— Charlie? – Perguntou Jennifer da escada. – Você está ai?
— Estou – respondeu enquanto se levantava do sofá. – Comecei a ler esses papéis que o Romeu e me deu e fiquei muito intrigado.
— O que dizem?
— Veja você mesmo – disse Charles enquanto andava em sua direção. Quando ficou frente a frente com Jennifer ele a beijou, passando todas suas ultimas memórias diretamente para a cabeça dela.
— Nossa – ela respirou fundo. – Que loucura, por que você acha que eles faziam isso?
— A gente vai descobrir – ele passou a mão dos cabelos. – O que você acha de irmos à Paris?
— Como? Quando? – Ela sorriu. – Isso é loucura, você trabalha.
— Amanhã é sexta, podemos viajar depois que eu sair do trabalho e voltar domingo a noite, vai ser bom! Podemos investigar e ao mesmo tempo esfriar a cabeça.
— Eu gostaria Charles, gostaria mesmo, mas não tenho dinheiro.
— Não tem problema – insistiu. – Eu pago.
Ela fez que não com a cabeça, porém ele sabia que ela estaria lá amanhã quando saísse do trabalho, os dois tinham uma conexão maior até mesmo que a ponte mental de pensamento que os uniam cada vez que se tocavam, pareciam ser feitos sobre medida um para o outro.
— Vamos dormir – disse ela. – Amanhã você continua lendo isso.
— Tá certo – disse ele envolvendo os braços no pescoço dela e subindo as escadas.
Os dois subiram os degraus de madeira que rangiam a cada passo, Jennifer dava pequenos sorrisos para Charles e ele retribuía. Agora ele a segurava pela cintura, seus olhos eram sonolentos, era possível ouvir Chuck e Justine discutindo no quarto deles. Passaram devagar pelo corredor do segundo andar com todo cuidado para não fazer nenhum barulho. Jennifer aproximou seus lábios dos de Charles e o beijou com delicadeza.
— Vem pra cama – disse ela com um sorriso malicioso.
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