Apricity [Larry stylinson]

By larryispunk

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APRICITY: do latim "apricita", é a sensação do calor do sol no inverno. Harry sempre amou a música e qualquer... More

apricity
Leiam isso!!!
✰ - 01: Você sabe que não é o mesmo que era
✰ - 02: relaxa. Fica zen. Fica calmo.
✰ - 03: unhas e conversas.
✰ - 04: Simon, salmão, cara de papelão
✰ - 05: covinhas e teste
✰ - 06: pesadelos
✰ - 07: fogueira e autógrafos
✰ - 08: pesadelos² e sorvetes
✰ - 09: sorvetes² e Fevereiro!
✰ - 10: Princess Park e regras do Simon
✰ - 11: sunshine e noite de terror
✰ - 12: noites de terror² e cigarros
✰ - 13: dancing in the kitchen
✰ - 14: I gotta get better, gotta get better
✰ - 15: Ele tá disparado. Enlouquecido. Lelé da cuca. Dodói da cabeça. Doido.
✰ - 16: Green&BluePromise
✰ - 17: com você vale a pena até mesmo cometer alguns crimes.
✰ - 18: Aquele que não sabe fazer café e Over Again
✰ - 19: a festa de Halloween e o Super Mário
✰ - 20: festa de Halloween² e beijo de esquimó
✰ - 21: "seu corpo, suas regras" e ligação zouis
✰ - 22: a ligação zouis
✰ - 23: beijo de esquimó² e piquenique
✰ - 24: "você pode ficar aqui comigo?" e brincando na neve
✰ - 25: Tatuagens e o ataque de fãs
✰ - 26: For I can't help falling in love with you
✰ - 27: Ultrassom e presente de natal
✰ - 28: "Vai Harry, seu desempregado!"
✰ - 29: courchevel e a magia do natal
✰ - 30: Apricity & 24/12/2013
TAKE ME HOME TOUR, PART II
✰ - 32: "Se eu não for atraente, ninguém vai me amar."
✰ - 33: contratos e hospitais
✰ - 34: love you goodbye
✰ - 35: Fine Line
✰ - 36: Meet me in the hallway e Um sonho eu tenho sim?
✰ - 37: te farei se sentir em casa.
Extra de aniversário: memórias pra vida
✰ - 38: "Yours Sincerely, Louis" & Arena O2
✰ - 39: "Juntos, porra! juntos"
✰ - 40: "Cara de cu com cãibra!" e Perfect now
✰ - 41: você é meu tchan & logo
✰ - 42: bem longe do Princess Park
✰ - 43: Liberdade
✰ - 44: Supernova

✰ - 31: presente de aniversário e feliz ano novo!

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By larryispunk

“Tudo é novo, pois agora eu vejo, é você a luz.”

∴━━━🎤━━━∴

Na volta pra casa, o aeroporto estava mais cheio ainda, talvez as pessoas também estivessem voltando pra casa já que o natal – infelizmente – acabou. As vezes eu paro e tento imaginar como deve ser a vida dessas pessoas, um senhorzinho de cabelos grisalhos passou por mim e na minha cabeça eu consegui imaginar que ele deveria ter umas três filhas adultas, uma esposa que estava o esperando em casa acariciando a pelagem escura do cachorro que compraram pra netinha de presente de natal. Ou poderia ser completamente o contrário, ele poderia estar viajando sozinho porque não tinha ninguém. Poderia ter sido só ele e a esposa, até que ela faleceu e ele ficou sozinho.

Céus, eu tenho que parar com isso. Verifico se Louis estava bem distraído ao meu lado jogando algum jogo no celular – provavelmente super Mário – e visualizo rapidamente a mensagem de uma pessoa conhecida

Tay

Eu já cheguei, fiquei em um hotel bem próximo da sua casa

Okay

Vamos pegar o vôo daqui a pouco

Acha que consegue ir pra lá no dia?

Tay

Consigo sim

Relaxa, pupilo


Louis descansa a cabeça no meu ombro enquanto continua jogando, tirando toda a minha concentração da mensagem. Guardo meu celular e dou uma curiada no dele, vendo que estava quase passando de fase.

— Vai passar de fase? — pergunto baixinho, pra não atrapalhar

— Uhum — respondeu tão baixo quanto — tô quase salvando a princesa Peach.

Você me salva todos os dias

— Se você não conseguir salvar ela, vai ser um péssimo Mário. — levantou a cabeça, me olhando completamente ofendido. Logo a musiquinha toca, anunciando sua derrota. — Ops

— Oi! — ele acenava pra um ponto atrás de mim, alguma fã acenava pra gente segurando um celular. Provavelmente filmando. Aceno de volta, sorrindo contido — Eu vou ignorar o fato de você ter me chamado de "péssimo Mário" na cara dura — voltou pra mim, sussurrando — babaca

O bico emburrado dele era uma graça

— Não fica bravo, eu disse que você não é um bom Mário no jogo. Na vida real você é bom. — o cutuco com o cotovelo, resistindo a vontade de beijar sua bochecha até ele desfazer aquele bico. Mas não podíamos.

— Sei. — guardou o celular e olhou pra um canto específico do aeroporto de Paris, passamos o dia passeando pela grande cidade do amor e decidimos pegar o vôo aqui mesmo pra facilitar e não ter que ficar horas em um trem pra voltar pra courchevel e pegar o avião lá. O ponto específico que Louis olhava era uma árvore de natal grande encostada no canto do aeroporto, os piscas-piscas estavam ligados assim como os enfeites ainda estavam ali — Quando eu era pequeno, achava que as luzes do natal eram pra mim. Você sabe como a imaginação de uma criança pode ser bem fértil.

— Por causa do seu aniversário? — sorrio completamente derretido, Louis criança deveria ser uma fofura

— Uhum — afirmou — isso que dá resolver nascer na véspera do natal

Depois de cinco horas e meia de voo, nós finalmente chegamos em Londres novamente e depois de mais meia hora ou uma hora de Uber, chegamos em casa. E puta que pariu, eu senti falta daqui.

Em Londres é frio mas nada comparado com courchevel.

Puxo a mala pra dentro de casa mas sou impedido de entrar quando simplesmente se jogam em mim, quase me derrubando no chão. Solto uma risada alta, abraçando Niall de volta.

— Senti saudades, lindinho — se afastou, alguns segundos depois — como foi a viagem?

Deu espaço pra Liam me abraçar logo depois Zayn fez a mesma coisa, Niall deu um abraço rápido em Louis, cutucando sua cintura

— Foi maravilhosa, courchevel é linda. Paris então? Uau. — suspiro, Zayn sorriu malicioso na direção de Louis. O vi negar com a cabeça como se dissesse um "não começa", fingi que nem vi — Pensei que ainda estavam na casa que alugaram

Nah, nós voltamos a tempo pro você-sabe-o-que. — sussurra, arregalo os olhos quando percebo que Louis ouviu. Mas logo trato de disfarçar, tossindo.

— O que é você-sabe-o-que? — perguntou curioso, divindo o olhar entre a gente

— Nada! — Niall foi ficando vermelho aos poucos, bufei baixinho

— você-sabe-o-que é pra receber a Taylor, ela disse que queria conhecer meus amigos — menti, Louis cruzou os braços e franziu o cenho

— Taylor?

— É, não lembra dela? Você sabe quem a Taylor é. — o olhei confuso, por que ele tinha ficado com cara de merda de repente?

— Eu sei quem é, ela vai vir pra cá? — continuou me olhando, Zayn ao lado dele estava vermelho de tanto segurar a risada. Niall dividia o olhar entre mim e o Louis, como se estivesse assistindo seus pais brigarem e não soubesse o que fazer pra interferir

— Vai, vai dormir aqui em casa — brinco apontando pro meu apartamento, dando de ombros.

— Ela vai dormir sozinha? Coitada, deve ser um saco dormir sozi-

— Eu vou dormir com ela. — ele me olha chocado, entreabrindo os lábios. Dramático. — Em quartos separados. Sabe que aqui também tem um quarto de hóspedes, não sabe?

— Eu sei, mas é que...nada, esquece — negou com a cabeça, Zayn não aguentou e soltou uma gargalhada alta, tendo que se escorar na parede pra não cair — Para de rir, seu idiota! Não tem graça.

Logo Liam foi contagiado pela gargalhada gostosa de Zayn, e começou a rir também

— Vamos entrar, lindinho. — Niall me empurrou pelos ombros pra dentro do meu apartamento, chutando minha mala com os pés e logo fechou a porta, os deixando lá fora

— O que deu nele? — pego a mala do chão, a puxando até a sala e a deixando em um canto qualquer, me jogo no sofá depois

— No Louis? Pelo amor de Deus, Harry. Não percebeu? Ele tá se roendo de ciúmes — foi até a cozinha, voltando com um saco de salgadinho depois

— Porque ele sentiria ciúmes da Taylor? — eu sempre deixei claro que éramos amigos, quero dizer, acho que nunca cheguei a dizer isso pra ele

— Ora essa! Tá todo mundo falando que vocês estão tendo algo, desde que ela te seguiu e você seguiu ela. Sabe como o povo gosta de exagerar, e agora ela tá fazendo esse evento em Londres e eles automaticamente ligam isso a você.

— Tecnicamente realmente está ligado a mim — dou de ombros, Estava completamente exausto por causa da viagem e principalmente por causa do voo estressante  — sou eu quem organizou e teve a ideia.

— Vai dormir aqui hoje? Tava pensando que tava ficando no Louis — se sentou ao meu lado, parecendo entediado

— Não sei, ele parece bravo. Não quero deixa-lo mais irritado

— ele não tá bravo com você, só tá com ciúmes. É completamente normal sentir isso quando se está apaixonado por alguém, e se Louis fosse dormir com algum amigo que você não conhece?

— eu provavelmente surtaria internamente

— Então pronto — bocejou se levantando e indo pra cozinha jogar o saco vazio de salgadinho fora — tenho que ir, você decide o que vai fazer, tudo bem? Sobre você-sabe-o-que já está tudo certo. No dia você pega a chave e pode ir.

— Uhum, valeu por resolver isso por mim — me levanto, o acompanhando até a porta. Os meninos não estavam mais no corredor — você é um anjo enviado por Deus.

— Eu sei — me lançou uma piscadinha, tirando as chaves do apartamento dele do bolso — Sabe que eu faria qualquer coisa por você, não precisa agradecer.

E assim ele entra em seu próprio apartamento e me deixa ali com uma dúvida cruel, iria pro apartamento do Lou ou ficaria no meu?

Mordo o lábio inferior fechando a porta e me aproximando do apartamento do lado. Dou algumas batidinhas na porta e espero por longos dois minutos, quando estava prestes a desistir, Louis abre a porta com os cabelos molhados. Mas graças a Deus estava vestido.

— Desculpa a demora, tava no banho — me deu espaço pra entrar, fechando a porta em seguida

— Tomando banho? Mas nem é sábado. — ele revira os olhos, soltando uma risada baixa

— Por isso que você ainda não tomou banho? — touché.

— Depois eu que sou babaca — Louis me surpreende quando sela seus lábios nos meus rapidamente, em um selinho demorado

— Estava com saudade de fazer isso — ele estava perigosamente perto, seus olhos azulados estavam fixos em meu lábios

Não espero nem mais um segundo pra ver se ele falaria mais alguma coisa antes de puxa-lo pra perto e beija-lo do jeito que eu queria fazer desde que estávamos no aeroporto. Louis corresponde com a mesma intensidade, colando seu corpo no meu.

Beijar ele tinha se tornado meu hábito preferido. Era bom, as vezes era lento, outras nem tanto, ele parecia saber o que estava fazendo, ele sabia onde colocar as mãos, ele sabia exatamente o que fazer pra me levar a loucura.

Quando o ar se faz necessário, ele corta o beijo mas se mantém próximo.

— Eu pensei que você não viria — suspiro quando ele abraça minha cintura e deita a cabeça no meu ombro

— Você sabe que eu sempre volto – pra casa, eu quis completar

— Você precisa jantar, não comeu nada no caminho. — se afastou, puxando minha mão pra cozinha — Você toma banho enquanto eu esquento a marmita que pedi quando estávamos chegando aqui, tá?

— promete que não vai por fogo na casa?

— prometo tentar. — me olhou com aquele sorriso.

Me vi suspirando baixinho

Tomei um banho demorado e lavo os cabelos, o chuveiro ali era ótimo e eu sentia que poderia fazer lá em baixo por horas. Mas não ficava, afinal, gastar água de forma desnecessária não era um hábito meu.

Visto uma calça minha que achei jogada no closet dele e uma blusa do pijama com mangas. Ainda estava bem frio e se eu não me agasalhar, ficaria gripado facilmente. Quando volto pra cozinha, Louis já tinha deixado a comida na mesa e estava distraído jogando alguma coisa pelo celular.

Estava começando a achar que ele tinha viciado nesse jogo

Me sento pra comer depois de pegar um pouco de refrigerante na geladeira, a coca gelada era uma boa combinação com a comida que ele comprou. Arroz, feijão, estrogonofe e alguma salada.

Alguns minutos depois que termino de comer, lavo o prato, guardo e volto pra sala onde ele estava jogado no sofá, os olhos fixos no celular.

Franzo o cenho quando ele nem percebe minha presença, o jogo estava ficando mais importante do que eu?

— Lou? — o balanço suavemente, ele só murmura um "hm?" Sem tirar o olhos da tela — Se eu soubesse que você ficaria mexendo nesse celular enquanto estou aqui, teria ficado lá em casa.

Vejo um pequeno sorriso nascer em seu rosto e logo a musiquinha que anunciava o game over toca ao mesmo tempo que ele me olhava e largava o celular em um canto qualquer do sofá

— Era só até você comer, covinhas. — estreito os olhos na sua direção, como se dissesse um "sei" — você comeu?

Somente afirmo com a cabeça

— Eu queria ficar namorando com você — faço beicinho, subindo no sofá e me deitando ao seu lado.

— Então vamos ficar namorando — beijou meus lábios rapidamente antes de me abraçar, escondendo o rosto na curva do meu pescoço — você está com frio? — se afastou um pouco, pegando minha mão ao notar o quão gelada estava.

— Um pouco

— Pera aí — se levantou e correu pro quarto, soltei uma risada baixa quando ele voltou tentando segurar umas duas cobertas e travesseiros. Quase derrubou tudo no chão ao apagar a luz e voltar pro sofá, ajeitando os travesseiros pra depois deitar e nos embrulhar com o pano quentinho da coberta — pronto, agora pode vir com tudo.

Finalmente

Abraço sua cintura e deito a cabeça em seu peito, ouvindo seu coração bater ritmado. Louis puxou um pouco mais da coberta até que ela estivesse na altura dos meus ombros e me abraçou de volta. Eu sentia que nunca me cansaria de seu abraço lar, era aconchegando e me passava uma certa segurança.

— e meu beijo de boa noite? — abro os olhos quando ouço sua voz, já estava quase capotando quando de repente ele solta essa.

Solto um riso anasalado antes de levantar a cabeça e selar meus lábios nos dele em um selinho demorado.

— melhor? — pergunto, me afastando. Ele inclina um pouco a cabeça, juntando nossos lábios novamente.

— Agora sim, melhor. Bem melhor.

✿⁠

O dia estava nublado, não havia neve nas ruas, não havia nem ao menos o sinal de que ela já tinha passado por ali. Suspiro aumentando a velocidade da qual pedalava da bicicleta, já estava anoitecendo e apesar de ser um bairro seguro, eu não confiava completamente pra ficar andando por aí de noite.

Apesar de que qualquer coisa seria melhor do que voltar pra casa.

Deixo a bike encostada na parede perto da porta e subo as escadinhas de casa e paro antes de abrir a porta. Respiro ofegante e me pergunto o que diabos estava fazendo ali novamente.

Respiro fundo, puxando o ar e abro a porta. Procuro minha mãe com os olhos e a acho lavando alguma coisa na pia, procuro Gemma com os olhos mas não a acho, e muito menos acho Robin.

Subo as escadas em direção dos quartos e entro no que antigamente era meu. O que caralhos eu estava fazendo ali? Cadê Louis?

Louis

Respiro, ainda ofegante ao olhar pro relógio e ver que tinha acabado de dar 20:00 da noite. O horário que ele chegava. Escuto a porta do andar de baixo se abrir e logo passos pesados entrando. Me aproximo da porta, encostando a orelha na madeira pra ver se conseguia ouvir alguma coisa.

Ele parecia irritado e procurava algum idiota pra descontar seu estresse

E bom, o idiota sempre era eu.

cadê ele? — ouço ele perguntar, seu tom de voz irritado — o diretor ligou, aquele idiota se envolveu em uma briga.

Ou melhor, me bateram e eu levei a culpa. Como sempre.

lá em cima

Giro a chave na porta e a tranco, me afastando rapidamente ao ouvir os passos subindo as escadas. O pânico invade meu corpo me fazendo ter que sentar no chão e me encolher, abraçando meus joelhos enquanto o ouvia gritar por mim. Só percebo que estou chorando quando o primeiro soluço seguido por outros sai.

Harry

Meu peito doía. Agora mais do que nunca eu iria preferir enfrentar os perigos incertos da rua do que ter que passar por isso.

O que eu fiz? Eu não tinha feito nada, não era a minha culpa

Ele estava conseguindo abrir a porta, aquela merda de trinco nunca funcionou direito, de qualquer forma. Eu automaticamente começo a me desculpar, milhares de "desculpa" saiam dos meus lábios sem que eu pudesse segurar.

Eu só sabia pedir perdão. Pelo que? Nem eu sabia, talvez por ter nascido.

— Me desculpa — sussurro, o ar faltando em meus pulmões — me desculpa

— Harry!

— Me desculpa

— Harry!

Me sento no sofá rapidamente, enquanto abria os olhos e puxava o ar me afastando de quem quer que esteja tentando me abraçar, me levanto quando sinto as mãos em mim novamente. Eu não conseguia enxergar nada por causa da visão embaçada e muito menos conseguia ouvir direito.

Era como se tivessem colocado dois tampões nos meus ouvidos me deixando surdo

Eu estava surdo pra qualquer coisa que não fossem as coisas ruins que ouvi, estava cego pra qualquer coisa que não fossem os comentários negativos que li falando sobre mim, minha voz, meu rosto, meu corpo, meu cabelo, também estava mudo pra qualquer coisa que não fosse pra repetir o que me mandam falar.

— Me solta! — me desvencilhio da pessoa que me segurava, ou ao menos tento me desvencilhar — por favor, me solta

Harry, sou eu — ouço a voz de Louis me chamar, e sinto as mãos me soltando  — Amor, olha pra mim. Sou eu, seu Louis. Olha pra mim, covinhas. 

Então eu o olho. Realmente era ele. Meu Louis. Desvio o olhar procurando mais alguém na sala mas não havia ninguém, só estávamos nós dois no cômodo.

Louis estava com a cara amassada de sono, seu cabelo bagunçado, mas seus olhos transbordavam preocupação.

Ele...

Não está aqui, nunca esteve. Somos só eu e você, okay? — ele estava alguns passos de distância, afirmo com a cabeça. Eu nem ao menos estava conseguindo respirar direito, e tudo por causa de um pesadelo? — eu posso te abraçar?

Nego com a cabeça, sentindo o nó na garganta.

Se ele me abraçasse, eu iria começar a chorar. Olho para as minhas mãos trêmulas e me questiono o quão longe cheguei pra estar ali novamente?

Por que eu queria que a dor fosse embora de novo?

Por que eu queria me machucar? De novo!

— Tudo bem. — ele afirmou, me senti culpado por não deixá-lo me abraçar.

Por que eu tinha que ser assim?

Meus olhos se enchem de lágrimas, lágrimas que não consigo segurar por muito tempo. Me mantenho afastado de Louis, como se fosse uma bomba prestes a explodir.

De alguma forma, eu queria deixá-lo salvo.

Salvo da minha confusão, dos meus problemas, dos meus traumas. Salvo de mim.

Eu estava caindo de novo e não queria levar ele junto.

Louis sai da sala e eu desabo no chão, me sentando encostado na parede enquanto abraçava meus joelhos perto do peitoral e escondia meu rosto ali. Respiro fundo tentando engolir o nó na garganta, tentando fazer que as lágrimas silenciosas parassem de cair.

Ouço seus passos se aproximando e sinto quando ele se senta ao meu lado e coloca alguma coisa entre a gente. Levanto a cabeça e mordo o lábio inferior ao ver duas balinhas de coco caramelizadas entre a gente, e quando olho pra Louis, este encarava suas próprias unhas e vez ou outra suspirava.

Estico as pernas e pego uma das balinhas a abrindo com cuidado, mordo um pedaço sentindo o gosto doce do caramelo e do recheio de coco por dentro. Pego a outra bala fechada e me aproximo dele, descansando a cabeça em seu ombro.

Ele estende a mão e eu entrelaço nossos dedos fazendo ele as levar até seus lábios e deixar um beijinho rápido ali, como uma promessa silenciosa de que tudo ficaria bem

— Melhor? — pergunta, apoiando a cabeça na minha, acariciando minha mão com o polegar

— Melhor — afirmo, mordendo mais um pedaço da bala

— Foi só um pesadelo, ele não pode te machucar. Não de novo.

— Não foi um pesadelo. — encaro a balinha pela metade, minhas mãos ainda tremiam um pouco e eu conseguia sentir meu coração acelerado, nada do que eu já não estivesse acostumado. — foi uma lembrança.

Os dias se passavam rapidamente e exatamente no dia 31 eu saí mais cedo de casa pra me encontrar com a Taylor em um parque grande do centro, o lugar estava cheio e eu conseguia ver pessoas segurando sacolas grandes com a famosa estrela de enrolados. Tudo saindo conforme o planejado.

— Styles! — ouço a loira exclamar, me puxando para um abraço rápido — impressão minha ou está mais alto?

— Impressão sua — solto uma risada alta, a abraçando de volta — como você está?

— Tô bem — se afastou alguns segundos depois, começando a caminhar do meu lado — as vendas estão ótimas.

Olhou na direção de uma mulher que segurava umas cinco sacolas daquelas

— Arrecadando muito? — ela afirmou com a cabeça, desviando os olhos azuis pra mim.

Eu percebi que não era qualquer olhos azuis que tinham o poder de me aquecer, me deixar bobo, eu não era apaixonado por qualquer olhos azuis. Eu era apaixonado pelos olhos azuis de Louis. Só os dele.

— O que vai fazer com o dinheiro? — franziu o cenho, me olhando com curiosidade

— Doar, acho que vai dar pra doar pra mais de uma instituição. Tem uma em específico que costumo visitar quando tenho tempo, grande parte do dinheiro vai pra lá. — enfio as mãos nos bolsos, com frio

— acha que ele vai gostar?

— Tomara que sim, se ele não gostar, eu me jogo no mar e me afogo lá mesmo — reviro os olhos ao escutar sua gargalhada alta — Tô falando sério.

— Não está não, para de falar besteira — limpa os cantinhos dos olhos, ainda soltando algumas risadinhas

Encaro ela com tédio, desviando o olhar para algumas pessoas uniformizadas que prendiam uns trecos no chão que mais pareciam aqueles pedestal pra microfone ou aqueles tripé pra celular. Mas eu sabia que na ponta daqueles negócios funcionavam igual a um esqueiro.

— Eu nem sei como consegui a autorização da prefeitura — suspiro, desacreditado — como consegui fazer tudo isso sem que ele descobrisse.

— se ele não casar com você depois dessa...— ela nega com a cabeça, um sorriso besta nos lábios — eu mato ele.

— e eu te ajudo.

Depois que voltamos pra casa, Taylor conheceu os meninos e se deu muito bem com eles. E graças a Zayn, Louis a tratou muito bem. Apesar de todo o ciúmes.

— Você está fazendo um festival aqui, não é? — ele perguntou, curioso. Estávamos todos tomando um café da tarde na minha casa, Louis acariciava minha perna por baixo da mesa

— Sim, se tudo der certo...acontece hoje. — Taylor sorriu animada, tomando um pouco de café

— Eu não sei bem sobre o que é, não pesquisei. Alguma haver com lanterna?

Quase engasgo com o achocolatado

— Lanterna? — ela franziu o cenho, fingindo confusão — fogos de artifício. Um verdadeiro show de luzes.

— Ah, saquei

Daqui á algumas horas seria um novo ano e eu estava surtando, eu planejei isso por um mês todo. O medo que eu sentia de nada dar certo estava acabando comigo. Taylor sorriu na minha direção e eu sorri de volta, aliviado. Louis ao meu lado, cruzou os braços.

— Harry, posso falar com você? Vai ser rápido. — Taylor se levanta e eu também, afirmando com a cabeça

A guiei pelo corredor até meu quarto e quando entramos, fecho a porta pra não correr o risco dele ouvir

— Eu tô tentando ligar pro aeroporto desde de cedo, mas essa merda não atende. Me diz que conseguiu falar com eles. — se senta na cama, nervosa

Mordo o lábio inferior com força – uma mania que adquiri depois de tanto estresse – e passo as mãos sobre os cachos, suspirando

— eles não conseguem fechar o aeroporto, mas cancelaram alguns voos. — me sento ao lado dela na cama, apoiando os cotovelos nos joelhos e enfiando as mãos entre os cachos, quase os puxando

Eu estava surtando

— Não vai dar certo, eu tô prevendo. Sou um idiota.

— Para de falar merda! Vai dar certo sim.

Ela que deveria estar preocupada, já que o nome dela estava correndo risco. Não o meu, por mais que eu tenha organizado tudo, Taylor é quem vai levar os créditos.

Eu não quero crédito de nada, não quero fama, não quero dinheiro, só quero que Louis goste.

E eu não poderia estar fazendo isso sem a ajuda de alguém influente, Taylor gentilmente topou me ajudar. Afinal, Simon nunca permitiria a one direction se meter nisso. Nem mesmo eu.

Mesmo que isso ajude as pessoas.

— e se não der?

— Vai dar. Não existe isso: "e se não der" vai dar!

Vai dar certo

Tem que dar

Louis Tomlinson

Cruzo meus braços olhando na direção que eles foram, porque não poderiam falar na nossa frente? Ouço o riso sarcástico de Zayn ao meu lado

— Sabe que não pode cobrar nada dele, não sabe? — falou como se não nada

— como?

— Não pode cobrar nada dele, afinal, você o pediu em namoro? — fico em silêncio e ele toma isso como resposta — então pronto, não seja idiota.

— Não estou sendo idiota

— Ainda não, mas se for...você já sabe.

Harry saiu do quarto com a Taylor alguns minutos depois, ambos pareciam nervosos. Harry com os cachos bagunçados e os lábios vermelhos, franzo o cenho os vendo voltar a se sentar na mesa e começar a conversar com os meninos como se nada tivesse acontecido.

Eu não deveria sentir ciúmes deles. Eu sei que são amigos, mas as coisas que as pessoas falavam na internet ficavam na minha cabeça. Grudavam lá feito chiclete. Eu vi as fotos que saiu do parque que foram mais cedo, vi os abraços, os sorrisos e porra! O que me deixou mais chateado que que eu nunca vou poder dar isso a ele.

Nunca vou poder abraçá-lo em público, segurar sua mão, sorrir de uma forma diferente da forma que sorrio para os outros. Eu nunca vou poder olhar por mais de cinco segundos, nunca vou poder subir no alto de um prédio e gritar o quanto sou apaixonado por ele – exagero? Talvez – talvez esse ciúmes seja inveja. Talvez.

Harry procura minha mão por baixo da mesa e quando a encontra, entrelaça nossos dedos. O olho com um sorriso.

Algum dia seríamos suficientes?

Esse toque em segredo vai ser suficiente?

Vamos ser fortes o suficiente pra passar por tudo isso?

Encosto a cabeça no ombro do cacheado, segundos depois virando só para morde-lo de leve. Me derreto quando ele me olha fazendo beicinho, tinha reparado que essa era uma nova mania dele pra pedir beijo ou pra pedir qualquer coisa. Ele sempre me olhava fazendo beicinho e eu não conseguia negar nada que ele me pedisse.

Deixo um selinho rápido em seus lábios assistindo suas bochechas corarem, não consigo segurar a risada baixa.

— Você aceita namorar comigo ou vou ter que mentir no meu diário? — levanto e desço as sobrancelhas, o ouço rir e esse era o melhor som que eu já tinha escutado em toda minha vida

Fazer Harry Styles rir era o meu hábito preferido.

— Não vai precisar mentir no seu diário — era um sim? Ou ele estava zoando com a minha cara?

— É um "sim"?

— Não sei, acha que é um "sim"?

— me parece muito com um "sim"

— Então é um "sim" — deu de ombros, desvio o olhar sorrindo igual idiota com as bochechas coradas.

Péssima hora pra ter um panic gay.

— Gente, eu preciso usar o banheiro rapidinho. Já volto. — me levanto, ouvindo aquele merdinha rir. Ele sabia muito bem o efeito que causava em mim.

Saio em direção dos quartos e entro no que provavelmente era o de Harry, nunca havia tido a oportunidade de realmente conhecer o quarto dele. Afinal, ele sempre ficava lá em casa.

Não havia nenhuma decoração, nada de quadros, enfeites, ou coisa parecida. Só tinham os móveis e os lençóis. Só isso. Não parecia com Harry, não parecia com um lar.

— Ainda tendo panic gay? — ele se encosta no batente da porta enquanto eu me sentava na ponta da cama

— Eu não tive um panic gay

— teve sim — ele se aproxima e fecha a porta — Foi a coisa mais fofa que já vi em toda minha vida

— Não fode, Harry — nego com a cabeça, sentindo meu rosto esquentar de novo

Meu garoto se aproxima de mim e apoia as mãos nos meus ombros enquanto se sentava no meu colo, passando as pernas ao redor da minha cintura.

Okay

Contato novo

Nunca havíamos feito isso antes

E era...okay

Caralho

— Então, estamos juntos ou não? — me olhou daquele jeito, suas pupilas se dilatando aos poucos estava me deixando hipnotizado. Harry falava num tom baixo e...caralho! Eu estava perdendo a cabeça

Coloco as mãos em sua cintura e lhe dou um aperto firme, o puxando pra mais perto, vejo quando ele prende a respiração.

— Eu juro que eu tinha pensado em uma cantada incrível há um minuto. — e eu realmente tinha. Afasto uma mecha teimosa de cacho do seu rosto, me dando uma visão maior daquela imensidão esverdeada — Mas toda vez que eu chego perto de você, parece que meu mundo para, eu esqueço de tudo. Eu quero ficar com você, quero estar com você, quero chamá-lo de meu. Mas eu quero saber se você quer, se você tem certeza.

— Eu tenho certeza — fez o beicinho, tive que lutar pra continuar olhando em seus olhos e não resistir a tentação de beijá-lo

— Você tá ciente do que vamos ter que fazer pra isso acontecer? — continuo perguntando — vamos ser eu e você contra o mundo, ninguém vai poder saber sobre a gente.

Pelo menos por enquanto

Meu coração se parte um pouco quando ele somente afirma com a cabeça

— Você sabe o que aconteceria se descobrissem sobre o que a gente tem?

— Simon ficaria bravo — o real problema nem era Simon — e a gestão também

— Sabe o que eles fariam?

— me afastaria de você

— Então, você ainda quer? — no fundo, eu tinha medo dele não querer mais. A realidade me assustava e provavelmente assustaria ele também

— Eu quero. Eu já disse que tenho certeza, sempre tive certeza sobre você. — apertou meu nariz, me fazendo torcer o rosto em uma careta — Talvez algum dia vamos poder ser livres

— talvez algum dia

— Então...— sorriu, abraçando meus ombros enquanto de mexia no meu colo para se ajeitar. Prendo a respiração — namorados?

— Namorados. — afirmo, vendo o sorriso nascer nos lábios vermelhos do Styles. Um sorriso com direito a covinhas e tudo. — por que não beija seu namorado agora?

— E assim declaro namorado e namorado, pode beijar seu namorado — não consigo segurar a gargalhada quando ele engrossa a voz de um jeito engraçado

— Nem sei por que te pedi em namoro, já somos casados. Você não lembra? Você aceitou casar comigo naquele dia do Halloween. — franziu o cenho, parecendo tentar se lembrar

— Ah é! Verdade. Lembrei. Mas o pedido de namoro foi só pra reforçar o casamento

Ele refez o beicinho e dessa vez não pude evitar de selar nossos lábios em um beijo lento e doce, Harry entreabriu os lábios me dando passagem ao mesmo tempo que eu subia uma das mãos pro seu rosto, acariciando com o polegar.

— Não esquece que eles estão na sala — corto o beijo só para lembrá-lo, assim que o sinto se mexer sobre meu colo

porra — xingou baixinho, me fazendo rir. Tinha que me concentrar em qualquer coisa menos no fato de que ele estava sentado sobre o meu colo, nem que essa "qualquer coisa" fosse sua carinha de irritado

— porra mesmo.

✿⁠

Harry Styles

O plano tinha tudo para dar certo, Taylor saiu pro "evento" e os meninos foram junto me deixando sozinho com um Louis indeciso, ele estava há mais de meia hora tentando decidir o que usar enquanto eu estava pronto.

— Vai com a branca, simples — sugiro, entediado

— Não sei, não acha que a vermelha combina mais comigo?

— as duas combina com você.

— Ah! Ainda tem a verde. — entrou no closet saindo com outra camisa do mesmo estilo das anteriores, só que verde

— Já disse pra ir com a branca.

— certeza? Não acha muito clichê? Tipo, todo mundo usa branco no ano novo.

— todo mundo usa vermelho e verde no ano novo também, tudo é clichê, Lou — eu estava usando uma camisa preta, mas podemos ignorar esse fato

Ele bufou irritado e entrou pra dentro do closet pra se trocar e mais meia hora depois saiu completamente arrumado e perfumado. Dou risada, mal sabia ele que ficaríamos pouco tempo em público.

— pronto? — levanto as sobrancelhas

— Mais pronto do que nunca.

O Uber até o centro foi um pouco caro – mas eu julgo ser por causa do horário e da data, então é compreensivo – e talvez tenha demorado um pouco para chegarmos ao nosso destino por causa do trânsito que pegamos. Algumas ruas foram fechadas para que isso pudesse acontecer e eu não estava pondo fé até ver com meus próprios olhos.

Descemos algumas quadras de distância do verdadeiro centro e quando finalmente chegamos em uma área mais aberta e bem mais movimentada que o comum, é que eu percebi que realmente iria acontecer. Meu plano havia dado certo.

— Toda essa gente veio assistir os fogos? Caralho, olha o tanto de gente. — Louis segurou minha mão, me puxando pro meio da multidão. Querendo ou não, senti um leve arrepio quando me lembrei daquele encontro com as fãs.

Passamos por algumas pessoas, pedindo licença e empurrando uns idiotas que não queriam nos deixar passar enquanto Louis procurava alguém com os olhos, provavelmente sua família. Eu sabia que Anne já estaria com Jay porque ela havia me avisado mais cedo, então estava tudo sobre controle.

— Mãe! — Louis me soltou, puxando a mulher pra um abraço apertado, sorrio pra Anne que conversava com Robin e lhe dou um abraço de urso, logo dando em Robin também

— Você realmente veio — abraço Gemma e aproveito pra abraçar Marc, o namorado dela.

— claro que vim, não poderia perder

Arry! — Daisy corre na minha direção e se joga nos meus braços, me abraçando com calor. Sorrio retribuindo o abraço e acenando pra pheobe que nos encarava tímida demais pra se aproximar

— Day, como você está? Feliz ano novo. — me afasto um pouco, vendo a cara dela cheia de glitter. Provavelmente ela mesma tinha inventado de fazer a maquiagem.

— Eu tô bem. — deu de ombros — pheobe também!

— Harry — Jay me abraçou apertado, aqueles abraços típicos de mãe. Sorrio grande e retribuo com a mesma intensidade — ele me contou sobre o namoro, fico feliz por vocês. Muito feliz.

Ela se afastou, apertando minha bochecha de leve e nós dois olhamos na direção de Louis que parecia estar perturbando Lottie, se julgarmos pela cara irritada da mais nova

— obrigada, Jay — olho pra ela novamente, cruzando os braços — seu apoio significa muito pra gente

Qualquer apoio significava, principalmente por saber que não teríamos muito.

Escuto um grito feminino que nos assustou pra caralho mas relaxo ao ouvir Jay rir ao ver Louis dar um mata-leão em Fizzy enquanto murmurava algo como "admite que é minha bebê"

Sinto minha mãe se aproximar de mim e me abraçar apertado enquanto deixava milhares de beijos em meu rosto, era só assim pra gente se encontrar, já que mal tínhamos tempo para falar no telefone também.

— Meu bebê não está grande? — ela apertou minhas bochechas, desviando o olhar pra Jay

— Tá enorme — a de olhos azuis como os de Louis riu da careta que fiz, logo puxando Anne e as gêmeas para comer alguma coisa que estavam vendendo ali por perto

Ouço um típico chiado de microfone e quando olho pro palco que improvisaram na rua, vejo taylor tirar o microfone do pedestal. Sinto quando Louis se afasta das irmãs e para ao meu lado, curioso.

Apesar dele estar curioso sobre o que aconteceria ali, não demonstrava desconfiança nenhuma.

Um minuto de atenção, por favor — Taylor pediu, ouço alguns gritos de comemoração e palmas. Provavelmente das dezenas de fãs que tinham ali, estávamos em uma área afastada, quase longe de toda a luz — primeiramente eu gostaria de agradecer a vocês que vieram aqui hoje, aos fãs que nos ajudaram a compartilhar e promover todo esse festival, aos trabalhadores que nos ajudaram a montar tudo para que desse certo, e agradecer principalmente às pessoas que doaram. Todo o dinheiro da doação e do festival vai ser doado pra várias instituições carentes. Pessoas vão ser ajudadas com isso.

Vejo Niall correr até mim e me dar a sacola que, provavelmente, guardava as lanternas que eu decorei mais cedo e um molho de chaves. Agradeço baixinho e ele pisca na minha direção, se afastando.

— Ei, vamos? — dou uma cutucada em Louis, vendo ele me olhar confuso por alguns segundos

— Vamos onde? — questionou, me seguindo.

Me aproximo de onde nossas famílias estavam e puxo minha mãe pra um abraço rápido, tanto Anne quanto Jay já estavam cientes da surpresa de Louis.

— boa sorte — beijou minha bochecha, se afastando um pouco — amo você, feliz ano novo.

Olho pra onde Louis estava, vendo que ele abraçava Fizzy e Jay ao mesmo tempo, longe o suficiente pra não ouvir

— Obrigada, mas acho que a gente volta de madrugada. — faltava umas meia hora pra meia-noite — eu te amo, feliz ano novo.

Abraço Gemma e meu cunhado também, lhes desejando feliz ano novo e faço a mesma coisa com Jay e as irmãs de Louis. Por fim, apoio as mãos nos ombros de Lou e o empurro pra longe de toda aquela gente, atravessando a rua até o carro que Zayn tinha nos emprestado – depois de muito implorar – destranco o carro e dou as chaves para Louis.

— Você dirige

— Pra onde a gente vai?

— é surpresa!

— Mas como vou dirigir se eu não sei pra onde ir? — seu tom de voz era divertido, franzo o cenho abrindo a porta do passageiro. Não tinha pensado nisso.

— Vamos pegar um barco no rio Tâmisa — vejo quando ele abre a boca pra perguntar — sem perguntas!

Mostrou a língua na minha direção e abriu a porta do carro, entrando. Entro também e coloco o cinto, respirando fundo.

Okay, estava dando certo. Não tinha porque se preocupar, certo?

Louis dirige por alguns minutos, uns vinte? Eu já estava apreensivo, olhava para o celular de cinco a cinco minutos com medo de dar tudo errado e a gente perder a virada do ano.

Eu não planejei tudo aquilo atoa. Tinha que dar certo!

Estacionamos perto do cais do rio Tâmisa e eu solto o cinto, descendo rapidamente ainda segurando a sacola. Quando Louis desce e tranca o carro, puxo sua mão e começo a correr até o cais, ouvindo sua gargalhada alta.

Eu também riria se não estivesse me cagando de nervoso

Atravessamos o cais e chego no barco que aluguei bem em cima da hora. – Niall teve a sorte de achar esse moço que nos alugou, era um dos últimos disponíveis – Era um barco de luxo, todo branco e com uma cabine de dar inveja, lá dentro provavelmente tinha uma cozinha pequena e uma cama de casal, segundo Niall. Ele disse que tinha deixado algumas besteiras ali pra gente comer e também aquele negócio que parecia um pedestal de microfone que pegava fogo na ponta.

— Você sabe dirigir um barco? Ou pilotar, sei lá. — Louis entrou primeiro, segurando minha mão para que eu pudesse entrar em seguida

— Eu aprendi vendo vídeo aula no YouTube — sorrio sem graça, dando risada da sua cara de assustado — Mas relaxa

— Relaxar?

— é, relaxa.

Pego o molho de chaves e abro a porta da cabine

— Me espera aí, tá? Eu já volto. — vejo quando ele afirma com a cabeça e se apoia na grade do barco, grade essa que funcionava para as pessoas não caírem na água. Mas Louis parecia gostar de testar as leis da gravidade e se inclinava para baixo, tentando encostar as mãos na água.

Entro na cabine, vendo que realmente era tudo aquilo que Niall descreveu. Deixo a sacola por cima da cama e ligo o motor do barco, tentando me lembrar dos vinte minutos de aula que assisti. Ouço Louis soltar um gritinho estrangulado quando eu acelero me fazendo gargalhar quando ele grita um xingamento. Traço nossa rota no gps do barco e ligo o piloto automático, pego o "pedestal" e a sacola, saindo da cabine.

— O que é isso? Tinha um monte lá — olhou pro "pedestal" mas minhas mãos, olho pra ele com uma cara de tédio enquanto colocava o negócio no chão — Okay, sem perguntas.

— Aprendeu direitinho, cachorrinho. — sorrio orgulhoso, deixando o pedestal no canto, longe da borda do barco — Você fica enjoado?

— Não, você fica?

— fico, mas eu tomei remédio — dou de ombros, me aproximando dele e abraçando sua cintura enquanto escondia o rosto na curva do seu pescoço

— Frio? — somente afirmo com a cabeça, sentindo ele passar os braços ao meu redor, me abraçando apertado, o calor dele me esquentava de uma forma gostosa — Não vai me dizer o que viemos fazer aqui? — nego com a cabeça, fechando os olhos sentindo a brisa fria me atingir em cheio — Falta uns cinco minutos pra virada.

Levanto a cabeça, pegando o celular no bolso dele para ver as horas, realmente faltava cinco minutos. Devolvo o celular e sorrio animado, o puxando pra perto para lhe dar alguns selinhos demorado.

Quatro minutos.

Louis solta uma risada baixa, devolvendo os múltiplos selinhos colocando as mãos nas minhas bochechas

Três minutos.

Louis paralisa com o olhar longe do meu, olhando pra algum ponto atrás de mim. Meu coração acelera assim que eu me viro e vejo a primeira lanterna iluminar o céu, e logo outras vão surgindo.

— Isso é...meu Deus. — ele parecia estar tão admirado que me soltou e foi pra ponta do barco, se apoiando na grade de segurança e se inclinou, como se aquilo fosse o fazer enxergar melhor

Pego o "pedestal" e aperto um pequeno botão fazendo a ponta acender feito um esqueiro, Louis estava de costas pra mim, os olhos fixos nas lanternas que começavam sugir no céu azul escuro. Vou até a sacola pegando a lanterna que logo nós dois iríamos acender e franzo o cenho quando vejo uma poraloid ali dentro também.

Ignoro a câmera, deixando-a de lado e me concentro em abrir a lanterna com cuidado pra não rasgar, afinal era de um material completamente frágil. Desvio o olhar para o céu, completamente encantado com as lanternas que já começavam se aproximar do barco.

— Ei, será que pode me ajudar aqui? — forço uma tosse, vendo quando ele desvia o olhar pra mim. Seus olhinhos azuis cheios de lágrimas quase me fez desabar ali mesmo

— Você... covinhas — vejo a compreensão passar de relance sobre seus olhos, ele vem até mim e segura a outra ponta da lanterna — Não foi a Taylor, não é?

— Ela me ajudou — levanto a lanterna e ele faz o mesmo, a chama que saia do "pedestal" acendeu a lanterna e praticamente lhe deu vida — Conseguimos arrecadar dinheiro o suficiente pra doar pra algumas instituições de caridade, e tem as lanternas que são feitas de papel arroz, não polui o meio ambiente.

Sorrio pra minha obra de arte, eu personalizei nossa lanterna. Havia um coração e dentro dela nossas iniciais, estava simplesmente incrível.

Céus...— Louis sussurrou, completamente paralisado

faltava um minuto

— Você decide quando soltar, tá? No seu tempo. — ainda seguravamos a borda da lanterna, a impedindo de voar com as outras

— Fecha os olhos e faça um pedido. — ele me olhou, sorrindo animado — No três! Um...— fecho meus olhos e respiro fundo — dois...

Que nada mude

Que nada mude

Que nada mude

E se mudar, mude pra melhor

Três! — solto a lanterna e Louis comemora quando ela voa assim como as outras, ao mesmo tempo que os fogos começavam

Tampo meus ouvidos ao escutar os barulhos altos não muito longe dali, mas solto uma gargalhada ao ver Louis continuar olhando para o céu feito criança.

— Obrigada — como se dessem um estalo na sua mente, ele me puxou pra um abraço — obrigado, obrigado, obrigado.

Praticamente esmagou meus ossos no meio do abraço extremamente apertado, e quando se afastou não demorou pra selar nossos lábios em um selinho demorado. Não contente com só aquilo, seguro seu rosto e aprofundo o beijo sentindo todas as particulas do meu corpo estremecer com seu toque. Os fogos de artifício ainda estouravam no céu assim como as lanternas flutuavam de forma graciosa, corto o beijo e me afasto de Louis pegando a câmera e lhe dando.

Ele solta um riso anasalado quando volto selar nossos lábios e ouço um "clique" que indicava que uma foto fora tirada. Mas isso não importava agora, tudo o que me importava era Louis e seus lábios extremamente macios.

— Não vamos cantar? — perguntou, levantando as sobrancelhas ao se afastar o suficiente pra conseguir falar

— Não tô afim de cantar agora — olho para o céu, e Louis aproveita pra encostar os lábios em meu pescoço, beijando uma região sensivel.

Tinha dado certo, o tempo que passei planejando tudo valeu a pena. O céu parecia uma verdadeira obra de arte, as lanternas flutuantes deixavam tudo ainda mais brilhante do que já era. Ofego quando sinto Louis morder meu ombro, me marcando com seus dentes.

porra, Louis — escuto sua risada baixa, ao mesmo tempo que ele se afastava um pouco para me olhar

— Feliz ano novo? — ele parecia estar hipnotizado pelos meus olhos — sabe o que é melhor? Eu consigo ver as lanternas refletidas nos seus olhos. É lindo, covinhas. É simplesmente...encantador.

— Todas essas luzes são pra você, Louis, todas elas. Sem excessão. — aperto a ponta de seu nariz, o vendo sorrir — Elas são e sempre vão ser pra você.

✿⁠

⚠️ conteúdo sexual, se não gosta sugiro que desça um pouco a tela até o sinal aparecer novamente ⚠️

Louis abre a porta do apartamento com dificuldade, afinal, era difícil ele continuar beijando alguém desesperadamente e acertar a fechadura ao mesmo tempo. Eu diria que era quase impossível, mas ele conseguiu.

Minhas costas doem quando ele me empurra com certa brutalidade contra a parede da sala, sem cortar nosso beijo. As mãos de Louis descem pra minha bunda me fazendo soltar um gemido abafado por seus lábios.

Seguro a barra de sua camisa e a puxo pra cima, cortando o beijo para que eu pudesse tira-la com facilidade. A visão que tive foi de tirar o fôlego, eu já vi Louis sem camisa antes, mas nenhuma dessas vezes eu estava tão excitado quanto estou agora.

A quantidade de roupa que eu vestia já estava começando a me incomodar

— Podemos ir para o quarto? — minhas bochechas estavam coradas, Louis pareceu notar isso

— você tem certeza? — afirmo com a cabeça — com palavras, amor.

— Eu tenho certeza.

Não fico surpreso quando ele simplesmente me puxa em direção e quarto, quase tropeçando no corredor. Louis parecia estar tão animado quanto eu para o que finalmente aconteceria ali.

Sento na cama me arrastando para trás até que eu estivesse no meio dela, Louis não enrola muito pra subir por cima de mim ficando entre minhas pernas e começar aquele beijo sedento novamente. Meu corpo todo formigava e implorava silenciosamente por mais.

Muito mais.

Abro um pouco mais ar pernas para que ele pudesse se encaixar melhor ali e solto um gemido baixo ao sentir seu membro mesmo com todas aquelas roupas que ainda usávamos, desço minhas mãos pelo seu peitoral largo e finalmente encontro o cós da calça jeans que ele usava.

Sorrio satisfeito quando ele corta o beijo e começa a descer a boca, deixando beijos molhados no meu maxilar, e descendo para o pescoço depois.

Desabotoo o botão da jeans sentindo todo meu corpo implorar por mais.

Eu queria mais

Queria Louis.

Ele segura a barra da minha camisa e a tira do meu corpo me fazendo ofegar surpreso quando ele passa a circular meu mamilo com a língua e porra!

Inclino meu quadril para cima, me esfregando contra ele ouvindo-o gemer abafado.

Aquilo era música para os meus ouvidos

Sua boca desce cada vez mais, passando por cima da tatuagem e descendo...sinto ele abrir o botão do meu jeans e me olhar como se pedisse permissão.

Estava quase mandando ele tirar logo aquilo e me foder do jeito que eu sei que ele sabia muito bem fazer

Afirmo com a cabeça e ele abre o último botão, finalmente se livrando da jeans que me prendia. Me olha pela última vez antes de tirar a Boxer preta que eu usava, seus olhos azuis brilhavam de luxúria, suas pupilas dilatadas estavam me fazendo delirar.

Não consigo segurar o gemido quando sinto a boca dele em mim, primeiro na cabeça e depois descendo por toda a extensão do meu membro. Não consigo evitar de segurar seus cabelos com força, tomando cuidado para não puxar ao me inclinar para cima. Eu queria mais. Muito mais.

Louis usa uma das mãos para manter meu quadril na cama me fazendo gemer seu nome como se implorasse por alguma coisa que nem mesmo eu fazia ideia do que era.

Eu sempre disse que Louis sabia perfeitamente como me levar do céu para o inferno em questão de segundos, ele mal tinha começado e eu já estava explodindo de tanto tesão. Ele sabia muito bem como mover a língua, sabia muito bem como subir e descer sem se engasgar, ele sabia muito bem onde me tocar, meus pontos sensíveis, pontos esses que me faziam gritar de prazer.

— Louis...porra! Louis, eu vou...— Fecho meus olhos com força, deixando os lábios entreabertos enquanto sentia meu membro bater em sua garganta — caralho

Ele não parou. Ele continuou subindo e descendo me fazendo delirar, aperto seus fios castanhos enquanto gozava e gemia sem pudor nenhum. Poder fazer isso era gostoso pra caralho. Louis afasta a boca e eu abro os olhos, ofegante.

Ele passou o polegar no canto dos lábios e depois o chupou, eu tinha a sensação que essa visão me faria ficar duro toda vez que eu lembrasse.

Ele se inclina sobre mim abrindo a gaveta ao lado de sua cama e o vejo pegar uma camisinha e um tubinho de lubrificante. Franzo o cenho, o que aquilo estava fazendo ali?

— Não me olha assim, eu tinha que deixar tudo preparado. Nunca se sabe, não é? — seu sorriso cafajeste me fez revirar os olhos e soltar uma risada baixa

— Só não precisa te dó, tá legal? — ele levanta as sobrancelhas na minha direção, levemente incrédulo

— pode ter certeza que não vou ter — sela nossos lábios, me beijando de maneira lenta enquanto descia as próprias calças. Só se afastou pra terminar de tirar a jeans e aproveitou para tirar a Boxer junto

Talvez eu tenha me arrependido de ter falado para ele não ter dó depois de vê-lo completamente despido.

Mamãe que me perdoe se eu aparecer mancando no almoço de família amanhã, mas isso ia ser gostoso pra um caralho. Lidaria com as consequências amanhã.

Ele volta a me beijar de forma urgente enquanto eu ouvia ele abrir o potinho de lubrificante, um gemido sofrego sai dos meus lábios quando sinto a ponta de seus dedos na minha entrada. Louis cortou o beijo e desceu a boca para os meus peitos ao mesmo tempo que eu o sentia entrar.

Eu sabia que ele tinha cortado o beijo só para que pudesse me ouvir gemer sem ter o som abafado por seus lábios, eu sabia que Louis estava me provocando ao raspar os dentes em um do meus mamilos enquanto me abria devagar. Eu sabia que ele só estava brincando comigo.

O puxo para cima selando nossos lábios novamente enquanto eu pegava o pacote de camisinha e o abria, gemendo abafado quando o sinto ir mais fundo. Ele parece perder o controle quando sente minha mão descer por seu abdômen até começar movimento de vai e vem em seu membro.

Seu merdinha — o ouço gemer, cortando o beijo e tirando os dedos de mim. Entrego o pacote de camisinha, já aberta, pro Tomlinson e ele a coloca sem dificuldade nenhuma.

Alguns segundos depois o sinto me penetrar lentamente como se mesmo estando prestes a perder á cabeça, ele ainda tentava ser cuidadoso, não querendo me machucar.

Não posso ser hipócrita ao ponto de dizer que não doeu, porque doeu, mas logo a dor foi substituída por uma sensação gostosa me fazendo movimentar o quadril, pedindo por mais.

Muito mais.

Minhas unhas se afundam contra a pele de suas costas quando o sinto aumentar a velocidade, realmente me fodendo do jeito que eu queria que ele fizesse desde o maldito dia que me beijou. Seus movimentos eram rápidos e fortes, me faziam revirar os olhos e entreabrir os lábios só para gemer seu nome e implorar para que ele fosse mais rápido.

Mais rápido e mais fundo.

E ele obedeceu. E caralho, eu não sabia dizer se estava no céu ou no inferno, mas o prazer que Louis me proporcionava não dava para ser descrito. Eu não conseguia pensar em nada ou dizer palavras coerentes para falar o quão bom ele era, o quão fundo ele chegava e o quão forte ele me fodia.

Escutá-lo gemer meu nome no meu ouvido me fez ofegar enquanto descia uma das mãos até meu membro, sentindo que estava próximo de novo. Começo com os movimentos de vai e vem, acompanhando as estocadas de Louis e a forma que seu membro batia em minha próstata. 

Louis me fez gozar pela segunda vez e logo o sinto vir também. Seu corpo desmonta em cima do meu e eu solto uma risada baixa, o empurrando para o lado.

⚠️

Ele se levanta indo até o banheiro pra descartar a camisinha no lixo e depois volta pra cama, se jogando ao meu lado 

— Afinal, agora você conheceu o Mário — fico quieto por alguns segundos, processando o que eu acabei de ouvir — Droga! Eu podia ter posto aquele bigode falso.

Ele não estava falando o que eu achava que ele estava falando...ele tava?

— Meu Deus — não consigo segurar a gargalhada, me cobrindo com o lençol enquanto me virava de bruços afundava o rosto no travesseiro, ainda rindo — Você cortou todo o clima.

— Não cortei não, na próxima eu ponho o bigode.

— Faz isso e não terá próxima. — desvio o olhar pra ele, vendo que ele já me olhava com aquele sorrisinho malicioso — Que broxante.

O cansaço havia me pegado de jeito – Louis também me pegou de jeito – e se eu olhasse pela varanda do quarto de Louis, veria que já começava a amanhecer. Havíamos passado boa parte da noite assistindo as lanternas voarem pra longe, Louis até mesmo se emocionou quando uma dessas voava baixo o suficiente para que pudéssemos toca-la e impulsiona-la para cima.

Foi completamente lindo e a gente já estava começando a ter uma pequena coleção de fotos poraloids guardadas e só de hoje tínhamos umas dez.

— a gente deveria ter cantado — murmurou de repete, ainda com os olhos presos no meu — se você quiser brincar na neve...

Cantarolou me fazendo rir

— Filme errado.

— ah é, filme errado — sua gargalhada me contagiou, logo parecíamos dois idiotas rindo de algo totalmente sem graça — o frio não pode mais me incomodar

Ele cantava a música totalmente errado, mas na cabeça dele parecia certo

— Tenta sair lá fora pelado, quero ver não te incomodar

— Eu posso. Só não posso sair na luz do sol, eu brilho. — mordo o lábio inferior com força, pra segurar a risada — tipo purpurina, bem gay igual ao Edward.

Afundo o rosto no travesseiro novamente, comentando a rir de novo

Qual era o problema daquele garoto?

— Podemos assistir crepúsculo?

— Não podemos assistir crepúsculo, podemos ir dormir. — passo a mão em seu rosto, o obrigando a fechar os olhos — dorme, dorme, dorme, dorme

— Só consigo dormir abracadinho com você, vem cá — abriu os braços me fazendo bufar e me arrastar na cama até deitar a cabeça em seu peitoral.

Fecho os olhos ouvindo as batidas ritmadas de seu coração enquanto o abraçava, meus olhos estavam pesados e eu mal conseguia mantê-los aberto. Louis sobe uma das mãos para os meus cachos e começava a fazer um cafuné que, por incrível que pareça, me deixou com mais sono ainda.

— Boa noite, covinhas. — beijou minha testa, continuando com as carícias

— Boa noite, Boo.

FELIZ ANO NOVO, AMORES!!!!!!!

Que 2024 seja repleto de boas energias e só coisas boas, bastante Fanfic pra gente ler e surtos larries pra gente surtar junto

Tava pensando, muita gente não sabe como é essa tal balinha de coco, já que ela pode ter vários nomes. (Eu conheço como balinha de coco mesmo)

É essa aqui, mas claro que vem embaladinha, toda bonitinha

É uma delícia, se vocês tiverem a chance de comer ou fazer, façam e comam!!

Eu nunca escrevi um hot na minha vida, esse é o meu primeiro então me perdoem se ele estiver meio merda.

Era pra mim ter postado o cap mas cedo, mas tô há umas duas horas corrigindo (não parece mas tem quase 10k de palavras) e mesmo assim podem ter erros porque tô morrendo de sono

Enfim, espero que tenham gostado e um beijo!!!! Não esqueçam de votar e comentar 💙💚

#vemlarry2024

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