Answer • Ateez [livro 2]

Par prettysanny

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Um misterioso colar se quebra, mudando mais uma vez o rumo da vida dos Mascarados. Depois de finalmente encon... Plus

Prólogo
Conheça Atlantis
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
✨ Aesthetic Answer ✨
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24

Capítulo 21

75 14 48
Par prettysanny

Krystal estava chocada com tamanha ousadia. Não que ela duvidasse de qualquer coisa que Wooyoung se propunha a fazer, principalmente se a envolvesse. Mas levá-la ao salão de jogos mais nobre de Atlantis ultrapassou os limites do que ela poderia prever.

A grande cidade flutuante tinha diversos salões de jogos, mas aquele em especial, era praticamente exclusivo da elite. Krystal sentiu certo alívio por estar bem vestida, usando um vestido longo vinho de tecido leve e um pouco cintilante. A cor escura era um belo contraste com sua pele branca.

Apesar de estar vestida de acordo, ela se sentia um peixe fora d'água. Tinha a sensação de que a qualquer momento seria expulsa dali, pelo simples fato de ser uma tripulante, ou pobre demais para estar naquele ambiente.

- Está nervosa? - Wooyoung murmurou, enlaçando seu braço no dela.

Ele estava igualmente bem vestido, usando um terno preto e a camisa branca sem gravata. E claro, os primeiros dois botões abertos, como de costume.

Não que esse detalhe chamasse a atenção de Krystal. Ela não era atraída pela melanina daquela pele perfeita, nem pelo belo pescoço de Wooyoung.

- Por que estamos aqui? - ela disse, entredentes.

- Viemos nos divertir. E brincar um pouquinho com ricos bêbados que não sabem jogar. - piscou um olho, exibindo um sorriso de canto que a fez engolir em seco.

Canalha.

- Até que não me parece ruim. - Krystal deu um meio sorriso, o olhando de esguelha.

Eles entraram no salão, exalando confiança. Como se jogar ali fosse um hábito. Wooyoung se aproveitou da situação e não a soltou. Na verdade, esperava que parecessem um casal. Krystal estava ciente de seu toque, mas não o afastou. Permitiu por um momento baixar a guarda e aproveitar a presença daquele garoto irritante, que por sorte era lindíssimo e cheiroso. Não que ela fosse afetada por seu perfume...

- Boa noite! - o crupiê os cumprimentou com um sorriso cortês - O que o casal deseja?

Krystal sequer olhou para Wooyoung, mas podia sentir o sorriso enorme que ele abriu ao ouvir a palavra "casal".

- Viemos nos divertir com pôquer. - respondeu animado, sem se dar ao trabalho de dizer que não eram um casal. Talvez, porque ele achava que realmente fossem - Mas só nos interessamos em quem não tem medo de apostar alto.

Golpista.

- Estamos prestes a iniciar uma partida com convidados ilustres. - sorriu o crupiê, imaginando que Wooyoung era milionário, ou algo do tipo - Nosso maior apostador e grande vencedor estará na mesa. Tem interesse?

- E quem seria essa pessoa? - Krystal perguntou, cética.

- Senhor No Jae.

...

Krystal precisou de todo o autocontrole que tinha para não transparecer o que aquele nome lhe causava. Wooyoung notou o nervosismo ao sentir sua mão gelada. Ele a segurou mais forte por instinto.
Quando tiveram um momento mais afastados do crupiê, Krystal fez um resumo do que No Jae fizera com Jade e como todos simplesmente não fizeram nada sobre o ocorrido.
Ele ficou furioso e revoltado.

- Ainda quer jogar? - Wooyoung perguntou, olhando diretamente nos olhos de Krystal. Sua preocupação era genuína.

- Você me garante que o fará perder?

- O que eu não faria por você, amor? - devolveu, com um sorriso que ela foi obrigada a admitir para si mesma que a abalou.

- Então, arranque tudo o que puder dele.

- E o que eu ganho depois? - Wooyoung acariciou a bochecha de Krystal, seu olhar demorando em seus lábios.

- Serei generosa. Tudo depende de você, piratinha. - ela apoiou as mãos em seu peito, alisando a camisa - Pense que aquele idiota está com o seu tesouro, se isso for um incentivo.

Wooyoung sorriu atrevido e passou o braço ao redor da cintura dela, que não recuou. Seus olhos continuavam intercalando entre os lábios, sem qualquer constrangimento.

- Meu tesouro está em minhas mãos agora, amor. Mas pensarei em outras formas de incentivo. - ele sussurrou, deixando um beijo na bochecha dela, soltando-a em seguida.

Krystal estava dividida entre rir da cantada brega ou jogar tudo para o alto e beijar aquela boca insuportavelmente atraente.

Contudo, o crupiê já estava de volta e o momento a sós se foi.

- Prontos para jogar?

...

- Tudo pronto? - Mingi perguntou, assim que se encontraram em frente ao aquário, no meio da madrugada.

- Sim. - Nabi sorriu maléfica, exibindo o sachê de laxante e o cartão de acesso dos apartamentos - Acrescentei mais uma coisinha.

Em suas mãos, um envelope preto pequeno estava fechado. Mingi teve medo de perguntar o que poderia haver ali. Não duvidava que aquela garota fosse capaz de colocar uma bomba em miniatura, capaz de explodir o navio inteiro.

- Devo me preocupar? - perguntou, ressabiado.

- Não. - disse com tranquilidade - Não foi você que assediou minha irmã.

Ele nem discutiu. Se a polícia o interrogasse, seria sincero ao dizer que não tinha conhecimento sobre o conteúdo do envelope.

- Está pronta?

- Eu nasci pronta, querido!

Mingi segurou uma gargalhada e balançou a cabeça. Sabia, naquele momento, que estava se jogando em uma confusão. Mas não se importava, desde que pudesse ficar ao lado daquela miniatura de garota.

...

Eram duas horas em ponto, quando chegaram ao deque 5. O corredor estava escuro e silencioso, como imaginavam. O cartão de acesso girava entre os dedos gelados de Nabi. Estava tensa, mas empolgada.

- Acabei de receber uma mensagem interessante. - ela disse baixinho, enquanto Mingi observava o entorno.

- De quem?

- Krystal. Ela disse que vai chegar tarde porque está jogando pôquer.

- E por que isso é interessante? - ele arqueou as sobrancelhas, confuso.

- Por que ela disse que está com Wooyoung. - Nabi sorriu de canto - O novo colega de trabalho dela, que por acaso é lindo.

Mingi fez careta.

- Ainda não entendi.

- No Jae está na mesa dela, apostando horrores. - acrescentou, arregalando os olhos - E Wooyoung é ótimo em blefar. Krystal disse que vão tentar arrancar o máximo possível dele. O que significa que teremos tempo, já que ele está ocupado levando um golpe.

- Wooyoung está trabalhando? - Mingi piscou, ainda processando as informações - Pensei que estivesse de férias.

- E você o conhece?

- Claro. É meu amigo desde o colegial. E nem é tão bonito assim. - revirou os olhos, como se o elogio a ele o ofendesse.

Ou enciumasse.

- Você até que dá para o gasto, não precisa ficar com inveja. - Nabi provocou, segurando uma risadinha.

Obviamente, ele era muito mais do que ela ousava admitir.

- Não estou com inveja. - Mingi se aproximou, falando baixinho com sua voz grave - Só vou trabalhar para que você me ache mais bonito ainda.

- Eu acho. - ela respondeu de súbito, se arrependendo das palavras imediatamente.

- O que disse? - ele sorriu de canto.

- Nada. - Nabi arregalou os olhos e praticamente correu pelos cantos do corredor, se esgueirando para não acender nenhuma luz.

Mingi tampou a boca com a mão, contendo um riso sincero. Nabi estava encostada na porta ao lado do apartamento de No Jae, o aguardando.

- Está na hora de subir na vida, baixinha. - disse ao se abaixar para ela subir em seus ombros.

- Cale a boca. - respondeu Nabi, com um peteleco na cabeça dele.

- Aí! Por que você é tão agressiva?

- Por que você é tão irritante?

Nabi passou a perna com cuidado sobre o ombro direito dele e depois fez o mesmo do outro lado. Mingi segurou seus joelhos para que ela não perdesse o equilíbrio e ficou de pé, lentamente.

- Pelo amor de Deus, não faça nenhum movimento brusco. - ela sussurrou, erguendo as mãos lentamente em direção a câmera.

- Eu sei.

Contudo, a aparente tranquilidade foi para o ralo quando Mingi sentiu algo passando por cima de seu pé. Patinhas pequenas e um rabo liso.

A sorte deles era que as câmeras não captavam áudio.

Porque Mingi deu um grito que provavelmente acordou o deque todo. Nabi balançou com o pulo que ele deu, logo depois de desligar a câmera.

- Um rato!!!

Ele bateu o pé no chão repetidas vezes, tentando se livrar do bicho que subia em sua perna. Nabi travou, em pânico. Não sabia se pulava para o chão, batia em Mingi ou fingia um desmaio.

- Cale a boca e se livre desse rato! - ela sussurrou gritando, enquanto ele quase arrancava a calça.

- Ele está subindo em mim! - gritou de volta, em desespero.

- Não acredito que você tem medo de rato!

- Olha quem fala!

- Precisamos sair daqui antes que abram as portas e nos vejam.

E ela tinha razão.

Mingi chutou o rato para o ar ao correr para a sala de visitas do deque, ouvindo algumas portas se destrancando. Precisavam se esconder.

Assim que chegou ao refúgio, tirou Nabi de seus ombros e ambos se abaixaram atrás do enorme sofá.

- Vamos ficar aqui até os hóspedes voltarem a dormir. - Mingi sugeriu, tentando não pensar no rato.

- Pelo menos eu consegui desligar a câmera. - Nabi suspirou, aliviada
- Não podem nos acusar. Sem provas, sem crime.

...

- É uma situação familiar, não acha?

Wooyoung sentiu o coração disparar ao ouvir a voz baixa, ao pé do ouvido. O perfume dela estava por toda a parte, o enlouquecendo devagar. As mãos, aparentemente inocentes, estavam apoiadas em seus ombros.
Ele precisava de todos os seus outros sentidos aguçados, pois fora vendado.

E amarrado em uma cadeira.

- É a primeira vez que sou sequestrado, então não sei do que você está falando. - ele debochou, ignorando os sintomas estranhos que o dominavam.

- Pensei que não esqueceria de como nos conhecermos, Piratinha.

Krystal.

Wooyoung odiou a si mesmo por não ter reconhecido a voz dela de cara, e de repente, tudo fez sentido. Descobriu porque estava gostando daquela situação.

Ela estava jogando pesado, usando tudo o que podia contra ele. Não poupou esforços para enfraquecer suas defesas, sussurrando em seu ouvido.

- De todas as formas de punição que imaginei vir de você, jamais poderia imaginar que você me sequestraria. - sorriu, ainda sem vê-la - Não sou tão insuportável assim, afinal.

- Não estou te punindo. - Krystal continuou, escorregando as mãos pelos braços dele, se apoiando na parte de trás da cadeira em que estava - Estou te relembrando.

E então, beijou seu maxilar.

Wooyoung engoliu em seco, surpreso. Seu corpo arrepiou e ele pensou que fosse ter um ataque cardíaco. Aquela garota ia matá-lo.

- R-relembrando? - gaguejou, ofegante.

- Sim. - Krystal deu uma risadinha - Não se lembra de como nos conhecemos? Do drama que você fez quando eu te arrastei para o acampamento?

Ela se afastou um pouco, o fazendo sentir um ar frio.

- Lembro bem de você todo medroso, apavorado com algumas aranhas. - riu mais - E jogando seu charme barato para cima de mim, mesmo depois de eu quase ter te acertado com uma flecha.

- Quase, não. - ele protestou - Você me acertou com uma flecha, e eu quase morri! - enfatizou, virando a cabeça na direção em que supunha que ela estava.

- Então você lembra? - Krystal se aproximou novamente, de frente dessa vez.

Estranhamente, Wooyoung se lembrava. As memórias vieram, fragmentadas, mas seguidas. O pânico que sentiu ao ser preso em uma árvore pela gola da camisa. A garota ameaçadora que o levou como se ele fosse um alce para o jantar. O modo como ela o interrogou, o mantendo amarrado à uma cadeira.
E como aquela garota era linda e irresistivelmente atraente.

Krystal retirou a venda que cobria seus olhos e se inclinou para perto, tocando o rosto dele sem motivo. Ambos não disseram nada enquanto ela deslizava o polegar da bochecha até o lábio inferior de Wooyoung, como se decorasse cada detalhe de seu rosto.

- Será que você finalmente percebeu que eu sou tão irresistível para você, quanto você é para mim? - ele quebrou o silêncio com uma respiração pesada, vidrado em seus olhos cristalinos.

Krystal sorriu, brincando com a proximidade. Wooyoung umedeceu os lábios, sem fazer questão de esconder suas intenções. Ele a queria.

- Desde quando você lê pensamentos, Piratinha? - ela murmurou contra seu ouvido, deixando um beijo logo abaixo da orelha.

Wooyoung soltou um suspiro, completamente entregue ao jogo dela. Estava disposto a deixar que Krystal fizesse tudo o que quisesse com ele. Já não tinha mais controle sobre si.

E então, as carícias dela trouxeram de volta memórias que Wooyoung não sabia que tinha. O modo quase agressivo e firme que Krystal se aproximava, sempre acompanhado de uma ameaça e seu olhar felino que o enlouquecia. A maneira que suas mãos e frequentemente, unhas, se agarravam ao seu pescoço, o puxando para perto.

Wooyoung a perturbava porque amava a resposta de Krystal. Amava acabar em suas garras.

- O que estamos fazendo aqui, amor? - ele questionou, verdadeiramente confuso - Por que  não estamos preparando nosso casamento?

Ele só conseguia pensar no pedido não intencional e em como se sentiu privilegiado ao descobrir o significado de seu presente. E que precisava se casar com Krystal, pelo bem de sua saúde.

- Não estamos em casa, Piratinha. - ela se afastou, rindo, para a decepção dele - Mas a boa notícia é que você se lembrou de quem você é. - sorriu, selando sua boca demoradamente - E que pertence a mim.

...

A praia estava cheia. O início da noite começou agitado e em clima de festa, com grande parte da orla enfeitada com luzes pequenas e flores de hibisco. Quase todos os turistas de Atlantis desembarcaram para o Lual.
A lua refletia sua luz prateada no mar, sendo a atração principal da noite.

Hongjoong deixou sua velha amiga na cabine, trocando a câmera profissional por uma pequena polaroid. Não estava à trabalho, por isso não se preocupou em trazer todo o seu equipamento fotográfico.

Sentado sozinho de frente ao balcão do quiosque principal, ele aproveitava sua terceira dose de um drink desconhecido, doce e viciante. Torcia para não ter uma ressaca na manhã seguinte, embora continuasse bebendo.

- Passou da hora de você se lembrar de mim, não acha? - uma voz suave murmurou em seu ouvido, o pegando desprevenido.

Hongjoong sentia as pernas bambas e desconfiava que o coquetel que pediu era mais forte do que imaginava. Já estava alucinando.

- Q-quem é voc...

- Sou eu, capitão. - Liz sorriu, próxima o bastante para um abraço.

- L-liz? - cambaleou.

Sua modelo favorita estava impecável, usando um vestido branco e solto, cheio de flores pequenas. Uma flor vermelha enfeitava seu cabelo.

- Não me diga que comeu marulas de novo? - arqueou as sobrancelhas, se esticando para pegar a taça decorada com um guarda-sol azul - Ou tomou licor de marula?

De novo?

- Não sei... - ele continuava confuso - Pode me explicar o que quer dizer?

Ela riu.

- Vim acordar você de seu sonho, capitão. - disse baixinho - Muitas coisas estranhas aconteceram, e você precisa se lembrar de quem realmente é. De onde você veio.

Hongjoong sentiu seus neurônios se esforçando para funcionar. Talvez aquele licor fosse realmente potente. Ele sentia a cabeça zunindo e tudo o que Liz falou parecia estranho. Mas ao mesmo tempo, familiar.

Acima de tudo, ela lhe parecia muito familiar.

Era como se ele conhecesse a sensação de tê-la em seus braços a muito tempo. Como se o seu aroma favorito fosse seu perfume.

E então, como se pudesse ler seus pensamentos, Liz o surpreendeu, diminuindo a distância entre eles ao envolver os braços ao redor do pescoço de Hongjoong.

- Será que isso ajuda a clarear sua mente? - perguntou com um sorriso travesso, próxima de seu rosto.

Ele riu, com os olhos pesados. Não clareava sua mente, mas o deixava completamente vulnerável ao charme dela.

- Cuidado, lindinha. - segurou o rosto dela, brincando com a proximidade - Eu sou perigoso. - sorriu, mordendo o lábio - Quando eu desejo algo valioso, é impossível me deter. E quando eu roubar seu coração, não vai ter volta.

Liz prensou os lábios, contendo um sorriso. Hongjoong ainda parecia um pouco fora de si, mas seus olhos continham um brilho astuto, ousado. Uma centelha que nenhuma substância poderia dissipar.

- Está numa caça ao tesouro? - ela debochou, o provocando - Quem o ouvir dizendo isso pensará que é um pirata. - murmurou em seu ouvido.

Hongjoong engoliu em seco, atordoado. Tudo e nada fazia sentido. Ele estava confuso, mas algo em seu coração lhe dizia que aquela provocação tinha um fundo verídico.

- Talvez eu realmente seja um pirata. - seu sorriso ficou ousado, seus olhos mais brilhantes - Porque estou com um tesouro em minhas mãos.

- Sempre que está bêbado, você solta cantadas ruins? - Liz prosseguiu murmurando, determinada a acabar com a sanidade dele - Não é a primeira vez que me diz essas coisas, sabe.

- Você não parece achar ruim. - ele a encarou, baixando os olhos para os lábios de Liz por um tempo considerável.

- Não acho. - beijou sua bochecha, enquanto tocava o rosto dele sem qualquer constrangimento - Na verdade, eu gosto quando você diz essas coisas. Fico com uma vontade incontrolável de te beijar.

Hongjoong não tinha ideia de como as coisas com Liz evoluíram daquele jeito, em tão pouco tempo. Não conseguia compreender o sentido de algumas coisas que ela disse, mas tinha certeza de que não eram estranhos. Ela o conhecia muito bem.

- Então devo continuar, querida? - com um sorriso ladino, ele passou um braço pela cintura de Liz, a fazendo encostar em seu peito.

- Claro. - se aproximou o suficiente para encostar seus lábios, mas não o fez - Mas só vou te beijar quando você lembrar.

- Lembrar do que? - perguntou, ansioso.

- De quem eu sou. De onde viemos. E do que somos um do outro. - respondeu, passando o indicador suavemente sobre a pintinha em seu pescoço, lhe causando arrepios.

- Você acha divertido me torturar? - Hongjoong fechou os olhos, respirando fundo.

- Estou provocando suas memórias, capitão. - beijou seu maxilar, aproveitando cada oportunidade que tinha de tocá-lo.

Capitão.

Pouco a pouco, a tortura viciante de Liz surtia efeito. As palavras começaram a se encaixar e Hongjoong finalmente entendeu o que estava acontecendo.

"Vim acordar você de seu sonho, capitão. Muitas coisas estranhas aconteceram, e você precisa se lembrar de quem realmente é. De onde você veio."

Vim acordar você.

Apesar de estar meio bêbado, Hongjoong se lembrou do sabor doce das marulas. Da tenda aconchegante e do perfume no travesseiro de Liz.

Lembrou do momento em que entrelaçou seus dedos nos dela pela primeira vez. Lembrou de como ficou louco quando a viu tão linda quanto uma princesa e dançou com ela num baile de máscaras.

Máscaras.

Uma voz lhe dizia que era conhecido como Mascarado.

E então, tudo voltou como uma enxurrada.

...

A confusão tomava conta da mente de Seonghwa.

Seus olhos se abriram de repente, suas lembranças se transformaram em uma névoa fina e frágil, prestes a se dissipar.

Contudo, podia sentir o gosto de Aurora em sua boca.

Atordoado, ele se levantou da cama, com uma enxaqueca que o fez ficar tonto. Ele apoiou a mão no batente e encostou a testa na porta do quarto, fechando os olhos com força.

Duvidava de sua sanidade desde que começou a sonhar com ela, mas dessa vez era diferente. Era intenso demais. Ele sabia que algo estava errado e precisava descobrir o que era.

Assim que sua dor de cabeça passasse, é claro.

Seonghwa cambaleou até o armário do banheiro e pegou um comprimido para dor. Engoliu com um gole generoso de água e imediatamente teve outro déjà vu. Ele teve a sensação de que Aurora já o observou com vívido interesse enquanto matava sua sede. E que ele flertou com ela, usando todas as armas a seu favor.

Definitivamente, algo estava errado.

A cada segundo, Seonghwa mergulhava na estranheza de sua realidade, certo de que aquela vida não lhe pertencia.

O remédio começou a fazer efeito depressa, para seu alívio, e ele resolveu procurar a única pessoa que teria maturidade o suficiente para o aconselhar, sem mandá-lo para um hospício quando falasse o que o afligia.

Seu amigo mais antigo e companheiro desde o colegial.

Por sorte, ele também estava em Atlantis.

Respirando fundo e recapitulando mentalmente o que iria dizer, Seonghwa pegou seu celular e discou o número de Hongjoong. Não pensou duas vezes antes de ligar, mesmo que o acordasse no fim da madrugada.
Hongjoong saberia o que fazer.

...

- Jade!

San se levantou num pulo, arregalando os olhos, assustado. Sua respiração irregular fazia seu coração bater rápido demais.

- Cara, você precisa parar de acordar assim. - Mingi reclamou, esfregando os olhos - Será que se eu encontrar sua namorada, você para de chamar por ela enquanto dorme?

- O quê?

- Estou ficando preocupado. Já é a segunda vez que acorda falando nela. Já virou obcessão. - Mingi continuou a reclamar, balançando a cabeça. Não tinha dormido quase nada depois da madrugada de delitos com Nabi.

San ficou de pé, tentando despertar por completo. Sentiu uma dor de cabeça, bem no centro da testa e se sentou na cama de Mingi.

- Está tudo bem? - ele perguntou, preocupado.

- Minha cabeça está latejando. - San murmurou com a testa franzida de dor - E está tudo girando.

- Você bebeu ontem?

- Eu não estou de ressaca!

- Foi só uma pergunta! - Mingi se defendeu, erguendo as mãos.

- Tem algo muito errado.

- Não diga!

- É sério. - San ergueu o olhar, tentando abrir os olhos, sensíveis por causa da dor de cabeça - A camareira... Jade... Eu a conheço.

- Isso já é loucura, precisa de ajuda profissional.

- Não estou brincando!

- Nem eu!

- Mingi é sério! Eu a conheço. Mas não a conheci em Atlantis. Eu sinto que essa não é a minha vida. Está tudo uma bagunça aqui dentro! - choramingou, batendo as mãos na cabeça.

Mingi se deu conta de que San realmente se sentia aflito. Havia algo muito mais sério por trás daquela história.

- Ei, calma. - ele deu um tapinha nas costas do amigo - Sua cabeça não vai melhorar se ficar batendo nela.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, seu celular tocou.
Mingi estava prestes a recusar a ligação, mas resolveu atender quando viu quem era.

- Bom dia, hyung! O que te fez acordar tão cedo? Saudades de mim?

- Precisamos nos encontrar. Quero todos na proa em dez minutos.

O tom sério e autoritário de Hongjoong fez Mingi gelar. Em todos os anos de amizade entre o grupo, raramente Hongjoong ignorava uma provocação dele. Significava que o assunto era urgente.

- Tudo bem. Estaremos lá.


"- O que eu não faria por você, amor? - devolveu, com um sorriso que ela foi obrigada a admitir para si mesma que a abalou."


Wooyoung depois de garantir pra Krystal que ia deixar o No Jae pobre

O Mingi fazendo escândalo por causa do rato

Wooyoung sequestrado e Hongjoong bêbado...


Oieeee

Sentiram saudades?

Quem tá viva sempre aparece né? 🙊🫶

Boa notícia: tenho vários capítulos escritos.

Por falar em escrita, já coloquei no meu mural, mas vou colocar aqui também... Pretendo publicar Treasure no Kindle 🙊😱🤯 então estou trabalhando na diagramação e revisão do primeiro livro.

É isso amores, estava morrendo de saudades! Espero que estejam gostando e teorizando hahaha

Não esqueça da 🌟🙏🩷!

Beijoooos 💕

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