𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼...

By ma__fics

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Alguns dígitos de números trocados. Pode não parecer, mas isso pode mudar tudo, principalmente o destinatário... More

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UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
QUARENTA E DOIS
QUARENTA E TRÊS
QUARENTA E QUATRO
QUARENTA E CINCO
QUARENTA E SEIS
QUARENTA E SETE
QUARENTA E OITO
QUARENTA E NOVE
CINQUENTA
CINQUENTA E UM
CINQUENTA E DOIS
CINQUENTA E TRÊS
CINQUENTA E QUATRO
CINQUENTA E CINCO
CINQUENTA E SEIS
CINQUENTA E SETE
CINQUENTA E OITO
CINQUENTA E NOVE
SESSENTA
SESSENTA E UM
SESSENTA E DOIS
SESSENTA E TRÊS
SESSENTA E QUATRO
SESSENTA E CINCO
SESSENTA E SEIS
SESSENTA E SETE
SESSENTA E OITO

QUARENTA E UM

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By ma__fics

L A R A

Eu sou uma pessoa que odeia estar confusa.

Eu estou me sentindo confusa agora.

Depois do episódio que rolou entre mim e o Gabriel lá no mar a gente meio que ficou estranho um com o outro e só falamos coisas básicas, ele não fez nenhuma piadinha e mal reclamou na hora de virmos embora e ter que subir aquela escada gigantesca e também andar pela mini trilha.

Agora ele está na casa dos meus pais, ok que isso é surpreendente, mas o mais chocante vem agora: meu pai que chamou.

Ele simplesmente está amando ter um jogador do Flamengo dentro de casa, minha mãe também e nem preciso falar do meu irmão, né? Parece estar vivendo um sonho.

E é exatamente isso que tá me deixando confusa. Ele entrou de uma maneira muito forte na minha família, conheceu meus avós, meus pais, meu irmão, fez "amizade" com eles e enquanto isso eu nem sei quem são os pais dele e as únicas pessoas próximas que conheci foram os amigos.

Ele se desloca lá do Rio, bate na porta da minha casa sem mais e nem menos, a gente transa, ele fala que estava com saudades e aí ficamos convivendo normalmente. Na minha casa.

E quando ele sair da minha vida vai deixar marcas porque meu irmão vai continuar falando, meus pais também e meus avós com toda a certeza vão perguntar dele. Vou olhar pra alguns cantos dessa casa e lembrar que ele já passou por ali, ou que já transamos lá.

E ele? Simplesmente não vai se lembrar porque não invadi seu espaço.

Não é como se eu quisesse entrar na casa dele e andar por todos os cantos e quebrar algo só pra ele lembrar que eu passei por ali, só sinto que não tá igual pra gente e vai ser mais fácil pra ele quando tudo acabar.

Que droga, eu acho que preciso dormir porque estou pensando demais e minha mente pode explodir a qualquer momento.

Momento... É só um momento.

Droga, que ódio.

Eu não posso ficar mal com isso, não posso.

Preciso sair correndo antes de sentir algo a mais e me ferrar. Com base nos conhecimentos do meu amigo Igor, ele disse pra que eu não sinta nada por um jogador de futebol porque eles chutam corações como se fossem bolas.

Eu não quero que meu coração seja mais uma bola pra ele chutar.

— Lara?

Droga, essa voz...

Pode chutar meu coração, Gabriel, fica a vontade!

— Tô aqui— digo e não demora pra que ele apareça na varanda, olhando pra mim.

Estou deitada no colchão porque tá batendo um vento gostosinho aqui.

— Sua mãe ficou te esperando lá.

— Hum...

— Jogamos baralho e eu ganhei duas vezes.

— Legal!

— O que tá acontecendo?— cruza os braços e eu me sento, cruzando os braços também.

— Eu acho melhor você ir embora.

— Que? Tá brincando?

— Não, Gabriel, não estou brincando.

— Por que isso agora? Eu fiz algo de errado?

Eu que estou sentindo coisas erradas.

— Você não fez nada errado, mas... É que eu... Tipo, quero ficar sozinha e...

Droga, não consigo falar mais nada porque simplesmente não encontro palavras certas.

Eu quero que ele vá embora, que não apareça mais na minha vida, que pare de me deixar confusa em relação a tudo e que não me faça sentir mais coisas.

Mas eu também quero que ele fique aqui comigo.

— Você tá entrando demais na minha vida e isso não é bom— consigo formular a frase sem gaguejar— entrando na minha casa, na minha família, em mim. Marcando lugares e eu sei que vai ser pior pra mim mais do que pra você quando esse momento que estamos vivendo acabar.

Eu não queria estar falando nada disso, mas não consigo, gosto de expressar meus sentimentos e mesmo que eles sejam toda essa bagunça, sinto que ele precisa ouvir o que estou sentindo.

— Você que ir pra minha casa? Te apresento meu lar, minha família, meus lugares preferidos e... Tudo, deixo você marcar tudo e vai ser igual pra nós dois.

Minha garganta aperta e eu nego com a cabeça. Não quero nada disso porque sinto que também vou sair ferrada.

— Por que tem que acabar?— olho pra ele, minha voz vacila e quando eu menos percebo estou chorando.

Tpm maldita.

Ele se aproxima, se senta do meu lado, passa a mão no meu rosto e da um sorriso.

— E quem disse que tem que acabar? Hum?

— Só momentos, lembra?

— E quem disse que momentos acabam?

—  Eles acabam, sempre acabam— abaixo a cabeça— vai embora por favor.

— Você quer que eu vá?

Concordo com a cabeça e não ouso olhar em seus olhos.

— Olha pra mim, Lara.

— Não quero olhar pra você.

— Não chora.

— Você não tem o direito de fazer isso— consigo olhar pra ele e me manter firme— invadir tudo desse jeito e depois sair como se nada tivesse acontecido e voltar da mesma forma.

— Arruma suas coisas.

— Que? Pra que? Quem tem que arrumar é você.

— Vai pra São Paulo comigo.

— Não vou pra lá, paulistas são estranhos.

— Eu sou Paulista.

— Por isso mesmo— me deito— vai embora.

— Faz uma mala grande porque vamos ficar uns dias lá, vamos em alguns shows também, então leva roupa pra isso.

— Gabriel...

— Lara, eu não vou embora porque sei que quando chegar na minha casa vou pensar em você e no que a gente poderia estar fazendo juntos, não tem sentindo fazer isso sendo que eu quero ficar aqui, contigo. Então para de bobeira, para de pensar que tudo tem que acabar e para de pensar no "talvez".

— Mas talvez eu esteja fugindo antes que tudo de muita merda e eu saia decepcionada de tudo.

— Pode ter certeza que se tudo der merda nós dois vamos sair decepcionados disso tudo.

Pressiono meu rosto contra o travesseiro e sinto vontade de gritar. Não quero que ele ache que eu sou uma otária emocionada, mas acho que qualquer pessoa que estivesse no meu lugar ficaria confusa desse jeito porque tá tudo muito... Socorro.

Sinto seu corpo se deitando do lado do meu, ele faz com que eu deite a cabeça em seu peito e acaricia meu rosto enquanto me olha como se quisesse ler a porra da minha mente louca.

— Não me olha assim— peço— não me olha como se quisesse ler o que se passa na minha cabeça.

— Mas eu quero, assim posso saber se você pensa nas mesmas coisas que eu.

— E no que você pensa?

— Me digas o que pensa e eu direi se penso igual.

— Não.

— Então eu também não vou dizer nada.

Ele passa o polegar pela minha bochecha, secando as lágrimas ridículas que caíram e da um sorrisinho.

— Você é surtada, né?

— Eu não sou surtada, seu idiota, babaca, otário.

— Aí ó, surtou.

— Não surtei não, cala a boca e vai embora.

— Não fala coisas que seu coração não sente.

— Meu coração não é uma bola.

— Eu sei que não é.

— Então você não pode chutar.

— Eu não chuto corações.

— Aham, e das garotas que você fica e não quer mais?

— Falo que não quero mais, ué.

— Então quando você não quiser mais nada promete me dizer isso ao invés de fazer igual a maioria dos caras e sumir como se nada tivesse acontecido e deixar milhares de dúvidas pra trás?

— Já fizeram isso contigo?

— Já e eu sempre achei que o erro estava em mim.

— Eu prometo te dizer, mas garanto que é mais fácil você se cansar de mim primeiro.

— Eu já cansei e por isso estou pedindo pra você ir.

Ele solta uma risada e nega com a cabeça.

— Eu sei que não é isso que você tá sentindo agora.

Não mesmo.

Parece que somos dois malucos, na verdade realmente somos porque sinto que tanto eu quanto ele escondemos várias coisas que queremos dizer e não conseguimos.

— Eu gosto das surtadas— ri, dando um tapinha no meu rosto— vem comigo pra São Paulo?

— Não tenho a opção de escolha, né?

— Não, estou te intimando.

— Então acho que não tenho saída— dou de ombros.

— Ótimo, vai ser legal.

Espero, mas sinto que vai dar alguma merda...

— Eu não gosto de você— digo e ele ri, me dando um selinho.

— Eu também não gosto de você.

É isso, não nos gostamos.

Nesse capítulo agora deu pra saber todos os pensamentos dela e o medo que tem de acontecer como em outros casos, o cara sair da vida dela e ela se sentir a errada da história.

Quem não tem medo de sentimentos, né? Faz parte da vida.

E mudando de assunto, eu lancei uma fic com o piquerez (sim, ele mesmo), aguardo vcs por lá.

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