EFEITO DO CAOS

By VRomancePlus

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+18 DARK ROMANCE DE VROMANCEPLUS. S i n o p s e Everest Thomas volta para Seattle depois de anos morando com... More

avisos + personagens principais
s i n o p s e + p e r s o n a g e n s
c a p í t u l o 1 - S o r r i s o ☠︎
c a p i t u l o 2 - i n t u i t i o n
c a p í t u l o 3 - B i g (pai)
c a p í t u l o 4 - v o c ê
c a p í t u l o 5 - l o u c o ☠︎︎
c a p í t u l o 6 - b o g e y m a n
c a p i t u l o 6 (parte 2)
c a p i t u l o 7 - D e n a l i
c a p í t u l o 8 - o p a s s a d o
c a p í t u l o 9 - a m e a ç a
c a p i t u l o 1 0 - v i b r a ç o e s
c a p í t u l o 11 - U n i v e r s i d a d e
c a p í t u l o 12 - d j a v ú
c a p í t u l o 13 - F i q u e L o n g e
c a p í t u l o 1 4 - l o c a l i z a ç ã o
c a p i t u l o 16
c a p i t u l o 17
c a p í t u l o 18
c a p í t u l o 19
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By VRomancePlus

Se preparem que daqui a pouco tem outro capítulo á pedidos espéciais feitos lá no insta Kkkkk ❣

Everest

26 de Julho em Seattle

— O que está fazendo? — Quis saber, levemente confusa e assustada.

Henry segurava minha mão. Os dedos longos e ásperos entrelaçados nos meus enquanto me levava com ele.

A minha mochila estava em sua outra mão e ele parecia decidido. E quando não esteve? Henry era a personificação de confiança.

— Eu falei que a levaria. Não tente lutar agora little fox. — Ele inclinou a cabeça para baixo e pegou meus olhos com os dele — Não quando tem uma tempestade desabando sobre nós.

Abaixei o olhar para nossas mãos juntas. Eu não sabia nomear o que estava acontecendo comigo, mas ter suas mãos em mim de novo, só que daquela vez de maneira tão íntima e suave, apesar do contexto oposto, me deixava numa linha trêmula de sentimentos.

Henry não estava agindo de maneira civilizada. Aquele era um homem que passou a me perseguir, me pressionar com palavras possessivas desde o início e, naquele momento, me levava para onde queria e eu não estava fazendo nada para impedir.

Absolutamente nada. Idiota!

Eu não sabia explicar porque eu me deixava levar, porque eu sempre perdia a força quando o assunto era Henry e toda a impetuosidade sobre mim. Ele sempre conseguia. Sempre vencia porque eu era fraca com ele.

O céu caía sobre nossas cabeças e estava cada vez mais forte, por isso seus passos aceleraram-se e eu fui obrigada a fazer o mesmo.

Paramos diante do Jeep preto e ele abriu a porta sem mais demora.

Henry parecia hesitante em soltar a minha mão; segurando firme, apertando meus dedos. Só após eu puxar com força, ele separou-os com relutância.

Assim que me acomodei no banco, a porta foi fechada com um baque e sua figura deu a volta apressadamente.

Eu inalei profundamente.

O inteiror do carro tinha o seu cheiro. Aquele cheiro de frescor que me lembrava a primeira vez que o vi no avião, quando deitei a cabeça sobre o ombro convidativo. Aquele cheiro me lembrou de seu corpo sobre o meu em frente ao refeitório, de como ele me soprou aquelas palavras maliciosas. Respirei fundo.

Eu estava sozinha no carro com um homem que não conhecia e aquilo não era uma coisa boa, não mesmo. E ao invés de ser racional, me encontrava pensando nas palavras sujas dele.

— Porque a sua amiga não a levou? —questionou de repente, segurando o volante com confiança — ela a deixou sozinha. Não sei se é esse o código de amizade — arqueou a sobrancelha pra mim e esticou o canto dos lábios, debochando— ,principalmente para esse lado da cidade.

Não desviou, esperando a resposta.

— Eu estava com Marco. Não seria burra em sair sozinha, principalmente quando tenho o privilegio de ter um perseguidor na minha cola. — Ele segurou um sorriso com a minha alfinetada —  Mas não sei onde ele se meteu  — Falei — Marco não tem o costume de sumir assim.

— Talvez tenha se drogando e esteja caído em um beco qualquer.  — Resmungou, falando aquilo como se Marco fosse um mero incômodo.

— Todavia, obviamente eu não preciso me preocupar, porque você sempre vai estar lá, quando eu menos esperar. — o sarcasmo escorreu como um veneno pela minha boca. — Como está aqui agora.

Henry deu de ombros e, abrindo um sorriso cínico, não negou, na verdade, se alguma coisa, ele confirmou o que falei.

— E você está sentada no banco do carona do seu perseguidor/stalker/mais alguns sinonimos que saíram de sua linda boca. Eu não diria que sou de todo o mal. — piscou, eu corei — Você tá aí e eu nem precisei obrigá-la.

— Deus... — balancei a cabeça para os lados, ele riu.

Não falamos mais nada, mas senti seus olhos em mim o tempo tempo.

~

Eu fiquei em silêncio boa parte do trajeto, ansiosa para que chegássemos logo. Mas em algum momento a chuva intensificou, tornando praticamente impossível que eu visse alguma coisa pelo vidro do carro. Tinha certeza que Henry também estava com dificuldades.

Ele virou por uma rua que eu nunca tinha visto e seguiu pelo caminho desconhecido, franzi o cenho confusa.

— Para onde está me levando, Henry? — questionei alarmada.

Mesmo com dificuldades para ver, soube que aquele não era o caminho para casa. Merda, eu jamais tinha estado para aqueles lados.

O clima no carro ficou pesado. O ar sendo difícil de inalar de tão denso.

Virei meu corpo para ele, deixando uma mão espalmada sobre a porta. Passei a respirar rapidamente, em descontrole. Porra, onde inferno ele esta indo?

— Merda, para onde você está me levando?

— Para o meu apartamento — declarou . Simples assim.

— O quê?! Não, não... Eu não vou para o seu apartamento! Só... me leve para casa. — pedi exasperada. Ele apertou os dedos no volante e balançou a cabeça — Henry...

— Não tem como — olhou-me um pouco sombrio — A via está escorregadia e o trânsito um caos. Não quero e não vou nos meter em um acidente.

— Mas não estamos muito longe. — argumentei quase chorosa.

— É tempo suficiente.

— Eu não vou com você.

— Tenho certeza que não tem muita escolha. — zombou — Não serei negligente com você no carro.

— Mas...

Ele lançou-me um olhar que fez com que eu apertasse os lábios e calasse a boca.

Pelo que pude ver de mim mesma, eu era uma merda de presa fácil, indo obedientemente ao covil do predador. Eu não lutava e isso era uma merda total!

Ou eu só não lutava quando se tratava dele.

Segurei o pulso esquerdo, passando a esfregar a pele com força, tamanho nervosismo.

Henry entrou em um prédio enorme, manobrando o carro para uma garagem subterrânea.

Eu foquei tão firmemente em não olhá-lo que não vi quando ele tirou uma das mãos do volante, só sei que sobressaltei com um soluço alto e engasgado assim que a mão grande fechou ao redor do meu pulso, impedindo-me de continuar esfregando.

— Pare! — Ordenou, a voz saindo baixa e autoritária.

Forcei goela abaixo.

Ele logo destravou o carro e, no meu estado, não demorei a saltar pra fora, puxando uma lufada longa de ar para os meus pulmões.

Eu poderia ficar ali, naquele estacionamento escuro até que a chuva passasse, mas então ele saiu e deu a volta, parando ao meu lado e trazendo sua mão para a base da minha coluna, orientando-me a seguir até o elevador e me desestabilizando, porque eu notei que sempre que podia ele me tocava.

Meu corpo de imediato endureceu, um frio se alojou no pé da barriga, seguida de um rastro quente onde sua mão estava, de forma gradual.

Quando paramos na porta da caixa de metal, seus dedos tocaram meu queixo outra vez, inclinando minha cabeça para que nossos olhares nivelassem. Apertei os lábios.

— Não tem que ter medo, Little fox. Você é minha e eu não machuco o que é meu — Dizendo aquilo, esfregou o meu lábio com o polegar, como fez outra vez — Posso e vou assustá-la, mas nunca machucá-la intencionalmente. Você se infiltrou sob mim, pequena raposa.

Soprou as palavras, falando as últimas duas de um jeito que não entendi, em outra língua.

Aquilo não deveria me acalmar, mas fez, e eu entrei no elevador com ele ainda com a mão sobre mim, deixando uma queimação no lugar.

Quando Henry precisou colocar um código para subirmos para o seu andar, eu sabia que não iria encontrar algo simples. Quer dizer, de simples aquele prédio não tinha nada, contudo quando as portas se abriram e meus olhos dobraram de tamanho, controlei-me para não deixar a boca escancarar.

Era uma puta cobertura.

Com noventa por cento das paredes de vidro, nos permitia ver a chuva que caia lá fora, só que em uma bolha elegante e quente.

Virei minha cabeça para ele, que mantinha as orbes prateadas em mim, estudando-me e parecendo quase fascinado.

— O que foi? — questionei baixinho, desviando e me afastando, avançando para o inteiror.

Henry não me respondeu e continuou atrás de mim, com o olhar ardendo em minhas costas.

Eu não queira parecer boba e idiota, mas o sofá branco e grande apatentava ser bastante confortável. Detrás dele dispunha uma mesa enorme de oito cadeiras, perto da parede envidraçada. Porra, um jantar ali, sendo agraciada pela vista linda do céu, e de um park não muito longe, deveria ser incrível.

Tudo muito espaçoso, mas com poucos móveis, sendo esses a mesa, o sofá e uma estante enorme cheia de bebidas. Não tinha TV, ou se possuía, não estava a vista. Não tinha estante para livros ou uma mesa de computador.

Levantei a cabeça para o andar de cima, o cômodo ficava suspenso sobre a mesa de jantar, mas quem estivesse naquela parede próximo a porta onde eu estava, tinha o privilégio de ver tudo.

Avancei mais um pouco e notei a cozinha adjacente, sendo separada por uma ilha exageradamente grande com sua superfície de madeira polida.

Tudo muito bonito. Mas nada a cara dele. Eu não imaginei como poderia ser o lugar em que Henry morava, mas com certeza se eu ainda tivesse chance de imaginar, aquilo estaria longe da possibilidade.

Fiquei tão concentrada que sobressaltei com suas mãos nos meus braços, chamando minha atenção para si.

— Está tremendo. — Falou — Vou pegar algo pra você vestir, ficar quente e confortável.

Como se para comprovar o que ele falou, meu corpo estremeceu e meus lábios começaram a balançar.

— Tudo bem.

Dito aquilo, deu as costas e subiu a escada  que ficava próxima ao sofá. Eu acompanhei sua figura alta e imponente até que desaparecesse no andar de cima.

Então aproximei-me do vidro e, olhando para baixo, me dei conta do quão alto estávamos. Eu me encontrava tão longe das pessoas presas na chuva e tão perto daquele homem que eu não tinha noção do que queria de verdade.

"Quero você" Sua voz voltou na minha cabeça.

Pisquei lentamente.

Soprando, serpenteei o local com o olhar. Henry tendo subido me deu um pouco de senso e para que eu pensasse com clareza.

Mesmo que eu estivesse ali, não precisava ficar com as mãos vazias, a mercê de algo desconhecido. Portanto, mirando o bar, algo brilhou para mim e eu marchei, segurando a barra molhada da saia no caminho.

Alguns passos depois eu estiquei o braço e agarrei o abridor em minhas mãos, mas antes que eu pudesse escondê-lo, o objeto foi arrancado com brutalidade e atirado longe.

Virei-me assustada e dei de cara com ele em cima de mim, bufando pesadamente, com os olhos escuros, demonstrando irritação. Mas um sorriso irritado pintada seu seu rosto.

Quando ele desceu se eu sequer ouvi?

— Você é bastante teimosa. — trovejou e empurrou algumas roupas nas minhas mãos. — Va se trocar, não quero que adoeça. — mandou.


Comentem bastante, ❥❥

Eu avisei, mas vou deixar essa notinha aqui: Tenho um canal no whatsapp que eu coloco spoilers, processo de escrita do capítulo e fotos dos personagens. Quem quiser, me segue no insta e fala no direct que sempre vou ta colocando o link no stories pra vcs.

@vromanceplus

Ah, quem gostou da capa nova?












































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