Crystal - Sinbad x Reader

Von _Sorvetinhuh

48 7 0

Quando sonhos estranhos começaram a preencher suas noites, Sinbad não esperava que fosse se encontrar com alg... Mehr

Encapuzada
Uma onda ilegível I

A forasteira sem nome

21 3 0
Von _Sorvetinhuh

Faz um tempo, né? Acho que deve fazer um ano aqui também que eu não posto. Enfim, além desse imagine, tem mais a caminho! Não vou prometer que eles vão sair tão cedo, mas um dia a gente chega lá. E alguns dos que eu deixei incompletos também estão sendo continuados (a maioria sendo reescrita). Megami no Kiba é um dos meus focos principais agora junto com outros três ou quatro plots. 

Eu espero que vocês gostem desse novo imagine. Eu tava há muito tempo querendo escrever pro Sinbad.

Boa leitura ~

Contagem de palavras: 1609

=X=

Sinbad andava tendo sonhos estranhos.

— Papai! — chorava uma vozinha, abafada como se quisessem impedi-la de fazer muito barulho.

— Shh, querida. Por favor...

Ele não sabia de onde vinham. Ou por que os tinha.

O homem, que checava os arredores inquieto, se virou para as duas figuras escondidas nas sombras.

— Vai ficar tudo bem, meu amor... — Ouviram o som de passos a se aproximar. Ele as abraçou. — Eu amo vocês.

Mas estava claro que não eram sonhos felizes.

[...]

Sinbad iniciou mais um dia como qualquer outro.

Cuidou da mãe, arrumou o que tinha de arrumar em casa, tomou café da manhã, e saiu para procurar um trabalho no porto de Contastia.

Aquele sonho, no entanto, não saía de sua cabeça.

O teve algumas vezes no último mês. Poucas, se fosse honesto, mas marcantes. O sonho era sempre o mesmo. Um homem, uma mulher e uma criança; os três em fuga. Ele só não sabia do quê.

Não era o tipo de cenário que se espera ver em seus sonhos. Aquele parecia o tipo de história que um teatro para crianças contaria — com uma reviravolta boa no final, claro. E Sinbad não costumava ver esses tipos de peças.

Ele não sabia de onde o sonho veio, e não havia tempo para se preocupar com isso.

Um grupo inconveniente de ladrões teria de ser sua prioridade por ora.

— Olha o que temos aqui, rapazes. Uma ratinha forasteira no nosso território.

Os homens cercavam uma figura encapuzada muito menor que eles. Devia ter a idade de Sinbad.

— Vamos garota, por que não mostra o que guarda por baixo dessa manta, hm? Ou prefere que façamos isso do jeito difícil?

O bando riu em sincronia. A garota permaneceu congelada no lugar, com a cabeça baixa.

— Oh, ela parece que vai chorar! Olho só o que vocês fizeram com a forasteira!

A ousadia.

— Ei!

Todos ali, com exceção da garota, olharam para Sinbad entrando em cena.

— Vocês têm que ser muito covardes para se juntar e assediar uma garota indefesa dessa forma.

Eles zombaram.

— É? E o que um magricela como você vai fazer?

Sinbad sorriu.

— Vou te ensinar uma lição para aprender a não mexer com os mais fracos.

Os homens não se intimidaram com palavras de Sinbad. O que parecia ser o líder deles sorriu em deboche e se pôs a frente do resto. Ambos estavam prontos para entrar em combate. Sinbad sentia a adrenalina começar a permear seu sistema quando o líder estava prestes a avançar para cima dele.

— Vamos ver até onde esse seu papo vai, moleque.

Porém ele sequer teve a chance.

Um baque alto ecoou pelas ruas.

O homem, outrora tão cheio de si e arrogante, estava ajoelhado no chão, choramingando de dor enquanto segurava suas costelas. Ele se virou para descobrir quem fora o infeliz de o atacar, mas seu movimento serviu apenas para levar outro golpe certeiro, dessa vez na bochecha. O corpo pesado estatelou-se no chão, imóvel.

A garota de antes elevou-se sobre o homem. Em sua mão segurava firme o bastão que usara para desmaiá-lo. Longo e de aparência rígida, mais alto que a própria garota. Sinbad não achou que fosse uma arma.

— Eu não fazia ideia que o povo desse lugar fosse tão barulhento — ela comentou, sua voz tão baixa que Sinbad mal ouvira.

— O-o que você fez?! — um dos bandidos perguntou.

— Bati nele.

A resposta serviu para nada mais que atiçar seus agressores. O choque se transformou em fúria. Veias saltaram em seus rostos rabugentos.

— Ora, sua...!

O grupo avançou em direção à garota. No curto intervalo de tempo que Sinbad levou para se juntar a ela, dois homens se contorciam de dor no chão.

Um deles caiu de imediato após ser atingido no estômago. O outro recebeu dois golpes: uma rápida pancada do bastão contra seu rosto e um chute contra as costelas.

Com dificuldades de lidar com ambos os adolescentes, os homens que estavam de fora apenas observando se juntaram para dar apoio.

Sinbad notou que teriam que suar um pouco mais.

— Eu não esperava que você fosse revidar assim. Você é bem durona para uma garota.

— E você é bem convencido para alguém desarmado — ela retrucou, observando o movimento cauteloso dos bandidos que os cercavam.

Um sorriso atrevido se abriu no rosto de Sinbad.

— Eu não preciso de armas para acabar com alguns patifes.

Ela não o respondeu, o que ele levou como uma forma de concordância.

Cansada de permanecer na defensiva, ela não esperou que os homens dessem o primeiro golpe. Com a ajuda de seu bastão, se lançou por cima deles, aterrissando com os dois pés no peito do coitado que calhou de estar no lugar errado, na hora errada. Ele caiu prostrado no chão, ofegante por ar. Os dois mais próximos foram os próximos.

Sinbad observou aturdido, mas não permaneceu parado. Seguiu o exemplo da garota que, com sua rapidez e habilidade, fez do trabalho em grupo dos bandidos uma tarefa árdua de se realizar.

— Argh — grunhiu um dos homens ao ser lançado ao chão pela garota.

Um tentou atacá-la por trás. Girando em seus calcanhares, ela foi rápida em defender-se do ataque dele. Sinbad aproveitou a brecha. Tomou liberdade para finalizá-lo e não perdeu a oportunidade para abrir um sorriso charmoso na direção da garota que, de todas as reações esperadas, passou por ele e golpeou o homem que se esgueirava por suas costas.

Sinbad assobio, impressionado.

Logo não restava mais ninguém de pé além da dupla.

Ambos tinham a respiração acelerada. A fina camada de suor brilhava contra a luz forte do sol.

— Tinha mais gente do que eu pensava. De onde todos eles surgiram? — Sinbad perguntou retoricamente, admirado com a quantidade de homens prostrados no chão. Então tinha aquela garota, que não parecia ter acabado de enfrentar uma dúzia de homens debaixo do sol quente, beirando o meio-dia, com aquela capa preta. Devia estar um forno.

Ela abaixou a cabeça, da mesma forma de mais cedo. Uma mão em seu rosto.

— Ei, você tá bem?

Sin tentou checar se havia se ferido, mas ela negou a ajuda.

— É só uma dor de cabeça, nada demais.

Ela caminhou para longe da bagunça que fizeram.

— Woah, espera — Sinbad disse, acompanhando os passos dela até uma sombra, onde ela se sentou contra a parede, de repente parecendo exausta. — Você é bem forte para uma garota. Onde aprendeu a lutar assim?

Ela olhou para ele por baixo do capuz como quem dizia "sério?", e nada falou.

— Hum...?

— Desculpe, mas não deveria ser eu a perguntar isso?

Sinbad piscou uma vez.

— Como?

— Você é bem forte para uma garota.

— Não, mas eu não sou uma...

— Ah sim, perdão. Seu cabelo é tão grande que pensei que fosse uma. — O tom de indiferença mesclava-se com uma ligeira irritação.

Sinbad se sentiu imobilizado pelas palavras que acabara de escutar.

Ignorando a palidez no rosto do garoto, ela pegou um cantil de água e bebeu seu conteúdo com calma. Sinbad se recompôs.

— Você não é daqui, né?

Ela suspirou e guardou o cantil.

— Parece que não ouviu aqueles caras me chamando de forasteira.

Quer dizer, ele ouviu, sim, mas aquela parecia ser uma ótima maneira de puxar conversa. Principalmente depois de sentir seu ego ferido com a insinuação de parecer uma garota. Pela garota forte e interessante que acabara de conhecer, ainda por cima.

— Então, de onde você é? — Ele resolveu ignorar o tom desinteressado dela e continuou tentando.

— Lugar nenhum.

— Lugar nenhum? — repetiu, confuso.

O capuz dificultava ver muito do rosto dela, mas Sinbad notou quando seus ombros afundaram.

— É, lugar nenhum.

Talvez fosse melhor não insistir no assunto.

— Bem, já que você é nova aqui, que tal eu te mostrar os arredores? Eu faço um desconto especial para uma garota interessante como você. O que acha?

Ele quase deu um pulo quando ela se virou de súbito para o encarar.

— Eu acho que você deveria procurar o que fazer — brandiu a garota, levantando-se.

Antes que qualquer um dos dois pudesse falar mais alguma coisa, um dos bandidos se levantou e começou a xingar em voz alta.

— Você não deveria usar desses termos perto de uma dama — comentou Sinbad, deixando de lado sua inquietação para com a atitude da garota.

Ela o encarou por mais alguns segundos antes de desviar a atenção para o homem, que reconheceu como o chefe, o primeiro que derrubou.

— Essa pirralha é tudo menos uma dama... Olha só o que vocês fizeram com os meus homens! — esbravejou, mal se mantendo em pé graças a dor em seu corpo. — Mas vai ter volta! Espera só pra você ver, sua desgra...!

Visivelmente sem paciência para aquele discurso de ódio e vingança, ela deu um passo à frente, espantando o homem que, assustado, caiu de bunda no chão.

— Fique à vontade. Eu não me importaria em acabar com você e seus amigos de novo. Ou será que na próxima você vai ter coragem o suficiente pra me enfrentar sozinho?

O homem cerrou os dentes e, numa explosão de raiva, se lançou contra ela aos tropeços. Com apenas um golpe de seu bastão contra a perna magrela, o homem estava de volta no chão.

— Uma pena que não vou estar aqui para descobrir.

Ela manuseou o bastão mais uma vez em um movimento certeiro por entre as pernas do chefe. Ele abriu a boca em um grito mudo, o único som audível sendo o engasgar da garganta dele e, posteriormente, gemidos agudos de dor.

Sinbad sibilou baixinho, como se tivesse sido ele a ser atingido.

— Mais sorte na próxima — ela desejou, apoiando o bastão no ombro enquanto deixava o local.

E assim ela se foi, deixando um grupo de homens de meia idade arregaçados no

chão e um garoto chocado no meio de todo aquele caos.

— Ah... eu esqueci de perguntar o nome dela.

Weiterlesen

Das wird dir gefallen

192K 8.3K 46
Maria Eduarda adolescente de 17 anos , adora uma festa, curte muito, morava com os pais que precisaram se mudar, com isso ela tá de mudança pro Morro...
661K 32.2K 93
(1° temporada) 𝑬𝒍𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 𝒆 𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐, 𝑨 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒆 𝒆𝒖 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒓𝒐...
61.1K 8K 30
A vida de Harry muda depois que sua tia se viu obrigada a o escrever em uma atividade extra curricular aos 6 anos de idade. Olhando as opções ela esc...
196K 8.7K 23
Richard Ríos, astro do futebol do Palmeiras, tem uma noite de paixão com uma mulher misteriosa, sem saber que ela é a nova fisioterapeuta do time. Se...