Sempre foi ela - Duskwood

By falsaescritora20

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A mesma história de Sempre foi você - Duskwood, porém sob o ponto de vista do detetive mais gato de Duskwood... More

Como seria ser tão amado assim
Droga, estou com ciúmes?
E se?
Girassol
Chamada de video
Bem vindo a Nova York
84th Departamento de Policia de Nova York, Brooklyn
Sei exatamente onde a gente vai dar
Sou um egoísta
Quarterback
Bem-vinda ao lar, querida
Pode pegar o sal?
Eu sou muito babaca
Isso é culpa minha
Nunca mereci estar com ela
Você não faz o meu tipo
Não vou te esperar para sempre
Ela foi sequestrada
Alan x Jake
Ela é minha
Briga, Promoção etc
Me apaixonei por ela de novo
Trabalho, Jogo, Casamento
Te vejo no altar
Final feliz
Isso é pro resto da minha vida
Agradecimento e extras

Trabalho policial

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By falsaescritora20

Desligo a ligação, e estou dirigindo a caminho do trabalho porém, meu celular começa a vibrar sem parar, depois uma ligação, é o meu capitão, então atendo imediatamente.

Alan: Capitão Warner, o que houve?

C. Warner: Bloomgate, está acontecendo um roubo no banco da cidade com reféns, vá para lá agora, o esquadrão já está a caminho com os equipamentos, nos encontre lá.

Alan: Ok.

Mudo de rota e vou o mais rápido possível para o banco, é o único da cidade então não é difícil encontrar. Quando chego, o lugar está repleto de civis ao redor, todos curiosos. Desço do carro e antes de alcançar minha equipe me dirijo a multidão.

— Se afastem! Se afastem, agora! — brado. E a multidão começa a dar passos para trás. — Está é uma cena de crime e não quero que nenhum de vocês se machuquem, para trás. — grito e faço gestos com as mãos e eles obedecem.

Tem várias viaturas polícias aqui, vejo a equipe e vou até eles que me cumprimentam de cabeça, pego e visto o colete a prova de balas e vou até o capitão.

— O que aconteceu? — pergunto.

— Pelo que sabemos são 4 bandidos e 7 reféns. — responde ele.

— Já quiseram negociar?

— Ainda não. Estava pensando em você assumir este caso, se der tudo certo, seria um bônus para a sua transferência.

— Sim, senhor. — acato a sua ordem, faço qualquer coisa para sair dessa cidade e ser transferido.

Troco a palavra detetive no meu colete pelo de negociador, até que eu gostei. Alguns minutos depois, e conseguir verificar se eles estão em contato para podermos começar a conversar, antes de qualquer coisa respiro fundo.

Sei que quero muito ser transferido, mas estou lidando com vidas, eu tenho que salvar a vida de todos, para que tenham uma chance de ver suas famílias de novo.

— Você vai conseguir, é o melhor. — Miles me apoia apertando meu ombro.

Vou até o carro onde fizeram como uma estação de comunicação, pego o rádio e aperto o botão para que eles possam me ouvir falar.

— Senhores, bom dia, sou o detetive Alan Bloomgate, gostaria de saber quem está no comando aí? — alguns segundos se passam e nada de respostas.

— Olá, Alan, pode me chamar de King. Eu estou no comando.

— Mas temos uma senhora no recinto também e me senti ofendida por não ser cumprimentada. — ouço uma voz atrás de quem  está falando.

— Shhh...

Olho para o capitão, ótimo, já sabemos que são 3 homens e uma mulher. E que ela não deveria ter dito nada. É bom e ruim quando se tem conflito entre os parceiros, o bom é que é muito fácil mexer com a cabeça deles e fazerem se entregar, o ruim é imprevisibilidade.

— E como me refiro a senhorita?

— É senhora, pode me chamar de Queen. Como a banda. — King e Queen provavelmente são um casal, ninguém comete um roubo grande assim achando que serão pegos, percebo que ambos me chamaram de Alan, não de detetive ou Bloomgate, ambos tem codinomes de alto escalão, logo eles não demonstraram respeito, pode ser difícil.

— Está confortável senhora Queen? Precisam de algo? — não posso ser lento em fazer isso, por que isso possibilita rotas de fuga.

— Estou, obrigada, mas queremos água e algo para comer, por favor, sei que isso vai demorar, Alan.

— É claro que sim, mas você sabe, tudo nessa vida é uma troca e nada vem de graça.

— Onde quer chegar? — responde ela ficando impaciente.

— Eu te dou o que você quer e você me dá o que eu quero.

— Hummm... e o que você quer, Alan? — responde ela de maneira sensual.

— Libere um refém e eu libero a comida.

— Acha que somos idiotas, ela não manda aqui, chega de papo vocês dois.

— Olá? — chamo — Olá? King?

— O que nós queremos é sair daqui com a nossa grana, então, sai da nossa frente ou vamos começar a atirar. Você entendeu?

— Entendido. — respondo.

Olho para o capitão e para a equipe, essas situações são complicadas, pelo pouco que vi, Queen está disposta a negociar, mas não é a chefe, e falar com ela seria tirar a autoridade de King o que geraria um conflito e isso não é bom para os reféns.

Pelo o que sabemos, as câmeras de segurança estava ligadas no momento do assalto, as vítimas são 4 mulheres, e 3 homens, uma das mulheres está grávida, e um dos homens é um senhor de idade. Logo, esses são nossas prioridades de troca.

— Já estão analisando a planta do banco? — pergunto.

— Sim, acho que temos como entrar, mas a questão é se eles possam usar uma dessas rotas para fugir ou se colocaram explosivos. — me informa Miles.

— Eles não colocaram explosivos.

— Como sabe? — Ben me pergunta.

— Eles não saberiam a quantidade certa e poderiam por o prédio abaixo matando todos, inclusive eles mesmos. Mas não vamos descartar a possibilidade ainda.

Tento contato mais algumas vezes e ninguém responde, começo a colocar em dúvida minhas habilidades de policial. Começo a ir por outra linha de raciocínio, e tenho a ideia de ir para outro caminho. Mas vou esperar eles entrarem em contato, mas algumas horas depois e alguém chama no rádio.

— Detetive Bloomgate? — olha parece que algo mudou, penso.

— Estou aqui. — respondo.

— Tire todos da frente, se não serão baleados, nós vamos sair daqui vivos e vamos fugir ou sermos mortos, mas não vamos ser presos.

— King, não precisa ser assim. Posso fazer um acordo com você. Vocês já devem estar cansados, nós também estamos, libere a refém que está grávida e nós lhe daremos comida e água, o que acha?

— Não queremos isso, queremos sair daqui em liberdade e ricos!

— King, o plano de roubar esse banco, dessa cidade, foi seu? E quem pensou nisto está aí dentro com você? — silêncio, conseguimos ouvir uma discussão lá dentro, mas não dá pra distinguir sobre o quê. — Queen parece ser legal, inteligente, vocês estão juntos? Vocês vão fugir juntos daí de dentro? Se você não bolou o plano, talvez ela queira alguém tão inteligente quanto ela, talvez que a trate melhor, com respeito, que ouça suas opiniões.

Conseguimos ouvir mais e mais discussões, parece que acertei o alvo, criar o caos dentro de um grupo de ladrões pode ser perigoso, mas é eficaz, sei que arrisquei muito, mas não evoluímos em nada aqui. De repente, um tiro e vários gritos são ouvidos.

— King? O que aconteceu? King, você está aí?

— Digamos que King teve que se ausentar por um momento, ele estava bastante agitado.

— Com quem estou falando?

— Me chama de Mark.

— Esse é o seu nome real, Mark?

— Sim.

— Você é o novo líder?

— Ele não é o líder, eu sou. — Queen responde.

— Que bom ouvir você de novo, Queen. Podemos levar o King em uma ambulância para que ele sobreviva, o que acha?

— Humm... pode ser.

— Mas vamos fazer isso se liberarem a mulher grávida e o senhor de idade, o que acha, Queen? Aceita?

— Sem truques. — responde ela.

Conseguimos liberar dois reféns e King está desmaiado com um tiro na perna, agora restam 3 bandidos, 5 reféns.

Descobrimos facilmente que King é um bandido da cidade vizinha que saiu em liberdade condicional, sempre preso por roubos, seu nome real é Chad Grimes. Por meio dele, temos os nomes dos que podem ser os outros suspeitos.

Depois de mais algumas horas, envio comida e água para todos lá dentro, não quero ninguém passando mal, já não basta o trauma que essas pessoas vão passar. Minha primeira tática deu certo. Então, vou tentar a segunda.

— Capitão, retire algumas viaturas daqui.

— Bloomgate, o que está fazendo?

— Preciso que confie em mim, senhor. — ele me olha apreensivo, mais 3 viaturas saem e vão para as saídas de algumas ruas caso eles fujam.

Decido tentar contato de novo, já está escurecendo, tem algumas mensagens da Maria no meu celular e quero muito a responder e dizer o que está acontecendo, mas não quero a preocupar e nem tirar minha concentração do que está acontecendo aqui.

Quando descobrimos quem poderia estar lá dentro, fomos atrás de seus familiares, ainda bem que eles são de cidades vizinhas, e chegaram rápido, um dos suspeitos já vem de família perigosa, de bandidos e não contatamos eles, mas os outros sim, eles chegaram, e vamos tentar com que se entreguem.

— Boa noite, Ava. — chuto, pedindo a Deus que seja a namorada de Chad que estava marcada na ficha dele.

— Eu sabia que isso iria acontecer. — seu tom de voz muda totalmente, antes era confiante e sensual, agora está eu diria, normal.

— Oliver e Luke estão com você? — ela não responde o que para mim já é uma resposta. Olho para trás e chamo a doce senhora, Anna, o mesmo nome da minha mãe, ela é mãe do Luke, ela pega o rádio.

— Luke. — ela diz. — Filho, você sabe que não te criei para isso, você sempre foi ambicioso, não estava satisfeito com a vida em cidade pequena, mas ainda não é tarde, você pode ter tudo isso de forma justa.

— O que você fez, Detetive?! O que você fez! — ele grita.

— Se vocês se entregarem agora, terão a chance de ver a família de vocês e se despedirem antes de irem para a prisão, não esqueçam que se entregando vocês terão redução de pena, mas se pegarmos vocês, isso não vai acontecer. Ava, sua família está aqui também. Decidam em uma hora. — falo e desligo o rádio. Estou cansado. Exausto, quero ir embora daqui, estou tenso.

Depois de uma hora do prazo que havia passado e desde o início do roubo a multidão curiosa diminuiu, mas está tudo sendo televisionado, então sei que estão vendo tudo pela tv.

Meu capitão se aproxima, todos ainda estão aqui, cansados, honestamente, não sei quanto tempo isso pode durar, mas isso logo é respondido pelo capitão que diz que se der meia-noite e eles não se entregarem, o FBI irá intervir.

Olho ao redor para meus colegas e para meu capitão que confiou em mim, e decido arriscar tudo, é tudo ou nada afinal, como deu o prazo eles não se manifestaram, então, eu vou falar.

— Atenção, o prazo de vocês acabou. O que vai ser?

— Não vamos nos entregar. Vamos sair daqui com o dinheiro e em liberdade. — diz Luke.

— Olha, sou um homem paciente, mas vocês atingiram meu limite, o que raramente acontece. Eu tentei ser legal, dei água, comida, trouxe sua família até aqui, tirei viaturas da polícia e o que vocês me deram? Nada. Nós vamos entrar. — falo firme.

— Se chegar perto da porta vamos matar um refém, o que acha disso, Alan? — Oliver fala.

— Se matar um refém ou todos o que me impediria de entrar aí e matar todos vocês na frente da suas famílias? Sem dignidade nenhuma? Os reféns mortos são efeitos colaterais, e seriam menos 4 bandidos no mundo e vocês seriam um exemplo para os outros que tentarem. — eu não falei sério, não arriscaria a vida dos reféns dessa forma, mas eles precisam pensar que eu sou louco.

O que dá certo, porque 10 minutos depois as portas se abrem, o restante dos reféns são liberados e Ava, Oliver e Luke se entregam.

— Mãos na cabeça! — grita Miles, e eles obedecem.

— Você está presa. Tem o direito de permanecer calada, tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado, caso não puder pagar por um, o estado lhe concederá um gratuitamente. Você entendeu os direitos que acabei de ler pra você, Ava?

— Sim, Alan.

— Eu lamento que tenha seguido este caminho, Ava, espero que saia dessa. — digo enquanto a algemo e a levo para a viatura.

Eles são apenas jovens, não sabem o que querem da vida, espero que todos mudem depois desse tempo na cadeira. Meu capitão se aproxima, e eu tiro meu colete.

— Parabéns, Bloomgate, os reféns estão bem, e somente um ferido que por sorte é um dos bandidos, você foi pelo psicológico e se deu bem, sabia que conseguiria, com isso, certamente conseguirá a transferência.

— Obrigado capitão. — falo e ele se retira.

Estou indo em direção ao meu carro quando uma figura familiar segura meu braço, delicadamente, ergo meus olhos cansados e noto que é Jessy, está sorrindo com gentileza para mim.

— Você está bem, detetive? — me pergunta ela.

— Sim, senhorita Hawkins, obrigado. Por acaso, você falou pra Maria, sobre isso?

— Não, eu não disse nada, não queria que ela se preocupasse.

— Obrigado.

— Se precisar de algo, me avise, por favor.

— Obrigado, Jessy. — sorrio para ela e entro no carro e dirijo até em casa.

Finalmente, consigo ter tempo de pegar o celular com calma.

Alan: Oi, me desculpe não responder antes, mas as coisas estavam feias por aqui. Você está bem?

Maria: Estou bem, não era nada demais mesmo. Você sumiu o dia todo, fiquei muito preocupada. Aconteceu alguma coisa?

Alan: Teve um roubo a banco aqui hoje, um bandido saiu ferido, total de 4 bandidos e 7 reféns, eu fui o negociador, consegui que se entregassem.

Maria: Ai meu Deus, você está bem????

Alan: Estou apenas exausto, psicologicamente falando. Tive muito medo de dar tudo errado, de todos morrerem, de ter que matar alguém ou de acontecer algo com meus colegas. Mas deu tudo certo.

Maria: Que bom que deu tudo certo!

Alan: Sim.

Maria: Você é um ótimo detetive, policial, negociador.
Estou tão orgulhosa de você, Alan, parabéns!

Alan: Obrigado, querida.

Maria: Você quer que eu vá até aí?

Alan: Você faria isso?

Maria: É claro que sim, vou agora mesmo se precisar, chego em poucas horas.

Alan: Eu não vou mentir, Maria, eu gostaria muito disso, muito mesmo, te ver agora, seria um alívio para mim. Mas, não é necessário, eu só preciso dormir um pouco, mal consigo ficar de olhos abertos.

Maria: Tá, eu vou te deixar descansar agora. Mas se quiser que eu vá, eu vou.
Se cuide, Alan, que bom que está bem.
Boa noite.

Alan: Boa noite, Maria.

Apesar de estar morrendo de cansaço, sorrio com a possibilidade de que ela viria para cá se eu pedisse, se eu precisasse, e eu preciso. Tudo o que eu mais queria era estar perto dela agora, sentir o seu abraço reconfortante de novo. Acabo pegando no sono com a lembrança daquele abraço no aeroporto.

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