Milagre atrasado de Natal. (S...

By KarenFreitas19

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"Bucky sai da cozinha e passa pela sala, ele abre a porta de casa e franze a testa quando vê uma cesta no chã... More

Capítulo Único.

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By KarenFreitas19

— Bom dia. — Bucky diz beijando o rosto de Sam ao entrar na cozinha.

— Bom dia. — Sam responde e olha para o relógio. — 9 da manhã, alguma alma vai se salvar. — Sam brinca já que não é nada comum seu namorado estar acordado antes das 10 da manhã.

— Vou fazer minha corrida já que meu namorado nunca me chama quando faz a dele. — Bucky diz de forma dramática.

— Não chamo mesmo. — Sam diz e Bucky ri.

— Você que vive dizendo que gostaria de uma companhia para correr. — Bucky encolhe os ombros.

— Amor, já tentamos isso. Você reclama de acordar muito cedo e ainda corre como o vento, eu acabo correndo sozinho do mesmo jeito.

— Talvez devêssemos pegar um cachorro para correr com você. — Bucky sugere. — Seríamos ótimos pais de pet.

— Vou pensar sobre isso. Agora sai da minha cozinha, eu preciso aumentar a quantidade de comida no café da manhã para quando você voltar. — Sam diz.

Normalmente Sam faz café da manhã apenas para si, já que Bucky acorda tarde e vai correr e quando volta é hora do almoço. Como já explicado, correr juntos não funcionou para eles. Então Sam desistiu e pelas manhãs cada um tem sua rotina.

— Te vejo em uma hora. — Bucky diz e beija Sam em despedida.

Bucky sai da cozinha e passa pela sala, ele abre a porta de casa e franze a testa quando vê uma cesta no chão. A princípio Bucky imagina ser algum vizinho fazendo uma boa ação, é bastante comum na vizinhança onde eles moram. Bucky pega a cesta e planeja a colocar na mesa de centro para Sam ver o que é depois, mas então Bucky escuta um som de resmungo e resolve olhar o que está dentro da cesta, é quando ele vê um bebê o encarando com grandes olhos azuis.

Bucky encara o bebê de volta sem saber o que dizer ou pensar. É quando Sam entra na sala.

— Desistiu da corrida? — Sam pergunta e caminha até o sofá para pegar seu celular, quando Bucky não o responde Sam o encara confuso, então Sam segue seu olhar e vê a cesta. — Sarah que mandou?

— Não acho que tenha sido ela. — Bucky responde ainda olhando espantado para o conteúdo da cesta.

Sam se aproxima e arregala os olhos quando vê o bebê.

— De onde você arranjou esse bebê? — Sam pergunta encarando Bucky.

— Estava na porta. — Bucky responde.

— Bucky, estou falando sério. — Sam cruza os braços.

— Eu também. — Bucky diz e Sam suspira.

Sam abre a boca para dizer algo, mas então o bebê começa a chorar. Sam não vê alternativa além de pegar o bebê no colo e tentar o acalmar, como Sam tirou o bebê de dentro da cesta, Bucky que ainda a encarava em choque viu um papel que estava antes embaixo do bebê.

— Tem um bilhete. — Bucky diz e o pega. — "Eu sinto muito fazer as coisas desse jeito, mas não posso cuidar de um bebê. Já vi vocês por aí e sei que são boas pessoas e um casal feliz, espero que possam oferecer a ele o lar que eu não pude."

Bucky olha para Sam que o encara preocupado, mas continua balançando o bebê tentando fazer ele parar de chorar.

— Estávamos falando agorinha de ter um filho, isso é um milagre de natal! — Bucky diz sorrindo, Sam olha para seu namorado como se ele fosse louco.

— Primeiro, falávamos de um cão, não de uma criança. Segundo, como uma mãe não poder criar um filho é um milagre de natal? E terceiro, o natal já passou. — Sam diz ficando irritado.

— Papai Noel se atrasou um pouco. — Bucky encolhe os ombros.

— Bucky... — Sam para e suspira. — Falamos depois.

Sam se afasta balançando o bebê ainda tentando o acalmar, quando a criança finalmente para de chorar e dorme, Sam o coloca de volta na cesta já que eles não tem nenhum lugar apropriado. Sam senta ao lado de Bucky no sofá e os dois olham para o bebê adormecido.

— O que fazemos agora? — Sam pergunta deitando a cabeça no ombro de Bucky.

— Nós podemos ficar com ele. — Bucky diz e Sam ri, quando Bucky não ri com ele, Sam olha para Bucky e por sua expressão percebe que seu namorado está falando sério.

— Bucky, não podemos apenas ficar com um bebê que achamos na nossa porta.

— Mas é o que a mãe dele quer. — Bucky aponta para o bilhete.

— Tem leis para isso, meu amor. — Sam explica e Bucky suspira. — Além disso, nem sabemos cuidar de uma criança.

— Podemos aprender. — Bucky encolhe os ombros. — E você já ajudou com seus sobrinhos.

— Amor, trocar uma fralda aqui e outra ali ou ficar algumas horas com eles enquanto minha irmã vai resolver algo é bem diferente de ser responsável 24 horas por uma criança.

— Eu sei, mas podemos aprender. — Bucky se vira para olhar melhor para Sam e segura suas mãos. — Eu quero fazer isso com você, Sam. Tudo, casamento e filhos.

Sam sorri achando seu namorado a pessoa mais fofa do mundo. — Você pulou uma etapa. — Sam diz.

— Bom..

Bucky lentamente sai do sofá e apoia um joelho no chão.

— Não, não, levanta daí. — Sam o puxa para cima e Bucky faz beicinho por não ter nem conseguido dizer as palavras. — Vamos primeiro ver isso do bebê e depois seguimos daí.

Bucky sorri e concorda.

*

Sam e Bucky pegam o bebê e o levam para as autoridades responsáveis. Enquanto Bucky explica como tudo aconteceu já que foi ele que achou o bebê, Sam se ocupa ninando o bebê novamente já que ele acordou e voltou a chorar. Após todas as explicações, uma assistente social é designada para lidar com o caso deles.

— Iremos procurar por algum familiar do bebê, por enquanto ficaremos cuidando dele. — A assistente, Heather, diz para Sam e Bucky.

Ela estende as mãos para pegar o bebê de Sam, mas quando Sam vai entrega-lo, a ideia não agrada muito o bebê já que ele começa imediatamente a chorar. Sam o acalma novamente, mas quando Heather vai tentar novamente o bebê volta a chorar.

— Acho que ele gosta de você. — Bucky diz sorrindo orgulhoso.

— Sim, creio que esteja certo, Sr. Barnes. — Heather comenta. — Os senhores teriam como abrigar o bebê nesse período em que procuramos algum familiar dele?

Sam olha para Bucky mesmo já sabendo o que vai encontrar, e lá está, um olhar extremamente animado no rosto de Bucky. Sam revira os olhos com carinho e sorri para Heather.

— Claro, seria um prazer.

— Ótimo, irei visitá-los todos os dias para acompanhar como está indo. Os senhores tem como pegar o básico para cuidar do bebê por esses dias?

Bucky olha inseguro para Sam.

— Podemos passar em uma loja e comprar o necessário. — Sam sugere.

— Sim! — Bucky concorda feliz fazendo Heather e Sam rirem.

Antes voltarem para casa, Sam e Bucky compram o mais essencial para o bebê, então vão para casa.

— Vou fazer a mamadeira dele, pode segurar ele? — Sam pede e Bucky concorda pegando o bebê no colo.

— Acha que devíamos contatar um advogado logo para ver sobre a adoção? — Bucky pergunta vindo atrás de Sam para a cozinha.

— Não. — Sam responde.

— Não? — Bucky franze a testa.

— Não acho que devíamos contatar um advogado. — Sam diz distraído.

— Por que?

Sam suspira e deixa o que está fazendo para olhar para Bucky, que está fazendo um beicinho.

— Porque eles ainda podem achar alguém da família do bebê. — Sam explica.

— Mas a mãe dele não o quis. — Bucky argumenta.

— Isso não quer dizer que uma avó, tia ou primo não vá o querer também. — Sam diz e se aproxima de Bucky.

— Eu sei, é só que eu quero tanto isso. — Bucky aconchega o bebê no peito.

— Eu também quero, só estou tentando ser o mais racional aqui. Se contratarmos um advogado e no fim acharem alguém da família dele, vamos ter criado esperanças e sofrer quando não der certo. Só quero evitar isso. — Sam se aproxima de Bucky e o abraça.

— Eu sei, obrigado por manter meus pés no chão. — Bucky diz e beija Sam, então o deixa para terminar a mamadeira enquanto nina o bebê.

Após o alimentarem, os dois dão um banho no bebê. Depois do banho eles se revezam o segurando para poderem comer, e depois disso se ocupam entretendo o bebê, que enche a casa com adoráveis risadas a cada brincadeira que os dois fazem.

A noite chega e eles alimentam o bebê novamente, o dão mais um banho e o colocam para dormir, então os dois comem e eles vão dormir. E parece que se passou apenas dez minutos quando o bebê decide acordar uma da manhã chorando por estar com a fralda suja.

Bucky levanta e vai o trocar, na segunda vez que o bebê acorda, é Sam que levanta. Eles ficam se revezando até a manhã chegar, o bebê acorda sorrindo, já Sam e Bucky estão exaustos.

— Não vai correr? — Bucky pergunta para Sam.

— É capaz de eu tropeçar em uma pedra, cair e ficar no chão dormindo. — Sam diz e Bucky sorri.

É quando a campainha toca e Bucky vai atender, ele abre a porta e encontra Heather sorrindo, mas seu sorriso some quando vê as expressões de Sam e Bucky.

— Nossa, vocês estão péssimos. — Ela diz e então percebe que disse isso em voz alta. — Desculpem.

— Tudo bem, cuidar de um bebê não é tão fácil quanto eu pensei. — Bucky diz acenando para ela entrar.

— Bom, o bebê parece muito bem. — Heather diz vendo o bebê risonho no colo de Sam. — Vem aqui, rapazinho. Por que vocês não vão tirar uma soneca enquanto eu e o bebê passamos um tempo juntos? — Heather oferece.

— Isso parece incrível, mas não seria pedir demais? — Sam pergunta.

— Não, eu estou oferecendo. — Heather encolhe os ombros.

Por fim, Sam e Bucky vão para o quarto e Heather fica com o bebê. Eles dormem por algumas horas e quando acordam se sentem bem mais descansados, eles vão para a sala para ver Heather e o bebê e também encontram lá Steve, Tony e Sarah.

— Boa tarde, meninos. — Heather diz sorrindo. — Deixei eles entrarem, espero que não se incomodem.

— Tudo bem, eles são família. — Sam diz e vai pegar o bebê do colo de Heather.

— Ela só nos deixou entrar depois que eu mostrei minha identidade provando que somos filhos dos mesmos pais. — Sarah comenta fazendo Bucky e Sam rirem.

— Eu tinha de ter certeza que era seguro para o bebê. — Heather diz não se sentindo nem um pouco culpada. — Mas depois que mostraram que eram realmente conhecidos de vocês, os deixei a par de toda situação.

— Sim, eu até já pedi brinquedos. — Tony sorri.

— Tony, ele ainda nem agarra as coisas. — Sam diz.

— Mas vai. — Tony encolhe os ombros.

— Nós ficamos mais para nos oferecer caso vocês precisem de alguma ajuda, temos um pouco de experiência com Peter. — Steve diz e Tony assente.

— E eu estou a apenas dez minutos de distância. — Sarah sorri.

Bucky e Sam agradecem, e nos próximos dias a ajuda que os três oferecem é muito bem-vinda. Mesmo quando eles não vem para ajudar com o bebê, todos os três atendem as ligações de Sam e Bucky no primeiro toque, sabendo que é para perguntar algo sobre bebês.

Quando uma semana se passa, Bucky abre a porta para Heather, que como prometido veio os ver todos os dias.

— Eu trago notícias. — Heather anuncia. — Não conseguimos contato com ninguém sobre o bebê, então ele vai para adoção.

— Quer dizer que podemos adota-lo? — Bucky sorri esperançoso.

— Sim! — Heather diz feliz por eles.

Bucky e Sam se abraçam e trocam um beijo, então beijam o bebê que sorri mesmo sem entender nada.

Sam e Bucky ligam para Tony, Steve e Sarah, que ficam muito felizes por eles. Tony se oferece para ajudar e Bucky e Sam agradecem e aceitam. Com todos os contatos que Tony tem, a adoção demora bem menos do que o comum. Em apenas um mês o bebê é oficialmente deles, quando voltam do cartório Sam e Bucky encontram uma festa preparada por seus amigos, lá eles apresentam o bebê como Nicholas Wilson-Barnes.

Os dias vão passando e se tornando meses, Sam e Bucky se acostumam bastante com a vida de pais. Um dia Sam está na porta da cozinha vendo seu bebê brincar com alguns blocos, quando Bucky se aproxima por trás dele e o abraça.

— O que acha de dar um irmão para ele? — Bucky sugere, Sam se vira para ficar de frente para Bucky e sorri.

— Você nem botou um anel no meu dedo, Bucky.

— Facilmente resolvido.

Bucky tira uma caixinha de veludo do bolso e se apoia em um joelho, então ele abre a caixinha e mostra um anel para Sam.

— A quanto tempo tem isso? — Sam pergunta movendo seu olhar do anel para o rosto de Bucky, um sorriso de orelha a orelha em seu rosto.

— Pouco mais de um ano.

— Temos esse bebê a quase um ano. — Sam franze a testa.

— Eu sei, o destino meio que apressou esse passo mas como eu disse, já queria tudo com você naquela época e ainda quero. Quer se casar comigo?

Sam sorri ouvindo a sinceridade nas palavras de Bucky.

— Eu também quero tudo com você. — Sam diz. — Sim, eu caso com você.

Bucky desliza o anel pelo dedo de Sam e se coloca de pé, então o beija com carinho e em seguida o abraça.

— Olha. — Bucky vira Sam para olhar o bebê deles caminhando até eles em passos atrapalhados.

Sam se abaixa e pega Nicholas no colo, que ao ver Bucky beijando Sam, quis fazer o mesmo. O que basicamente consiste em Nicholas encostando a boca na bochecha de Sam e o enchendo de baba, mas isso nunca pareceu tanto com amor.

***

Dedicado a MariaEduardaMattos94, sei que demorei a atender o seu pedido e sinto muito, mas espero que tenha gostado. Assim como espero que todos que leram também tenham gostado.

Até mais,

–K.F.

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