Super Hero family

By Darkpower74

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Um mundo onde cada vez mais os conflitos entre heróis e vilões estão aumentando, no meio de toda essa confusã... More

PERSONAGENS
Capítulo 1:Marcas da violência.
Capítulo 3:O quarto vazio.

Capítulo 2:Conflitos passados!

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By Darkpower74

-Charles a sed está sendo invadida, nós precisamos da sua ajuda agora!

Evelyn falou entrando no quarto com um certo desespero e até mesmo temor na voz, não era segredo pra ninguém que os super vilões independente de serem poderosos ou não sempre acabavam se dando mal, Charles então perguntou confuso enquanto tirava o chapéu de festa da cabeça.

-Como assim? Invadida por quem ?

-Aqueles parasitas da bondade conseguiram a localização da nossa sed, como eu não sei, mas eu suspeito que tenha alguns traidor infiltrado entre nós, eu tenho até pena quando eu colocar as minhas mãos nele ele vai se arrepender pelo resto da sua miserável vida, mas isso é assunto pra outra hora, agora vamos precisamos da sua ajuda!

Charles suspirou e olhou para Hillary, a menina não estava nem ligando para a conversa dos adultos, ela apenas comia o bolo de forma animada enquanto balançava as suas perninhas de um lado para o outro, e brincava ansiosamente com um piano colorido de bichinhos que ele tinha comprado pra ela.

-Meu amor o titio vai ter que sair mas já volta...

-Não! Você não pode me deixar aqui sozinha de novo! Você prometeu!

A menina falou indignada com a voz ameaçando a começar a tremer indicando que se ele continuasse cogitando a ideia de deixá-la sozinha ela iria começar a chorar, Charles coçou a cabeça tentando pensar no que fazer naquele momento, ele olhou pra Hillary e depois olhou pra Evelyn que falou o apressando.

-Charles vamos deixa essa pirralha aí, nós precisamos de você com urgência!

Ela também já estava ficando brava, Charles suspirou tomando uma decisão ele tinha certeza que iria se arrepender de tomar aquela decisão, mas naquele exato momento ele não conseguia ver outra opção,ele deixou o prato de bolo da menina ali e pegou ela no colo, mas antes que ele pudesse sair do quarto a menina falou choramingando enquanto estendia as suas mãozinhas para um canto e tentava descer do colo.

-Bebel! Bebel! Ela não pode ficar sozinha.

Ela já estava quase chorando, Charles nem pensou duas vezes a menina era apegada aquele brinquedo, cuidava daquilo igual filho, se tratava de uma boneca de pano que ele tinha dado de presente pra ela no seu aniversário de dois anos, desde então ela nunca largou levava ele pra tudo que é lado, ela tinha cabelos loiros e um vestidinho rosa.

-Eu mereço, vamos que eu não tenho o dia todo! Você fica aí fazendo todas as vontades dessa fedelha.

Evelyn falou de uma forma insensível enquanto apressava Charles, o homem de cabelos escuros se apressou em pegar a boneca da menina que estava em cima da cama, e depois saiu com ela no colo, assim que viu a cena Evelyn não se compadeceu nehum pouco, parecia que ela não sentia nehum tip de sentimento materno pela garotinha, era como se fosse uma criança qualquer.

-Mamãe eu estou com medo.

Hillary falou enquanto tentava estender os bracinhos para ir para o colo de Evelyn, mas Charles sabendo como a mulher era e com receio que ela acabasse fazendo alguma coisa contra a pobre criança, apenas a reprimiu e a fez abaixar os braços, já Evelyn falou olhando com frieza nos olhos da própria filha.

-Eu já te falou que não é pra me chamar de mãe,você só foi um erro na minha vida, esquece que eu existo por que se eu pudesse nunca mais olhava pra você.

A menina se encolheu ainda mais no colo de Charles e iniciou um chorinho baixo, não era a dor nem nada do tipo, mas sim o quanto foi doloroso pra ela ouvir aquilo da própria mãe, era de se esperar aquela mulher sempre foi fria como gelo, e vendo como ela tratava a menina Charles ficava com mais raiva ainda.

Assim que eles chegaram perto do salão principal onde estava acontecendo a luta, eles já conseguiram ver e ouvir vários vilões e heróis brigando, Charles não tinha muito tempo então se abaixou atrás de uma espécie de mesa com um vaso caríssimo em cima que provavelmente havia sido fruto de roubo.

-Fica aqui nena, e não sai e nem faz nehum tipo de barulho,o titio promete que já volta.

Ele falou com uma certa urgência enquanto colocava a menina sentada no cantinho da parede com a sua bonequinha em mãos, antes que ele pudesse sair e dar início aquela batalha ele foi surpreendido pela voz doce da menina que perguntou de uma forma triste.

-Titio eu estou de castigo? O que eu fiz de errado ?

Charles poderia facilmente morrer de amores por aquela menina, ele sempre ficava admirado com a inocência dela, ao contrário de Evelyn que não estava nem ligando pra criança e falou enquanto continuava apressando Charles.

-Charles se você não deixar essa pirralha aí e vinher agora, quando isso tudo terminar eu vou levar ela pra um orfanato ou então vou fazer sabão.

Ela falou olhando diretamente para a menina para dar medo, o que funcionou pois Hillary já tinha medo de Evelyn sem ela tentar imagine quando ela estava disposta a assusta-la, então nem se fala, Charles então falou enquanto se abaixava para explicar bem por cima o que estava acontecendo.

-Não,você não esta de castigo, eu só quero que você fique aqui por que é mais seguro pra você, tem pessoas más lá fora e elas podem querer de machucar, não sai daqui eu prometo que eu volto.

Ele deu um beijo na bochecha dela, deu uma última olhada temendo que ele não conseguisse voltar pra ver a menina, mas ele levava como motivação para lutar o fato que ela não tinha ninguém, nunca em vários anos que ele estava na sed havia tido uma batalha tão grande entre heróis e vilões,e não era atoa quando finalmente os heróis descobriram a localização da sed, aconteceu de no mesmo momento estarem reunidos ali os vilões mais poderosos, perigosos e da pior espécie.

Hillary fechou os olhinhos e abraçou a sua boneca como se sua vida dependesse daquilo, ela estava atrás de algum tipo de proteção mesmo que seja emocional, ela deixava as lágrimas escorrerem livremente pelo rosto, todos aqueles gritos e barulhos altos só estavam a deixando ainda mais com medo, eram cenas fortes demais para uma criança ver, ainda mais uma tão pequena, Charles tinha prometido que iria protegê-la e nunca mais iria deixá-la sozinha, mas ele mentiu e quebrou a promessa.

Na enorme sala estava havendo uma enorme luta entre heróis e vilões, muito barulhos,disparo de armas perigosos, fogo, objetos voando, socos,chutes, gritos e muito sangue, estava um verdadeiro caos, praticamente uma guerra entre os maiores heróis e vilões aquele provavelmente seria o maior conflito do ano, até mesmo por que todos os vilões estavam juntos e era bem mais difícil lidar com todos eles quando se uniam do que quando estavam separados competindo entre si e tentando se matar.

Estava sendo praticamente um herói conta três vilões, estava um número completamente desproporcional,mas os heróis também eram bem fortes e aquilo favorecia o lado deles, no momento Charles havia começado a luta e tinha ido direto confrontar um dos heróis que estavam indo para cima de Connor, o nome dele era Brayden.

Charles e Brayden eram amigos de infância, melhores amigos para ser exatos eles eram inseparáveis, haviam sido criados praticamente juntos os pais deles eram melhores amigos, só que a alguns anos Charles brigou com a família e acabou se afastando, isso fez com que a amizade dele com Brayden acabasse, e devido a isso ele acabou se revoltando e se tornou um super vilão.

Ele era o mais falado no mundo dos heróis, mas não por ser mal ou causar muitos problemas como os outros, mas sim por que ele era um deles, Charles era um adolescente rebelde como qualquer outro, mas sempre se destacou em todo lugar por seu coração bom e principalmente a sua enorme vontade de ajudar os outros.

Charles não era ruim ele apenas se juntou a liga de vilões em busca de proteção, já que ele não poderia contar nem com a própria família, naquele momento os dois começaram a entrar em uma luta corporal, Brayden tinha um porte físico consideravelmente melhor que Charles, mas isso era graças a anos de treinamento trabalhando na liga de heróis.

A briga estava bem tensa em um momento de descuido de Charles, Brayden acertou um soco ao lado da boca dele e foi pra cima o derrubando no chão, enquando Charles tentava se soltar com certa urgência, Brayden falou o imobilizado e tentando se controlar para não acertá-lo mais vezes.

-Nós dois costumávamos sermos amigos inseparáveis, praticamente irmãos, você se deixou levar por uma simples paixão adolescente, você deixou isso acabar com a amizade que demoramos anos pra construir.

Charles tentava manter sua expressão endurecida, tentando convencer Brayden da máscara de vilão que ele havia colocado ao decorrer dos anos, por mais que não parecesse Charles tinha um ótimo porte físico e gostava de treinar bastante, então não demorou muito pra ele conseguir se livrar do agarre de Brayden e trocar de posição com ele, ele foi pra cima e também acertou um soco só que dessa vez foi no olho de Brayden.

-Brayden você não tem o direito de opnar ou tentar intervir na minha vida, você não sabe o que eu passei, eu não sou mais um adolescente que não sabe o que faz, agora eu já sou adulto e sei tomar as minhas próprias decisões sozinhas,mesmo que elas tenham me levado para caminhos sombrios.

Brayden conseguiu se soltar do agarre de Charles e rapidamente se levantou para não correr o risco de ser acertado por outro golpe, e ele também não queria machucar o seu ex amigo tendo que se defender, Charles com medo de também levar outro golpe fez o mesmo e rapidamente se levantou,Brayden então falou enquanto confrontava o amigo com um olhar decepcionado.

-Sinceramente Charles eu não sei como você conseguiu ser tão tolo a ponto de cair no papo furado daquela mulher, você acha que valeu a pena abrir mão da sua vida por ela ?

Charles perguntou olhando para o amigo com toda a sinceridade em consideração a amizade que eles construíram durante anos, o som da briga e dos socos que aconteciam naquela sala devido a batalha tornava aquele confronto ainda pior, visto que os dois amigos não se confrontavam apenas fisicamente mas também emocionalmente.

-Não fala do que você não sabe, você não tem nehum direito de me julgar...

Brayden percebeu a fala de Charles vacilando, ele aproveitou o momento de fraqueza para atacar e acertar um golpe certeiro em um dos olhos de Charles que imediatamente levou a mão pro lugar da pancada, o soco havia sido tão forte que quase o derrubou no chão mas não demorou pra ele se reerguer.

Charles parecia estar com a raiva borbulhando dentro de si, e tentava a todo custo acertar Brayden que era rápido em se esquivar e desviar dos golpes, ele então falou enquanto olhava diretamente nos olhos se Charles.

-Charles você diz que já e adulto e sabe tomar as suas próprias decisões sozinho mas isso não é verdade e está bem longe de ser, você não deveria ter brigado com a sua própria família e com os seus amigos por causa de uma paixão idiota do passado,ela nunca se importou com você e não está nem aqui agora, ela te traiu com quem dizia ser seu amigo.

Brayden não estava poupando as palavras, ele estava falando todas as verdades que Charles já estava precisando ouvir a muito tempo, ele estava precisando de uma grande chacoalhada para ver se acordava pra vida,ele havia tocado em uma ferida ainda aberta de Charles.

O que aconteceu em seguida foi muito rápido, Charles não gostou de ouvir aquilo e nem estava disposta a ouvir calado e ainda deixar barato, ele agarrou Brayden pelo colocarinho da camisa e o empurrou contra a parede mas sem soltá-lo,e falou de uma forma raivosa mas também bem magoada perto do rosto dele.

-Nós dois sabemos muito bem que não estamos aqui pra falar desse assuntos pessoais, e outra eu não te dei esse direito e nem temos mais essa liberdade pra falar um da vida do outro.

Brayden conhecia Charles a tempo suficiente pra saber que aquela era a voz trêmula dele, ele estava conseguindo mostrar algum ponto ao amigo,por alguns instantes ele conseguiu ver o olhar do mesmo Charles que ele conheceu a anos atrás, o Charles que lutava pelo que era bem e o que era certo, que não deixava ninguém manipular a ponto de fazer ele cometer algum crime.

Ele ainda sentia o mesmo sentimento por Charles, o seu melhor amigo, ele aproveitou da fraqueza de Charles e aproveitou para se soltar daquele agarre,e em seguida falou enquanto ajeitava a sua postura.

-Você acha que é forte o suficiente para seguir esse caminho sozinho, você acha que não precisa de ninguém ao seu lado, nem de amigos,nem família,mas como seu irmão eu te digo que você está errado Charles,todos nós precisamos de apoio,de amigos,de família,ninguém é feliz sozinho,eu vou encerrar isso por aqui,estão todos muito ocupados pra notar que um dos vilões fugiu,mas eu só vou fazer isso em consideração a nossa amizade que durou anos,e por que eu sei que você não é uma má pessoa...

-Eu não preciso de liçãozinha de moral e nem de sermões Braydon, eu sei o que fazer.

Charles falou interrompendo o amigo com o seu rosto contraido agora a dor do soco que ele havia levado de Brayden estava começando a aparecer, Brayden também sabia que no fundo aquele jeito de Charles era só marra,ele conhecia o amigo a tempo o suficiente para saber que ele só queria se livrar daquele assunto de uma vez por todas,por que no fundo ele sabia que a decisão que havia tomado a anos atrás havia sido completamente precipitada e errada.

-Quero que você saiba que mesmo depois de tanto tempo os meus sentimentos e pensamentos em relação a você não mudaram nehum pouco, você era o melhor do nosso grupo,o mais inteligente,mais forte, o que mais se destacava entre nós, eu me inspirava todos os dias em você, eu acordava e treinava cedo todos os dias só pra ser um pouquinho do que você era,e saiba que independente do tempo que passou, ainda dá tempo de se arrepender e fazer o que é certo, se entregue e assuma a consequência pelos seus erros, pode ter certeza que todos irão te aceitar de volta, principalmente o seu pai e o seu irmão que mesmo depois de tanto tempo ainda sentem muito a sua falta.

A expressão de Charles se contraiu por alguns instantes ao ouvir as verdades duras de serem ouvidas que Brayden havia o falado, ele não sabia da parte que ele se inspirava nele, Charles tinha uma mistura de dor e arrependimento dentro de seus olhos embora não quisesse demonstrar isso, ele então falou tentar se fingir de durão e que aquelas palavras não teriam o afetado nehum pouco.

-Eu já disse e repito eu sei o que eu estou fazendo da minha vida.

-Você pode fingir que está tudo bem, Charles,mas lá no fundo você sabe que precisa confrontar os seus erros e assumir suas responsabilidades, por que ninguém vai fazer isso por você, e quanto mais você tentar fugir mais isso vai te perseguir, eu sei que você sente falta da sua antiga vida,e só se arrepender e voltar pro nosso lado, por que ainda há tempo de mudar.

Brayden falou enquanto se afastava voltando a luta com os outros vilões e deixando Charles sozinho com os seus pensamentos conturbados,ele olhou em volta o caos que aquele lugar estava, no fundo ele sabia que Brayden estava certo, ele se perguntava como seria a sua vida se aquilo não tivesse acontecido.

Mas ele não podia mudar o que já aconteceu, ele pensava em Hillary o que seria da menina crescendo no meio daqueles super vilões, ela com certeza se daria muito melhor no mundo dos heróis, lá não teria ninguém que fosse capaz de fazer mal a menina, pelo menos era isso que ele esperava.

Talvez ainda ouvisse esperança pra ele, mesmo depois daquele mundo sombrio que ele havia entrado,com aquele pensamento ele deu uma última olhada para o canto em que a menina estava, ele sabia que mais cedo ou mais tarde ela seria encontrada, e se ele fosse covarde o suficiente e não tivesse coragem de tomar a decisão certa, pelo menos ela sabia que tinha feito a diferença na vida da menina e ela teria um futuro melhor...




Após ter deixado Charles sozinho, Brayden esperou um pouco e logo viu que ele tinha fugido, ele suspirou de uma forma cansada, ele só queria que o amigo se arrependesse de que fez e voltasse para o lado certo enquanto ainda há tempo, mas ele não podia obrigá-lo e nem tomar as decisões por ele, a escolha era unicamente de Charles, ele fez a melhor coisa que poderia fazer no momento, se concentrar na luta e capturar o maior número de vilões que conseguisse.

Ele percebeu que o seu parceiro Steve estava precisando de ajuda pois tinham dois vilões em cima dele, com certeza não era uma batalha justa, ele agarrou um deles que era Connor pelo colarinho da camisa e o afastou do amigo, iniciando uma luta corporal e deixando Steve para se virar com o outro que havia ficado, agora sim aquela luta estava equilibrada.

-Olha só Connor, finalmente eu te encontrei e agora podemos resolver nossas pendências cara a cara, eu estava esperando por esse momento.

Brayden falou enquanto tentava acertar um soco na cara de Connor,mas ele não conseguiu pois Connor se esquivou e tentou fazer o mesmo enquanto falava para Brayden, que era rápido e ágil na hora de se defender.

-Quanto tempo Brayden, por que você não senta e nós podemos tomar um gole de vodka enquanto colocamos o assunto em dia, você não sabe com quem está lidando, eu sou muito mais poderoso do que você imagina.

Connor falou enquando lançava uma bola de fogo na direção de Brayden que se defendeu com o seu escudo, Brayden também tinha um super poder ele conseguia fazer com que as coisas ao seu redor se movesse apenas com a força da sua mente, e foi isso que ele fez, ele usou seu poder para contra-atacar e usou algumas coisas ao seu redor para lançar na direção de Connor.

-Seus truques sujos não vão funcionar comigo Connor, finalmente chegou a hora do acerto de contas e você pagar pelo seu crime.

Brayden falou enquanto finalmente conseguiu acertar um soco forte já boca de Connor com que fez imediatamente o sangue começar a brotar no local em que ocorreu o corte,Connor levou uma das mãos para o lábio e olhou o sangue jorrando, em seguida ele falou olhando para Brayden com um sorriso malicioso.

-Crimes ? Você não entende nada sobre a vida Brayden, tudo o que eu fiz foi pra alcançar os meus objetivos malignos, você não sabe o que realmente é bom, a sensação de todos temerem apenas em ouvirem o seu nome.

Connor avançou na direção de Brayden e começou a lançar várias bolas de fogo uma atrás da outra, mas Brayden era rápido em se defender com seu escudo de maneira ágil,ele estava contra-atacando fazendo as bolas de fogo voltarem na direção de Connor, uma dessas bolas acabou acertando Connor e o empurrando para trás, que com sua vez, respondeu com uma explosão de energia que fez o chão inteiro tremer, devido aquela forte explosão a mesa em que Hillary estava próximo acabou caindo por cima de Hillary fazendo um barulho estrondoso.

Imediatamente a menina começou a chorar dessa vez o choro foi um pouco mais alto sendo capaz de chamar a atenção de todos ali, Brayden se amaldiçoou por não ter percebido o que estava acontecendo antes, ele olhou ao seu redor e percebeu que Steve já tinha capturado o vilão e agora estava apenas vigiando os que estavam amarrados para não fugirem, ele então gritou para ele.

-STEVE! CUIDA DO CONNOR NÃO DEIXA ELE ESCAPAR DESSA VEZ!

Dito isso Steve começo a enfrentar Connor com uma certa habilidade, e Brayden correu o mais rápido que conseguiu para ver se a menina estava bem, ele levantou a mesa de cima dela e viu que provavelmente havia acertado a cabeça dela pois estava sangrando e ela parecia estar um pouco atordoada.

-Aí minha cabeça...

Ela colocou uma de suas mãozinhas no lugar no corte com uma certa dificuldade, quando ela encostou sentiu a dor e começou a chorar, Brayden então falou enquanto encostava levemente no braço dela para não assusta-la ainda mais.

-Isso não deveria ter acontecido, eu não vi você aí me desculpe, como você está se sentindo?

A menina tomou a iniciativa e se levantou de maneira devagar enquanto gemia sentindo o seu corpo e sua cabeça doerem um pouco, mas ela conseguiu se sentar e mecher os braços sem muita dificuldade, aquilo era bom pois significava que aparentemente ela não tinha quebrado nehum osso.

-Minha cabeça tá dódoi!

A menina falou enquanto choramingava, Brayden se amaldiçoou mentalmente por não ter notado a presença da menina ali antes, Brayden pegou a menina no colo com cuidado para não correr o risco dela se assustar ainda mais e nem se machucar, Hillary perguntou com um pouco de medo e até mesmo confusão na voz.

-O que está acontecendo? Cadê o titio ?

Brayden não sabia ao certo de quem ela estava se referindo, mas ele pensou que provavelmente deveria ser algum dos vilões, ele respirou fundo sem saber o que falar até mesmo por que ele era um estranho, ela era tão pequenininha e parecia um bichinho assustado, ele então falou enquanto levava ela um pouco mais para trás.

-São problemas de adultos, eu sei que você está com medo, mas fica aqui protegendo a sua bonequinha que daqui a pouco eu volto pra te buscar, não sai daqui ok ?

Ele falou olhando nos olhos azuis da menina, ela estava com os olhinhos lacrimejando e tremendo de medo ela balançou a cabeça que sim, e em seguida Brayden saiu deixando Hillary a sós encolhidinha e abraçada com a sua bonequinha e com o seu chapéuzinho de festa na cabeça.

Brayden foi rápido em voltar para ajudar Steve a lidar com Connor, porém quando ele chegou Steve já havia conseguido conter Connor e estava o algemado com uma algema que bloqueava os seus poderes, como Connor era perigoso e eles não queriam correr o risco de deixar ele fugir, prenderam algemas em seus pulsos e em suas pernas.

-Leve ele até a prisão, eu vou ajudar os outros a vasculhar o perímetro pra ver senão tem alguém escondido.

Steve falou enquando jogava Connor de uma forma brusca para Brayden que pegou em seu braço com um certo aperto e sem nehum tipo de cuidado, pois ele não merecia, Brayden então falou olhando para Steve.

-Nem uma garotinha escondida perto do vaso que caiu no chão e quebrou, ela deve estar assustada, leve ela pro hospital pois na confusão ela acabou se machucando.

-Pelo visto você já conheceu aquela fedelha, ela é a protegidinha do Charles, ela é minha filha.

Connor falou com um sorriso malicioso nos lábios que estavam sangrando enquanto se referia a menina, não era segredo pra ninguém que ele não gostava dela, e que iria fazer de tudo pra tentar arruinar a vida de Charles e da menina, Brayden e Steve se olharam e Brayden falou enquanto empurrava Connor pra frente para ele começar a andar.

-Nem parece que um serzinho que aparenta ter tanta luz possa ser sua filha, mas se depender de mim aquela pobre criança vai esquecer pra sempre do lixo que se dizia pai dela, agora anda vamos.

-Vai ter vingança! Eu vou voltar!

Connor falou de maneira dramática enquanto era praticamente arrastado por Brayden para fora da sede, Steve olhou em volta e a guerra tinha praticamente acabado, todos os vilões que estavam ali já estavam sendo algemados e levados pra fora, se eles tinham conseguido capturar o líder os outros não haviam sido difícil.

Steve respirou fundo e foi direto atrás da menina que Brayden disse que estava escondida, ele olhou pelo corredor a procura dela e nenhum sinal, ele já estava achando que ela deveria ter fugido, porém ele andou um pouco mais para frente e se surpreendeu com a cena que viu.

Uma menina pequena que aparentava ter uns três ou quatro anos estava encolhidinha em um canto igual a um pacotinho,ela estava abraçada com uma boneca de pano e com um chapéuzinho de aniversário na cabeça, ele se abaixou a altura dela e falou com uma voz calma.

-Vem, eu vou te levar pra um lugar seguro, vamos pro hospital você precisa cuidar desse corte.

Ele falou de uma forma até mesmo fria visto que ele estava falando com um bebê praticamente, ele esperava uma criança que só usava preto e que era até um pouco sombria, mas não era uma menina com um vestido rosa delicado e com uma boneca, os cabelos loiros, olhos azuis e uma bochechas fofas, ela parecia um verdadeira anjinho.

Mas a aparência dela não foi suficiente para tranquilizar Steve, pois no decorrer da sua vida o que ele mais viu foi super vilões que só tinham carinha de inocente porque de bons não tinham nada, ainda mais de quem ela era filha se ela fosse uma pestinha ele não iria se surpreender nehum pouco.

Uma vez apareceu uma criança na sede de heróis, eles a acolheram parecia um anjinho só que depois ela abriu as garras e descobriram que ela era uma espiã da liga de vilões, e estava lá dentro apenas para descobrir o que estava acontecendo e passar as informações, desde aquele dia praticamente todos os heróis haviam ficado em alerta.

-Aqui vem.

Ele falou enquanto abria os braços e nem deu tempo da menina assimilar o que estava acontecendo para confiar nele e aceitar o colo, ele simplesmente a pegou no colo enquanto a menina abraçava de uma maneira forte a boneca em busca de algum tipo de proteção, ela nem confiou o suficiente para deixar a cabeça no ombro de Steve.

Com a menina em seu colo ele voltou para o salão principal da sede de vilões, onde a parede de entrada estava quebrado devido a toda aquela briga e também pelo fato deles terem precisado arrombar para entrar, quando ele voltou um dos vilões que ainda estava lá arqueou uma das sombrancelhas e perguntou se referindo a menina.

-E ela ?

-Ela é filha do Connor, ela está machucada aparentemente levou um corte na cabeça e ainda está sangrando, pouco mas está, então eu vou levar ela pro super hospital Moonreach.

Ele falou se referindo ao maior e mais famoso hospital de super heróis do mundo, a cidade de Moonreach era reconhecido pela sua quantidade e capacidade dos super-heróis, sendo eles os mais poderosos do mundo, o outro herói falou enquanto se afastava dali.

-Você sabe como são as leis no super hospital, parece que teve um acidente envolvendo um ônibus de crianças que estavam em uma excursão, o hospital está cheio e um verdadeira caos então provavelmente eles vão dar prioridade pros filhos de heróis.

-Eu sei mas de todo jeito eu vou levar ela pra lá, eles vão saber o que fazer.

Em seguida ele saiu dali e foi direto para o seu carro que estava estacionado a apenas duas quadras dali para não chamar mais atenção do que deveria, já estava praticamente no fim da tarde e o sol já estava se pondo, tornando uma luz avermelhada e até mesmo alaranjada,o peso daquele dia já estava caindo sobre ele,Hillary ainda estava um pouco assustada e perguntou sentindo dor enquanto começava a chorar.

-Dói...minha cabeça tá dódoi.

Steve não tinha sangue de barata, por mais que ele tivesse pé atrás com a menina achando que ela pudesse ser perigosa, não iria deixar uma criança chorando com dor e assustada, até mesmo por que se ele fizesse isso ele iria descer ao nível dos super-vilões e se igualar a eles, talvez o tornando ainda pior.

-Eu sei, eu sei,estamos indo para o hospital agora mesmo,vai ficar tudo bem, você estava com muito medo lá dentro?

Ele falou de uma forma carinhosa e calma enquanto a ajeitava em seu colo, ele perguntou tentando tirar a atenção dela da dor e mudando de assunto, a menina então falou enquanto soluçava por causa do choro sentido.

-Sim eu estava...eu nunca vi nada assim antes...foi muito assustador.

Steve entendia perfeitamente, por mais que ela morasse com os vilões ela provavelmente nunca deveria ter visto uma cena tão forte e agressiva como aquela, ela era praticamente só um bebê e deveria estar muito assustada ainda, ele então falou enquanto abria a porta de trás do carro.

-Deve ter sido uma experiência terrível para você, ninguém deveria passar por isso, ainda mais uma criança tão pequena,mas você foi muito corajosa.

Brayden colocou ela sentada com cuidado no banco de trás, e percebeu que ela fez uma leve careta e o choro se intensificou, ele não entendeu nada então supôs que deveria ser por causa do medo ou da dor de cabeça, ele então falou apontando para a boneca dela.

-Faz o seguinte abraça a sua amiguinha, ela está te fazendo companhia e te protegendo, eu prometo que ninguém vai te machucar ou fazer algum mal a você no hospital.

-Você é um herói de verdade ? Igual aos desenhos ?

A menina perguntou enquanto olhava pra ele com os olhinhos brilhando em curiosidade e abraçava a sua bonequinha, Steve deu um sorriso leve achando ela uma fofa, ele entendia que devido ao lugar que ela morava e as pessoas que conviviam com ela, era natural que ela nunca tivesse visto um super-herói na vida.

-Sim eu sou um super herói igual aos desenhos animados, e olha só que legal eu consigo fazer a sua bonequinha se mecher.

Ele falou enquanto fazia a boneca levitar dos braços dela e flutuar no ar com o poder da sua mente, e fez até a boneca acenar com a mão,os olhinhos de Hillary brilharam e pela primeira vez ela deu um sorriso sincero completamente encantada, achando aquilo a melhor coisa do mundo, ela então falou colocando as mãozinhas na boca espantada.

-Que incrível! Então você é bonzinho né?

-Alguém tem que ser né? Mas agora chega de enrolar e vamos para o hospital para cuidar dessa sua cabecinha.

Ele falou enquanto fazia carinho nos cabelos dela de uma forma delicada para não piorar a dor de cabeça que ela deveria estar sentindo, parou de mover a boneca com a mente e a devolveu para a menina que abraçou, ele fechou a porta do carro e depois entrou dando partida no carro e saindo dali.

O caminho foi silencioso até o momento, Hillary já estava com uma carinha bem melhor não estava tão assustada, mas as suas bochechas estavam bem avermelhadas por conta do choro, ela era branquinha então qualquer coisa fazia a cor de sua pele mudar,ela estava um pouco mais calma e olhou para Steve com uma certa admiração.

No começo ela ficou com um pouco de medo de Steve pois achou que ele fosse igual a maioria dos super-vilões que a tratavam super mal, mas depois ela viu que ele era muito legal, as palavras calmas de Steve haviam trazido um pouco de conforto para ela naquele final de tarde turbulenta, Hillary então falou olhando pra ele com um sorriso sincero e doce que só crianças tinham.

-Você é muito legal, o primeiro super-herói que eu conheci, eu prometo que nunca vou te esquecer.

-Eu também prometo não me esquecer de você pequena guerreira,você me lembra que,não importa o quão difícil a luta,sempre há algo pelo que vale a pena lutar.

Depois daquele diálogo e de olhar os olhinhos brilhantes da menina e o sorriso doce que ela tinha através do retrovisor do carro, Steve podia ter quase a certeza de que ela era totalmente diferente do pai ou pelo menos aparentava ser, até o momento ela se mostrava ser uma criança alegre, inocente e doce assim como as outras.

O resto do caminho até o hospital foi silencioso, Hillary falava alguma coisa na língua de bebês e poucas palavras era as que realmente Steve conseguia entender, ele se perguntava por que as crianças pareciam ter a sua própria língua, quando ele finalmente chegou na frente do hospital percebeu que estava muito mais movimentado que o normal, vários carros e ambulâncias estacionadas, ele olhou para o hospital depois olhou para a menina inocente no banco de trás, e respirou fundo sabendo que ele tinha que levar ela pra lá, era o certo a se fazer...

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