O território de um Alfa não era apenas o lugar que lhe pertencia, mas sim o seu santuário. Onde o seu ninho se localizava, onde levaria o seu Ômega e teria os seus filhotes, era muito mais que apenas um lugar. Acontece que Alfas são extremamente territoriais com seu ninho, exatamente por isso era de extremo perigo uma invasão ao mesmo, ou até mesmo uma fuga. O Ômega choramigou ao dar dois passos, fazendo o Lúpus se mover em sua cama, rosnando.
O loiro parou em seu lugar e apertou os lábios, olhando por cima do ombro, suspirando aliviado ao ver que o moreno ainda estava dormindo. Jimin não era besta, sabia que assim que pisasse para fora do apartamento, o Lúpus sentiria sua falta. Por esse motivo, pegou algumas de suas roupas espalhadas pelo chão e esfregou em seu corpo, espalhando seu cheiro pela mesma e pelo quarto. Com extremo cuidado, a colocou sobre a cama e andou na ponta dos pés até o closet.
— droga, minhas pernas — choramigou Jimin baixinho, sentindo suas pernas ainda bambas.
Olhou ao redor, achando o que queria, a parte das camisas, escolhendo uma preta e uma calça de moletom cinza escura. Após esfregar a roupa por seu corpo – cuidando para que o cheiro do moreno cobrisse ainda mais o seu –, só então pegou um boné e uma máscara do moreno, se vestindo. Saiu na ponta dos pés do closet e garantiu que o moreno ainda estivesse dormindo, para sair do quarto com todo cuidado. Os sapatos nas mãos e o celular na outra mão, deixou a sala do apartamento, amaldiçoando o elevador ao fazer barulho.
E enquanto descia, tratou de colocar os seus sapatos, puxando o boné e a máscara para tampar o seu rosto ao passar pela recepção. Aproveitou algumas pessoas saindo do prédio para sair junto, desviando para o outro lado ao sair na rua, dando a mão para um táxi qualquer. E com o endereço do hotel na ponta de sua língua, pode finalmente olhar para trás e respirar aliviado. Seu coração batia desgovernado e seu lobo uivava descontente pela distância repentina do moreno.
— chegamos, senhor — avisou o taxista em seu inglês perfeito, olhando pelo retrovisor.
— obrigado, senhor — agradeceu Jimin olhando para o seu celular — será que poderia me esperar alguns minutos? — perguntou mordendo os lábios.
— se não for demorar muito — disse o Alfa, se virando para olhar para o Ômega no banco de trás.
— eu te pago os minutos gastos, é rapidinho, por favor! — pediu juntando as mãos em frente ao rosto, vendo o Alfa suspirar.
— certo, eu te espero — concordou o taxista e o Ômega disparou uma série de agradecimentos, antes de sair do táxi.
A subida até seu quarto de hotel foi rápida, as malas já estavam prontas e não demoraria para se arrumar. Então apenas entrou debaixo do chuveiro e tomou uma rápida chuveirada, se limpando de todo o excesso de fluídos sexuais da noite anterior, saindo do banheiro. Pegou uma calça skinny jeans preta qualquer e uma blusa também preta, vestiu uma jaqueta de couro preta por cima e trocou seus tênis por sapatos sociais de salto, colocando os óculos escuros por fim. Com tudo pronto e tudo organizado em sua mala de mão, puxou a outra de rodinha consigo para o elevador.
Ao chegar na rua, o motorista foi gentil em lhe ajudar a guardar a mala e então se dirigiu ao aeroporto. O pequeno pegou seu celular e mandou mensagem para Tae Min lhe agradecendo e lhe respondendo que estava bem, já que não o viu desde a quarta-feira a noite. Em seguida entrou na conversa com seu melhor amigo e lhe mandou uma mensagem.
"Estraguei tudo, estou voltando para a Coreia."
O pequeno guardou o celular ao avisar a rodoviária do aeroporto, voltando os óculos escuros para o rosto e pegou sua bolsa de mão. Assim que o carro parou, o Ômega abriu a porta e saiu, com ajuda do motorista pegou sua mala e a levou até a entrada em segurança. Então pagou o Alfa, que ficou assustado ao receber algumas notas altas demais, muito mais do que o valor gasto pela corrida.
— não precisa de troco, pode ficar para o senhor — agradeceu Jimin sorrindo educado para o Alfa, antes de se virar e entrar no terminal.
O Ômega arrastou sua mala até o balcão e entregou seu passaporte, informando sobre sua passagem reservada. A mulher fez a verificação e lhe entregou novamente os documentos e o passaporte, junto a passagem na classe executiva, com embarcação em quinze minutos. O pequeno se dirigiu para a sala de espera da classe executiva e se sentou, pegou seu celular e verificou se tinha alguma coisa, sorrindo ao ver a mensagem de seu amigo.
"Estou te esperando com um potão de sorvete de morango."
"Ps. Eu te amo."
A voz nos altos falantes avisou sobre a embarcação, fazendo o Ômega deixar seu celular no modo avião, antes de seguir para o embarque. Após acomodar tomo mundo em seus lugares, o Ômega olhou para a janela do avião e suspirou, seu lobo choramingando em seu peito. Estava deixando para trás o que achou que nunca achou que seria capaz de encontrar, a sua outra metade. As instruções foram dadas, os cintos foram passados e então alçaram vôo, de volta para a Coreia.
De volta para casa.
O moreno despertou em seu ninho, o som do seu celular o irritando conforme repetia e repetia, o fazendo rosnar. Os olhos vermelhos se abriram, suas narinas se dilataram em busca do cheiro do Ômega, o sentindo mediano. Empurrou a língua no interior de sua bochecha ao sentir a ausência do loiro na cama, onde deveria estar. O celular voltou a tocar, o fazendo pegar o mesmo com um rosnado e apertar entre seus dedos, o quebrando. Seus olhos desviaram para as roupas do menor substituindo o seu cheiro na cama, o fazendo abrir um sorriso irritado.
— Ômega — rosnou rouco pegando as peças e a puxando para seu nariz, inalando o cheiro profundamente.
Seu corpo inteiro reagiu ao cheiro, o fazendo esfregar as roupas em seu corpo, rosnando, seu lobo irritado. O corpo grande se levantou e em seguida se inclinou para frente, logo as imensas patas negras tocando o chão. Os olhos vermelhos e as orelhas negras se movendo, ao subir novamente no ninho, inalando o cheiro da lubrificação do pequeno em seus lençóis, o fazendo rosnar novamente. Seu cio estava chegando, queria o Ômega.
E não importa o que aconteça, o teria.
As portas do elevador se abriram e Nam Jun invadiu a sala de olhos arregalados e preocupado. Após ligar diversas vezes e ser ignorado pelo Lúpus, ligou para Seok Jin e o deixou maluco também, perguntando se tinha entrando em contato com Jeong Kuk. Agora estava os dois desesperados na sala do moreno, vendo algumas de suas roupas espalhadas.
— isso é culpa sua! — apontou Nam Jun seguindo pelo corredor, enquanto Jin ia atrás indignado.
— você sabe que ele precisa de um Ômega e sabe que ele escolheu o Jimin! — apontou Seok Jin parando atrás do mais alto em frente a porta do quarto do Lúpus.
— mas foi você que o drogou! — replicou Nam Jun pegando na maçaneta da porta, antes de Jin lhe impedir.
— não abre! — disse Jin alto, antes de tampar a boca — e se o Jimin estiver com ele aí? — perguntou baixinho mordendo o canto do lábio.
— e se ele não estiver? — perguntou Nam Jun de volta mantendo o tom ameno, levemente hesitante.
— mas e se ele estiver? — tornou a perguntar, e antes que Nam Jun pudesse o responder, ouviu um rosnado.
— posso ouvir vocês dois — rosnou o moreno, fazendo os dois darem um pulo para trás.
“vai você”, mandou Jin apontando para a porta.
“eu não, vai você ”, apontou Nam Jun de volta e Jin revirou os olhos, se assustando quando a porta se abriu de repente.
— Nam Jun, preciso que descubra algo para mim — disse Jeong Kuk se afastando da porta com uma toalha enrolada na cintura.
Os dois espiaram dentro do quarto, antes de ouvir um rosnado, os fazendo se afastar.
— o que você quer que eu descubra? — perguntou Nam Jun calmamente, mantendo distância.
Era evidente o cheiro do Ômega no ninho do Lúpus, não era uma boa ideia invadir sua privacidade agora, nem nunca, amém.
— encontre I Tae Min — ditou com os olhos sombrios e o Alfa abriu a boca, arregalando os olhos.
— onde está o Jimin? — perguntou Jin mordendo o lábio curioso, vendo os olhos do Lúpus desviar para si.
— é isso que eu vou descobrir — respondeu Jeong Kuk mostrando as presas, fazendo os outros dois se olharem.
Enquanto o Alfa e o Ômega voltou para a sala cumprindo a ordem, o Lúpus passou por entre as várias coisas no chão. Sempre que se transformava, acabava quebrando algumas coisas, afinal era um Lúpus puro. Entrou no closet e escolheu alguma coisa para se vestir, escolhendo uma calça social preta, uma blusa de manga longa creme com detalhes preto na parte superior. Empurrou as mangas para o seu cotovelo e colocou seus acessórios, mordendo os piercings em sua boca ao olhar no espelho. Seu lobo se remexeu dentro de si incomodado, queria pôr suas mãos no Ômega novamente.
E o teria de volta, não importa quem estivesse em seu caminho.
O hotel que o Alfa estava hospedado não era tão longe da Galeria, o que não demorou muito para chegar até lá. O moreno desceu de sua limosine, arrumou os óculos escuros e só então olhou para o topo do prédio. De onde estava já conseguia sentir o cheiro desagradável do Alfa, só de imaginar Jimin com o mesmo, já o deixava irritado. Nam Jun seguiu em sua frente lhe abrindo a porta e adiantando para o elevador, onde o esperou entrar para apertar o número do andar do Alfa.
Enquanto o Lúpus estava com as mãos nos bolsos e olhando para frente, Nam Jun estava orando em todas as línguas que sabia. Era uma ideia maluca vir até ali e confrontar o coitado do Alfa, era, mas já que estavam ali, que os céus tenha piedade do coitado. As portas do elevador se abriram e Nam Jun esperou que o Lúpus saísse, para que pudesse sair atrás. E então logo passou na frente no moreno novamente, o guiando até o quarto do Alfa, batendo na porta em seguida.
— Jeong Kuk, por favor — pediu Nam Jun em uma súplica, antes da porta se abrir para um Alfa de toalha e outra no ombro.
— Oh! — exclamou assustado, segurando a tolha e pegando a outra em seu ombro para cobrir seu peitoral.
— desculpe-nos pela interrupção — pediu Nam Jun sorrindo meio desajeitado, vendo o Alfa pasmo.
Depois de um tempo em um silêncio desconfortável, o Alfa deixou que os dois entrassem em seu quarto. O moreno se sentou em uma das poltronas dispostas no quarto, enquanto Nam Jun dava alguns sorrisos sem jeito, esperando que tudo ficasse sob controle.
— então... — disse Tae Min voltando do banheiro trocado — Senhor Jeon, algo de errado? — perguntou apertando os lábios, nunca esperaria o Lúpus em seu humilde quarto de hotel.
— vamos descobrir agora — respondeu Jeong Kuk arrumando a roupa, antes de olhar para o Alfa.
Na realidade, estava procurando sentir o cheiro do Ômega em algum lugar, mas não era nada muito forte, apenas o aroma de leve. Ainda assim, só de sentir o mínimo, já o deixava irritado e seu lobo agitado.
— é sobre as artes? — perguntou Tae Min apreensivo, estava com medo do moreno voltar atrás na decisão.
— onde está Jimin? — perguntou Jeong Kuk diretamente, fazendo o Alfa arregalar os olhos confusos.
— eu... — começou o Alfa desviando os olhos para o outro Alfa em pé, apertando os lábios — eu não sei, ele não falou comigo desde quarta à noite — completou.
— Não minta! — rosnou Jeong Kuk começando a perder a paciência, fazendo Nam Jun quase ter um treco.
— eu juro! — respondeu o Alfa começando a ficar ainda mais assustado, dessa vez por sua vida.
— se você estiver mentindo, eu vou saber — rosnou Jeong Kuk se levantando de seu lugar, fazendo o Alfa dar um passo atrás — eu acabo com você! — apontou sério.
Então o Alfa foi rápido em ir até a cabeceira da cama, agarrando o seu celular no carregador. Tinha como provar para o Lúpus que não teve nenhum contato com o Ômega, mordendo o lábio ao ver novas mensagens. Então abriu as mensagens e entregou o celular para Nam Jun, que mostrou para o Lúpus, enquanto o coitado do Tae Min limpava suas mãos na calça.
— ele mandou essas mensagens hoje de manhã — disse Tae Min apontando para o aparelho, tremendo ao ter os olhos escuros em si.
— o que é dele? — perguntou Nam Jun esperançoso, talvez fossem amigos.
Ou até primos distantes...
— ele é meu ex-namorado... — o Alfa respondeu rapidamente, fazendo o Lúpus franzir o cenho e Nam Jun bater na própria testa.
Agora lascou de vez!
— ligue para ele, Nam Jun — mandou Jeong Kuk se levantando, vendo o Alfa discar o número do menor.
Em todas as tentativas, deu fora de área, o que deixava o clima ainda mais tenso, para os outros dois Alfas no quarto. Se o Lúpus estava irritado com a relação que Jimin tinha com o Lúpus, agora estava mais inflamado ainda, no fim, só saíram depois que Nam Jun pegou o número do Ômega.
E o recado dado ao Alfa sobre se aproximar do Ômega...
O piloto deu o aviso sobre os cintos de segurança, pois estavam prestes a pousarem em solo coreano. Depois de uma longa viagem, os sentimentos bagunçados, seu coração sensível e seu lobo uivando em tristeza, estava louco para por seus pés no chão e estica-los. Assim que a aterrissagem aconteceu, o Ômega saiu pelos portões suspirando aliviado por poder andar. Esperou para poder pegar sua mala e só então saiu para o terminal, agradecendo aos céus ao ver seu melhor amigo pular acenando freneticamente para si.
— Jimin-ah! — gritou Tae Hyeong sorridente, o imenso sorriso quadrado aberto para o seu melhor amigo.
— Tae Hyeong-ah! — gritou Jimin correndo para os braços do outro Ômega, o abraçando forte.
Os melhores amigos cresceram juntos, sendo uma amizade desde a infância, sabiam e conheciam um ao outro como a palma de suas maos. E após a recepção calorosa, os dois andaram abraçados até o carro de Tae Hyeong, o ajudando a guardar a mala, antes de decidirem para onde ir.
— quer ir lá para casa hoje? — perguntou Tae Hyeong ligando o carro e saindo do estacionamento.
— eu acho que vou aceitar seu nobre convite — respondeu Jimin sorrindo forçado, com o cenho franzido.
Estava começando a cair a ficha de que estava na Coreia de volta, e não se preparando para ver o Lúpus novamente. Seu lobo se encolheu com o pensamento e choramigou, o fazendo respirar fundo e segurar o choro.
— não vou atrapalhar vocês? — perguntou Jimin mordendo o lábio, com medo de acabar sendo um incômodo.
— lógico que não, Ji, você nunca é um incômodo! — apontou Tae Hyeong quase se sentindo ofendido pelo pensamento do menor.
— obrigado, Tae Tae — agradeceu Jimin segurando a mão do amigo, suspirando novamente.
No restante do caminho, Jimin passou olhando para janela, as ruas passando e as pessoas em suas correrias do dia-a-dia. O Ômega acastanhado não disse nada também, preferiu deixar Jimin pensar um pouco e mais tarde conversaria com o mesmo sobre tudo. Não importa o que tenha acontecido nos Estados Unidos, apoiaria ou aconselharia o mais velho, era seu melhor amigo, então se importava de verdade com o mesmo, tendo que ser duro ou não.
Ao chegarem na casa do mais novo, os filhotes vieram rapidamente até a porta receber o Omma e o tio Chimmy. O loiro pegou os filhotes no colo e gargalhou brincando com seus adoráveis sobrinhos, os rodando no ar como costumava fazer desde quando nasceram.
— tio Chimmy, onde você estava? — perguntou Tae Ji seguindo o loiro para a cozinha.
— o tio estava em outro país — respondeu Jimin sentando na bancada da cozinha, vendo Tae Hyeong mexer na geladeira.
— então quer dizer que você viu um avião? — perguntou o filhote mais velho animado, vendo o loiro anuir sorrindo — Yuni-ah, o tio Chimmy viu um avião! — exclamou animadamente para o irmão mais novo.
— eles estão tão espertos! — disse Jimin sorrindo para onde os meninos foram correndo.
— eles estão crescendo tão rápido, meu Deus! — resmungou Tae Hyeong pegando o pote de sorvete de morango e duas colheres.
— chegamos! — gritou Hobi da porta da casa, antes da gritaria dos filhotes.
— não corram, vão se machucar! — avisou YunGi entrando na cozinha, sorrindo ao ver o loiro — Jimin! — exclamou.
— oi, Hyeong, tudo bem? — perguntou Jimin sorrindo pequeno para o Alfa, que lhe deixou um abraço apertado.
— bem melhor agora que está perto de meu esposo de novo, e em segurança — sorriu passando para o outro lado para beijar o esposo.
— Jimin! — exclamou Hobi aparecendo no corredor e abraçando o pequeno com força — achei que não ia voltar mais, fiquei chateado — resmungou, mesmo sorrindo pela brincadeira.
— e perder vocês dois mimando o meu melhor amigo de perto? — perguntou Jimin colocando a mão no peito e sorriu — nunca! — completou, fazendo os outros dois rirem e Tae Hyeong revirar os olhos.
— esse é momento em que o Jimin vai descansar e eu vou estar indisponível para vocês, meus amores — avisou Tae Hyeong passando para o lado de cá do balcão e segurando a mão de Jimin — me chamem só se não forem capazes de lidar com os filhotes de vocês, bye bye! — despediu mandando beijinhos, levando o loiro corado consigo.
— pode deixar, o que pode dá errado? — perguntou YunGi dando de ombros.
— os meninos porem fogo na casa e deixar nós dois loucos? — perguntou Hobi e sorriu — nada! — concordou, fazendo Yungi franzir o cenho, preocupado.
— você acha que não somos capazes de cuidar deles dois? — perguntou Yungi indo atrás do outro Alfa, preocupado.
— Appaaa! — gritou Yun Seok e Hobi apertou o seu ombro, negando com pesar em sua face.
— é aqui que nós dois oramos, meu querido esposo — disse Hobi sério, antes de subir as escadas indo em direção ao quarto dos filhotes.
Deixando o mais velho para trás, abalado.
O Ômega mais novo estava acariciando os fios loiros de seu melhor amigo deitado em seu colo, se lamentando. Após contar toda a história, o que sentiu e o que seu lobo estava sentindo em seu peito, poxa, estava triste.
— eu me apaixonei por ele, Tae — choramigou o loiro limpando o nariz escorrendo.
— você devia ter dito a ele — apontou Tae Hyeong é um tom suave, não queria machucar o amigo.
Nunca quis machucar Jimin, mas sempre se aconselharam com amor.
— eu não consegui dizer, eu não resisti — choramigou Jimin voltando a chorar, formando um biquinho ao sentir seu nariz entupido.
— se estiver grávido, vai falar com ele — disse Tae Hyeong sério, para não dar espaço para discussões.
— ele não vai me perdoar, Tae — resmungou o Ômega se levantando para olhar no rosto do mais novo, recebendo carinho em seus cabelos dourados.
— mas é o direito dele saber, se tiver um filhote — apontou Tae Hyeong, puxando o Ômega loiro para se deitar consigo na cama e o embrulhou.
O pequeno se encolheu nos braços do amigo e ficou ali, apenas o abraçando e se acalmando aos poucos. Seu sonho de ser Omma tinha virado tudo de cabeça para baixo, agora estava apaixonado por um Alfa que não se conheciam bem. E quando acabou adormecendo, foi desperto no meio da noite em um pesadelo, onde o Lúpus não o perdoava por ter o enganado e lhe tomava o filhote de seus braços, o seu tão sonhado filhote. Não conhecia Jeon Jeong Kuk realmente, mas sabia o temperamento de um puro, e o enganara, o ato podia ser usado contra si no tribunal. Uma briga judicial contra alguém poderoso como o Jeon, seria horrível.
E o Lúpus é poderoso o suficiente para vencer...
Roupa do Jimin.
Roupa do Jeong Kuk.
A escritora ainda não superou esse momento 🤭