INEFÁVEL - LUKE HOBBS

By n1k4rn

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inefável adjetivo de dois gêneros 1. que não se pode nomear ou descrever em razão de sua natureza, força, bel... More

INEFÁVEL
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By n1k4rn


—Se machucou em algum outro lugar? — Luke perguntou enquanto me fazia uma massagem nas costas, local em que eu havia machucado quando Tej e eu batemos com o carro.

— Se eu falar que machuquei os pés, eu ganho uma massagem lá também? — ri manhosa e suspirei ao sentir suas mãos terminando de massagear o local de antes.

O encarei e comecei a pôr a blusa de volta, já que havia tirado para ganhar a massagem. Enquanto eu passava a blusa pelo pescoço, ele retirou os tênis dos meus pés e assim começou uma massagem ali também.

— Estou com saudades da Samantha, sabia? — murmurei e ele concordou, balançando a cabeça. — Aquele pinguinho de gente...

— Ela também está com saudades, tenho certeza, amor! — respondeu e se abaixou para pôr meus tênis de volta aos meus pés. — Vamos pegar o Owen e logo vamos voltar para casa, prometo.

Sorri mínimo e me levantei de prontidão. Dando como pagamento pela massagem, um beijinho rápido, mas em troca recebi diversos beijinhos espalhados pelo rosto.

Eu amo como ele é um Luke Hobbs totalmente diferente comigo! mesmo no trabalho, mesmo com as outras pessoas ao redor, ele sempre me tratava de forma carinhosa e amorosa e eu amo isso.

— O dever nos chama, gatinha!

— O dever nos chama, muralha!

-

— É, é isso aí! Maior doideira irmão. — Roman quebrou o silêncio do local.

— Do que você tá falando? — perguntei quando tirei a atenção do tablet e o encarei.

— Eu tô aqui olhando pra essas imagens...— apontou para os visores que apresentavam a imagem de cada integrante da equipe de Owen Shaw. — Tipo perseguindo nossos clones do mal.

— Começou...— Tej murmurou ao meu lado.

— Olha esse negão aqui. O cara é pintoso...tá na cara que sou eu!

Nesse momento, olhei para o rapaz ao meu lado e rimos de forma discreta, balançando a cabeça em negação.

— E tem o Hobbs nórdico. — apontou para um musculoso— Esse aqui é o Han. — um asiático — Tej, um africano de gorro...esse é o seu Mini-in, né?! — Aí, Brian!

Rodei os olhos pelo local até que meu olhar caísse no loiro de olhos azuis, que já estava rindo em direção ao amigo.

— Quando foi que cê posou pra essa foto? — perguntou e de resposta recebeu uma risada e um dedo do meio. — Tô brincando, irmão!

Aquilo foi motivo de risada e diversão entre nós, mas nossa risada cessou assim que um carro se aproximou e descerem dele Hobbs e Riley.

— Tá legal, chega de papo. Tem dois assuntos: primeiro, essa é a pior cidade do mundo pra cometer um crime, tem câmeras em todas as esquinas e devem ter gravado toda a perseguição. — veio andando em nossa direção e entregou algo a Tej, que não consegui compreender o que era — Segundo, recebemos a confirmação do que o Shaw queria na Interpol. Roubar um banco de dados com informação dos locais onde se encontra o último componente que precisam.

— Quais são os locais? — perguntei.

— Tem mais de 20 espalhados pela Europa. — Riley respondeu e eu respirei fundo.

— Mas a lista só vale por 96 horas. Isso quer dizer que independente do local que o Shaw resolver atacar. Eles vão agir nos próximos quatro dias. Eles tem prazo e nós também. Vamos agir. — Hobbs concluiu.

— Hobbs tem razão, vamos analisar. O que descobrimos? — Dom falou, se aproximando e direcionou sua pergunta a mim.

— Descobrimos que estão usando motores especiais. Até eu que não entendo de carros, percebi o ronco monstruoso daquela máquina!

— Transmissão sequencial. — Han explicou e percebi Tej balançar a cabeça em concordância.

— Não tinha o som de um motor normal! — Gisele

— Era um turbodiesel. Parecia o som dos carros de competição de Le Mans.

— Batiam, mas ainda ficavam com as quatro rodas no chão! — comentei novamente e esperei alguma explicação lógica.

— Suspensão hidráulica — Roman presumiu.

— Ou suspensão magnética! — Brian disse.

— Mas quem é que além de ter acesso a esses componentes pode fabricar carros assim? — Han perguntou.

— Tem poucas oficinas especiais em Londres. — Brian respondeu.

— Oficinas de tuning não dão conta disso. — Dom rebateu. — Temos que investigar mais.

— Han, Gisele e Roman... é com vocês, se acharmos o cara que construiu aquele carro, pegamos o Shaw.

— É, vamo lá! — Gisele disse e verificou se sua arma estava carregada.

— Vou com eles! — Riley avisou a Luke e eu a olhei feio.

— Positivo! — Hobbs concordou e eles saíram de nossas vistas.

— Espero que vá e apanhe muito para largar essa cara de falsa. — murmurei em português, deixando os rapazes confusos.

— O que disse, gatinha? — Luke perguntou e eu fiz a maior cara de sonsa que consegui, me dando por desentendida.

— Desejei uma boa missão, amor! — menti, sorrindo de maneira falsa, sabendo que ele não havia acreditado.

— Tej, precisamos de carros imunes àqueles discos eletrônicos...e que sejam velozes! — Dom nos encarou.

— Deixa comigo! — Tej concordou prontamente.

— Já contatei o pessoal de pesquisa e desenvolvimento do DSS. — Hobbs começou.

— Hobbs! — Tej o interrompeu. — Disse que pode deixar comigo! — respondeu e a muralha arqueou uma sobrancelha.

— Isso vai ser interessante! — Dom disse.

— Ah, eu quero ir junto! — exclamei sorridente e Tej concordou também sorrindo, batemos as mãos em um toque e gargalhamos.

-

—Mermão, você tem que relaxar! — Tej comentou ao agente. — Não adianta dar uma BMW original de fábrica pra cada um e querer que-

— Aí! — Hobbs o interrompeu — Aquele carro é uma máquina! Você está falando de um biturbo V8; são 560 hp, garoto!

— Hum, ele leu o folheto! Parabéns, estou orgulhoso! — Tej brincou, olhando o homem alto.— Mas um carro tem que ser customizado. Tem que haver uma relação entre você e o carro; um elo; um compromisso.

— Parece papo de casamento. — Luke concluiu.

— É, mas quando a gente troca de carro ele não leva metade da nossa grana! — Tej disse e eu encarei a situação de forma confusa, enquanto Luke ria.

Afinal, a dúvida sobre a mãe de Samantha voltou a aparecer. Sempre que eu tentava conversar sobre isso com ele, não dava certo, ele desconversava e eu acabava ficando sem respostas.

Sem perceber, acabei ficando para trás. Olhei para os lados, mas não conseguia achar alguém conhecido, mas subi em uns degraus que estavam arrumados de forma aleatória pelo local e tentei avistar a muralha, entretanto, não achei.

— Não some dessa forma, Ceci! — o homem exclamou, quando segurou em minha cintura me fazendo engolir seco pelo susto, e me tirou se onde eu estava. — Tej e eu ficamos preocupados!

— Cês saíram andando e me deixaram pra trás e eu nem percebi! — me defendi e os dois homens riram, Luke continuou com uma das mãos em minha cintura e nós continuamos andando enquanto eu observava o folheto.

— Parker, não esta pensando em roubar esses carros, não é?! — Luke perguntou e eu ergui o olhar para Tej, que balançou os ombros.

Entretanto, antes que ele pudesse responder qualquer coisa, um homem branco de estatura média se aproximou de nós.

— A entrada dos ajudantes de cozinha é lá atrás! — o homem disse e eu encarei a situação com certa confusão.

— Como é que é? — Luke perguntou enquanto arrumava sua postura e tirava a mão de minha cintura, colocando seu corpo um pouco a frente do meu.

— Eu não quis ofender, senhores e...senhora — nos olhou de cima e baixo — mas não creio que tenham condições de participar deste leilão.

Abaixei a cabeça, rindo desacreditada pelo que estávamos passando. Qual foi, minha roupa custou caro, viu?! não custou caro pra mim, custou caro pro Hobbs, mas...

— Eu não vejo nenhuma jóia vistosa, nem amigos em volta, e nenhuma mulher. Tá na cara que você é pobre — olhou Tej de cima a baixo e eu me segurei para não liberar o espírito brasileiro do barraco para não avançar naquela cara feia.

— E você — se virou para Hobbs — sapatos, camisa, calças...básicas e uma postura muito rígida, sem finesse. Pra mim você é militar e ganha 50 mil por ano, em dólares, não dá nem para o começo aqui. Então se vocês não forem ajudantes de cozinha, devem estar no lugar errado— concluiu e se virou para mim.

— Se eu fosse você, eu ficaria bem quietinho, hein?! — disse enquanto cruzava os braços.

— Como é? — perguntou

— Isso mesmo que você ouviu! Fica bem quietinho e não me amola. Você se acha rico para ficar julgando a aparência dos clientes, quando na verdade é um assalariado e divide a merda de um terno em trinta e duas vezes, só pra pagar de playboy! 

Luke e Tej me olharam de olhos arregalados e meu namorado passou os braços pelos meus ombros, na intenção de não deixarem fazer nada comigo.

O homem engoliu seco e saiu vermelho como um pimentão e nem olhou para trás.

— E eu aqui te subestimando! — Tej exclamou e eu sorri nervosa.

— De onde saiu todo esse ódio, mulher?— Luke perguntou baixinho e eu balancei os ombros.

— Lá no Brasil, gente como ele tem em cada rua! Vive assalariado e acha que é rico. Já levei cada humilhação...

-

— Então esse é o seu "sim, senhor"? — Luke perguntou ao perceber que o último carro já tinha sido entregue. — Comprou todos os carros...

— Do que adianta ter milhões de dólares no banco e não gastar com nada? — Tej perguntou ao mais alto — Mas não se preocupe com isso não, ó, fica olhando!




















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