Mais uma madrugada suja. Onde minha ansiedade calcula a distância em graus não só em quilimetros de todas as vezes que pensar em você era motivo da minha insônia.
Dessa vez os vidros já não estavam mais embaçados com o vapor do nosso corpo que levava a fumaça pela casa depois do banho.
Minha alma imunda e inundada de saudade conduzia meus olhos ao encontro de algumas lágrimas que desciam fazendo escala em cada obstáculo no meu rosto.
Quando olho o teto do que era o nosso quarto tenho lembranças suas comigo.
Nunca quis te substituir.
Eu sei, a saudade machuca tanto.
Não estamos mais presos ao sexo e mesmo assim o corpo pede por você.
Esse vazio que ainda não foi preenchido escancara a lacuna que é sua falta no meu ponto de visão, me transbordo em gotas que saem dos meus insights e cuido para não me afogar no que antes era apenas o suor da nossa conexão, a pura reação da nossa quimica e aos poucos formando um pequeno rio nesse mesmo chão.
É um misto de tristeza e riso ao lembrar da tua essência. Passa tanta coisa nessa minha cabeça que é melhor não olhar suas mensagens.
O motivo de partir é claro, o amor que não possuí equilibrio é um passaro que tem asas e não pode mais voar.
Nem mesmo freud explica...