vou ficar obcecada. Eles são reclusos e é isso. Não é da minha conta e eu sequer tenho interesse em qualquer um deles para isso.

Encosto a cabeça na janela e fecho os olhos. Não percebo que estou muito cansada, só caio no sono pensando em tatuagens de escorpiões e cretinos bonitos. 

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Fanfiction

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❪miles fairchild❫ ❝eu não tenho medo de você, eu tenho pena.❞ ❛onde Sinel Mandell tem que conviver com o misterioso e sombrio Miles Fairchild.❜ ©...