EFEITO DO CAOS

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+18 DARK ROMANCE DE VROMANCEPLUS. S i n o p s e Everest Thomas volta para Seattle depois de anos morando com... More

avisos + personagens principais
s i n o p s e + p e r s o n a g e n s
c a p í t u l o 1 - S o r r i s o ☠︎
c a p i t u l o 2 - i n t u i t i o n
c a p í t u l o 3 - B i g (pai)
c a p í t u l o 4 - v o c ê
c a p í t u l o 5 - l o u c o ☠︎︎
c a p í t u l o 6 - b o g e y m a n
c a p i t u l o 6 (parte 2)
c a p i t u l o 7 - D e n a l i
c a p í t u l o 9 - a m e a ç a
c a p i t u l o 1 0 - v i b r a ç o e s
c a p í t u l o 11 - U n i v e r s i d a d e
c a p í t u l o 12 - d j a v ú
c a p í t u l o 13 - F i q u e L o n g e
c a p í t u l o 1 4 - l o c a l i z a ç ã o
c a p i t u l o 1 5
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c a p í t u l o 8 - o p a s s a d o

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14 anos antes

Denali

Alguns dias antes...

Abri a porta do quarto bem devagar e, colocando apenas um olho pela fresta, vi alguns homens estranhos andando pelo  corredor, em direção ao sótão, com caixas empilhadas nos braços. A luz estava apagada, mas o reflexo do andar de baixo clareava o topo da escada e isso ajudava a vê-los.

Papai saia muito, era raro encontrá-lo em casa e, por esse motivo, fiquei surpresa quando, entre aqueles homens estranhos transitando o pequeno corredor da nossa casa, estava Jacob, meu pai.

Olhei para trás, apenas na intenção de conferir se minha irmã ainda estava dormindo; constatando que sim, abri a porta e passei de fininho quando tive certeza que nenhum deles passariam por ali mais. Já tinham guardado todas as caixas.

Olhei pela janela – que ficava na outra ponta do corredor – ,vendo o céu escuro da madrugada.

Onde estava Gaia?

Sobre a ponta dos pés, andei até parar no topo da escada, tentei escutar mais alguma coisa:

— O que é tudo isso Jay?— Era a voz baixa de Gaia.

— Não se preocupe com nada, mi amore. — ele sussurrou falando outra vez em espanhol, sua língua nativa.

Aguçei minha audição.

Uma vez papai me disse que, diferentemente de mim e de Everest, ele havia nascido na Bolívia, mas seu pai; meu avô, precisou sair de lá apenas com ele e o irmão mais velho; papai tinha apenas dois anos. Essa história não era algo que ele gostava de falar abertamente. Gaia me explicou uma vez, em segredo, que era porque meu tio tinha morrido pouco tempo depois que chegaram em Washington.

Então, periodicamente, ele falava essas palavras em espanhol.

Minha irmã e eu era mi cariño.

Eu gostava.

— Isso tudo é muito perigoso, Jacob. — Ela choramingou — E a nossas filhas?

Gaia não era minha mãe biológica, mas meu peito estremecia sempre que ela se referia a mim daquela maneira.

Papai a traiu quando tiveram uma briga e acabou engravidando uma Brasileira que estava de férias em Seattle. Ele fez com que as férias da minha "mãe" biológica se estendessem até o dia em que vim ao mundo, após isso, ele a despachou de volta  ameaçando-a caso ela tentasse voltar. Eu não entendia muito aquilo. Como ele a ameaçava se mal a conhecia?

Apesar de ter curiosidade, eu fiquei feliz por ele não ter deixado eu ir.

Eu não sei muito o que aconteceu para que Gaia o perdoasse, no entanto, quando fiz três pouco mais de três meses, ela engravidou de Eve, minha irmãzinha.

Eles não tinham ideia que eu sabia algumas  coisas, mas eu tinha o defeito de escutar atrás das portas.

— Eu jamais colocaria vocês em risco. — Ele se zangou — Por isso irão viajar em alguns dias e, quando eu tomar o território e a poeira abaixar, eu trago-as de volta.

Ouvi o choro abafado de Gaia.

Iríamos viajar? Para onde?

— Isso é traição Jay, se pegarem você e-eu... — Ela solucou, instantes depois eu ouvi o barulho de um beijo.

— Não irão me pegar. — ele garantiu.

Quem queria pega-lo? O que papai iria fazer?

Estava confusa.

— Como tem tanta certeza?

— Gaia, venho de uma linhagem de criminosos. — Ele abaixou o tom de voz — você me insulta dessa maneira.

— Deus... O que eu fui fazer da minha vida — Lamentou...

Papai riu.

— É tarde para lamentar, mi vida, não irá escapar das minhas mãos.

— Meu medo é tirarem você das minhas.

As coisas já estavam melosas entre eles como sempre, por aquele fato; decidi que tentaria averiguar o que papai estava fazendo em outra hora.

No momento em que iria voltar para o meu quarto, bem lentamente, acabei encostando o ombro num aparador no corredor. O barulho fez com que os sussurros cessassem no andar de baixo.

— Ali? Eve? Meninas? — Gaia chamou preocupada.

Meu coração começou a martelar no peito e eu olhei de um lado para o outro sem saber o que fazer. Eu iria ser pega espiando e daquela vez tive medo, pois não sabia o que estava acontecendo e porque Gaia chorava.

O som de passadas largas fez com que eu colocasse a mão nó pé da barriga.

Sabia que era papai e, devido às pernas longas, em segundos chegaria ali.

Então quando ele despontou, eu fechei os olhos e os espremi. Com as costas da mão esquerda, eu cocei os olhos na intenção de mostrar que eu acabara de acordar. Com a mão direita eu apertada a barriga e cocava os olhos com a outra.

mi cariño. O que esta fazendo acordada? — Abaixou para ficar da minha altura.

— Eu acordei para ir ao banheiro e achei ter ouvido sua voz — Murmurei com a voz arrastada.

Ele abriu um sorriso cheiro de dentes branquinhos. Passou o braço ao redor dos meus joelhos e se pôs de pé comigo em seu braço.

Eu era uma criança gorda, muitas outras falavam de mim na escola, mas, quando papai fazia aquilo, eu sabia, não; eu tinha certeza, que ele era meu super herói.

Gaia apareceu logo depois e eu vi quando ela tentou, inutilmente, secar o rosto molhado.

— Você está bem, querida? — a voz doce e anasalada, por conta do choro, perguntou.

— Preciso ir ao banheiro — Falei outra vez baixinho.

— Vá, vá... Uma vez vi no google que não pode segurar xixi muito tempo — Gesticulou e papai me olhou; seguramos a risada.

Ela sempre foi doidinha com o que o google falava...




Presente

15 de Julho Seattle.

Quando tive certeza que Everest estava trancada no quarto dela, peguei o celular e retornei a ligação de papai.

Mordi o lábio nervosa. Sabia que ele estava enlouquecido naquele momento, ansioso para dirigir até o apartamento e checar minha irmã por conta própria, ter certeza que estava bem.

— Me conte do início  — pediu sério, o tom de voz denotando o quanto ele estava falsamente calmo.

Esse era a pior de suas faces. A falsa calma só mostrava o quão cruel papai poderia ser quando a raiva era exposta.

Contei todos os detalhes do que aconteceu e ele escutou sem me interromper. Sua respiração oscilou algumas vezes e eu me perguntei o que ele estava querendo fazer em decorrência de tudo. Everest não tinha ficado ferida mas eu sabia que papai não deixaria barato.

— ... Rone me seguiu até a Catedral e Locan ficou vigiando-a. — terminei de explicar e ele riu baixo e sem humor.

— Um péssimo trabalho ele anda fazendo. — Resmungou — mi cariño? — Chamou

— Sim, pai.

— Henry a machucou? — Quis saber.

Engoli a seco.

— Não. Tem algumas marcas no braço, mas ele só a conteu... — Dei risada e continuei — Ela estava ameaçando-o com um pedaço de vidro.

Ele riu orgulhoso.

Minha garota.

Mordi a parte interna da bochecha. Quando Eve me ligou e decidiu que queria vir passar os anos da Universidade comigo, eu não segurei o choro. Enfim teria minha irmãzinha comigo depois de anos longe, mas naquele momento, não tinha mais certeza se tinha sido mesmo uma boa ideia.

Everest não se importou com a sua segurança. Ela se preocupou comigo. Big tinha muitos inimigos fora de Crow's den e eu tinha medo.

Ela não era para aquele mundo.

— Pai, será que ela vai ficar legal aqui? Será que voltar vai valer a pena? Everest ainda tem trauma... Ela vomitou quando viu Rone apontando a arma.

Ele ficou quieto por um instante, por fim disse:

— Ela é adulta, toma as próprias decisões. — fechei os olhos com o tom de voz — Tenho duas filhas fortes.

Não se alongou no assunto.

— Certo. O que vai fazer?

Eu? Absolutamente nada.

E, deixando as palavras subentendidas, ele desligou.

Ele não faria, mas não significava que nao seria feito.

Meu pai ainda sentia com tudo o que aconteceu e não se alongava quando o assunto envolvia a saúde de Eve. Eu não estava em posição de ser cruel com ele, de culpá-lo.

Porra, quando tudo ruiu, quando Gaia levou minha irmã embora, fomos o porto seguro um do outro. Nós dois e a dor da culpa.

Fui criada por meu pai, O grande Corvo, e seria quem era para eu ser.

Eu só esperava que minha irmã não me odiasse por aquilo.

👀 e ai?

(Eu tô amando escrever esse livro, espero que vocês estejam amando ler também. ✨♡)










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