— Naruto, tenho ciertessa que há una explicaçón parra isso! — a ômega francesa tentou persuadir o ômega loiro que pisava forte em direção da carruagem
Naruto estava magoado e seu julgamento era duvidoso. Segundo Eloise, as decisões tomadas em momentos de fúria nunca dão bons resultados.
— Sharingan nón és o tipo de alfa que trairia a confiança de su omega! — ressaltou ao se pôr ao lado dele enquanto gesticulava com as mãos e sua face se movia em expressões perdidas e desesperadas por não saber o que fazer
— Eu sei disso, Eloise! — disse alto — Sei que Sasuke não faria isso!... E por Kami, como eu sei disso! Não sou ingênuo ao ponto de achar que ele me trairia com aquela projétil de ômega! Era só ver como ele a jogou no chão!
— Então por que toda isso?
— Porque meu ômega está chateado! Porque eu estou com raiva! — gritou.
— Você precisa sentar e pensar! Tiênte conversar com Sharingan! Nón resolverón nada desse jetcho.
Ele parou no meio do caminho. Ele respirava fundo, e tentava se localizar dentro daquele lugar e já que sua bússola emocional estava girando loucamente; A porta principal estava logo à frente; Eloise estava ao seu lado e falava coisa que ele ignorava com facilidade; a porta da cozinha estava um pouco mais atrás, à sua esquerda, na mesma linha da escada; à sua direita, a sala de visitas; e lá em cima, o Sasuke, o escritório e a maldita Karin.
— Não consigo olhar na cara dele agora! Não que eu não queira! Meu ômega simplesmente não permite… eu não consigo, não agora.
Voltou a andar em direção a porta à sua frente. Sentia-se tonto e com mal estar. Seus sentidos estavam nublados pela raiva que sentia; estava difícil respirar alí.
Quando se acalmasse, ele próprio arrumaria as coisas. Ele não precisava de ajuda, nem de opiniões, muito menos se sentar e pensar. Nesse momento ele precisava unicamente ficar só e entender o que seu ômega interior está sentindo, para que enfim ele possa se ajudar e ajudar o seu marido.
Não há como uma pessoa ferida ajudar outra tão ferida quanto si próprio. Ambos acabariam ferrados.
༺★☯♥☯★༻
Depois do episódio lamentável entre Sasuke e os sogros, Naruto ficou alguns dias deprimido, e a insegurança com sua aparência voltou.
Durante esses dias, aos quais se achava feio, não permitiu que Sasuke o tocasse. E o alfa, pensando no bem estar de seu ômega, decidiu não tocar no assunto e muito menos pressionar o loiro.
Nas madrugadas desses dias difíceis para Naruto, Sasuke acordava com soluços e fungados do ômega loiro que chorava baixinho. Naruto lembrava-se que tinha pesadelos com expressão carrancuda e enojada de sua mãe. Era abominável.
Sasuke, com muita paciência e mimos, fez com que Naruto superasse. Levava café da manhã na cama para ele, fazia piqueniques ao ar livre, dava passeios à cavalo, e recebia carinhos enquanto Sasuke fazia questão de levá-lo de frente para o espelho e apontar tudo que gostava nele, o que no final, acabava sendo tudo.
Ele se sentia bem melhor, principalmente com a presença de Sakura que fez amizades rapidamente, se aproximando bastante de Temari, Tenten, Moegi, Chouji e Shikamaru; até notaram um certo lance entre ela o segurança Sasori Akasuna, mas não se atreveram a perguntar.
Naruto, apesar de tudo, estava bem e estava melhorando seus aspectos psicológicos que haviam sido abalados. Ele se divertia brincando com Kakashi, conversando besteiras com Eloise e sendo mimado por Sasuke. Ele estava feliz novamente.
Os dias passaram mais tranquilos na mansão Uchiha. Eloise se preparava para sua volta à França, que aconteceria em alguns dias e só de pensar na partida de sua amiga, Naruto sentia-se deprimido.
— Eu esperei que você falasse por conta própria, mas já não consigo mais esperar. Algo lhe incomoda já faz um tempo, e eu ainda não entendo o motivo de não se abrir comigo. Sabe que eu posso sentir tudo não sabe?
As mãos de Sasuke passou pela cintura de Naruto e pousou a cabeça em cima dos fios loiros. Sentiu quando o corpo menor tencionou por instinto mas imediatamente relaxar.
— Foi por isso que chegou arrombando a porta na casa dos meus pais? Sentiu minha tristeza?
— Não. — apertou-o mais no abraço — Senti seu desespero! Eu sentia tudo e minha fúria era tão grande que não consegui controlar.
— Sinto muito...
— Não ouse se desculpar! Você não tem culpa de nada. Você foi vítima daquela louca.
Segurou-o pelos ombros e o fez girar em sua direção e olhá-lo.
— Sou eu que devo me desculpar. Insisti que você fosse visitar seus pais, mesmo você não querendo ir, eu achei que seria bom pra você, mas obviamente me enganei. — abaixou a cabeça, suspirou e então voltou a encarar os olhos azuis — Só as divindades sabem o quanto tive que me controlar pra não arrancar os membros de sua mãe. Nunca me senti tão descontrolado como naquele dia.
— Não vai acontecer novamente.
— É claro que não. Não permitirei que você volte lá. Se eles quiserem ver você, vão ter que vir à nossa casa e agir sob suas regras, você é a autoridade.
— Obrigada Suke.
— Não me agradeça por fazer o mínimo, meu amor. — apertou-o em um abraço e perguntou: — Tem algo mais que lhe incomoda?
— Eloise.
— Darei jeito de adiantar a partida dela, não se preocup-
— É justamente o contrário, Suke. — ergueu a cabeça para observá-lo — Não quero que ela vá embora.
— Não lhe é incômodo a presença dela em nossa casa?
— No início era. Eu sentia ciúmes de quando vocês simplesmente conversavam. Me acostumei e gosto muito da presença dela. Não quero que ela vá.
— Seu desejo é uma ordem, meu ômega. — colocou uma mão sobre o peito, enquanto a outra foi estendida para o ar, e então abaixou a coluna em um reverência exagerada. — Sabe que não precisa ter ciúmes, não é? Sou seu e apenas seu. — disse ao levantar
— Ah, tem outra coisa que eu desejo muito!
— Peça-me e você terá!
— Você!
— Sou todo seu!
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Calmaria é o prelúdio do caos na vida de um alfa como Sasuke Uchiha. Dias tranquilos, são como um dia de céu ensolarado que aos poucos, desde o norte ao sul, vem sendo coberto por grossas e carregadas nuvens cinzas que logo mais serão descarregadas em raios, trovões e cascatas d'água.
O moreno de tatuagens acordou mais cedo que seu ômega, como de costume. Fez sua higiene matinal, como de costume e saiu do quarto em silêncio para não acordar o loiro, como de costume. Desceu até a cozinha e preparou uma bandeja de café da manhã com tudo que seu ômega mais gostava, como de costume; Frutas, achocolatado, chá, café e panquecas. Começou a ficar de olho na alimentação de seu lindo e adorável ômega. Ele suspeitava — tinha certeza — que logo seria pai novamente, e se orgulhava disso.
Depois do preparo de tudo, voltou ao quarto, onde acordou o ômega com beijos, que resultaram em uma selvagem rodada de sexo. Após um bom banho, tomaram café da manhã na mesinha de penas de metal e superfície de vidro que havia na varanda, aproveitando a tranquilidade e a beleza daquela manhã.
O dia seguiu normalmente, como de costume, até a chegada da empregada ruiva em seu escritório. Ela entrou sem bater ou pedir licença. Ela simplesmente chegou aos berros no seu cômodo de trabalho. Isso não era de costume.
— Senhor Sharingan, eu lhe imploro! Não me mande embora! — disse ao fechar a porta — Deixe-me voltar a servi-lo! Não é justo que seu ômega me mande embora por capricho!
— Quem autorizou sua entrada? E como ousa falar assim de uma decisão de meu marido? — indagou com raiva.
Sasuke odiava interrupções, a única pessoa que podia o interromper era Naruto, e até mesmo ele não o interrompia; e a única que ousava lhe interromper mesmo não devendo, era Eloise. Resumindo: Karin possuía muita coragem neste momento.
— Trabalho aqui há anos, sempre fui fiel e nunca te desapontei! A decisão de seu esposo não foi justa! — disse enquanto se aproximava da mesa de madeira escura
O cheiro de morango que inundava a sala por causa do descontrole da ruiva era azedo e machucava o olfato de Sasuke.
— Ele simplesmente me demitiu por ser um ômega de baixo nível e inseguro!
Sasuke avançou sobre ela com impaciência e hostilidade.
— Como ousa falar assim de meu esposo? Meu ômega te exonerou do seu cargo interno na casa e os motivos por trás dessa decisão não lhe convém. Meu ômega decidiu que sua serventia já não era mais necessária, não há algo que eu realmente queira fazer para mudar isso. — falou ao se levantar irritado de sua cadeira de veludo vermelho acolchoada — A decisão de meu ômega é absoluta! — gritou
Apesar do medo, Karin conseguiu exatamente o que desejava. Tinha como missão distrair o alfa, irritando-o, para que, pela marca, Naruto fosse atraído até ali, presenciando uma falsa traição.
— Meu senhor, por favor!... — balbuciou enquanto Sasuke a empurrava em direção a porta
Karin, com sua persistência, se segurou no batente da porta para que não fosse tirada dali. Sasuke estava se irritando mais, e estava prestes a empurrá-la com força, contudo, não querendo causar alarde nenhum, — ainda empurrando ela — disse:
— Saia do meu escrotóri-
Sua boca foi tomada bruscamente.
Karin se agarrou com toda força que tinha às roupas do Uchiha, passando suas pernas pela cintura dele enquanto lutava contra a força que ele impunha para afastá-la.
Ele conseguiu rapidamente livrar-se dela com um empurrão brusco, que a fez cair no chão de cerâmica bege com força. Ela chiou de dor, no entanto, em seus lábios, havia um sorriso largo e maléfico.
O plano deu certo, afinal.
Os olhos do alfa se arregalaram em um misto de fúria e incredulidade. Ele sentia, queimando em sua pele, a fúria de seu ômega. O sangue do alfa gelou, fazendo com que a única coisa quente sobre o seu corpo fosse a labareda de fogo raivoso que os — até então — olhos delicados, rasos e límpido de seu ômega guiava pelo seu corpo e pelo corpo da ruiva, vendo qual deles queimaria primeiro.
Qual deles iria queimar no fogo da culpa primeiro? Naruto ou Sasuke?
Seu ômega tinha visto aquela cena abominável…
Karin já podia se considerar um corpo carbonizado.
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Naruto estava imensamente feliz. Sasuke o mimava demasiadamente, o deixando cada dia mais apaixonado. Depois de tomar um café da manhã extremamente romântico, o ômega loiro se ocupou organizando e decorando o quarto que Kakashi ficaria.
Com a ajuda de Eloise, Naruto conseguiu facilmente deixar o quarto preparado e com a cara do pequeno alfa de cabelos brancos.
Até bolo com sabor favorito do pequeno alfa, Naruto fez. Kakashi e Eloise se divertiram — atrapalhando — na confecção. Ao término, a cozinha estava cheia de farinha e os três confeiteiros estavam totalmente sujos.
Choji riu de desespero ao ver a cozinha daquele jeito, enquanto Temari e Sakura riam sem parar da farra e da cara do pobre cozinheiro. Assim que os ômegas e o pequeno alfa saíram em busca de um banho, os três funcionários se ocuparam de limpar a bagunça, aproveitando a tranquilidade do ambiente, que sem eles saberem, logo acabaria.
Naruto tomou um longo banho, se livrando do suor e da farinha em seu corpo. Quando saiu para o corredor, encontrou-se com Kakashi e sua mãe começando a descer as escadas. Sua intenção era descer com eles, mas quando se aproximou dos degraus, sentiu um desconforto em seu pescoço. Sua marca estava pinicando.
Eloise se espantou quando ouviu um grito vindo do escritório de Sasuke. Naruto imediatamente disparou até o cômodo que ficava no fim do terceiro corredor virando à esquerda na área leste da mansão. Agarrou com brutalidade a maçaneta longa e dourada que havia na superfície da madeira detalhadamente esculpida com quadrados e quando abriu, arregalou os olhos ao ver seu alfa ser agarrado e beijado por Karin.
Naruto tinha deixado claro sua antipatia pela ômega ruiva e agora também, sua raiva. O fato dela estar ali, o irritava; ela ter beijado seu marido, o irritava; a existência e permanência dela na mansão o irritava.
Ele sabia que Sasuke não tinha culpa. Havia visto ele tentando afastá-la enquanto a ômega lutava para impedi-lo de lhe afastar. Mas oras, ele estava irritado, e não era com Sasuke, mas sim com Karin.
Ele mesmo não soube quando deixou aquela cena pra trás. Não desejava chorar, não queria gritar, ele apenas queria ficar sozinho. Seu ômega interior estava enlouquecendo, e se ele não fizesse algo rápido, ele também enlouqueceria.
— Tenho ciertessa que há una explicaçón parra isso! Sharingan nón és o tipo de alfa que traíra a confiancia de su omega!
— Eu sei disso, Eloise! — disse alto — Sei que Sasuke não faria isso!... E por Kami, como eu sei disso! Não sou ingênuo ao ponto de achar que ele me trairia com aquela projétil de ômega! Era só ver como ele a jogou no chão!
Dona Doninha estava cutucando seu lobo com vara curta. Parecia que a qualquer momento ele iria surtar.
— Então por que toda isso?
— Porque meu ômega está chateado! Porque eu estou com raiva! — gritou.
— Você precisa sentar e pensar! Tiênte conversar com Sharingan! Nón resolverón nada desse jetcho.
— Não consigo olhar na cara dele agora! Não que eu não queira! Meu ômega simplesmente não permite… eu não consigo, não agora.
— Naru, ouça a voz da razón! Eu conheço tu alfa… — a voz de Eloise saia em desamparo
Ver Naruto ansioso daquele jeito estava fazendo com que ela também ficasse ansiosa.
— És una armaçón! Me escuthe por favor! — a ômega suplicava
— Eu sei que é um mal entendido! Mas eu preciso de um tempo… — balbuciou.
Eloise respirou fundo, acalmando seus nervos. Naruto não estava irritado com Sasuke como ela pensou que ele estaria. Ele estava cansado e só precisava se soltar. Soltar a besta que estava irritadiça e enlouquecendo dentro dele.
— Nón deve sair dessacompanhado! Iremos contigo. — Disse erguendo o pequeno alfa em seus braços.
Naruto deu de ombros.
Saíram pela porta e seguiram para a carruagem, que seria conduzida por Juugo.
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Depois de alguns minutos em movimento, o ômega sentia-se entorpecido. Seu animal interno uivava em agonia por não saber o que fazer com tanta raiva, se contorcendo mais ainda por não saber o que fazer direito quando ouvia Sasuke chamando-o pela marca.
Naruto queria muito voltar, mas seu lobo o arranhava por dentro só por pensar nessa possibilidade. Estava doendo, a raiva o estava corroendo e seu lobo estava instável, até parecia que alguém estava incansavelmente implicando com ele.
Eloise se mantinha em silêncio com Kakashi adormecido em seus braços. Ela observava as expressões faciais de Naruto mudarem a cada cinco segundos de forma instável. Ora ele estava se tremendo de raiva e rosnando contido, ora ele fechava o semblante e serrava os pulsos enquanto uma lágrima escorria. Estava difícil acompanhar suas alterações de humor.
Ela própria sentia raiva de Karin.
Estavam perdidos em devaneios quando foram surpreendidos e lançados para frente por causa da parada brusca da carruagem. Eloise bateu o cotovelo e caiu do banco, não soltando Kakashi por nada, enquanto Naruto bateu a cabeça e caiu sobre o banco de frente para o que ele estava sentado.
— Arg... — gemeu Eloise ao constatar a dor em seu cotovelo
Naruto ficou surpreso após levar a mão até a lateral da testa, percebendo o sangue escorrendo do corte que se criou ali.
Eloise arregalou os olhos imaginando o surto de Sasuke ao sentir a dor na cabeça vindo de Naruto devido ao incidente. Contudo, ela não teve tempo de fazer nada.
Ambos se assustaram quando um disparo foi ouvido, seguido de vozes desconhecidas.
Por um momento, Naruto teve esperança que era Sasuke quem estava fora da carruagem. Mas essa esperança se dissipou quando a porta do veículo se abriu revelando os bárbaros que haviam causado o acidente.
— Está na hora de acertarmos as contas, ômega. Você tirou a minha chance com Sharingan... Por sua culpa, eu o perdi.
— E você já teve alguma chance antes? — Naruto perguntou cinicamente antes de ser brutalmente arrancado de dentro do veículo.
— Calado! — respondeu irritada — Tragam a francesa bocuda também! — ordenou enquanto saia dali
Eloise foi arrancada da carruagem a base de protestos, chutes e xingos.
— Se aquele alfa não for meu, ele também não será seu!
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Capítulo revisado, porém pode conter erros...
Capa e Revisão por Lyana138.