HOPELESS | BUCKY BARNES

By tomcruisre

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Buscando se encaixar em sua nova vida, Bucky se vê perdido tentando se recuperar das memórias e das lembrança... More

⍟ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs
⍟ sᴏᴜɴᴅᴛʀᴀᴄᴋ
ᴘʀᴏ́ʟᴏɢᴏ
01. ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ
02. ᴛᴇsᴛᴇᴍᴜɴʜᴀ
03. ᴅɪᴀᴍᴀɴᴛᴇ
04. ᴄᴏɴᴛᴀᴛᴏ
05. ᴅᴇsᴏʀᴅᴇᴍ
06. ᴇsᴘɪᴀ̃ᴏ
07. ᴀɴᴛɪ-ᴠɪᴅᴀ
08. ʀᴇғᴏʀᴍᴀ
09. ʙɪɴɢᴏ
10. ᴄᴏɴᴠɪᴛᴇ
11. ᴅɪsғᴀʀᴄᴇ
12. ᴇᴄʜᴏ
13. ʙᴜɴᴋᴇʀ
14. ᴛʀᴀɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ
15. ʟɪᴍɪᴛᴇ
16. ᴄᴏɴғɪssᴀ̃ᴏ
17. sɪɴᴛᴏɴɪᴀ
18. ᴛᴇᴍᴘᴇsᴛᴀᴅᴇ
19. ᴘʀᴏᴘᴏsᴛᴀ
20. ᴠᴇʀᴍᴇʟʜᴏ
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22. ᴍɪssᴀᴏ
23. ʙʙᴄ ɴᴇᴡs
24. ᴏʙsɪᴅɪᴀɴᴀ
25. ʀᴇᴄᴏᴍᴘᴇɴsᴀ
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36. ᴠɪʙʀᴀɴɪᴜᴍ
37. ᴅᴇᴠᴏᴄ̧ᴀ̃ᴏ
38. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 1
39. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 2
40. ᴄᴏɴғʀᴏɴᴛᴏ
41. ᴍᴇᴍᴏ́ʀɪᴀ
43. ᴘᴇʀɪɢᴏ
44. ᴘᴀssᴀᴅᴏ

42. ᴜʟᴛɪᴍᴀᴛᴏ

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By tomcruisre

Primeiramente eu gostaria de me desculpar pela demora para atualizar mas entrei em um bloqueio criativo que nada que eu escrevia parecia bom e inclusive odiei esse capítulo mas acho que não conseguiria fazer nada melhor 😭😭😭

Espero do fundo do meu coração que vcs gostem e eu prometo que vou tentar melhorar ❤️


— E ai conseguiu? — Selene perguntou ansiosa vendo Sam atravessar as portas automáticas com as duas mãos dentro do bolso.

A expressão de Sam era séria até demais e por um breve momento ela pensou que tudo tinha dado errado até que o moreno abriu um sorriso de orelha a orelha.

— É claro que eu consegui. — Sam respondeu fazendo os dois soltarem um suspiro.

Os seguranças daquele andar lhe deram livre acesso, já que não havia barreiras para o Capitão América na S.W.O.R.D mesmo que a ordem de Abigail Brand fosse isolar a área, ninguém era capaz de dizer não a Sam Wilson.

— Conseguiu mesmo? — Selene perguntou ansiosa. — Porque tem homens do Fisk por todo o prédio e se agirmos agora...

— Quando eu te desapontei, canarinha? — Sam tirou do bolso um pequeno chip que continha todo o armazenamento de Vallery, incluindo tudo o que ela havia visto.

— Essa coisa tem todos os dados salvos? — Bucky perguntou estreitando os olhos.

— Eles diminuíram bastante o tamanho disso desde o disquete. — Sam jogou o chip em direção a Bucky que pegou o objeto no ar.

— O que diabos é um disquete? — Bucky perguntou.

— Não confunde ele. — Selene riu ao ver a cara confusa que Bucky fez para ela.

— As vezes eu esqueço que você é tão velho assim.

— Pessoal, eu acho melhor a gente cair fora agora. — Selene apontou para os seguranças da S.W.O.R.D que acompanhava um dos capangas que era o braço direito de Fisk.

Selene o reconheceu quando estava sendo mantida de refém pelo rei do crime.

— Tem uma saída de emergência do outro lado.

— Vai na frente. — Bucky não tirou os olhos dos seguranças enquanto guiava Selene tentando evitar que ela não fosse vista pelo capanga de Fisk.

Pela fresta da porta, Bucky pode ver o momento que os homens entraram na sala para remover o corpo de Vallery.

Eram 45 lances de escada até chegarem ao térreo. Selene e Sam estavam sem fôlego e ambos tiveram que parar algumas vezes durante o caminho para respirar e descansar.

— As vezes eu queria que o soro do super soldado tivesse me dando um pouquinho da sua resistência. — Selene apoiou as duas mãos no joelho para tentar respirar.

— Se eu tivesse a resistência de um super soldado eu testaria isso de outra forma. — Sam respondeu passando a mão pela testa recebendo um olhar de reprovação de Selene.

— Pervertido. — Selene abriu a boca chocada.

— Sua mente que é podre, canarinha. — Sam riu. — Eu estava falando sobre fazer levantamento usando um caminhão ou um trator. Sabe? Malhar pesado, só isso.

— Até parece. — Selene rolou os olhos voltando a descer as escadas.

— E você Bucky? Qual o limite da sua resistência? — Sam perguntou seguindo os passos dele. — Aguenta fazer 500 flexões de uma vez?

Selene deu uma risada baixinha mas foi o suficiente para que Sam pudesse ouvir.

— Porque você riu? — Sam perguntou estreitando os olhos desconfiado. — Você deu uma risadinha.

— Eu não fiz nada. — Selene deu de ombros. — Você está muito paranoico, Capitão.

— Você sabe de alguma coisa...

— Se vocês fechassem a matraca teriam fôlego para continuar sem precisar parar a cada 5 minutos. — Bucky reclamou com a cara fechada.

— Velho ranzinza. — Sam resmungou fazendo Selene cair na risada.

Depois de alguns longos minutos e algumas pausas, finalmente eles chegaram até o térreo da agência e a primeira coisa que Selene fez foi respirar fundo e se escorar na primeira parede para tentar descansar.

— Eles deveriam criar um elevador de emergência para o caso de alguém precisar fugir. — Sam se apoiou ao lado de Selene. — Seria muito mais prático.

— Você não soube do incidente do Hulk? — Selene perguntou. — Escadas são prioridades agora.

— Temos que ir, já perdemos tempo demais.  — Bucky olhava para os lados desconfiado mas parecia que a recepção da agência estava limpa.

— O Bucky tem razão, essa coisa pode ter rastreador. — Sam respondeu. — Quanto mais cedo vermos o que tem ai dentro melhor.

Antes de chegarem até a porta, Selene interrompeu os dois.

— Eu não vou com vocês. — Selene parou no meio do corredor deixando os rapazes confusos.

— Por que? Nós estamos perto de prender o Fisk. — Bucky franziu o senho. — Não é isso que você queria?

— Você pode nos dar um minutinho? — Selene perguntou olhando diretamente para Sam.

— Sem pressa. — Sam deu alguns passos para trás. — Eu vou esperar bem ali.

— O que aconteceu? — Bucky perguntou quando Selene o puxou para um lugar mais afastado.

— A agência não vai mais cuidar da minha mãe e eu preciso tirar ela da Belle Rave antes que as coisas fiquem complicadas.

— Eles estão te ameaçando?

— Eu desobedeci uma ordem e quebrei um acordo. — Selene deu um sorriso fraco. — Nem sei se ainda faço parte da agência, tudo isso vai depender do que tem dentro daquele chip.

— Você não precisa da S.W.O.R.D. — Bucky parecia convicto. — Dane-se a agência.

— Ela é tudo o que me restou, Bucky.

— Não é tudo. — Bucky sorriu. — Eu sei que não sou grande coisa mas...

Shh... — Selene colocou os dedos em seus lábios impedindo que ele continuasse. — Não estrague o momento.

— Tudo bem. — Bucky passou a língua pelos lábios. — O que pretende fazer?

— Eu não sei. — Selene engoliu seco. — Mas eu não posso ficar de braços cruzados esperando o pior acontecer. Minha mãe fez muitos inimigos no passado e eu aposto que muitos deles fariam de tudo para se vingar.

— Nós podemos ajudar, o Sam tem contatos e... — Bucky nem terminou de falar quando foi interrompido.

— Eu não quero envolver mais ninguém nisso. — Selene deu uma olhada por cima do ombro vendo Sam de olho na conversa deles com um sorriso no rosto. — É minha responsabilidade, tá legal?

— Você não precisa encarar tudo isso sozinha.

— Engraçado ouvir isso de você. — Selene deu uma risada. — O homem que carrega o peso do mundo nos ombros.

Era estranho ouvi-la dizer aquilo porque era exatamente assim que Bucky se sentia.

— Prometa que vai mandar notícias.

— Eu prometo. — Selene levou a mão até a bochecha de Bucky. — Coloque o desgraçado do Fisk atrás das grades.

Bucky segurou a mão de Selene que ainda estava em seu rosto e sorriu ao sentir o carinho dela em sua bochecha e durante aquela troca de carícias os dois até ignoraram a presença de todas as pessoas na recepção.

— Se cuidem! — Selene fez sinal para Sam. — Toma conta dele, Capitão.

— Vai ser difícil. — Sam deu uma piscadela. — Mas por você eu faço um esforço.

Selene acenou dando as costas e seguindo até a garagem do prédio.

— Você por acaso tem um computador em casa? — Sam perguntou a Bucky que franziu o senho. — Você sabe o que é um computador?

— Estou começando a me arrepender de ter pedido sua ajuda. — Bucky bufou de raiva.

— Qual é vovô? Você enfrenta alienígenas e nazistas mas não consegue enfrentar a tecnologia?

— É claro que eu sei o que é um computador. — Bucky perdeu a paciência. — Eu não sou um idiota.

— Não precisa ficar bravinho.

As provocações entre os dois seguiram durante todo o trajeto até o apartamento e Sam não cansava de fazer piadinhas e importuna-lo como sempre perguntando o porque de Bucky nunca te-lo convidado antes para ir até a sua casa ou o motivo pelo qual Selene estava morando com ele.

— Então vocês estão se divertindo ou a coisa é séria? — Sam ainda estava concentrado digitando no laptop enquanto Bucky estava distraído tentando entender todas aquelas letras e números que estava naquela tela.

O arquivo estava criptografado.

— O que?

— Você e a Selene. — Sam insistiu em perguntar. — Uma hora vocês se odeiam e na outra estão morando juntos? Vocês se casaram e nem me chamaram para a cerimônia?

— A S.W.O.R.D a designou para ficar de olho em mim, esse é o trabalho dela. — Bucky deu uma resposta vazia. — Só isso.

— E ela cuidou direitinho de você?

— O que quer dizer com isso?

— Não precisa negar. — Sam riu ao ver Bucky começar a se irritar com as perguntas, era fácil tira-lo do sério. — Eu vi como vocês dois se olharam hoje mais cedo e eu sou bom com esse lance de ler as pessoas. Foi assim que eu descobri que o Steve estava gamado na Selene.

— Você está errado sobre mim.

— A Selene é bonita e charmosa, até eu me interessaria por ela. — Sam voltou sua atenção para o computador. — Mas parece que o tipo dela são os caras bem mais velhos.

Ouvir Sam lembra-lo do passado amoroso de Selene acabou lhe causando ciúmes e sua única reação foi tentar mudar de assunto. 

— Virou conselheiro amoroso? — Bucky perguntou sem paciência.

— Está confessando algo, Bucky? — Sam insistia em provoca-lo e Bucky estava caindo direitinho.

— Não tenho nada para confessar.

— Você e a Selene estão morando juntos e durante todo esse tempo não rolou nada? — Sam arqueou a sobrancelha. — Nem um beijinho? Uma mãozinha boba aqui e ali?

— Sabe do que você precisa? De uma namorada. — Bucky disse debochado.

— Eu já tenho muitas. — Sam riu. — É uma das vantagens de ser o Capitão América. Você quem precisa de uma... A Selene, por exemplo.

— Ela já tem muitos problemas não precisa de mais um.

— Eu concordo com você mas te garanto que aquela mulher adora um problema. — Sam disse dando uma piscadela. — Mas você já deve saber disso.

Os arquivos sugiram no computador bem no momento que Sam iria questionar Bucky sobre como ele se sentia em relação a Selene ou o motivo dele estar tão na defensiva sobre suas perguntas.

— Esses arquivos tem horas de gravação. — Sam bufou cansado. — Tem energético ai?

— Que tal café?

Sam já sentia os olhos pesarem de sono depois de assistir quase 8 horas seguida de diálogos sem sentido e nem mesmo o café parecia dar conta.

— Me distrai um pouco. — Sam esticou os pés sobre a mesa. — A quanto tempo você e a Selene estão juntos?

— Você ainda não esqueceu isso?

— Você vai precisar me acertar muito forte na cabeça pra me fazer esquecer que vocês devem estar se pegando por ai. — Sam disse e ao ver Bucky arquear a sobrancelha ele continuou. — Foi uma ironia.

— Eu e a Selene não estamos juntos romanticamente se é isso que quer saber. — Bucky respondeu dando um gole na lata de energético bebendo tudo de uma vez. — Nosso lance é casual.

— Eu sabia! — Sam disse animado. — Vocês estão trocando carinho em público e morando juntos... Era óbvio que estavam transando.

— Porque hoje em dia vocês falam sobre sexo tão abertamente?

— Está com vergonha de falar sobre sua vida sexual mas não teve vergonha de transar com a Selene antes do casamento... — Sam disse apenas para provocar Bucky. — Eu estou brincando, tá legal? Você merece ser feliz.

— Eu nem sei se o que ela sente por mim é recíproco. — Bucky deu de ombros. — Talvez eu esteja metendo os pés pelas mãos e isso tudo acabe dando muito errado.

— Nossa! — Sam arregalou os olhos. — Está mesmo apaixonado por ela? E eu aqui achando que era apenas mais uma amizade colorida.

— Eu já assisti esse filme.

— É o filme da sua vida. — Sam não se segurou e caiu na risada. — Ao menos a Selene é mais gostosa que a Mila Kunis, com todo respeito.

A atenção de Bucky caiu sobre a tela do computador ao ver Fisk pela primeira vez naquelas filmagens.

— Aumenta o volume.

Tem certeza que ela está pronta? — Fisk se aproximou devagar. — Parece inacabada.

A pele sintética demora um pouco para fixar no esqueleto robótico, mas garanto que está tudo pronto. — Bucky reconheceu a voz daquele cientista.

Era Ford.

Eu pedi prioridade e isso aqui está um lixo. — Fisk olhava diretamente para o rosto de Vallery.

Essa é a arma de número 8. — Ford parecia nervoso. — Sei que depois de 7 tentativas você pode ter pedido a esperança mas...

Não use essa palavra. — Fisk repreendeu o cientista. — Ela vai ser muito mais do que uma arma e por isso ela precisa de um nome para se misturar.

O que acha de Vallery? Era o nome da minha avó.

Você a criou. — Fisk se apoiou na bengala. — Pode batiza-la como quiser.

Se me permite perguntar... — Ford perguntou com cautela.  — Para que vai usa-la?

Se eu te contasse teria que mata-lo. — Fisk respondeu arrancando uma risada do cientista que se calou ao perceber que o rei do crime falava sério.

— Só isso? — Bucky perguntou desapontado assim que viu Fisk sair da sala e o cientista continuar com o seu trabalho.

— Eu vou adiantar para uma data mais próxima. — Sam avançou as filmagens até que Bucky reconheceu o lugar onde Vallery estava.

— Eu lembro desse dia. — Bucky fez sinal que Sam parasse.

Porque você quer machuca-los? — Vallery perguntou olhando diretamente para Fisk que estava sentado de frente a uma lareira e de costas para ela.

Você não foi feita para me desobedecer.

Estou cansada de seguir suas ordens. — Vallery alterou o tom de voz. — O Bucky e a Selene são pessoas boas, eles não merecem isso.

Seu trabalho é seguir minhas ordens sem questiona-las. — Fisk deu um gole na sua bebida.

Como não? Você quer que eu mate a Selene.

Quero. — Fisk finalmente se levantou se virando para Vallery. — Mas eu sei que você não vai fazer isso. Não porque você não consegue mas porque o Bucky Barnes não vai permitir.

Então porque me obrigar a machuca-la?

Porque é assim que eu vou me tornar presidente do país. — Fisk respondeu caminhando até a adega para servir um copo de uísque. — Quando o Soldado Invernal te matar, porque é exatamente isso que ele vai fazer para proteger a mulher que ama... As pessoas vão se questionar se ele realmente é o herói que diz ser e ainda afundo a S.W.O.R.D junto com ele.

Você quer me matar?

Esse é o plano querida. — Fisk deu um gole na bebida. — Você foi feita para isso. Um sacrifício em nome de um bem maior.

O som do soluço de Vallery podia ser ouvido.

Está chorando? — Fisk riu debochado. — Aquele Russo idiota humanizou você demais ou a culpa seja minha por ter te dado um nome. Arma número 8 era muito mais prático.

Eu não sou uma arma.

Claro que é. — Fisk segurou o rosto de Vallery. — Uma arma muito cara, por isso você vai fazer tudo o que eu mandar.

Deve existir outro jeito. — Vallery soluçou. — Eu não quero morrer.

Pense no quanto eu serei eternamente grato a você. — Fisk sorriu. — O rei do crime se elegendo como presidente dos Estados Unidos. Eu vou controlar a maior potência mundial e a ONU vai ter que implorar por um acordo quando eu iniciar a próxima guerra mundial.

Isso é loucura, você já é rico.

Eu não quero dinheiro. — Fisk tinha um sorriso assustador no rosto. — Eu quero financiar o crime pelo resto do continente e os Estados Unidos será a única nação prospera diante todo globo. Não se trata de dinheiro e sim de poder.

— Puta merda... — Sam estava boquiaberto.

— A gente pegou o cara. — Bucky se levantou da cadeira correndo para pegar o celular.

— O que está fazendo? — Sam perguntou confuso vendo Bucky andando de um lado para o outro.

— Ligando pra Selene.

— Eu preciso levar isso para o presidente. — Sam pegou o chip que estava no computador com os dados.

— Está maluco? — Bucky negou com a cabeça. — Se isso chegar na casa branca eles podem assassinar o presidente.

— Um golpe de estado, tem razão. — Sam respondeu. — Qual o seu plano?

— Impedir a candidatura dele.

Depois de uma longa chamada, Selene atendeu o telefone.

— Conseguimos, pegamos o filho da mãe. — Bucky disse eufórico.

Bucky? — Selene parecia confusa e mesmo com o som alto da turbina do helicóptero ela pode ouvir a voz dele.

— Pegamos o Fisk.

Está falando sério?

— Ele confessou tudo. — Bucky colocou o telefone no viva-voz. — Temos uma confissão.

— Você precisa ver. — Sam ainda olhava para tela do computador. — Nem o Thanos foi tão audacioso assim.

— Ele quer financiar guerras controlando o crime em outros países e temos tudo isso gravado.

Droga, eu estou voltando de Baltimore. — Selene disse baixinho. — Vocês precisam divulgar essa filmagem o quanto antes.

— O que está fazendo em Baltimore? — Bucky perguntou com uma ruga na testa.

— Encontrei uma casa de repouso segura para a minha mãe.

— A canário está viva? Por quanto tempo eu dormi? — Sam perguntou chocado olhando para Bucky que apenas balançou a cabeça.

É uma longa história.

— Está sozinha? — Bucky perguntou.

— Na verdade, — Selene pigarreou. — Estou no helicóptero do Brian. Você tinha razão quando disse que eu não deveria carregar tudo isso sozinha e eu pedi ajuda porque eu sei que posso confiar nele.

É o Sargento mal humorado? Deixa eu dar uma palavrinha. — A voz de Brian parecia abafada.

Quer parar com isso? — A linha ficou muda por alguns segundos e Sam pode ver a fumaça saindo pelas narinas de Bucky enquanto ele segurava o celular com força na mão quase o explodindo. — Desculpe, olha eu tive uma ideia e espero que você concorde comigo.

— Já sei você quer divulgar as imagens e desmascarar de vez o Fisk? — Sam perguntou afinal conhecia Selene muito bem.

Exatamente e a gente acaba de vez com a campanha para a presidência. — Selene parecia empolgada. — Pensem comigo, se o pegarmos de surpresa com isso ele não vai ter para onde correr.

— Séria o fim da campanha eleitoral e ele ainda passaria anos na prisão aguardando um julgamento. —  Sam disse olhando para Bucky que encarava o aparelho de celular com o olhar fixo. — O que acha?

— O que? — Bucky perguntou distraído.

— O que acha do plano? — Sam perguntou confuso vendo Bucky tão aéreo.

— Pode funcionar.

Eu tenho contato com o pessoal do Clarim Diário. — Selene deu uma risada baixinha. — Aposto que o Peter Parker vai adorar participar dessa.

— Então temos tudo para acabar de vez com o reinado de crime do Fisk.

Eu chego durante a madrugada então não esperem por mim. — Selene respirou fundo. — Tudo o que eu mais quero é ver esse desgraçado na cadeia, não importa como.

— Deixa com a gente, Canário. — Sam se sentou de frente ao computador e Bucky aproveitou que estava a sós para tirar o telefone do viva voz.

— Selene... — Bucky a chamou na esperança que ela tivesse desligado o telefone.

— Oi?

— Esquece.

Sinto sua falta. — Selene disse arrancando um sorriso de Bucky. — Eu vou desligar, te vejo mais tarde.

— Vem cá, esse tal de Brian é o Gladiador Dourado? — Sam perguntou confuso. — Ele não é tipo o maior babaca de todos os tempos?

— Pode apostar que sim.

— Uau! — Sam abriu a boca chocado. — Meu sobrinho tem a coleção de bonecos dele.

— Porque não vamos até o Parker antes que o garoto resolva dormir antes das seis da noite?

A campainha do apartamento de Parker não parava de tocar e ele precisou se apressar para se vestir já que ele tinha acabado de patrulhar como homem aranha.

— Bucky? — Peter não gaguejou pela primeira vez mas ao ver Sam Wilson acompanhado dele, seus joelhos tremeram. — C-ca-capitão.

— Capitão Wilson é um prazer conhecer. — Sam apertou a mão de Peter que estava com um sorriso gigante no rosto.

— A gente já se conhece. — Peter apertou a mão dele. — Quer dizer, eu já conheço você da televisão.

— Sem papo furado. — Bucky jogou o pen drive com a copia dos vídeos em direção a Peter que estava de costas para ele mas por puro reflexo ele se virou pegando o objeto.

— O que é isso? — Peter franziu o senho.

— Pensei que todo mundo sabia o que era um pen drive. — Bucky olhou para Sam que rolou os olhos pela inocência de sua pergunta.

— Não é uma pergunta literal. — Peter se virou para os dois homens que estavam em seu apartamento. — Eu quero saber o que tem aqui.

— Conhece o rei do crime? — Sam perguntou e Peter deu uma risada debochada.

— Se eu conheço? — Peter pigarreou ficando sério. — É, eu já ouvi falar.

— Dentro desse pen-drive tem uma informação capaz de joga-lo na cadeia por um bom tempo.

— E tudo o que você precisa fazer é escrever uma matéria sobre isso. — Sam cruzou os braços. — Para distruir de vez a campanha eleitoral dele.

— Na primeira página? — Peter perguntou animado. — Eu aposto que meu chefe vai querer fazer uma transmissão ao vivo.

Aquilo definitivamente era melhor do que os dois esperavam.

— Só preciso de alguns minutos. — Peter deu as costas tirando as revistas que estava jogadas em cima do sofá que era o único móvel daquele kitnet. — Vocês podem se sentar aqui, eu não tenho televisão mas a vizinha sempre assiste novela essa hora.

Abrindo as cortinas os dois homens puderam ver a vista do apartamento que dava para o próximo bloco.

— Daqui vocês conseguem assistir tudo. — Peter apontou para a janela. — É mexicana, então é só ler a legenda.

— Onde a Selene arrumou esse maluco? — Sam perguntou baixinho para que ele não ouvisse. — Parece que ele saiu direto de um manicômio.

— Você se acostuma com o tempo.

— Me acostumar com a novela mexicana? — Sam riu debochado. — Prefiro acompanhar sua vida amorosa.

Argh! Você nunca vai esquecer isso? — Bucky rolou os olhos sem paciência. — Eu e a Selene não vamos nos envolver amorosamente. Esquece isso.

— Conversar com você é o mesmo que conversar com as paredes. — Sam bufou de raiva. — Quando você não está ocupada encarando as pessoas, você está beijando a Selene e agora não quer admitir que gosta dela?

— Não vou ter essa conversa com você. — Bucky se sentou no sofá encarando os próprios pés.

— Ela foi sua primeira transa desde 1942? — Sam perguntou fazendo o mesmo.

— Não.

— E quem foi? 

— Parker! — Bucky gritou sem paciência de tanto Sam lhe fazer perguntas.

— O Steve me contou histórias sobre você. — Sam estava falando tudo aquilo para provoca-lo. — Era um verdadeiro garanhão.

Bucky trincou a mandíbula encarando a janela onde ele podia ver Maria do Bairro passando na televisão da vizinha.

O conjunto de apartamento era praticamente colado um ao outro.

— Eu consegui. — Peter estava com um laptop na mão. — Estou enviando os arquivos para o Jamesson e ele está a caminho do Clarim diário.

— O que isso significa?

— Que ele vai entrar ao vivo a qualquer momento. — Peter sorriu sem mostrar os dentes. — E a transmissão vai ser pelo telão da Times Square e em todos os canais televisivos.

— Sua vizinha vai perder o capitulo da novela. — Sam riu debochado.

— Acha que eu devo avisar? — Peter perguntou preocupado recebendo um olhar mortal dos dois homens. — Claro que não.

— Definitivamente não.

— Tá legal, só precisamos esperar os arquivos serem enviados e assistir o J.J.Jamesson fazer o que faz de melhor. — Peter forçou um sorriso. — Destruir a imagem de alguém.

— Espero que ele pegue tão pesado como pega com o Homem Aranha.

— É. — Peter engoliu seco ao ver o olhar de Bucky afinal ele era o único que sabia sobre seu segredo. — Vocês querem beber alguma coisa? Chá? Cerveja?

— Uma cerveja. — Sam respondeu.

— Desculpe, eu não tenho. — Peter disse sem graça.

— E porque ofereceu?

— Por educação. — Peter coçou a nuca nervoso. — Não imaginei que aceitaria.

— Água. — Bucky se segurou para não rir ao ver a cara de Sam totalmente chocado.

— Isso eu tenho.

‎✪ ‎ ‎✪  ✪

A transmissão de J.J.Jamesson rodou por todo o país, não havia nem se quer uma pessoa nos Estados Unidos que não tinha visto a filmagem onde ele confessava ser o rei do crime e seus planos para a presidência.

Um mandado de prisão havia sido emitido imediatamente e haviam helicópteros e carros da polícia em frente a mansão de Wilson Fisk e sua prisão estava sendo transmitida ao vivo.

Selene subia as escadas do seu apartamento com o celular na mão acompanhando tudo com um sorriso no rosto, ela havia esperado anos por aquilo.

Wilson Fisk nunca mais séria um problema.

— Barnes? — Selene chamou assim que abriu a porta do apartamento mas estava tudo escuro indicando que ela estava sozinha ali. — Bucky?

Ninguém respondeu.

Tirando a jaqueta e jogando em cima do sofá, Selene foi até a cozinha pegar uma bebida para comemorar aquilo sozinha mas antes que pudesse chegar ao seu destino a janela da sala praticamente explodiu e seu único reflexo foi puxar a arma que carregava no coldre apontando em direção ao barulho.

A janela estava quebrada e havia uma pedra com uma liga amarrada com um papel dobrado.

Se aproximando devagar, Selene viu que não havia ninguém na rua e seja lá quem tivesse quebrado sua janela já estava longe.

Pegando a pedra na mão, Selene puxou o bilhete lendo aquelas palavras escritas em letras de forma.

"Eu vou fazer você pagar pela sua traição V."

Aquilo com certeza parecia uma ameaça mas Selene não fazia ideia de quem poderia ser V.

NOTAS!!!

Será que nossos queridos realmente se livraram do Fisk? E quem será que enviou aquela ameaça para "V"?

Vamos para uma nova pagina agora, nos livramos do rei do crime para que outro vilão possa brilhar também.... ALGUMA IDEIA DE QUEM POSSA SER? 👀👀

Espero que tenham gostado, até o próximo.

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