Velas Negras • MonSam

By Heartflwrbr

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Após a morte de seu pai Edward Teach, um dos maiores e mais respeitados piratas da região do Caribe, Mon assu... More

Introdução
Personagens - Os Negros
Personagens - O Bordel
Personagens - Os Vermelhos
1. O Pior da Minha Vida
2. Decisão Tomada
3. O Acordo
4. Seguir curso!
5. Atitudes Inesperadas
6. O Resgate
7. A Garota da Família Rival
8. Defesa
9. Inconsequência
10. O Julgamento
11. Visitas Inesperadas
12. Vontade
13. Motivos
14. Lidando com os sentimentos?
15. Não é porque eu te odeio que eu não posso mais beijar sua boca
16. A Dançarina
18. Cartas na Mesa
19. Buscando Respostas
20. Traição...?
21. Decisões Difíceis
22. Aliança
23. Afogando-me
24. Fatos e Conexões
25. Você é Bem Vinda.
26. A Última Noite
27. Traidores
28. Guerra

17. Brincando com Fogo

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Kornkamon Teach

Os corpos do salão se opunham ao movimento que eu fazia, ao tentar sair do recinto o mais depressa que eu conseguia.

- Mon! - Ouço a voz familiar da Samanun me chamando, sob a música alta que a banda tocava. - Espera um momento!

Ignoro.

Assim que chego na porta de entrada, abro de uma vez, esbarrando meu corpo na Tee, que entrava com calma.

- Meu Deus! - É o que ela fala, quando dá alguns passos para trás pelo impacto. Sua expressão fica confusa assim que ela alinha seu olhar com o meu. - O que aconteceu, para onde está indo com tanta pressa?

Olho para trás, assim que ouço a voz da Samanun chegando mais perto e vejo que ela estava a apenas alguns metros de me alcançar. Eu não queria lidar com aquilo agora.

- Depois eu te explico, Tee. - É o que eu falo, antes de continuar meu percurso às pressas, até meu cavalo que estava próximo dali.

Tee permanece parada na entrada, me observando ir embora com uma expressão curiosa. Ela me conhecia suficientemente bem para saber que alguma coisa ruim tinha acontecido.

- Mon! - A voz da Samanun é muito mais clara agora no silêncio da noite, na parte externa do Bordel.

Tee continua onde estava, revezando seu olhar entre mim e a capitã do Fancy, à minha frente. Que por sua vez, se aproxima enquanto eu desatava o nó do cabresto que prendia o Joe.

- Mon. - Ela fala baixo, próxima a mim, tocando meu braço, que trabalhava rápido no nó que eu havia feito mais cedo. Assim que sinto seu toque, paro o que estava fazendo e olho para ela, com raiva e decepção ao mesmo tempo.

A raiva se dava por ter me colocado naquela situação. Estar apaixonada por alguém nos deixa vulnerável a esse tipo de sentimento e eu me odiava por perceber que meu olho estava cheio de lágrimas. Eu não queria que ela me afetasse tanto.

- O que você quer? - Pergunto ríspida.

Tee se aproxima mais da gente e por cima do seu ombro, eu vejo a loira saindo de dentro do Bordel. Reviro os olhos, sentindo mais raiva ainda.

Vendo que eu olhava algo que desaprovava, Samanun vira procurando a fonte do meu descontentamento e logo vê a mulher saindo do Bordel e vindo às pressas até a gente.

- Aconteceu alguma coisa, Sammie?

Que porra de apelido é esse?

Seu olhar finalmente cruza com o meu e eu só sinto ódio, mas o ódio não era apenas por ela, era principalmente pelo fato de eu ter visto de forma tão nítida o quanto ela ainda mexia com a Samanun.

- Me desculpe a falta de educação. Meu nome é Margot. - Ela abre um sorriso largo e estende a mão para que eu aperte. Olho por alguns segundos para sua mão no ar e volto a olhar seu rosto.

Enquanto eu decidia se apertava sua mão por educação ou não, ela franze o cenho e então recolhe o braço estendido, com uma expressão confusa.

- Ainda não fomos apresentadas, mas você se chama Kornkamon, não é? - Ela pergunta simpática e a Samanun se vira para ela.

- Acho que não é uma boa hora, Margot. - Ela fala e eu abro um sorriso irônico.

Se a Samanun queria jogar comigo, ela iria aprender que quem inventou esse jogo fui eu.

- Não, de forma alguma Margot. Desculpe a falta de educação e o timing é perfeito. - Olho com ironia para a Samanun, que me observava intrigada. - Muito prazer.

Estico a mão para a apertar a sua, empurrando levemente a Samanun do meu caminho. Ela parecia um pouco confusa, mas então retribui o gesto e encosta sua mão na minha.

Nesse momento, Lauren e Engfa saem pela porta principal, de maneira apressada. As duas andam quase correndo em nossa direção.

- O que aconteceu, aconteceu alguma coisa? - Lauren pergunta de forma desconexa e esbaforida pela corrida.

- O que tinha para acontecer, Lauren? Eu só estava conhecendo a amiga da Samanun. Margot, Lauren. - Eu as apresento e a Lauren me encara com uma expressão de que sabia o que eu estava fazendo e me mandando parar.

A Engfa levava uma feição tensa no rosto e dividia sua atenção entre eu, Samanun e a loira.

- Você... você conheceu a Margot? - Engfa pergunta por fim.

- Claro, muito simpática. - Respondo. - Margot, você quer se juntar a gente? - Eu pergunto e ela faz que sim, com uma expressão ainda um pouco sem entender.

- Sim, eu acho que sim. - Ela finalmente verbaliza.

- Mon, eu posso falar com você a sós? - Samanun me pergunta e eu a olho.

- Samanun, eu acho melhor você não convocar nenhuma reunião, você está suspensa como capitã. Qualquer assunto oficial, eu trato com a Engfa não se preocupe. - Eu falo irônica e então começo a andar de volta para o Bordel.

- Mon, por favor. - Samanun volta a pedir me seguindo. Minha atenção se volta para ela e eu encontro seus olhos castanhos avermelhados suplicando pelo meu bom senso, mas naquele momento eu só queria o caos.

- O que você quer falar, pode falar aqui mesmo na frente de todos, estamos entre amigas. Não é Margot, você se incomoda? - Pergunto e a Samanun parece se irritar. Ela pega na minha mão e começa a me puxar, nos afastando dali.

Depois de nos distanciarmos alguns metros do grupo, ela me põe em sua frente.

- Por que está fazendo isso? - Ela pergunta irritada.

- Eu não estou fazendo nada, Samanun. Só estou conhecendo sua ex, há algum problema nisso? Ela parece ser tão simpática, você estava rindo bastante de uma piada que ela contou no seu ouvido. - A imagem dela segurando na cintura dea Samanun e falando no seu ouvido toma minha mente e minha raiva me consome.

- Eu não tenho absolutamente nada com ela, Mon.

- Nem comigo. - Falo seca e ela me olha incrédula.

Nesse momento, ela parece olhar algo que acontece atrás de mim, então eu viro e me deparo com a cena da Margot voltando ao Bordel, seguida pela Engfa. Enquanto que a Tee e a Lauren permanecem onde estavam.

Vez ou outra elas olhavam para cá, mas ignoro as duas que esperavam por mim.  Assim que viro para encarar a Samanun de novo, seu corpo já estava muito mais próximo ao meu e sua mão segura meu queixo me fazendo olhá-la, mas seu toque não é agressivo.

- Isso tudo é porque está com ciúmes de mim? - Sua boca a milímetros da minha. - Você não entendeu ainda que você é a única que faz meu coração disparar e meu tesão ir nas alturas? Eu queria te beijar e colocar minhas mãos no seu corpo desde o segundo que te vi naquele Bordel. Mas eu não posso. Não foi esse nosso combinado?

Meus olhos encaravam os seus, sua boca quase roçando nos meus lábios.

- Precisava deixar a sua ex te tocar a cada dois segundos?

- Você não precisa ficar assim.

- Eu não gosto de ser feita de otária, Samanun. Se quer voltar para a sua ex, é melhor que você verbalize isso para mim e vá viver sua vida e me deixe em paz.

- Eu já te disse que não quero ninguém que não seja você. - Ela passa sua outra mão pela minha lombar e cola nossos corpos.

Após me encarar por alguns segundos, seu olhar desce para os meus lábios.








- Vocês duas estão loucas? - Tee se aproxima junto com a Lauren e quebra nossa bolha.

Na mesma hora que ela fala, a Samanun solta meu pescoço e se afasta de mim. Nós duas tínhamos as respirações alteradas. Quando olho para a Tee, percebo que ela carregava uma expressão aborrecida.

- Vocês estão no meio da rua no centro de Nassau, querem ser vistas quase se comendo? - Lauren pergunta e eu e a Samanun nos olhamos.

- A gente não terminou nossa conversa. - Ela fala me olhando de maneira muito intensa. Suas pupilas dilatadas tomavam quase que toda a cor dos seus olhos.

Ela então se vira, voltando ao Bordel e eu volto minha atenção à Tee e à Lauren, que tinham expressões aborrecidas no rosto.

- Desculpem eu--

- Mon, você não pode se expor assim. Com você ou é 8 ou 80: ou simplesmente para de ir vê-la ou fica se beijando no meio da rua, não tem meio termo? - Tee pergunta irritada.

- Ela está desacostumada a ter que dividir a atenção. - Lauren fala.

- Não estou acostumada e nem estarei. Já avisei à Samanun que se ela não me quiser por inteiro, ela vá viver a vida dela e eu a minha. - Falo com raiva e a Lauren ri.

- Eita como manda. E a cadelinha respondeu o quê? - Lauren pergunta se referindo à Samanun e a Tee intervém.

- Você também, Lauren. Não tem pra que ficar fazendo graça agora eu estou falando sobre um assunto muito sério. Podem ter visto vocês duas aqui na rua. Você quer testar até onde a lealdade da sua tripulação vai, capitã?

Mordo a parte interna do meu lábio e me recomponho respirando fundo, porque ela tinha razão.

- Tudo bem, você tem um ponto importante. - Falo por fim.

- Eu sei que eu tenho. Às vezes eu sinto que sou a única ajuizada aqui. - Ela fala e olha para a Lauren.

- Nem me meta nesse meio, eu não fiz nada. - Ela levanta a mão em rendição e eu rio fraco.

- Mas, finalmente, o que você estava fazendo aqui? - Pergunto à Tee.

- Eu vim ver se estava tudo bem, porque te conheço. E pela confusão que acabei de presenciar, acho que estava certa de ter vindo. Vocês duas precisam de babá às vezes.

- Mas de novo, eu não fiz nada! - Lauren reclama, como uma criança.

- Exatamente, não fez nada. A Mon pronta pra jogar tudo pro alto, por um par de calças justas--

- E uma bunda gostosa. - Acrescento e a Tee me olha aborrecida novamente. - Desculpa, eu não pude perder a oportunidade - Falo brincando e a Lauren ri alto.

- Você ri agora, mas se eu não estivesse aqui, você estaria beijando a Samanun--

- E isso seria ruim? - Lauren interrompe a fala da Tee, que olha para ela a fuzilando e então continua o que falava.

- Você estaria beijando ela no meio da rua de Nassau, se expondo para alguém ver. É isso que quer? Talvez seja melhor você me explicar suas prioridades, para eu não atrapalhar novamente.

Olho para o chão derrotada. Eu e a Lauren tínhamos bebido bastante para termos perdido a noção do perigo naquele momento, mas a fala da Tee havia me dado um choque de realidade. Eu realmente estava me pondo em perigo demais fazendo aquilo ali.

- Tudo bem Tee, você tem razão. Obrigada por ter vindo me resgatar. - Ela bufa. - Desculpe por brincar com isso, você está certa. Eu não deveria me expor dessa maneira, eu acabei bebendo muito e misturando as coisas.

- Eu não quero atrapalhar a noite de ninguém, Mon. Mas me preocupo com você.

- Eu sei, Tee. E você não atrapalhou a noite de ninguém, pelo contrário.

- Você quer voltar ou ir para casa? - Lauren me pergunta.

- Ainda é cedo, eu quero voltar. - Dou um sorriso malicioso. A Lauren sorri e faz que não com a cabeça e a Tee cruza os braços em desaprovação.


Samanun Every

Meu coração batia acelerado enquanto eu me afastava da Kornkamon e voltava para dentro do estabelecimento.

Ando até a mesa em que estávamos e encontro a Engfa e a Margot conversando a sós, algo que parecia ser um assunto sério. Elas estavam ambas sentadas em cadeiras, de frente uma para a outra. A Engfa segurava as duas mãos da Margot e assim que eu me aproximo, elas cessam o assunto. A Engfa me olha, mas a Margot não.

- Acho que vocês precisam conversar. - Ela fala, se referindo a mim e à Margot.

Continuo em silêncio e observo a loira à minha frente, que finalmente me olha com uma expressão triste. Fico preocupada.

- Você está bem? - Pergunto à ela e a Engfa se levanta, dá um tapinha no meu ombro e indica a cadeira para me sentar, se afastando em seguida.

Me sento na cadeira à sua frente e a observo. Ela estava pensativa.

- Quero que seja sincera comigo, Sam. - Margot pede e eu faço que sim com a cabeça. - O que exatamente você tem com a garota lá? A Kornkamon.

Ela vira sua cabeça em direção ao balcão e eu sigo seu olhar, encontrando a Mon sentada no balcão novamente, junto com a Lauren e a Tee. Ela estava com as costas apoiadas no balcão e os dois cotovelos em cima da madeira, em uma pose um tanto... segura demais. Ela me observava incessantemente, mas desvio o olhar de suas orbes marrons e volto minha atenção aos verdes na minha frente.

- Nós não temos nada... - Começo eu vejo sinais de relaxamento na expressão da Margot. - Mas eu estou apaixonada por ela.

Quando termino a frase, ela olha para o chão e sorri triste.

- Acho que superestimei minhas chances com você. - Ela fala e me olha.

- Chances comigo? - Fico sem entender de imediato.

- Sim, Sam. Eu ainda sou apaixonada por você, eu larguei a trupe para vir para Nassau. Por você.

Sou pega de surpresa por suas palavras. Pode parecer ingênuo, mas eu não esperava em hipótese alguma que ela ainda se sentisse assim por mim. Uma das coisas que me apeguei para tentar superar, na época que ela foi embora, foi o fato de que eu me convenci de que ela não se sentia exatamente da forma como dizia. Eu não acreditava completamente que ela era apaixonada por mim, talvez um encantamento momentâneo porque a gente se dava muito bem e éramos ótimas na cama. Mas paixão foi algo que eu me convenci que ela não sentia.

Por isso o teor de sua fala era inesperado para mim. A trupe era tudo para ela, seu estilo de vida nômade era o que ela mais prezava no mundo. Ouvi de sua boca que ela havia largado aquilo por mim, me deixa sem palavras. Eu não sabia o que sentir, tampouco sabia o que dizer.

- Eu não estou te cobrando nada, quem sou eu para isso, levando em consideração que eu simplesmente fui embora quando você tanto pediu para que eu não fosse. Mas eu queria entender quais a situação aqui. Se vou precisar competir com a Kornkamon Teach, pela sua atenção.

- Acho que estou um pouco sem palavras, porque não esperava nunca que você se sentisse assim por mim.

- Como assim? Eu sempre te disse que era apaixonada por você.

- Eu sei, mas--

- Você não acreditou porque fui embora, né? Eu entendo seu posicionamento Sam, a gente chegou a conversar diversas vezes naquela época e acho que até hoje você não entende, mas isso não importa agora. Não há mais trupe, não há mais viagem, só há eu e você. - Ela põe a mão no meu rosto, mas me afasto.

- Eu estou apaixonada por ela. - Falo de forma direta e ela me olha incrédula.

- Você está apaixonada? Tem certeza disso? Você acabou de me dizer que vocês não tinham nada.

- Sim, não temos nada oficial, até porque nossa história é meio complexa, ela é capitã de uma tripulação rival à minha. Mas a realidade é que muita coisa aconteceu, você passou um ano fora Margot.

- Essa é sua forma de me retaliar por ter ido embora?

- Não. Eu só estou sendo sincera como me pediu.

Eu não nutria mágoa por ela naquele momento, porque eu realmente não me importava mais com o fato dela ter ido embora. Ela fez esse movimento por ela própria e eu tive que seguir minha vida em um determinado momento, já que eu não poderia esperar por ela pelo resto da vida, ela não tinha nenhuma pretensão de voltar. E ainda que tivesse me dado um prazo para seu retorno, eu não sei até que ponto ficaria pura e casta vivendo por ela, esperando sua volta, eu também tinha amor próprio.

A questão é que a vida seguiu seu curso... E não foi culpa minha que o destino tenha escolhido um curso lindíssimo, com curvas que ficavam maravilhosas em roupas apertadas de couro preto.

- Eu não vou me dar por vencida nisso, Sam. A gente tem uma história e eu estou disposta a te relembrar como nós éramos boas juntas.

- Margot, não faça isso. Não fique presa a um passado que não volta. Eu tive que me esforçar muito nesse último ano para entender que o que vivemos é passado e apenas isso. Foi ótimo quando estávamos juntas, mas passou. - Falo da maneira mais delicada possível. Eu não queria ser rude porque eu ainda nutria carinho por ela, porém ela realmente era apenas uma amiga para mim, nada mais.

- Eu entendo que devo ter te machucado muito ao ir embora, mas Sam eu me arrependo tanto, tanto. - Ela fala com os olhos cheios de lágrimas. - Se eu sequer imaginasse que tinha um sentimento tão profundo por você, eu não teria ido embora. Eu já havia me apaixonado antes e, como fiz com você, também tinha deixado essas pessoas para trás porque minha vida com a trupe sempre foi a coisa mais importante para mim, até você chegar. - Uma lágrima solitária escorre dos seus olhos verdes pela pele lisa da sua bochecha, deixando um rastro molhado até pingar na minha calça.

- Eu sinto muito que se sinta assim, Margot. Eu realmente não quero te ver mal, não foi porque sofri por você que eu quero que sofra por mim, de jeito nenhum. O sentimento que eu tenho pela Kornkamon, cresceu de forma completamente inusitada e não planejada. Eu nunca imaginei que fosse sentir algo por ela, mas desde os dias que passamos presas em uma ilha, nos aproximamos e de lá para cá, o sentimento só foi crescendo.

- Vocês ficaram presas em uma ilha?

- Sim, você não sabia disso?

Ela olha até Kornkamon do outro lado do salão e então volta a olhar para mim com um sorriso triste.

- Vocês devem se completar tanto, as duas têm os mesmos interesses, são capitãs dos seus navios e ela é linda, eu não posso negar. E ainda passaram por uma situação dessas juntas...

- Margot, eu não quero que fique se prendendo a isso. Eu não quero te ver assim, sou muito sincera quando digo isso. - Me angustiava um pouco ver ela daquela maneira.

- Não se preocupe comigo, Sam. Eu sou grandinha, sei me cuidar. Eu só estou triste agora porque fiquei sabendo disso de uma forma inesperada, mas eu vou procurar forças para lutar por você.

- Lutar por ela? - A voz da Mon ecoa atrás de mim, gelando todo o meu corpo. - Você chegou agora e acha que ela está disponível para você?

Me levanto indo de encontro com o corpo da Mon, porque eu sabia que ela era impulsiva o suficiente para voar no pescoço da Margot sem pensar duas vezes.

- Mon, eu estava dizendo exatamente isso, não precisa reafirmar e criar uma situação complicada aqui. - Falo baixo para que só ela me ouvisse, mas o cheiro de bebida que exalava do seu hálito me dava uma boa noção de que ela não pretendia ceder.

-  Complicada? Mais do que ela já criou ao chegar aqui do nada e achar que você é território dela!?

- A Sam não é um pedaço de terra para ser território de ninguém. - Margot fala e a Mon ri irônica.

- Acho que ela pensa diferente de você, quando está na minha cama gemendo meu nome e dizendo que seu corpo é meu. - Mon fala e eu a puxo dali.

- Já chega, você vem comigo. - Falo arrastando-a para longe porque eu não queria que a Mon chamasse mais atenção do que já estava chamando.

Margot nada fala porque não era de brigas, muito menos por aquele motivo. Ela sempre foi um espírito livre e ela não gostava de demonstrações exageradas de posse e eu sabia que ela nunca entraria naquele tipo de discussão com a Mon.

Continuo andando pelo salão, indo em direção à parte de trás do quintal e encontro a Tee se aproximando da gente no meio do percurso.

- Eu falei para não ir até lá. - Tee se aproxima, mas eu ignoro sua presença e passo direto, ainda segurando sua mão firme na minha e puxando-a para longe dali.

Continuo andando até o mesmo local que havíamos nos encontrado às escondidas ontem, quando fui solta.

- Por que me tirou de lá? Eu ainda tinha muitas verdade para jogar na cara dela. Ela achava o quê? Que iria colocar os pés aqui e ter minha mulher para ela?

Ela estava completamente possessiva, mas ao invés daquilo me chatear, estranhamente aquilo me excitava e eu acabo por não conseguir segurar um riso ladinode canto de boca que brotava no meu rosto.

- Sua mulher? Desde quando eu sou sua mulher? - Pergunto de maneira provocadora.

Eu tinha levado ela até ali para apaziguar a situação, mas vê-la me chamando daquela maneira e se comportando daquele jeito, me deixava com mais vontade de ver aquele lado dela do que de propriamente contornar a situação.

Ela se aproxima de mim e pega no meu queixo, me fazendo olhá-la da mesma forma que já tinha feito outras vezes.

- Você pode não ser oficialmente minha, mas nenhuma outra mulher toca em você, tá me ouvindo Samanun?

Lambo meus lábios com um sorriso safado no rosto.

- E se isso ocorrer, o que você vai fazer?

- Se isso acontecer, você nunca mais tocará no meu corpo na sua vida. Quer me testar?

Ela havia virado o jogo.

Automaticamente meu olhar varre a extensão do seu corpo inteiro e volta a olhar para seus olhos escuros.

Me aproximo dela, mas ela não me deixa chegar mais perto e coloca o dedo indicador um pouco abaixo do meu pescoço, em um gesto que mandava eu parar de andar.

- Você não se aproxima nem mais um centímetro antes de responder ao que eu perguntei, Samanun.

- O que foi mesmo que perguntou?

Ela comprime os olhos.

- Como você é cínica. Eu perguntei se preferia estar com outra mulher e não me ter nunca mais.

- Não foi você que deu a ideia do sexo a três com a Hailee?

- O que quer dizer com isso? - Ela parecia mais irritada agora.

- Quis dizer que eu poderia ter seu corpo e o de outra, na mesma hora, me tocando. Não? Acho que a Margot toparia. - Faço a gracinha e me arrependo na hora, porque se ela carregasse sua espada naquele momento, eu poderia temer pela minha vida de tanta raiva que vi passar nos seus olhos.

- Sai da minha frente. - Ela me empurra, indo em direção à saída.

- Calma, Mon. eu só estava--

Ela para seu caminho e vira para mim em fúria.

- Através de brincadeiras é que se diz a verdade Samanun. Você sabe muito bem que sou adepta a uma putaria, mas no meu ponto de vista, você só quer dormir com a oxigenada e quer minha benção para isso.

- Mon, definitivamente não foi isso que eu quis dizer. Mon! - Ando apressada atrás dela.

- Eu estou cansada de perceber que estou sobrando nessa equação, Samanun. Não gosto de me sentir inferior a ninguém, nem vulnerável. E não faz nem 24h que essa mulher chegou e eu me sinto assim o tempo inteiro, então se quer dormir com ela, o faça. Mas seja mulher para admitir.

Ela fala isso olhando nos meus olhos e então se vira e sai às pressas pelo salão. Ela anda tão rápido e desvia com tanta velocidade dos corpos pelo Bordel, que eu não consigo acompanhar seus passos e acabo por apenas observar enquanto ela se esvai do recinto.

Olho para meu lado direito e vejo a Tee e a Lauren com as expressões assustadas observando a cena. Do meu lado esquerdo estão a Engfa junto com a Margot.

Volto a olhar a porta e ando até ela. Assim que cruzo o portal de madeira, sinto a brisa fresca da noite e o silêncio invade meus ouvidos. Contraste gritante entre o barulho de pessoas e de músicos tocando no interior do Bordel.

Deixo tudo isso para trás, quando monto na Tempestade e inicio a cavalgada o mais rápido que eu podia. Eu não sabia para onde a Kornkamon havia ido, mas meu instinto me leva até o Porto.

Assim que chego no local, avisto um cavalo castanho puro sangue inglês. A única pessoa que tinha um cavalo tão raro e caro como aquele na ilha era ela, então indubitavelmente ela estava onde meu sexto sentido havia me levado.

Com cautela, me aproximo do seu navio, olhando ao redor para ver se tinha alguém ali, seria um escândalo que vissem a capitã do Fancy entrando no meio da noite no Concorde. Se eu fosse flagrada entrando no navio rival, o pensamento instantâneo seria de que eu estava ali para prejudicar de alguma maneira a tripulação dos Negros, o que era terminantemente contra o código de conduta pirata.

Ou seja, eu não poderia ser vista ali, em hipótese alguma. Caso isso acontecesse, eu poderia voltar para a prisão em um estalar de dedos.

O casco de madeiras escuras repousava quieto no manto calmo das águas claras de Nassau.

Me aproximo da escada de madeira e corda que estava estendida ao lado do navio, o que só significava uma coisa: ela devia ter acabado de subir por ela já que não era comum os piratas deixarem a escada disponível assim.

Respiro fundo e volto a olhar para os lados, quando me certifico que não tinha ninguém ali, eu coloco minha bota no primeiro degrau.

Já era, Samanun. Agora vai de uma vez.

Penso comigo mesma, me impulsionando a subir com pressa, para que não fosse vista.

Assim que passo a primeira perna pelo para peito do convés, alguém me puxa com violência para dentro do navio e me segura por trás, apoiando uma lâmina no meu pescoço.

- Eu vim em paz, eu vim--

A pessoa me solta e automaticamente eu ponho a mão na minha garganta, procurando algum resquício de corte. Então apuro minha visão para a pessoa que me segurava, já que o ambiente estava muito escuro.

- O que diabos está fazendo aqui? - Mon me pergunta com a voz sussurrada, enquanto guardava sua espada no cinto.

- Desculpa, eu... Mon eu queria conversar, você saiu tão rápido que não me deixou me explicar.

- Você só pode estar completamente insana para entrar no meu navio sozinha a esta hora da noite. - Ela fala com preocupação na voz e olha para os lados procurando algum vestígio de alguém ali. Então ela se aproxima de mim e puxa a manga da minha roupa, me arrastando com pressa até seu escritório e fecha a porta à chave.

- Eu precisava terminar a conversa que começamos. - Me explico enquanto ela terminava de trancar a porta e olha para mim.

- Como sabia que eu tinha vindo para cá?

- Não sei, talvez sexto sentido de capitã. Acho que se tivesse algum lugar que eu quisesse me refugiar do mundo, eu iria para o meu navio também. Com exceção de que agora, eu não posso pisar nele. - Sinto uma pontada de saudade da vida no mar.

- Tá, mas o que queria dizer que era tão urgente? Eu quero ficar um pouco sozinha. - Ela fala impaciente.

Àquela luz eu só conseguia ver poucos resquícios de seus traços, já que estávamos tomadas pela escuridão e, devido à minha presença ali, ela não tinha acendido nenhum dos candelabros para não chamar atenção.

- Mon, eu já entendi que está sem vontade de me ver e de terminar essa conversa, mas eu não poderia deixar as coisas do jeito que pararam. Você achando que eu queria dormir com a Margot. Está longe de ser verdade.

- E por que sugeriu um mènage com ela? - Ela cruza os braços e eu seguro minha vontade de rir, ela parecia uma criança emburrada.

- Eu estava brincando com você, porque descobri que adoro quando te vejo irritadinha e com ciúmes de mim.

Ela levanta uma sobrancelha em uma pose arredia.

- Seu ego é bem avantajado, se acha que eu estava com ciúmes de você. Só não gosto de ser feita de idiota, por isso que eu pedi para que fosse mais clara quanto ao que você quer.

Sorrio um pouco de sua fala.

- Desculpe se pensei que o fato de você aparecer do nada na nossa conversa, jogando na cara da Margot que dormimos juntas e que eu disse que meu corpo era seu havia sido uma demonstração clara de ciúmes. Me precipitei. - Falo com ironia e divertimento.

- Samanun, vai continuar com gracinha ou vai falar logo o que veio até aqui para falar? - Ela era adorável irritadinha.

- Eu vim te falar de uma vez por todas que se eu quisesse estar transando com outra, eu estaria. Mas eu não quero ninguém que não seja você. - Enquanto eu pronunciava as palavras, eu me aproximava dela, de forma que quando termino de falar, puxo seu corpo de encontro ao meu, sanando a vontade absurda que eu estava de beijá-la desde que ela pôs os pés naquele Bordel esta noite.

Mas antes das nossas bocas se encontrarem, ela põe seus dedos de encontro aos meus lábios, bloqueando meu movimento.

- Não vai ser assim tão fácil, Samanun. Não são algumas palavras fofinhas e você me leva para cama. Vai ter que se esforçar mais.

- O que você quer que eu faça?

Ela sorri de lado, um sorriso safado.

- Vai fazer o que eu quiser? - Ela troca o lado, me empurrando na parede de madeira do seu navio.

- Quem é que tem o ego grande agora?

- Sabe qual é o seu problema, Samanun? Você brinca com fogo, mas não aguenta se queimar.

Sorrio de sua fala.

- Se quer ficar de gracinha com a loira oxigenada lá, você vai entender que não pode me ter. Ou é uma coisa ou outra. - Ela segura a gola da minha camisa. - E então, o que vai ser? - Ela pergunta com o queixo levantado, me desafiando.

- Já deixei claro que não quero ninguém que não seja você. Quer que eu repita quantas vezes?

- Quantas eu julgar necessário. Se eu quiser que repita, você vai repetir. - Ela fala no meu pé do ouvido e então morde o lóbulo da minha orelha. Seu corpo pressionava o meu, contra a parede do seu escritório.

Ela então puxa minha gola novamente e me empurra contra a mesa que havia ali, passando a mão por cima da madeira e esvaziando todos os objetos que estavam ali, jogando tudo no chão e me pondo sentada em cima da mesa. Eu carregava um sorriso lascivo nos lábios porque adorava transar com ela à base da raiva, sua pose mandona me deixava de uma maneira vergonhosa.

Ela então puxa minha blusa, abrindo a parte da frente e expondo todo meu sutiã. Ela observa com seus olhos nublados de tesão e então lambe a extensão da minha barriga até minha garganta, mordendo meu queixo no final.





Kornkamon Teach

Mordo seu queixo na intenção de aliviar um pouco a vontade lancinante que eu sentia de ter o seu corpo para mim com pressa e com fervor.

Eu sentia ciúmes dela e, por causa disso, eu sentia raiva em seguida. Porque eu não queria estar tão entregue, tão exposta, tão vulnerável. Eu gostava de estar no comando, mas cada vez que eu percebia mais e mais a real extensão dos meus sentimentos por ela, mais suscetível eu estava a sentir ciúmes e posse pelo seu corpo.

- Como, Kornkamon, como que eu poderia não querer você? - Ela pergunta em meio a lufadas de ar ruidosas.

Desabotoou sua calça e puxo para baixo. Quando chega em seus tornozelos, ela mesma remove as botas e então termina de retirar toda a calça que vestia, ficando só com uma calcinha rendada preta na parte de baixo. A renda era transparente e deixava à mostra todo seu sexo para mim.

Dou um sorriso de canto ao notar a cor da sua lingerie.

- Sempre me homenageando, Samanun? - Ela sorri.

- Gostou? - Ela fala e eu capturo o pano de sua calcinha com meus dentes da frente, olho para ela e levo meus dedos indicador e do meio até a região do seu nervo, pressionando o local.

Ela apoia seus braços atrás, na borda da mesa e sua cabeça pende para a posterior. Seus cabelos negros soltos pendurados atrás e sua bocca em um O, gemendo sons inaudíveis.

Solto o tecido de sua calcinha e puxo um de seus seios para fora do sutiã, lambendo o bico do seu peito e sentindo ele enrijecer na minha língua.

- Sua lingerie grita ao mundo a quem seu corpo pertence. - Deslizo minha mão pela sua barriga devagar, vendo sua pele se arrepiar com meu toque leve.

Ela volta seu olhar para mim, seguindo meus movimentos com seus olhos marrons avermelhados que, naquele momento mais pareciam negros de tão grande que sua pupila estava.

A ponta dos meus dedos passam entre o tecido da sua calcinha e sua pele lisa, introduzindo minha mão por baixo da micro peça de roupa. Aos poucos, meus dedos começam a sentir sua fenda úmida, ao passo que continuo descendo com meus dedos encontrando seu nervo. Toco-o de leve, bem de leve e ela geme.

- Sabe quando aquela loira sem sal vai tocar aqui? Nunca. - Pressiono seu clitóris e ela geme um pouco mais alto agora.

Puxo seu pescoço, seus lábios molhados vindo de encontro aos meus. Minha língua logo inicia uma dança dentro da sua boca quente, enquanto eu movimentava meus dedos em cima do seu nervo, agora tão rígido como a madeira que ela estava sentada.

Ela gemia baixo, respondendo à minha masturbação em seu nervo duro.

- Ninguém me fode como você. - Ela balbucia entre os gemidos que saíam da sua garganta.

- Vem cá. - Sesso os movimentos que fazia dentro da sua calcinha e puxo a gola do seu casaco, a colocando de pé. Logo suas mãos tomam posse do meu corpo, também abrindo minha roupa e entrando com sua boca pelo meu sutiã. Deixo ela chupar meu peito por alguns segundos, mas logo a afasto de mim e ela me olha com uma expressão frustrada.

Ignoro sua súplica e começo a me despir, ficando apenas de lingerie, enquanto eu fazia o mesmo com o restante de suas roupas. Por fim, tiro seu sutiã e a deixo só de calcinha.

Viro-a de costas, suas mãos espalmam na parede. Eu encosto meu corpo no seu, por trás e minha mão esquerda vai em direção ao seu seio, captando entre meus dedos o seu mamilo. Introduzo minha perna entre as suas e faço um movimento para ela afastá-las.

- Abre mais suas pernas pra mim, Sam. - Falo no seu ouvido e ela me obedece.

Minha mão contorna sua cintura pra frente, entrando com minha mão dentro da sua calcinha novamente e volto a masturbar seu clitóris enquanto eu sentia sua bunda na minha virilha e seus peitos na minha outra mão.

- Ai, Mon, você faz muito gostoso, porra! - Ela pende sua cabeça para trás, encostando no meu ombro e mexendo seu quadril. acompanhando os movimentos da minha mão.

Dou um tapa na sua bunda, enquanto sentia minha lubrificação tão ativa quanto. Pressiono meu centro de encontro à sua bunda, tentando apaziguar o tesão que me tomava. Ela percebe meu movimento desesperado e passa uma mão para trás, encontrando minha buceta molhada e, sem demora, ela passa seu dedo do meio pelos meus lábios inferiores e encontra meu clitóris.

Gemo no seu ouvido. Seu corpo colado ao meu, enquanto ambas nos masturbávamos era meu fim, eu sentia meu orgasmo quase chegando, por isso tiro sua mão de dentro da minha calcinha e a viro de frente, enchendo minha mão com a pele macia do seu seio e lhe dando um beijo profundo.

Minha mão automaticamente desce pela sua barriga e adentra sua calcinha de novo e enquanto lhe dou prazer, a direciono para o sofá que tinha ali dentro. Quando nos aproximamos, eu a deito no sofá e puxo a última peça de roupa que ela tinha em seu corpo.

Desço o pedaço de pano pelas suas pernas e jogo em qualquer lugar dali, caindo de boca na pele úmida e quente. Minha língua procura sua entrada, introduzindo a pontinha ali. Ela leva a mão aos meus cabelos, puxando os fios, em uma tentativa de aliviar o que sentia.

Suas coxas ao redor do meus ombros, seus calcanhares nas minhas costas e sua cabeça pendendo para trás em uma visão dos Deuses.

Chupo suas dobras e toda a extensão do seu clitóris, de cima abaixo. Contorno sua entrada com minha língua, porque sabia que ali tinha uma boa quantidade de terminações nervosas, enquanto masturbava a cabeça do seu clitóris com meu polegar e ouvia seus gemidos como música para os meus ouvidos.

Quando introduzo dois dedos na sua entrada e sugo seu clitóris, seu orgasmo vem forte na minha boca e eu sinto as paredes do seu canal se fechando ao redor dos meus dedos, em um espasmo que demonstrava o seu prazer escorrendo por cada poro.

Mantenho meus dedos quase imóveis dentro dela, com exceção de alguns pequenos movimentos que eu fazia de vez em quando, prolongando seu orgasmo. Assim como fazia com seu clitóris.

Aos poucos, seu corpo começa a relaxar e sua respiração diminui o ritmo. Nesse momento eu removo meus dedos de dentro de si e deito em cima do seu corpo suado. Ela passa a ponta dos dedos nas minhas costas desnudas, em um carinho gostoso.

Estávamos ambas em silêncio, enquanto ela fazia carinho nas minhas costas. Gradualmente, seus movimentos castos na minha pele, começam a adotar uma conotação mais safada, ao ponto que seus toques descem para minha bunda e então voltam para as costas. Então descem para minha bunda e lá ficam, apertando a carne, de leve.

Levanto a cabeça para ver seu rosto e ela aproveita pra me dá um beijo na boca, nem um pouco inocente. Quando baixo minha guarda, ela nos troca de posição rapidamente, me colocando deitada e se pondo em cima de mim.

Suas mãos desatam o fecho do meu sutiã, jogado longe. Sua boca toma toda minha auréola e sinto a ponta do meu mamilo encostar na sua língua áspera.

- Agora eu que quero te comer de quatro. Levanta e se apoia ali na mesa. - Ela fala e eu levanto uma sobrancelha.

- Tá querendo fingir que é a ativona do rolê?

- Eu estou falando sério, Kornkamon. Quero ter a visão da sua bunda enquanto seu líquido escorre pelas suas coxas.

Sinto uma pontada no meu centro com sua fala e me dou por convencida, indo até a mesa e ficando na posição que ela me pediu.

Ela me dá um tapa na bunda e sem esperar muito, ela encontra minhas dobras por trás, puxando meu cabelo.

- Que irônico não é? Olha a posição passiva que você tá, enquanto eu te como por trás, Kornkamon. Isso bem no seu navio. Queria que sua tripulação visse como a capitã deles fica quando a capitã dos Vermelhos fode gostoso com ela. - Ela dá um tapa na minha bunda novamente e passa o nariz pelo meu pescoço, enquanto suas mãos entravam e saíam de dentro de mim.

- Pelos meus registros, você agora não é nem maruja do Fancy, quanto mais capitã. - Eu falo para irritá-la e parece surtir efeito, porque ela me vira e coloca a mão no meu pescoço, me enforcando de leve. Sorrio de sua irritação. Sua mão volta às minhas dobras e eu passo uma perna ao redor da sua cintura, me abrindo mais para ela, que aproveita e introduz dois dedos dentro de mim novamente.

- É só um detalhe técnico, a questão é o poder que eu detenho. Acha que aqui e agora, quem é a mais poderosa da ilha? Eu tenho você na minha mão, Kornkamon, literalmente.

Seus dedos entravam e saíam de mim devagar, enquanto ela olhava nos meus olhos. Minha perna vacilava pelos seus movimentos certeiros na minha boceta.

- A capitã dos Negros - ela empurra seus dedos fundo em mim e começa a movimentá-los dentro do meu canal - está completamente entregue a mim. Então quem manda no final das contas? - Ela retira seus dedos e volta a inseri-los, me roubando um gemido. - Vamos, Kornkamon, responde.

Minha cabeça pende para trás e eu só sabia gemer, enquanto ela me tinha de forma tão deliciosa. Minha perna ao redor da sua cintura e minhas costas apoiadas na mesa eram as únicas coisas que me impediam de cair, porque a perna que eu apoiava no chão era imprestável naquele momento.

- Seu gemido é música para meus ouvidos. Geme, mostra pra mim, mostra que você se derrete pelos meus dedos dentro da sua boceta, vai. - Ela fala ao pé do meu ouvido, enquanto movimentava seus dedos dentro de mim e com o polegar ela pressionava meu clitóris deliciosamente.

Não demoro para gozar e gritar seu nome vergonhosamente, enquanto me derramava nos seus dedos.

Aos poucos ela me puxa para deitar no chão, já que eu não tinha mais nenhuma condição de manter meu próprio corpo em pé. Eu apoio a cabeça no seu peito, ela passa o braço por baixo da minha cabeça, me aninha no seu corpo e beija minha testa de uma forma fofa.

Naquele momento ela consegue com que eu reafirme a mim mesma o quanto eu sentia por ela. Eu sempre fui uma pessoa muito sexual, mas a partir do momento que percebo que com ela eu gostava do momento pós sexo tanto quanto gostava do ato em si, eu percebo o quanto estava apaixonada por ela.





Samanun Every

- PUTA MERDA! - É a frase que me acorda do sono profundo que eu estava, quando dou um pulo juntamente com a Mon e me sento, procurando de onde tinha vindo a voz.

A porta fecha em um barulho estrondoso e as duas olham para a entrada, quando minha ficha começa a cair depressa que eu estava nua nos braços da Mon, no chão do seu escritório do Concorde. Eu estava muito fodida.

- Vocês podem por favor colocar uma roupa? - Uma voz grita de lá de fora e a Mon a reconhece, porque sua expressão relaxa instantaneamente.

- É a Tee, ela tem a chave do meu escritório. Deve ter vindo pegar algum documento.

Meu coração ainda batia disparado. Fico de pé em um pulo e começo a procurar minhas roupas.

- Já estamos saindo! - Mon grita de volta, enquanto nós duas procurávamos nossas roupas, começando a nos vestir.

- Cadê meu casaco, você viu? - Pergunto para a Mon, que se vestia com pressa e faz que não com a cabeça.

- Kornkamon, se apressem, eu não estarei sozinha por muito tempo. - Tee grita de lá de fora e eu abro o olho em desespero, enquanto a Mon ria.

- Para de rir e me ajuda a achar meu casaco! - Falo e isso só faz ela rir mais.

- Eu não sei onde ele tá. Coloca minha jaqueta. - Ela fala, me entregando a jaqueta de couro.

- Tá louca? Eu não posso ser vista com sua jaqueta, Mon! - Falo indignada.

- Vocês já estão vestidas?? - Tee pergunta de lá de fora.

- Já, pode entrar! - Mon avisa e então a porta se abre e revela uma Tee completamente sem graça.

- Desculpe, capitã. Eu... eu não fazia ideia que estivesse aqui, eu só vim buscar umas coisas e me deparei com vocês... - Ela deixa a frase no ar, enquanto a Mon ria e eu ficava tão vermelha como um pimentão, olhando para qualquer coisa, menos para a cara da Tee.

- Mon, eu preciso do meu casaco. - Falo baixo, com muita vergonha.

- Eu não sei onde está seu casaco, vai com minha jaqueta e depois eu te entrego! - Ela insiste e me dou por vencida porque a única coisa que me importava naquele momento era sair dali o mais rápido possível e cavalgar de volta para casa, àquela hora da manhã, sem nenhum casaco, seria desconfortável demais, então eu aceito.

Visto a jaqueta negra, imediatamente me estranhando naquelas vestes escuras, mas a Mon parecia hipnotizada.





- Puta que pariu, eu sabia que você ficaria ainda mais gostosa de preto. - Ela fala e a Tee coça a garganta, tirando-a dos seus devaneios.

- Eu vou... eu vou embora. - Falo sem jeito. A Mon se aproxima de mim e me dá um beijo, me deixando com mais vergonha ainda.

- Cuidado ao sair, pra ninguém te ver. - Ela fala.

- O Porto ainda está vazio, é cedo. - Tee acrescenta e eu faço que sim com a cabeça, saindo dali às pressas.

Abro a porta do escritório devagar e escaneio todo o porto dali de onde eu estava. Realmente, para minha sorte o local ainda estava bem vazio. De modo que saio às pressas e corro até minha égua, montando a Tempestade e saindo dali o mais rápido possível.

Eu ainda não iria para a casa, tinha planejado tirar algumas coisas a limpo hoje, então rumo ao Bordel. Eu precisava conversar com a Jim.

Assim que chego lá, entro no local e encontro Camila, que me olha da cabeça aos pés. Achei que iria passar despercebida com aquelas roupas, mas aparentemente não.

- Jogaram tinta preta no seu casaco? - Ela pergunta irônica e eu me seguro para não rir.

- Vou optar por não criar provas para mim mesma. - Falo brincando. - Você viu a Jim por aí?

- Sim, ela está lá na cozinha fazendo o café da manhã. Temos alguns hóspedes, uma em especial também está lá com ela. - Ela me alerta, já sabendo de tudo que havia acontecido ontem. Camila era uma fábrica de fofoca.

Agradeço silenciosamente e ando até a cozinha. Assim que chego lá, encontro a Margot sentada em um dos bancos da pequena mesa que existia ali e a Jim cozinhando algo no fogão a lenha.

Assim que a Margot nota minha presença, seu olhar cai para minhas roupas, mas aparentemente ela não entendeu muito bem o motivo pelo qual eu estar com roupas diferentes do meu casaco bordô.

- Bom dia, Sammie. - Ela fala com um olhar sonolento. - Você fica bem de preto.

Sorrio sem mostrar os dentes e a Jim vira para mim. Assim que ela percebe meu casaco familiar aos seus olhos ela fica séria.

- Bom dia, meu amor. - Ela fala e eu vou até ela, recebendo um beijo na cabeça.

- Bom dia! - Respondo a ambas. - E obrigada. - Agradeço à Margot.

- O que te trás tão cedo aqui ao Bordel, Sam? - Jim pergunta, mexendo a comida que estava na panela.

- Eu preciso tratar de um assunto com você. - Falo por fim e ela me olha séria.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não exatamente, mas é algo que está buzinando na minha cabeça há várias semanas.

- Já entendi que é um assunto importante, então te vejo depois. - Margot se levanta de onde estava e me dá um beijo na bochecha, se despedindo e saindo do recinto.

A Jim inclina a cabeça de lado pelo gesto da loira comigo.

- Ela não deve imaginar o motivo de você estar "de preto". - Ela faz aspas no ar.

- Er, acho que não.

- Está brincando de trocar de roupas com a Teach?

Mordo a parte interna do meu lábio e coloco a mão nos bolsos posteriores da minha calça.

- Longa história.

- Imagino. - É o que ela responde, voltando a mexer a colher de pau que tinha em mãos.

Respiro fundo e puxo um banco para me sentar.

- Jim, eu imaginei que poderia conversar sobre isso com você, já que acompanhou bastante da história do meu pai e do Edward Teach, antes do Acordo de Paz. E como é alguém de extrema confiança, eu não pensei em ninguém melhor do que você, para tratar desse assunto.

- Estou ficando um pouco nervosa com o teor dessa conversa. Você se desentendeu com a Kornkamon?

- O quê? Não, não tem a ver com isso. Eu vou direto ao ponto, você já ouviu falar em Charles Walker?

Cito o nome do capitão inglês que havia feito a proposta de acabar com a Mon e sua expressão evidenciava que sim, ela sabia quem ele era e deveria ter uma boa noção do conteúdo do que eu estava prestes a tratar.

- Sim, eu o conheço. - Ela fala de forma misteriosa. Eu sentia que ela também sabia mais do que queria demonstrar.

- Você soube que meu pai macomunou com a coroa inglesa, por intermédio dele, para acabar com a família da Mon? - Pergunto e ela volta a se espantar.

- É claro que eu sei, Sam. A questão que eu quero saber é, como você sabe disso. Seu pai deixou esse segredo trancado a sete chaves e me fez jurar que nunca te falaria.

- Isso não importa muito agora, mas se te deixa mais tranquila, meu próprio pai me confidenciou isso. O que eu quero saber é, como ele se safou disso? Digo, eu sei que ele foi descoberto, porque ele me disse, mas eu não entendo como ele passou disso para o Acordo de Paz.

- É um assunto que eu também não sei, Sam. Ele foi descoberto pelo Edward Teach, foi um escândalo. Claro que quase ninguém da ilha ficou sabendo, única e exclusivamente pela bondade do capitão Teach. Mas ele estava disposto a levar o seu pai até a forca. Alguns dias depois, algum milagre aconteceu e eles fizeram uma reunião importante e chegaram ao Acordo de Paz. Nunca mais esse assunto foi tocado.

Estranho aquela sucessão de acontecimentos. As informações não batiam.

- Mas já que veio até mim...- Ela volta a falar. - Confesso que não acredito em milagres e eu desconfio que existe algum segredo a mais que não sabemos.

- Segredo?

- Alguma informação perdida por aí que eles não deixaram vazar. Ou você acha que o Edward Teach iria entregar a oportunidade da vida dele de destruir seu pai, em prol de dividir a ilha com ele? Ele não faria apenas por bondade, seu pai deve ter apresentado alguma moeda de troca que valia a pena, para salvar a pele dele. Porque quando ele descobriu o crime do seu pai, ele ficou com sangue nos olhos para levá-lo até sua execução. Dias depois, assinam o Acordo de Paz. Qual o sentido?

Nenhum.

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