Secret in rosé - Ziam

By ladyarrozdoce31

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Zayn e Liam se odeiam igualmente. Graças a descoberta de um segredo peculiar, Zayn vê sua grande chance de se... More

01). Confrontation
02). Discovery
03). Agreement
04). Slaps in the night
05). Say my name
07). Forgiveness
08). Remedy
09). Solace
10). Full moon or sun

06). House

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By ladyarrozdoce31

Depois da noite passada, depois de ontem à noite acho que estou apaixonado por você. 
Acordei e não consigo tirar você da cabeça.

Depois de ontem à noite, eu não sei o que fazer. Quando a verei novamente?”
(After last night - Silk Sonic)

— De bom humor? — Louis perguntou ao ouvir Zayn cantarolar. Ele raramente cantarolava. 

— Sempre estou. Qual a novidade?

— Hoje parece muito mais. E eu nem vi você trazendo nenhuma mulher. — cruzou os braços, interessado no jeito estranho do chefe e amigo. Zayn girou na cadeira, acendendo um cigarro. 

— Digamos que provei um produto novo. 

— Não se vicie ou sera um problema. — brincou, sabendo que ele não poderia estar falando de nenhuma de suas mercadorias. 

— É um bom vício. — deu de ombros — Seguinte, vamos precisar interceptar uma carga hoje. Jules saiu da prisão e agora vai ficar no prejuízo com o que me deve.

— De um lado a gangue dele e do outro a Interpol. — Louis divagou, pensando na melhor estratégia para escaparem ilesos. 

— Nós sempre chegamos primeiro. Nada pode dar errado. — Niall parecia certo disso. 

— A única pessoa responsável por fazer com que as coisas deem errado ultimamente é o Payne. — Louis se preocupou. Ultimamente, saiam no prejuízo com as armadilhas em contra resposta armadas por Liam.

— Ele não vai ser um problema por agora, acredite. — Zayn assegurou.

— Como pode ter tanta certeza? — Louis o encarou com o cenho franzido. 

— Aquele cavalo esta sendo selado como se deve. — garantiu, sabendo que isso era verdade — Bem, fiquem de olho nas estradas e entrem em contato comigo quando o serviço terminar. 

— Não vai nos acompanhar hoje? — Louis tornou a perguntar. Niall também estranhou, mas se manteve em silêncio, guardando munições na mochila. 

— Tenho assuntos urgentes para resolver. Agora saiam. — os dispensou, encerrando a questão. Dar satisfações não era de seu feitio, por mais que confiasse plenamente nos gêmeos para qualquer coisa. 

Passava das quatro da tarde e resolveu ligar para Liam. Estava pensando nele, lembrando de tudo o que houve e de como precisava daquilo outra vez. Para alguém que pretendia matá-lo, estava dependente demais para desejar o contrário. 

Sabia que era uma bola a fora, afinal seus pais se odiavam e ele roubou sua namorada. Devia pagar por tanto ódio acumulado, mas focar naquele ódio o deixava duro ao invés de furioso. 

Já havia ficado com um rapaz quando mais novo, mas nada que o fizesse questionar sua sexualidade. Naquela altura também não questionava, porque transar com mulheres o excitava, mas transar com Liam o excitava ainda mais. Não sabia se pela adrenalina em fazerem escondido ou pelas calcinhas que ele usava, talvez as duas opções, mas não pensava em parar tão cedo. 

Definitivamente não se importava com rótulos. Só se importava em fazer o que queria, sem ter que dar satisfações sobre seus passos para ninguém. 

Com o celular em mãos, discou. Ele demorou a atender e Zayn começou a se irritar. 

Estou cheio de ocupações. — já começou se justificando. 

— Te dou meia hora e nenhum minuto a mais, Payne. — disse firme, encerrando a chamada, sem paciência para quaisquer outras desculpas. Liam não era burro e sabia que se o contrariasse, poderia ser pior. 

Trinta e dois minutos depois, ele batia em sua porta. Dada a permissão, entrou, fechando a porta e tirando o bone, alem dos óculos. Sempre se sentia um idol quando entrava ou saia da Zquad. 

— Não posso vir sempre que quiser. — pôs as mãos nos bolsos, tentando ser firme, embora olhar para Zayn tenha levado a sua mente aos flashbacks da noite anterior. O rosto satisfeito dele ao fodê-lo, a presunção, força e virilidade exagerada. Era um imbecil. 

Se recusava a recordar o quão submisso estava, gemendo por ele e gozando por ele sem pudor, entregue. Quis colocar na cabeça que se tratava apenas de estímulo, mas a lembrança da sensação levava uma mensagem direta ao seu pênis e tudo se tornava uma bagunça. 

Quase não dormiu ao lembrar do que aconteceu, alem das dores malditas que mal lhe permitiam se mexer adequadamente pela manhã. Estava sofrendo em seu físico e seria mais um preço na conta do gângster. Quando tivesse a sua chance, iria trucidá-lo sem dó.

— É sua obrigação comigo, princesa. — levantou da cadeira, se aproximando devagar. Liam manteve a pose, os braços cruzados no peito e olhar semicerrado. 

— Não fode e diga logo o que quer.

— Falar sobre ontem. 

Liam se incomodou, mais do que já estava com a ideia de estar ali. Não passava por sua mente qualquer coisa parecida com o que houve outra vez. 

— O quê exatamente?

— Não vai se repetir.

Suspirou aliviado, ou não. Era bom, certo? Menos um problema. 

— Não sabe como fico feliz com isso. Ja basta dessa humilhação e me tornar seu amante não esta nos meus planos. 

— Acha que eu teria tanto mau gosto? Há uma fila de mulheres loucas pra se enfiar na minha cama. — o rodeou, olhando de cima a baixo, lembrando de como aquele corpo másculo se dobrou por ele.

— Então enfie e dejáme en paz. Ja basta dessa tortura. Estamos quites. — se enfureceu. Não bastasse ser submetido a sexo, ainda era humilhado por ele. 

— Não estamos ate que eu decida isso. — pontuou, com passividade, parando em sua frente, imitando a pose do outro gângster. 

— Pare de perder seu tempo valioso comigo. Lo que se consigue con esto? 

— Ja se esqueceu que se trata de uma vingança?

— Por uma mulher. Una mujer que no significaba nada para mi.

— Pra mim significou muita coisa. — mirou seu corpo todo novamente.  

— Então a peça em casamento e…

— O que esta usando? — tocou a cintura dele, erguendo a barra da camisa e com o polegar, puxou o cós da calça após checar por dentro do jeans. Ergueu a sobrancelha, surpreso — Púrpura? 

— Na pressa foi a primeira limpa que encontrei. — afastou as mãos dele, nervoso pela aproximação. Ter as mãos de Zayn em seu corpo era um perigo e agora sabia bem. 

Zayn insistiu e pôs as mãos ali novamente, deslizando suavemente ate a bunda e apertando com força. Liam estremeceu, dando um longo suspiro. O movimento o fez colar o peito no peitoral de Malik, que passou o nariz por seu pescoço.

— Minha cor predileta. 

— Eu não me lembrava disso. — corou levemente, desviando o olhar para o outro lado. 

Liam se lembrava sim, tanto que a escolheu de propósito. Não que tenha se antecipado para o caso de Zayn ver. Não mesmo. 

— Sei que prefere as de tom rosé. — implicou, após apreciar o perfume bom que ele usava.

— Mude o assunto e despeje a sua orde…

— Aboliu o uso de cuecas?

— Eu ja disse que estava com press…

— Você realmente gosta disso. Não é so pela sua prima. — constatou, um pouco hipnotizado pela maneira como caia bem no corpo de Liam. 

— Não é da sua conta. 

— Sou descontruido. Não estou julgando. So quero entender como funciona quando quer foder. 

Liam procurou algum traço de sarcasmo e apenas encontrou uma expressão neutra. Ele parecia curioso. 

— Óbvio que não mostro pra ninguém. 

— Elas ficariam chocadas. Algo tão fino se perdendo ai dentro… Isso deve doer. — murmurou, tateando todos os detalhes da calcinha. 

— Não dói. T-tire as mãos daí. — se arrepiou. Os dedos se arrastando por ali como se tatuassem algo delicado. 

Zayn sabia que explodiria em suas calças se não encontrasse uma solução. Ao encontrar, parecia impulsivo, sendo que tinha muito o que fazer, mas arriscaria.

Para desgosto de Liam, ele se afastou, indo ate a mesa, pegando, chaves, carteira e celular. 

— Coloque de volta o disfarce e venha comigo. — ordenou, sendo prático e agil ao sair. Apesar de estar entorpecido, Liam raciocinou e foi rápido ao resgatar seus pertences, os colocando enquanto seguia Malik. 

— Pra onde?

Zayn o ignorou, apenas se certificando de que Liam o acompanhava, enquanto dava ordens aos seus homens para cuidarem de tudo e ligarem caso houvesse algum problema. 

O sol começava a se pôr quando a Range Rover estacionou em uma das últimas casas do condomínio. Zayn não tinha dado uma única palavra desde que saíram da Zquad e Liam já estava pensando em maneiras de se defender caso resolvesse atentar contra sua vida após já rebaixá-lo a muitos níveis. Certamente seria a parte final da vingança e ali seria o local do abatedouro. 

— Que lugar é esse? 

— Minha casa. — destrancou a porta e entrou. 

Embasbacado, Liam o acompanhou, olhando ao redor. Claro que o púrpura se faria presente ali também. Primeiro no carro, depois na parte externa e por dentro não seria diferente. 

— Quer que eu limpe a sua casa? 

— Meu quarto. 

— A dispensa onde est-...

— Vamos agora para o meu quarto. — explicou, o puxando pelo braço pelas escadas. 

O quarto dele era o primeiro no corredor. Uma cama king no centro,  dois moveis nas laterais da cabeceira, preto e púrpura se acentuando na decoração e alguns tons de cinza para quebrar um pouco a sintonia das duas cores.

— Fotos de família? Que meigo. — ficou curioso ao ver duas molduras na mesa de cabeceira. Na primeira, um garoto pequeno, que presumiu ser o gângster na infância e na segunda, ele dava um de seus sorrisos contidos ao lado de um casal mais velho. Pela semelhança deduziu que fossem seus pais. Nunca viu foto alguma de Yasser embora tivesse ouvido falar sobre ele. 

— Não te trouxe aqui pra bater papo e falar sobre a vida. — se sentou na beira da cama, tirando os sapatos.   

— Acha que eu quero? Você é repugnante. — revirou os olhos pela indelicadeza. 

— Ótimo. Agora tire a roupa. Exceto a peça íntima que você adora. 

— Eu não vou tirar a roupa. — deu um passo para trás. 

— Vá por mim, não vai querer que eu te obrigue. — Liam se resignou a aceitar e devagar se despiu. — Chiara, ativar motel mode. — deu o comando para a assistente virtual. Logo, a iluminação roxa e vermelha se fez presente, assim como a batida de Under The Influence e todo um clima se criou ali. 

Liam ficou perplexo. O que costumava fazer com outras, Zayn estava fazendo com ele. 

— E agora? 

— Faça o que fez no meu bar. Dance como estava dançando. E acho bom fazer direito. — arreou as calças e as chutou para longe, assim como fez com a camisa. 

— O que você é? Meu cliente particular? — questionou irônico, se virando, nada confortável, porem aos poucos foi consumido pelo clima e se movia em sincronia com a canção. 

Zayn umedeceu o lábio, se esquivando para a gaveta da escrivaninha e tirando um preservativo dali. Na verdade, um pequeno bolo com mais três ou quatro quando Liam ousou agachar e se erguer, mostrando como a peça sumia perfeitamente na linha central de sua bunda. Realmente estava desnorteado por seu inimigo. 

Liam tinha uma influência latina, sabia como ser quente e esse era seu diferencial para pegar tantas mulheres, mas ali, estava seduzindo um público alvo diferente, porém com a mesma intenção. A ideia o animou e agradar Zayn se tornou um objetivo. 

— Sexy… Vai ter uma recompensa se continuar assim e não me decepcionar. — enrolou o látex em sua extensão e passou a se tocar. 

Liam estava aceso, lembrando das sensações que aquele grosso e pesado penis foi capaz de realizar em seu corpo e uma ansiedade o cutucou, fazendo ele ansiar sentir aquelas mesmas coisas, por mais vergonhosas que fossem para admitir para si mesmo. 

— Esta bom assim? — requebrou de maneira exagerada. Fechou os olhos e em uma velocidade que não percebeu, Zayn estava atrás dele, apertando sua cintura como se fosse posse e o empurrando contra a parede.

— É mesmo uma vadia. — agarrou seu pescoço, lambendo a ponta da orelha e mordiscando. Liam se arrepiou — Devia deixar os cabelos crescerem pra que eu possa puxa-los enquanto eu te fodo. — pincelou a glande em sua entrada e sem aviso empurrou para dentro. 

Gemeram em uníssono. Zayn queria começar lento daquela vez, apenas sentindo o corpo dele recebendo suas estocadas e reagindo como se o respondesse.

— Isso não vai durar tanto, Malik. — mordeu o labio, suspirando pela dor e falta de habito em ter um pau na sua bunda, mas o prazer perseguia o desconforto, se tornando cada vez maior, a medida em que o gângster aumentou a velocidade, se adequando naquele lugar estreito. 

— Eu quem decido, maldito apertado. — chiou, indo mais depressa, segurando o quadril com força a ponto de marcá-lo com seus dedos. 

Liam se angustiou em prender gemidos, porém se via deixando escapar. Chegou a revirar os olhos quando Zayn o tocou profundamente em seu mover forte. Mesmo que ele trabalhasse duro, parecia nunca ser suficiente para saciá-lo e sua mente apenas gritava “mais”, “mais”. 

Suas pernas fraquejaram e Zayn o mordeu no pescoço, de um jeito doido, porém gostoso, além de deixar chupões na região. Não estava tão errado ao dizer que gostava de uma coisa bruta. 

— Sente em mim. — escorregou para o puff, o trazendo junto. Sorriu, deixando Liam sem jeito pelo olhar que recebeu. 

Colocou cada perna de um lado e teve a iniciativa de segurar o membro para sentar sobre o mesmo. Basicamente se escorregou nele e passou a quicar. A peca intima prendendo sua intimidade e Zayn a libertou, segurando firme e ouvindo Liam gemer por pega-lo tão forte na lenta masturbação. Deixou as mãos em seus ombros, se apoiando no gângster e passando a descer e subir com mais rapidez. 

— Así? — questionou de um jeito manhoso, único e exclusivamente ocasionado por prazer. 

— Nasceu pra isso, Arturo. Fica bem melhor rebolando em um pau. — beliscou seus mamilos, vendo ele se curvar por mais aquele estímulo. 

Os lábios dele tão vermelhos, úmidos, convidativos e não resistiu em morder o inferior. Ocupou as mãos com as bandas macias, envolveu a peça enfiada na divisão entre os dedos, puxando-a para cima. 

Estavam insanos, afogados naquelas sensações. Os gemidos preenchendo o quarto e sem aviso, a quentura molhada anunciando que Zayn havia gozado na camisinha. Zayn segurou seu membro novamente e o punhetou ate que a mão estivesse cheia da porra de seu inimigo. Passou os dedos sujos nos lábios dele e os lambeu em seguida, sorrindo por um Liam exausto em seu colo, que sequer se fez de rogado para abraçá-lo como apoio enquanto descansava. Pareceu não se dar conta disso, mas quando deu, ousou tentar sair e Zayn não deixou.

— Acho que terminamos por hoje. 

— Você não manda em nada aqui, princesa. Vou encher a banheira. Pretendo te foder por la também. 

— Disse que isso não ia mais acontecer. — recordou suas próprias palavras, incrédulo por tanta disposição. Ainda sentia os efeitos da noite passada e Zayn queria mais. 

— Você quer que aconteça. — mordeu o queixo dele, adorando a face corada e semblante derrotado pelo esforço recente. 

— Quem disse? Não se iluda. Odeio essa merda. 

— Não teria gozado se isso fosse verdade. 

— Somos homens e idiotas. Basta um toque pra ficarmos vulneráveis. — cruzou os braços, virando o rosto ao se justificar. Zayn negou com a cabeça. 

— Uma pena que a escolha não seja sua. — o estapeou para que se levantasse e o pegou pela mão até o banheiro. 

Como prometido, fizeram na banheira, depois na cama. Liam se secava quando Zayn o pegou de quatro e o fez gritar de prazer vergonhosamente. Depois voltaram para o chuveiro e Zayn o fez gozar apenas com seus dedos nele, assim como Liam o masturbou e chupou ate engolir todo seu prazer. E apos um banho serio, de verdade, pediu alguma coisa para comerem, embora Liam tenha recusado a princípio. As nove da noite se via ainda mais exausto, mas não o suficiente para recusar o fast food entregue por delivery.

— Odeio picles. — fez careta. 

— Não jogue fora. Eu gosto. — pegou da mão dele, focado na série Griselda. O primeiro episódio era interessante. 

— Eu podia ter comido na minha casa. — finalizou as batatas apos o hambúrguer e respirou fundo, satisfeito pelo lanche. 

— Assim que acabar, eu te levo. — disse, sem tirar os olhos da tv. 

— Não precisa. Não quero ser visto com você. 

— Ninguém vai me ver. Já é tarde. 

— Não têm nada melhor pra fazer? — ajeitou a camisa em seu corpo. Era de Zayn, na cor branca e tinha um triângulo preto vazio no centro. 

— Sexo. — deixou de lado sua própria bandeja e se moveu para subir em Liam. 

— Acabou comigo. — resmungou ao ter suas pernas puxadas para o centro da cama. A mão de Zayn agiu para despertar seu membro. Impressionante como se tornou um cão amestrado por seu dono, pois bastou um simples contato do gângster para respondê-lo. 

— E vou acabar de novo. Infelizmente, sem a sua preciosa peça íntima. — se curvou para a mesa de cabeceira pegando outro preservativo e tirando a cueca para vesti-lo. 

— Você sabe que pode ter qualquer gostosa com uma dessas, não sabe? — pôs as mãos em seus ombros, sentindo a facilidade dele em entrar em seu corpo. Zayn não tinha paciência para preliminares, mas pelo menos o látex já vinha lubrificado para facilitar um pouco mais as coisas. 

— Não se sinta especial. Ainda te odeio. — descansou o rosto em seu pescoço. 

— Mas põe seu pau em mim. — gemeu, arranhando as costas largas. Zayn soltou o que parecia um rosnado. 

— É só pra isso que você serve. 

— Eu sou desprezível? 

— Totalmente desprezível. A porra de um inútil. — respondeu. De certa forma, o desprezo aumentou o prazer em Liam, que revirou os olhos, envolvendo as pernas na cintura alheia. 

— Eu não valho nada. 

— Nem um centavo, princesa. — sorriu de lado, novamente empurrando como se sua vida dependesse disso.

E talvez dependesse. 

— Já percebeu que o Z está estranho? — Louis perguntou.

— Ele já é estranho por natureza. — Niall falou, observando o parâmetro com um binóculo. Todos posicionados para a emboscada de um veículo com mercadoria. 

— Não sei não…

— Você têm mais intimidade do que eu.

— Ciúmes?

— Não. Você esta? — questionou com cautela. 

— Essa funcionária nova… Têm alguma coisa nela que me intriga.

— Consuela é uma boa moça. Modesta e educada. Zayn deve ter se sensibilizado.

— Desde quando ele se sensibiliza com alguém? — riu soprado. 

— Você fala como se ele fosse um monstro sem coração, irmão. 

— De certa forma.

— Só porque ele não te corresponde. — murmurou. 

— O que? — o encarou incrédulo. 

— É apaixonado pelo Zayn.

— Não. — afirmou um pouco nervoso. — Mesmo se eu fosse, ia me foder, porque ele não consegue se apaixonar. 

— A tal Gigi.

— Segundo ele, era mais tesão do que sentimento em si. Alem disso, ele não seria tolo de se entregar sendo que ha tantas mulheres por ai. E errado não esta por fazer essa escolha. 

— Não é justo que sofra. — pôs a mão no ombro dele. Louis se esquivou do toque. Odiava aquele olhar de pena. 

— Não sofro pelo Zayn. 

— Então por quem? 

Louis o encarou profundamente, observando cada traço dele. O olhar em expectativa de arrancar alguma coisa. No que dependesse de Louis, seu irmão jamais saberia. Isso estragaria tudo.

— Ninguém. — focou o olhar na estrada novamente. 

— Você nunca se abre comigo. Nós costumávamos ser mais grudados, mas isso mudou. Não gosto que se afaste de mim, Lou. 

— Você têm o seu namorado, não têm? Ele pode suprir essa sua carência. — acendeu um cigarro para desestressar.  Odiava quando Niall começava a querer falar de sentimentos. 

— É diferente. Meu amor por ele é amor romântico, ja você é o amor de sangue. Um laço que nunca vai ser quebrado. 

— Não sei se isso é uma benção ou uma maldição. — resmungou, afetado por aquela certeza. Niall murchou, um pouco chateado. 

— Louis, não fale assim. 

— Eu sei.  — suspirou, pensando que exagerou — Você não têm culpa de nada Faz parte da vida. Vou ficar bem, ok? — tocou o queixo dele. — Isso passa. O segredo é foder com muitas só pra superar. — tentou ser descontraído. Niall revirou os olhos. 

— Ate porque, tudo se resume a isso… — lhe cutucou, sendo cutucado de volta e riu. Seu irmão não tinha jeito.

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