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By dayligzt

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By dayligzt

— Theo, espera — Lucien a chamou, alcançando a irmã antes que ela atravessasse.

Uma semana havia se passado desde a chegada dos pretendentes de Theo. Os dois tinham ido para as fronteiras de Kenneth receber os civis da primeira cidade que os soldados deles tinham ido resgatar.

Haviam menos pessoas do que pensavam, duzentas, no máximo. A maioria tinha fugido para outras cortes, ou tinha partido para o Palácio da Outonal por vontade própria em uma tentativa de proteger os familiares.

O acampamento de soldados das Corte Noturna e Outonal estava crescendo, e Cassian e Nalu estavam organizando os feéricos que se ofereceram como novos guerreiros.

Na falta de um general da Corte Outonal — tecnicamente, o general era Aidan —, todos concordaram que Nalu Samudra era a opção mais adequada. Afinal de contas, ele já fora um dos melhores da história de Prythian.

— Sim, Lucien? — Theodosia se virou para ele, esperando o irmão ficar mais próximo.

— Reuniões hoje a noite? — quis saber o ruivo.

— A noite, não. Mas durante o resto do dia... — Theodosia suspirou.

Ela considerava o passeio com Tyson uma reunião também, afinal, eles estavam negociando. O rei tinha pedido para Theo mostrar-lhe a cidade, e os dois sairiam após o almoço.

— Quando anoitecer, vamos para a cabana de Nuriel, perto do lago afastado do centro da cidade — Lucien disse. — Está na hora de você descansar um pouco.

— Não sei se estou com disposição para isso, Lucien...

— Você sempre teve disposição para as festas dos Vanserras — Lucien provocou com um sorrisinho. — Precisamos disso. Até convidei Eris.

— Eris? Isso é uma surpresa — ela soltou um riso, arqueando as sobrancelhas.

— Sinceramente, queria convidar apenas Selene, mas isso daria abertura para Eris me acusar de flertar com a esposa dele de novo — Lucien bufou, fazendo Theo sorrir um pouco mais. — O que me diz?

Theodosia inclinou a cabeça, pensando. Talvez fosse bom tirar uma noite para se afastar da mansão e de todos que estavam ali. Só por uma noite.

— Teremos cerveja? — ela perguntou. Lucien abriu um grande sorriso.

— Acha que é a minha primeira festa? Claro que teremos — Lucien respondeu de forma divertida. — Se divirta bancando a Grã-Senhora com Eris pelo resto do dia — zombou em despedida.

— Até porque estava sendo tão divertido — ela bufou, mas Lucien ignorou o comentário ao atravessar e deixá-la sozinha.

A manhã passou e após o meio-dia, o almoço foi servido. Os líderes de Gyo e Elodie eram os mais bajuladores. Faziam tudo pela atenção de Theodosia, a mandando flores e a convidando para jantares românticos. Mas era tudo tão forçado que se tornava ainda mais desgastante.

Theodosia e Azriel ainda não tinham se falado naquele dia, mas estavam relativamente bem um com o outro. Uma vez ao dia, o illyriano a encontrava para usar as sombras para ajudarem a fêmea a se acalmar, e os dois conversavam um pouco.

Aa conversas eram sempre sobre a guerra. As estratégias, os soldados, os suprimentos. Nunca sobre os dois. Haviam criado um limite e estavam conseguindo respeitá-lo.

Theodosia usava um vestido amarelo claro e luvas no mesmo tom, era um traje simples, mas ainda assim adequado. Tyson já estava a frente da mansão quando ela se aproximou, e ao vê-la, um sorriso cresceu nos lábios rosados.

— Por onde vamos começar a tour? — Tyson soou entusiasmado e divertido, fazendo Theo dar um pequeno sorriso. Clark estava ao lado dele, e Eris, atrás de Theo.

— Pelo Templo de Aletha — Theodosia avisou, estendendo a mão para Tyson. — Podemos atravessar para lá.

— Ou podemos caminhar — o loiro sugeriu. — A ida até a igreja pode ser considerada parte do passeio. O que acha?

— Tudo bem por mim — ela assentiu, e deixou os muros da mansão quando os guardas abriram os portões de ferro. Os quatro seguiram pela calçada, observando os moradores passarem pela rua. — Kenneth já foi mais movimentada. Era considerada a região com o melhor comércio da Corte Outonal.

— É compreensível que o povo tenha medo de sair de casa após o ataque do príncipe Aidan — Tyson concordou. Theo sentiu o olhar dele sobre si quando ele disse de maneira doce: — sinto muito por isso, Theodosia. Sinto mesmo.

— Foi um dia difícil — ela concordou, o rosto não deixando aparecer nenhuma emoção.

— Ninguém merece ver seu lar se transformar em um cenário sangrento — Tyson murmurou, os olhos mostrando compreensão e uma tristeza genuína. — Lamento que tenham passado por isso.

— Ainda estamos passando — Theo respondeu com a voz baixa e pesarosa. — Aidan continua saqueando outras cidades. Mas estamos fazendo o que podemos para dificultar o trabalho dele.

Tyson assentiu, desviando os olhos para os próprios sapatos por algum tempo conforme caminhavam. Após algumas ruas atravessadas e esquinas viradas, o rei a olhou novamente.

— Você pensa sobre como será ver Aidan e Dastan no campo de batalha?

Theodosia respirou fundo, olhando-o brevemente de soslaio.

— Não muito. É estranho pensar em como Aidan cresceu e se tornou quem é hoje. E Dastan... bem, meu irmão gêmeo se transformou diante dos meus olhos.

Theodosia estremeceu ao lembrar do irmão gêmeo a aconselhando a ir para as câmaras com Brynjar. Se lembrou da adaga que havia matado Antonieta...

Como seria revê-lo depois de tantos anos? Como seria matá-lo?

— Sei o que devo fazer, e não vou hesitar quando a hora chegar — Theodosia garantiu. E Tyson não fez mais perguntas até chegarem ao templo.

Na igreja, Eris contou a história de Aletha para Clark e Tysonalus, e Theodosia se ocupou em sentar em um dos bancos de bronze e observar os vitrais.

— Gosta de visitar igrejas? — Theo se ouviu perguntando para Tyson ao vê-lo sentar ao seu lado. Clark e Eris estavam do lado de fora do templo.

— Não sou muito religioso — o loiro respondeu com um suspiro. — Tenho dificuldade em aceitar que existe algo maior observando... tudo isso.

— Gosto de pensar nisso, em pensar que a Mãe está nos guiando, de alguma maneira — Theodosia comentou, dando de ombros. — Me ajuda a me sentir menos perdida.

— Acho que isso me deixa frustrado. Acho que as coisas deviam ser mais fáceis se forças maiores existissem e realmente se importassem — Tyson rebateu em um tom calmo, os olhos concentrados ainda nos vitrais coloridos.

Theodosia o olhou de soslaio por um momento, o analisando, até decidir se voltar completamente para ele.

— Por que inventaram os explosivos e não os compartilham com qualquer reino, Tyson? — Theodosia perguntou. — Quais são os conflitos de Saori?

Tyson deu um sorriso triste, mas não se esquivou da pergunta.

— Bem, Theodosia, realmente a acho encantadora, mas sua beleza não é o motivo pelo qual quero tanto me casar com você — admitiu ele, soltando uma pequena risada.

— Isso eu sei. Você quer o meu poder.

Ele não negou.

— Sabe o motivo pelo qual preciso do seu poder? — quis saber ele, inclinando o corpo para trás.

— Para ser mais poderoso que os outros reinos — Theodosia tentou adivinhar, mas Tysonalus balançou a cabeça.

— Não tenho o menor interesse em arrumar brigas com outros reinos. Só quero dar paz ao meu.

— E como fogo poderia dar paz a Saori? — Theo arqueou levemente uma sobrancelha.

Tysonalus soltou um longo suspiro, abrindo os braços e os apoiando nas costas do banco.

— Em Prythian existem muitas criaturas perigosas espalhadas por suas florestas, cavernas... mas vocês conseguem dar conta, nenhum desses monstros representam um risco grave á população.

Theo pôde notar a pele de Tyson perder a cor, os olhos verdes se tornarem escuros e pesados. Ele pareceu dez anos mais velho, de repente. Completamente arrasado.

— Mas imagine uma infestação. Imagine um reino cercado de monstros, que dia após dia, tentam invadir seus muros atrás de carne. E a única coisa que os espanta é fogo. O fogo não os mata, apenas os afasta temporariamente. Mas se houvesse uma forma de manter uma muralha de fogo constantemente acesa...

— As criaturas não morrem com o fogo? — Theodosia franziu o cenho.

— Morrem, se forem completamente queimadas. Mas são ágeis demais e com uma couraça grossa, então matá-las é praticamente impossível — Tyson respondeu. — Mas sua magia poderia mantê-las longe.

— Se é disso que precisa, não precisamos nos casar — Theodosia se aproximou dele, um pouco de ansiedade tomando sua voz. — Me dê os explosivos e os soldados, e em troca, faço a muralha de fogo ao redor de Saori e a mantenho acesa para sempre. Eu garanto.

Seria um trabalho e tanto. Manter Kenneth cercada já era esgotante, mas um reino inteiro... Theodosia mal teria forças para se manter de pé. Mas pelo menos não teria que se casar.

— Eu agradeço a boa vontade, Theodosia — Tysonalus deu um sorriso desanimado. — Mas infelizmente, é mais complicado. Além das formalidades que você conhece, também tem a questão de que... Bem, nós feéricos vivemos muito, mas não somos eternos. Em algum momento, eu morrerei, e você também morrerá. A muralha morreria com você e os monstros atacariam novamente.

E então, a verdade atingiu Theodosia. Ela entendeu o porquê de Tyson precisar se casar com ela.

— Você precisa de herdeiros com a minha linhagem, para manterem as proteções em Saori geração pós geração — Theodosia disse. Tyson assentiu devagar.

— É a única forma de manter meu povo em segurança — ele respondeu. — Acredito que você, entre todas as pessoas, entende meus motivos.

E ela entendia. Realmente entendia.

Ver Kenneth sob ataque foi o bastante para despedaçar a alma de Theodosia. E Tysonalus via todo o seu reino ser atacado dia após dia.

— Não precisaria viver em Saori, se não desejasse — Tyson se apressou em dizer. — Sei que quer ser Grã-Senhora e teria que viver em sua corte.

— Quanto a isso — Theodosia começou —, eu não almejo ter poder algum sob Saori. Espero que você não tenha intenção alguma a respeito do trono da Corte Outonal. Se a magia me escolher como Grã-Senhora, eu comandarei.

— Pode ter certeza de que não quero ter poder algum na Corte Outonal — Tyson garantiu, suas sobrancelhas se arqueando quando diz: —, cuidar de Saori já me dá noites sem sono o suficiente.

— Certo — Theo assentiu. — E sim, se viermos a nos tornar aliados, eu teria que ficar a maior parte do tempo na Corte Outonal. Exceto quando tivermos que... você sabe — ela engoliu em seco —, garantir sua linhagem.

— Sei que parece ruim — Tysonalus suspirou. — Acredite, gostaria que pudesse haver outra solução. Mas quero deixar claro que... se me escolher, Theodosia, vou me esforçar para fazer dar certo.

Theo suspirou, desviando os olhos para qualquer lugar que não fosse o rei, mas ele se aproximou pelo banco, ganhando sua atenção. Os olhos verdes brilhando de verdade para ela.

— Sei que não começamos da forma mais romântica, mas consigo ver o quão formidável você é. Está carregando o peso do mundo nas costas pelo seu povo, e sei que isso é só uma das milhares de características que te fazem única — ele deu um pequeno sorriso. — Sei que podemos ter uma boa relação, se assim você quiser. Se você deixar.

— Obrigada por ser sincero comigo — Theodosia respondeu. — Saiba que espero, de verdade, que Saori se reerga, assim como a Corte Outonal.

O sorriso de Tyson aumentou um pouco.

— Obrigado.

— Talvez possamos reerguer nossas terras juntos — Theodosia comentou, soltando um suspiro, antes de tentar um sorriso.

— Espero que sim — respondeu o rei. — Não sou religioso, mas vou orar por isso.

Theodosia assentiu.

— Eu também.

[...]

Quando anoiteceu, Theodosia já estava pronta para sair. Usava um vestido branco leve, o cabelo solto e nenhum acessório a mais além de um cinto de couro ao redor da cintura.

— Oi, fique quieta — Lucien a cumprimentou quando a irmã abriu a porta do quarto e saiu. O corredor estava escuro e silencioso. Theo franziu o cenho.

— Eu nem tinha falado — Theodosia murmurou conforme os dois seguiam em passos apressados, porém leves, pela mansão.

Theo iria passar correndo pelo próximo corredor, mas Lucien estendeu a mão para impedi-la. Os dois ficaram parados a frente da escada que dava para o segundo andar.

— Por que paramos? — a fêmea perguntou aos cochichos.

Antes de responder, Lucien deu uma olhada na escada, certificando-se de que não havia alguém ali.

— Eu convidei Elain para ir conosco — explicou o ruivo em um sussurro.

Theodosia arqueou uma sobrancelha.

— Então a festa dos Vanserras vai incluir uma Archeron, ou você já deu seu sobrenome para ela? — Theodosia zombou, mas Lucien a repreendeu com o olhar.

— Não banque a chata. Ela estava muito deslocada aqui, achei que seria uma forma de Elain se distrair — Lucien explicou, ainda espiando as escadas. Quando passos leves foram ouvidos de cima, ele mandou um olhar sério para Theo que dizia: agora cale a boca.

Oi, boa noite — Elain cumprimentou quando chegou ao fim das escadas, mandando um pequeno sorriso para Theo e Lucien. O vestido rosa claro era simples e leve, como o da ruiva. mas tinha alguns babados e fitas cor de creme.

— Vamos. Eris já está lá e deve estar acabando com a cerveja — Lucien falou, indicando o caminho para as duas fêmeas.

— Fiquei sabendo que você visitou a Corte Diurna há um tempo — a Vanserra comentou para a Archeron aos cochichos, em uma tentativa de puxar assunto —, quando eu estava em Vendavour.

— Ah, sim — Elain abriu um sorriso, as bochechas ficando levemente avermelhadas. — Foi por um fim de semana, apenas. Mas Lucien me levou para conhecer muitos lugares bonitos.

— Nunca fui á Corte Diurna, o que foi algo que nunca entendi quando era mais nova, já que Beron sempre nos obrigava a ir nos eventos dos outros Grão-Senhores — Theo murmurou quando deixaram a mansão. — Agora, sei o porquê.

— Ótimo assunto para começar a noite — Lucien resmungou, caminhando atrás delas —, você é ótima em quebrar o gelo, Theo!

— Tudo bem, não me importo muito com isso — Theodosia soltou uma risadinha quando todos se afastaram dos portões da mansão. — Imagino que a corte deva ser lindíssima, mas não gosto tanto assim de sol. E aquele lugar é exageradamente ensolarado.

— Para mim, está na medida certa — Elain comentou, dando de ombros com um sorriso bonito nos lábios rosados. — É o lugar mais aconchegante que já conheci.

Um pouco atrás, Lucien olhava Elain com o olho cintilando, os lábios se repuxando em um sorriso discreto que queria crescer no rosto do macho.

— Ei, se você brilhar, vai acordar todos do bairro, e estamos tentando ser discretos — Theodosia zombou, chamando a atenção do irmão. Lucien bufou.

— Já me arrependi de ter convidado você — Lucien rebateu, fazendo Theo soltar uma risada.

— Nos vemos lá, Lulu — a ruiva acenou antes de encostar no cotovelo de Elain, atravessando ela e a si mesma para a frente da cabana do Lorde Nuriel.

A cabana era bem menor que a dos Vanserras, a que Theodosia amava ficar quando era mais nova. O lago logo atrás dela estava sendo levemente iluminado por vaga-lumes que voavam pelos arredores.

Quando Lucien apareceu ao lado de Elain, o macho coçou a garganta, parecendo nervoso ao ver Theodosia seguir em direção a porta da cabana.

— Antes de entrarmos, Theo, é melhor você saber que... — Lucien tentou dizer, mas a ruiva já tinha aberto a porta.

E, dentro da cabana, estavam Selene e Eris sentados no sofá, ninando o pequeno Perseu. Mas também havia Eudora sentada na poltrona próxima da janela.

Eris e Selene estavam rindo de alguma coisa que o macho tinha dito, mas ficaram em silêncio assim que ouviram a porta se abrir. Os dois pares de olhos se voltaram para ela. Eudora também a encarou com aqueles olhos azuis perdidos.

Theodosia se virou lentamente para Lucien, escutando Eris se levantar do sofá para sair da cabana.

— Quando disse que seriam os Vanserras, pensei que só estava falando de nós três — a voz de Theo saiu rouca.

— Elain — Lucien chamou de forma suave, mas a fêmea foi mais rápida, assentindo com a cabeça de forma compreensiva.

— Vou deixar vocês conversarem — ela avisou, esperando Eris sair da cabana para poder entrar e fechar a porta, deixando os três do lado de fora.

— Theo, eu tinha que chamá-la... — Lucien começou, mas foi cortado pela irmã.

— Podia ter me contado antes! — a voz de Theo saiu mais alta do que ela gostaria.

— Você teria vindo se tivéssemos contado? — Eris quis saber, ficando ao lado do irmão. Theodosia arregalou os olhos, apontando para os dois.

— Traidores de merda. O que é isso, uma intervenção? Podem ir para o inferno, vocês dois! — Theodosia estendeu os braços para empurrar os machos e passar, mas os dois se mantiveram firmes.

— Theo, pode pelo menos me ouvir? — Lucien pediu, segurando a irmã pelos ombros. — Você teve alguma notícia de nossa mãe durante essa semana?

Theodosia não respondeu.

— Não, porque Eudora passou a semana inteira enfurnada no quarto, e a única coisa que fazia era trocar cartas com o meu pai durante esse tempo — Lucien suspirou.

— Ela mal come, Theo — Eris continuou, a voz frágil e preocupada. — Tínhamos que fazer alguma coisa para tentar animar ela um pouco.

— E precisavam me arrastar para isso também? — Theo perguntou, a voz mais baixa e menos rude. Ela se afastou do toque de Lucien e abraçou a si mesma.

— Você também estava precisando de um tempo disso tudo. Achamos que seria legal, nos reunirmos todos — Lucien deu de ombros. — E seria mais legal ainda se você tentasse se entender com ela...

— Não quero me entender com ela.

— E por que não? — Eris quis saber. — Você via como Beron a tratava, Theodosia. Ela viveu o inferno por nós, ela nos ama e...

— Não. Ela amava vocês dois — Theodosia interrompeu, a voz falhando por um instante. — Não tem como ela me amar, não como ama vocês.

— Que besteira é essa, Theo? — Lucien franziu o cenho, o rosto mostrando confusão.

— Eudora nunca quis ter nenhum filho com Beron, mas se esforçou para amar você, Eris. Você é o primeiro filho dela e ela tentou ser a mãe que você precisava — Theodosia explicou, engolindo em seco antes de continuar. — E Lucien... Lucien é filho do verdadeiro parceiro dela. Mas eu e os outros? Somos só o lembrete do quanto ela sofreu nas mãos de Beron.

Lucien e Eris se entreolharam, pesar em seus rostos. Theodosia viu que estavam tentando pensar em alguma coisa gentil para dizer, e deu um pequeno sorriso triste para eles.

— Eu sou só um lembrete do casamento horrível que ela teve. Não a culpo por não me amar, já superei essa questão toda há muito tempo. Não preciso de mãe, mas vê-la aqui é... doloroso — Theo respirou fundo ao terminar.

— Entendemos se quiser ir embora — Eris disse, dando um passo para mais perto da irmã. — Mas acho que devia ouvi-la antes de tirar essas conclusões.

— Fique por pelos menos dez minutos — Lucien pediu. — Só dez minutos, por favor.

Theodosia olhou para os irmãos, trocando o peso do corpo nas pernas, pensando se realmente queria passar por aquilo.

Mas não precisava ficar perto de Eudora durante a noite. Podia tentar aproveitar um pouco. Era melhor estar ali do que na mansão.

Soltando um suspiro e revirando os olhos de forma teatral, Theo se virou de costas para os irmãos e entrou na cabana.

E que bom que fez isso, porque a noite foi maravilhosa.

Lucien pediu o Symphonia de Helion em uma carta pela manhã, e agora usavam o objeto mágico para ouvir suas canções favoritas da Corte Outonal. Theo se juntou aos irmãos e os três ficaram dançando e bebendo pela pequena sala, arrancando gargalhadas de Elain e Selene, que brincavam com o pequeno Perseu, sentadas no sofá.

Lucien e Eris não interagiam muito entre si. Theodosia já estava cansada da desconfiança de Lucien, mas tinha desistido de se meter entre os dois e os deixaria se resolverem sozinhos.

— Alguém mais quer cerveja? — Eris quis saber ao se aproximar do barril que estava em cima da bancada da cozinha.

— Estou bem — Lucien dispensou, cutucando as costelas de Theodosia em uma tentativa infantil de fazê-la rir e cuspir a bebida em sua boca.

— É claro que está — Eris cantarolou, servindo a própria caneca.

Lucien franziu o cenho, se afastando de Theodosia.

— O que quer dizer? — o macho perguntou.

— Não quis dizer nada — Eris dá de ombros ao bebericar sua cerveja —, apenas que você é fraco para beber.

— Quer saber? Enche a minha caneca — Lucien cruzou o cômodo pequeno para chegar a cozinha. Theodosia revirou os olhos.

— Eris, já chega — Selene reclamou ao se levantar do sofá, onde Elain estava ninando Perseu. — Se você vomitar em cima do meu cabelo de novo...

Theo riu quando Selene começou a dar bronca em Eris seguindo em direção a cozinha, e se sentou no sofá ao lado de Elain.

— Espero que não tenha se arrependido de ter vindo — Theo murmurou para Elain, dando um pequeno sorriso. — Eles não são tão estúpidos normalmente.

— Está tudo bem — Elain soltou um risinho, o tom baixo para não acordar o bebê em seus braços. — Sua família é ótima. Queria que eu e minhas irmãs fôssemos tão próximas assim.

— Como pode ser a relação das Archerons para ser pior que a de Lucien e Eris? — Theo bufou uma risada. — Eles quase se matam todos os dias.

— Eles brigam, isso não é tão ruim assim — Elain deu de ombros. — Pior seria se fossem indiferentes um com o outro.

— Você e suas irmãs...? — Theo deixou a pergunta morrer entre as duas. Tinha a versão de Feyre dos fatos, mas a Archeron mais nova nunca tinha se aprofundado tanto no assunto.

— Eu e Nestha não tratamos Feyre da forma que devíamos, me envergonho disso até hoje — Elain murmurou, os ombros encolhendo e sua expressão murchando.

— Já faz tempo — Theo disse de forma suave. — Feyre perdoou vocês, e as ama.

— Sim. E fico muito feliz por tudo o que ela conquistou — Elain balançou. — Você sabe, a família, os amigos... Feyre encontrou o lar que nunca teve conosco nas Terras Mortais.

— Acho que ás vezes um lar está muito mais ligado ás pessoas do que a um lugar — Theo murmurou, dando de ombros.

— Eu concordo... em partes — Elain deu um suspiro leve, os olhos castanhos focados no bebê em seus braços, certificando-se de que ele estava bem. — Acho que o lar também está ligado ao lugar em que você se sente... você. Ou a versão de você que gosta mais.

Theo sorriu, assentindo.

— Entendo o que quer dizer. Apesar das questões com a minha família... não me vejo vivendo em outro lugar que não a Corte Outonal. É como se essas terras, as pessoas que vivem nela e essa cultura representassem tudo o que eu vejo, ou gostaria de ver, em mim.

— Isso é muito bonito — Elain disse com um sorriso doce, os olhos brilhando na direção de Theodosia.

— Não acha que está sentada nesse sofá por tempo demais? — Lucien reclamou aproximando-se, a voz levemente embargada. Um sorriso brincou em seus lábios quando ele estendeu uma mão para Elain. — Vem dançar um pouco.

As bochechas de Elain ficaram avermelhadas e ela estava prestes a dizer que não podia por estar segurando Perseu, mas Theo se aproximou mais pelo sofá, erguendo as mãos para pegar o sobrinho no colo.

— Cuidado para que Lucien não acabe pisando nos seus pés — Theo aconselhou de forma debochada quando ajeitou o bebê nos braços e viu Elain ficar de pé, dando as mãos para Lucien.

Theodosia tentou conter a risada com o caos que estava na cabana. Na cozinha, Eris e Selene discutindo por alguma besteira, enquanto na sala, Elain segurando a risada para os comentários inapropriados e engraçadinhos de Lucien enquanto ele a rodopiava em volta do sofá.

A ruiva olhou por trás do ombro, para a figura que permanecia com os olhos concentrados na janela, silenciosa desde que chegou.

Eudora estava tão magra. Ela sempre fora, mas Theo imaginou que ela ganharia peso agora que estava em segurança.

O que se passava na cabeça dela?

Theo não soube o porquê pelo qual se levantou, ainda com Perseu nos braços, e se aproximou de Eudora, se sentando na poltrona a frente da fêmea mais velha.

Eudora continuou olhando para a janela. Theo se voltou para o lago também. Longos minutos se passaram, mas as duas continuaram em silêncio.

— Sempre pensei em como seria quando estivesse finalmente livre.

Theo pensou ter ouvido Eudora dizer algo, mas a fêmea continuava tão imóvel que era difícil acreditar que ela havia falado. Mas então, a mais velha respirou fundo, sua garganta oscilando por longos segundos.

— Sempre gostei de imaginar o que eu estaria fazendo depois de fugir — explicou Eudora, a voz rouca e ao mesmo tempo suave, como se estivesse a tanto tempo sem ser usada que estava reaprendendo a fazê-lo. — Onde estaria, se descobriria algum hobby novo, se começaria a trabalhar...

Eudora permanecia com o olhar concentrado na janela.

— Criar esses cenários era bom. Me ajudava a não me perder. — Ela sussurrou, os lábios ressecados se crispando por um momento, as sobrancelhas se franziram levemente quando continuou: — e então, Eris me resgatou.

Theodosia não sabia se devia falar algo, talvez Eudora estivesse apenas falando consigo mesma e ela fosse só uma espectadora. A mais velha piscou repetidamente por um instante, como se estivesse segurando a vontade de chorar.

— Passei os últimos séculos da minha vida imaginando o que faria quando deixasse aquele palácio e agora que finalmente consegui, não estou fazendo nada — ela respirou fundo, os lábios tremendo agora, os olhos azuis alarmados mudando o foco pela janela. — Não tenho nenhum hobby ou trabalho ou ocupação e tenho dois filhos mortos e outros dois que estão completamente perdidos e...

Eudora fechou os olhos com força ao interromper a si mesma, levando a mão aos lábios em uma tentativa de prender as palavras. Quando abriu os olhos, finalmente se voltou para Theodosia.

— Estou odiando estar aqui. E odeio odiar estar aqui. Odeio ainda mais sentir esse vazio que devia ter sido preenchido no momento em que deixei o palácio. Continuo vazia e esperando que ele venha me buscar e me arraste novamente para lá como da última vez e me obrigue a ficar e ver como ele arruinou todos aqueles meninos...

A música parou. Lucien e Elain pararam de dançar, Selene e Eris pararam de brigar. Agora, todos estavam naquela pequena sala, concentrados em Eudora, que mantinha os olhos cheios de lágrimas reprimidas durante séculos.

— Odeio odiar estar aqui — ela repetiu. — Devia estar fazendo alguma coisa com essa liberdade. Mas estou vazia. Vazia como estava antes — Eudora voltou a olhar pela janela ao murmurar: —, ás vezes, acho que seria melhor ter ficado lá. Imaginar como deve ser alguém livre me trouxe mais felicidade do que realmente ser.

Eris deu um passo para trás, mais pálido do que Theodosia jamais o vira estar. Selene o abraçou fortemente, murmurando que deviam dar uma volta pelas redondezas e conversar a sós. Lucien mantinha o olho em Eudora, mas notou quando Elain segurou em sua mão com firmeza.

— Também pensei que o vazio sumiria quando deixasse o palácio — Theodosia contou, tão baixo que talvez Eudora nem tivesse ouvido. — Mas não sumiu, por um bom tempo.

Eudora voltou a olhar pela janela, mas respirou fundo. Theo tomou como um incentivo para continuar.

— Quando deixei a Casa na Floresta, jurei a mim mesma que ficaria sozinha e que não confiaria em mais ninguém — Theo revelou. — Minha ideia era entrar em um barco e nunca mais voltar, ir para o mais longe que pudesse e ficar completamente sozinha.

O olhar de Eudora desceu entre as duas poltronas, um sinal de que estava ouvindo Theodosia. A mais nova sentiu lágrimas queimarem atrás de seus olhos.

— Mas eu conheci pessoas boas. Pessoas em quem podia confiar com a minha vida. Pessoas que me ajudaram a preencher aquele poço doloroso em que eu estava quando parti — a voz de Theo soou embargada, mas ela continuou. — Levou muito tempo, mas eu consegui aprender novos hobbies, consegui conhecer novos lugares e encontrar outras vocações.

Eudora voltou a olhá-la nos olhos, lágrimas em suas bochechas finas.

— Com o tempo... você fará tudo isso. Está segura aqui — Theo garantiu, sentindo uma lágrima deslizar por seu rosto. — Todos nós estamos.

Eudora assentiu, mas seu rosto continuava sério e um tanto perdido, até Theo dizer: — eu vou matar Beron.

E, com isso, Eudora abriu um pequeno sorriso.

[...]

Quando todos voltaram para a mansão, seguiram para seus devidos quartos, mas não Theodosia.

Theodosia precisava conversar. Precisava ouvir que tudo ficaria bem. Precisava se certificar de que tudo daria certo.

Precisava conversar com a única pessoa que entendia a situação dela.

O coração de Theo estava disparado, ela o sentia retumbando contra as paredes a cada passo que dava pelos corredores escuros.

Ela seguia em passos largos, porém silenciosos, pela mansão. Ignorou os machos que estavam a frente da porta e bateu nela repetidamente até que finalmente fosse aberta.

— Theodosia, o que...

— Eu escolho você — Theo disse rapidamente, ignorando a tensão que se assomava em seus músculos.

Ele ainda estava sonolento, o cabelo bagunçado provando que estava dormindo até Theo chegar. Mas seus olhos se concentraram na ruiva assim que sua mente recém-acordada processou as palavras e o que elas significavam.

O valor que aquelas palavras tinham.

Tysonalus abriu um sorriso sonolento, porém genuinamente contente.

— Espero que isso não seja um sonho, Theodosia, futura rainha de Saori.

‧₊˚ Esse foi o capítulo de hoje! O que acharam?

‧₊˚ Ontem fui pra um bloco e passei mal pra caramba... por isso não consegui publicar o capítulo ontem. Mas estou melhor agora, o carnaval tem dessas kkkkkkkkkkkk

‧₊˚ Estão aproveitando o carnaval com a família? Amigos? Em casa, praia, festa?

‧₊˚ Não tivemos Azriel hoje, mas ele estará de volta domingo que vem!

‧₊˚ Eudora e Theo tem uma relação complicada e difícil, e vai levar tempo até evoluírem juntas. Espero estar começando esse processo de forma apropriada e que estejam gostando.

‧₊˚ Por hoje, é isso! Mas novos em breve <3

——— F.  12 de fevereiro de 2024.

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