O irmão das minhas amigas.(Co...

By taina_levy

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Seria apenas uma viagem divertida entre amigas, mas acaba se tornando muito mais que isso. Uma implicância en... More

Um:
Dois:
Três:
Quatro:
Cinco:
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Sete:
Oito:
Nove:
Dez:
Onze:
Doze:
Treze:
Quatorze:
Quinze:
Dezesseis:
Dezessete:
Dezoito:
Dezenove:
Vinte:
Vinte e um:
Vinte e dois:
Vinte e três:
Vinte e quatro:
Vinte e cinco:
Vinte e seis:
Vinte e sete:
Vinte e oito:
Vinte e nove:
Trinta:
Trinta e um:
Trinta e dois:
Trinta e quatro:
Trinta e cinco:
Trinta e seis:
Trinta e sete:
Trinta e oito:
EPÍLOGO:
Nova obra.

Trinta e três:

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By taina_levy

🌼Bianca Vasconcelos:

Dentro do carro, eu observo a paisagem se mover. As árvores passam rápido. Eu suspiro, encostando minha cabeça na janela.

Kate dirige, Beth ocupa o banco do carona e eu estou no de trás, como na vinda. Eu até prefiro, é mais espaçoso.

—Vai continuar o rolo com Diego?—Kate pergunta a Beth.

—Não. Foi algo passageiro. E você com Matías?

—Digo o mesmo que você.

Sinto o olhar das duas em mim, por alguns segundos.

—Mesmo não tendo me perguntado, eu vou responder. Jason irá para Las Vegas, e eu ficarei em Phoenix. Foram boas férias.—Digo.—Cada um seguirá a sua vida.

—Ainda acho que tomaram a decisão errada. Está claro que vocês dois se apaixonaram.—Beth olha pra mim.—Por que não estão juntos?

—Não vamos seguir os mesmos caminhos. É melhor assim.

Jason pediu que eu fosse sua namorada, mas eu não aceitei. Eu não iria largar a minha vida em Phoenix e nem ele desistiria dos seus planos em Las Vegas. Nenhum dos dois queria ceder. Eu não o pressionaria a isso. E havia também outra questão. Até quando ele seria fiel a mim? A nós? Apesar da vacilada com Cold, eu garantiria a minha fidelidade. Já Jason...

Minha reação seria completamente diferente, se estivéssemos namorando.

—Não faltará mulher para ele.

—Mas ele queria você.—Kate diz quase irritada.—Senti até pena do meu irmão, quando nós saíamos. O olhar dele era quase de súplica, na sua direção.

—Kate, Jason tem planos, assim como eu tenho. Eu largaria tudo e iria junto com ele. E se desse errado? Eu voltaria como um cachorrinho, com o rabinho entre as pernas, lambendo as minhas feridas? Se as prioridades dele mudarem? Eu teria de competir com outras coisas? Estaria longe dos meus pais, coisa que eu nunca fiz antes. Não sou alguém madura, para saber lidar com tudo isso.—Sinto vontade de me fundir com o banco.

—Você não terá como saber. Tudo na sua mente, ficará como um "e se". Só resta imaginar.—Ela dá de ombros.—Você sabe o que é melhor para a sua vida. Só fiz uma colocação.

—Estou com a Kate, Bí. Jason gosta de você. E quando eu digo gostar, é gostar mesmo. É sempre bom estar com um homem bem apaixonado, mais que nós, até.

—Ok pessoal. Eu já entendi que torciam para nós como um casal. Mas não deu certo. Aceitem.

O carro fica em silêncio. Só ouvimos o som dos pneus contra o asfalto. Não há nem mesmo uma música suave e baixa saindo do aparelho de som acoplado.

Eu nunca imaginei estar morando em outro lugar, a não ser Phoenix. E pior ainda, com um homem.

Não sei lidar com o fato de Jason já ter estado com meio mundo. Estar em um lugar, e ter sempre uma mulher o cumprimento com más intenções, querendo relembrar os velhos temos, será motivo para uma discussão, e eu não quero isso para mim, num relacionamento. Ele também poderia ficar chateado, com alguma aproximação minha e de Cold. Depois de tudo que aconteceu, não seria a coisa mais anormal do mundo, ele criar suposições na mente.

Seríamos dois inseguros.
Não daria certo, eu sei.

Somente gostar de alguém, não é o suficiente.

🌼•☆•🌼

A viagem de volta, foi mais rápida.
Kate me deixou em casa primeiro, nos despedimos e elas seguiram até suas respectivas casas.

Ao entrar, sou recepcionada pelos meus pais.

—Que saudades da minha menina.—Papai me abraça apertado, me rodopiando na enorme sala de estar. Eu gargalho, o abraçando apertado. Ele fazia isso todos os dias, quando chegava do trabalho.

—Não vou poder dar um abraço na minha filha?—Mamãe coloca as duas mãos na cintura, fingindo estar brava.

—Claro, meu amor.—Ele me solta, e eu corro para os braços da minha mãe.—Já fui trocado.

—Senti sua falta, mamãe.—Coloco meu rosto na curva do seu pescoço.

—E eu? Estava morrendo de saudades das nossas conversas durante a madrugada.—Ela ri, me soltando.—Você está ainda mais bela. Bronzeada. Estou com inveja.

—Foram ótimas férias. Tudo foi incrível.—Os últimos dias, que houveram as decepções. Mas não anulou tudo de bom que aconteceu.—Eu amei.

—Se te conheço bem, diria que não está dizendo toda a verdade. —Mamãe e sua menia de usar seus estudos psicológicos comigo. Ela sabe me ler como ninguém.—Se quiser falar sobre algo, sabe que sou toda ouvidos.

—Eu sei, mamãe.

—Agora, eu presumo que queira descansar um pouco.—Papai chama a minha atenção.—Seu quarto foi limpo ontem, está com saudades da dona dele.

—Não vejo a hora de dormir na minha caminha.

—Trouxe dois travesseiros novos de penas de ganso para você. Da nossa viagem.—Eu amo essa mulher.—Alguns cobertores e toalhas. Está tudo arrumadinho no seu armário.

—Talvez a gente tenha trazido também um irmãozinho pra você.

—Cláudio.—Minha mãe cora. A quantos anos ela não fica constrangida com alguma coisa? E sempre quando acontece, meu pai que causa isso nela.

—O que? Estou dizendo a verdade.—Ele sorri e dá uma piscadela para ela.

—Ok gente, eu já entendi que a lua de mel de vocês fora de época, foi movimentada.—Esse assunto me causa um enjoo.—Não seria uma má ideia, ter um irmãozinho para brincar.

—Viu? Nossa filha também sente falta de um bebê nessa casa.—Coloca pilha.

—Não comecem, por favor.

—Beijinhos gente, eu preciso dormir em uma cama.—Dormir num banco de carro e presa num cinto, não é a coisa mais confortável do mundo.

—Bom descanso.

Sei que os dois ficarão falando sobre os benefícios e malefícios de ter mais um filho. Meu pai quer mais que tudo, já a minha mãe é relutante. A gravidez dela não foi fácil. Ela tem medo de algo dar errado, e o pior vir acontecer. Não saberia lidar com a perda da minha mãe num parto.

A ideia da adoção também ronda nesta casa a anos. Eles estão na fila, desde que eu tinha uns 15 anos. Até agora não apareceu uma criança que esteja apta. Eles deram preferência na idade entre 5 e 13 anos, que são os que mais os casais se recusam a adotar. Geralmente os bebês de até um ano, são os mais escolhidos. Os outros vão ficando, até completarem a maior idade.

Pensar em um suposto irmão ou irmã, quase me fez esquecer de Jason Hunter. Uma hora ou outra, ele surgiria na minha cabeça.

Fecho os olhos, encostada na porta do meu quarto, e penso em tudo que aconteceu com nós dois naquele lugar. Parecia que tudo estava se encaminhando para um romance, mas de repente tudo deu errado, e agora seguiremos por caminhos diferentes.

Me arrependo um pouco, do que eu disse a ele, antes de vim. Queria pedir desculpa, mas não quero mandar uma mensagem agora, iria parecer uma desesperada.

Em breve, as notícias de que a vida sexual dele voltou a ficar ainda mais ativa, chegará até mim. Não sei como irei reagir. Ficarei pensando, num possível namoro. Se daria certo, se ele iria me fazer feliz e vice versa.

Decidida, pego meu celular que já está quase descarregado, e mando uma mensagem.

"Oi, tudo bem? Vocês pegaram o avião para Las Vegas? Espero que façam boa viagem. Nós chegamos bem. Espero que a gente continue mantendo contato."

Aperto em enviar, e seja o que Deus quiser.

Como eu fui e estou sendo uma panaca.

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