Coração de Quarterback

By Marixzws

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Durante seu último ano escolar, Annelise ansiava por uma experiência tranquila, focada nos estudos, sem preoc... More

Cᴀsᴛ
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By Marixzws

Aaron Miller

Após inúmeras tentativas e muita insistência, finalmente consegui convencer Calleb a me revelar o nome da boate onde Anne estava trabalhando. Senti uma mistura de raiva e incredulidade por ter sido o último a saber dessa informação crucial. Porra, como pude ficar tão por fora disso?

Decidi naquele momento que não permitiria que Anne continuasse nesse ambiente.

Mesmo que isso signifique comprar outra casa para ela ou até mesmo tê-la morando comigo, estou disposto a fazer o que for necessário.

Claro, a segunda opção seria a minha preferência, mas sei que é mais provável que ela me rejeite e até mesmo me confronte antes de aceitar qualquer tipo de ajuda minha.

Como chegamos a esse ponto? Essa pergunta ecoa na minha mente enquanto deito minha cabeça no volante do carro, tentando entender como permiti que as coisas chegassem a esse ponto.

Maldita garota complicada, a minha garota complicada. Por que ela sempre tem que complicar as coisas?

Olho para o relógio no meu pulso e vejo que são 00:30, o exato momento em que o turno de Annelise termina. Ela sempre faz questão de trabalhar até tarde.

Tarde para caralho, mas poderia ser pior.

Saio do meu carro e encosto-me na porta, respirando fundo enquanto espero pacientemente que ela saia. A luz fraca do estacionamento realça as sombras ao meu redor, criando uma atmosfera sombria que combina com o meu humor.

Finalmente a porta do estabelecimento — se é que posso chamar esse antro de estabelecimento — se abre, e lá vem a minha garota — que já não é mais minha. — saindo, usando uma jaqueta enorme que claramente não é dela.

Espera aí... essa jaqueta é de um homem.

Porra.

Porra.

Porra.

Quem é o desgraçado?

Sinto meu maxilar se contrair e minhas mãos se fecharem em punhos.

Respiro fundo, lutando para não deixar o ciúme me dominar.

Respire, Aaron, vocês não estão mais juntos, ela pode sair com quem quiser.

Tento forçar esse pensamento na minha mente, mas é uma batalha árdua.

De jeito nenhum! Não consigo. Eu preciso dela comigo, só comigo.

Como pude amá-la tanto?

Respiro fundo mais uma vez e me aproximo dela, que já está quase na esquina.

Ela sabe que eu não consigo viver sem ela.

— Annelise. — Chamo seu nome e a vejo dar um pulo de susto, seus olhos se arregalando momentaneamente.

Adorável.

— Que susto! — Ela coloca a mão no peito, tentando acalmar as batidas do coração. Quando percebe que sou eu, seu sorriso desaparece. — O que você está fazendo aqui? Não, o que você quer aqui?

Eu quero você.

— O que se faz em uma balada? — digo irônico, observando sua expressão.

— Imbecil.

Seu imbecil.

— Está indo embora? — Pergunto, me aproximando dela, tentando ler seus olhos.

— Sim.

— Quer uma carona?

— Você não acabou de chegar? — Ela arqueia uma das sobrancelhas, desconfiada.

Droga, ela me pegou.

— Sim... não! Ah, quer carona ou não? — Vai embora comigo de qualquer jeito.

Ela me olha desconfiada, como se estivesse avaliando minhas intenções.

— Ok...

Isso! 1 para Aaron e 0 para Annelise.

Sorri triunfante por dentro, embora tenha mantido expressão casual. Eu estava determinado a reconquistar
Annelise, não importava o quão desafiadora ela pudesse ser.

Enquanto caminhamos em direção ao carro, Annelise parecia perdida em pensamentos. E então eu aproveitei a oportunidade para puxar assunto.

— Então, como foi a sua noite? Conheceu alguém interessante na balada? — Perguntei, tentando soar casual, embora o ciúme transparecesse em minha voz, como uma sombra que eu não conseguia esconder.

Annelise me lançou um olhar perspicaz, como se soubesse exatamente o que eu estava sentindo. Ela hesitou por um momento antes de responder, e eu pude sentir a tensão no ar.

— Não, não conheci ninguém interessante. A noite foi... comum. — Ela respondeu, desviando o olhar para a rua, como se quisesse evitar minha intensa observação.

Eu sabia que precisava ser cauteloso, que não podia deixar o ciúme tomar conta de mim.

Chegando ao carro, eu me apressei em abrir a porta para Annelise, querendo mostrar que eu era atencioso e cavalheiro.

Enquanto ela entrava, eu corri para o lado do motorista, ansioso para continuar nossa conversa e descobrir mais sobre ela.

Assim que entrei no carro, olhei para Annelise e percebi que ela estava perdida em pensamentos. Decidi dar-lhe um momento de silêncio, respeitando sua privacidade, mas ao mesmo tempo ansioso para retomar a conversa. Enquanto dirigíamos calmamente pelas ruas vazias da cidade, o silêncio entre nós era surpreendentemente confortável. As luzes da cidade passavam rapidamente, criando um cenário de tranquilidade que contrastava com a agitação da balada que tínhamos acabado de deixar para trás.

Eu ocasionalmente lançava olhares furtivos para Annelise, tentando decifrar seus pensamentos. Ela parecia absorta em contemplações, e eu não queria interromper sua paz interior. Em vez disso, concentrei-me na estrada à frente, permitindo que o suave ronco do motor preenchesse o espaço entre nós.




(.....)




Quando chegamos à casa dela, deparei-me com alguns homens retirando várias caixas da residência, e Annelise suspirou aborrecida, como se estivesse enfrentando um fardo pesado demais para suportar.

Preciso fingir que não sei de nada.

— Vai se mudar? — Perguntei casualmente, embora soubesse que algo mais profundo estava acontecendo.

— Eu... eu não sei. — Ela respondeu em um sussurro, evitando olhar para a casa.

— Aconteceu alguma coisa? — Insisti, sentindo o peso da situação pairar sobre nós.

— Minha mãe se envolveu com gente errada e está devendo muito para eles, e agora ela decidiu vender a casa... Eu estou trabalhando para tentar dar o dinheiro para eles sem ter que vender a casa, mas é muito difícil... — Annelise desabafou, revelando a angústia que a consumia.

Porra, é muito mais complicado do que eu pensei.

Sem pensar, segurei a mão dela, querendo transmitir meu apoio e solidariedade.

— Me deixa te ajudar, meu amor. Por favor. — Minhas palavras saíram carregadas de sinceridade e compaixão.

— Aaron, isso não é um problema seu. — Ela respondeu, parecendo resistir à ideia de me envolver em seus problemas.

— Me dói tanto ver você me tratar como um desconhecido. — Confessei, sentindo a dor da distância que ela insistia em manter entre nós.

— Sinto muito, não é fácil pra mim também. Obrigada pela carona. — Ela me deu um sorriso fraco antes de sair do carro e seguir em direção à casa, deixando-me com um turbilhão de emoções e um desejo inabalável de ajudá-la de alguma forma.

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