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By dayligzt

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By dayligzt

Aquele chapéu com pena só não era pior do que as roupas que teve que usar em Vendavour.

Os dois haviam chego a Ilha Maldita há poucos minutos, e se encaminhavam ao cais onde o Remetente da Morte estava ancorado.

— Puta merda — Theodosia sibilou, observando a embarcação a diante —, ele é muito maior que o Demônio do Mar.

O navio se estendia e ocupava a maior parte do cais, fazendo com que os outros parecessem miniaturas. Na frente dele havia uma sereia de ferro gigantesca, sendo enforcada por uma corda e também sendo empalada por um tridente.

— Não é muito convidativo — a ruiva resmungou, também observando a sereia gigante.

— Vamos relembrar o plano...

— Vamos logo — Theo o dispensou, seguindo em passos largos e o deixando falar sozinho. Azriel suspirou, seguindo-a a um passo de distância.

Theodosia mal o olhava nos olhos. Era claro que se preocupava com ele, se não fosse por isso, não teria ido para ajudá-lo. Mas parecia não gostar muito dele no momento.

Não podia culpá-la. Ele tinha causado aquilo. Mas reconhecer a culpa não fazia doer menos.

A Vanserra caminhava entre as pessoas com a postura impecável, mas a cabeça abaixada e coberta pelo capuz da capa preta que tinha vestido há alguns minutos.

Os dois avistaram a fila de feéricos a frente da embarcação que queriam entrar. Havia um feérico-menor segurando alguns papéis para ver quais nomes estavam na lista e quais daqueles piratas tinham realmente se alistado para trabalhar no Remetente da Morte.

O feérico tinha pele vermelha e guelras nas maçãs do rosto, e sua estrutura grande e musculosa já explicava o porquê de não estar com nenhuma espada ou adaga.

Azriel permitindo que as sombras deixassem a proteção de sua capa escura e se misturassem naquele cais lotado, chegando até a fila do Remetente da Morte a procura da lista do feérico-menor.

O illyriano tinha duas tarefas: escolher dois nomes da lista e identificar os donos deles.

Theo disse que cuidaria da terceira etapa sozinha. Ele preferiu não perguntar como ela o faria.

— Kennedy Melton e Brandon Scardor — o Encantador de Sombras sussurrou para Theodosia, indicando dois feéricos que estavam ao fim da fila, a uns bons metros de distância do navio. — São a fêmea loira e o macho de bengala atrás dela.

— Tudo bem — ela assentiu, examinando os dois feéricos como se fossem presas.

— Não pode chamar atenção — o illyriano lembrou, olhando-a de soslaio.

— Não se preocupe — Theo abriu um sorrisinho —, eles vão ficar muitas horas na fila, em algum momento vão precisar de uma pausa para o banheiro.

[...]

Azriel escolheu não pedir detalhes sobre como Theodosia havia apagado Kennedy e Brandon. E a única informação que ela deu é que o banheiro do bar mais próximo estava interditado.

Ela parecia cansada, exaurida, para ser mais específico.

Seu cabelo estava menos brilhante, sua pele mais pálida e haviam olheiras fundas e escuras emoldurando seu olhar frio.

Logo ela, que era chamada de Princesa das Chamas, estava gélida.

E Azriel estava preocupado de que essa nova Theo estivesse congelando a antiga.

Os dois se enfiaram na fila para a embarcação, e ele saiu algumas vezes do lugar para poder comprar comida para Theodosia. Ela estava tão cansada que ás vezes mantinha os olhos fechados por alguns minutos, como se estivesse cochilando de pé.

Manter aquela muralha de fogo estava acabando com ela, ainda mais agora que estava tão distante de Kenneth.

Não devia ter ido com ele. Se algo desse errado, como ela lutaria?

O Encantador de Sombras conseguiu convencê-la a tomar toda a água do cantil que ele estava carregando e a comer um pouco. Tentou trazê-la para mais perto para sustentar o peso dela, mas Theodosia se afastava, como se ficar perto demais do illyriano fosse pior que sua exaustão.

Se dissesse que não estava magoado, estaria mentindo.

— Nomes? — o feérico-menor perguntou, já olhando para os papéis em suas mãos grandes. Seus olhos eram tão vermelhos quanto sua pele, e no lugar de cabelo, haviam escamas no topo de sua cabeça.

— Brandon Scardor e Kennedy Melton — respondeu o macho.

O feérico não deu muita atenção para Theodosia, se ocupou em olhar para Azriel com desconfiança.

— Que volume é esse em suas costas? — ele perguntou, indicando a capa com um leve relevo ás costas do Encantador de Sombras.

— Minhas asas — Azriel levantou um pouco da capa para expor as asas membranosas —, sou illyriano.

— Um cara com asas quer ficar em um navio? — ele arqueou as sobrancelhas grossas e avermelhadas.

— Vocês do Remetente da Morte pagam melhor do que o exército de Illyria — ele deu de ombros —, e estou buscando um novo hobby.

— E ele fica muito bem de chapéu de pirata — Theo se intrometeu com diversão, indicando o acessório na cabeça de Azriel.

— Fica mesmo? — o feérico-menor debochou, desaprovando. Azriel soltou um suspiro. — Ela que escolheu essa coisa aí?

— Parceira feliz, vida feliz — respondeu o illyriano abrindo um sorrisinho. O feérico soltou uma risada, assentindo.

— E sempre leva ela para trabalhar com você? Qual a graça de ficar meses em alto-mar se levar a mulher junto? — ele sorriu para Theo, como se ela fosse um bichinho de estimação. — O que ela pode fazer de útil em um navio?

— Diga mais uma maldita palavra e eu te mostro — Theodosia rebateu, a voz mórbida para o feérico. E Azriel viu as orbes da fêmea faiscarem com desafio.

O feérico arqueou as sobrancelhas, chocado com os olhos em brasa de Theodosia, que mantinha uma postura sombria, até abrir um grande sorriso e dar batidinhas no ombro do macho.

— Vamos entrar, querido. Quero escolher uma boa rede para dormir — ela passou pelo feérico-menor e começou a subir a rampa extensa para o navio, e o macho parecia estar pensando se jogá-la no mar valia o esforço.

Para evitar que ele e Theo estivessem encrencados antes mesmo de alcançarem o convés, Azriel soltou um suspiro cansado, chamando a atenção do feérico-menor ao resmungar um: — fêmeas...

— Uma benção e uma maldição — o feérico concordou, liberando a passagem de Azriel.

Quando subiu na embarcação, alcançou Theodosia, que já estava seguindo na direção dos outros novos tripulantes. Segurou no braço dela com cuidado, mantendo-a próxima.

— Não podia segurar a língua ao menos uma vez? — ele reclamou aos sussurros, próximo do ouvido dela. Theodosia bufou.

— Não com pessoas idiotas — rebateu ela, seguindo em frente pelo navio.

Todos estavam descendo para o porão, onde ficavam as redes para os tripulantes dormirem. Deixariam seus poucos pertences ali antes de subir novamente para a recepção do capitão.

Azriel se atentou aos detalhes conforme caminhava pela embarcação. Haviam inúmeras portas trancadas, onde os objetos que eles transportavam estavam guardados, todas com vigias a frente, de olho em qualquer um que tentasse arranjar problemas.

Ele poderia usar as sombras para criar ilusões para os vigias, mas sem saber o local específico em que a Assassina de Mundos estava guardada, perderiam muito tempo e ficariam muito expostos.

Todos já estavam no convés principal novamente, onde os mastros tinham algemas pregadas, onde os tripulantes de confiança do capitão andavam com as espadas sempre prontas para cortar algo.

Azriel sentiu Theodosia estremecer ao seu lado, o olhar voltado para o mastro. Imaginou que ela estivesse se lembrando das palavras do irmão mais novo.

"— Beron vai montar três mastros bem a frente do palácio. Três mastros, para três traidores."

Theo... — Azriel começou, mas se calou quando ouviu a comoção das pessoas ao seu redor quando algo surgiu acima de suas cabeças.

No mirante da vela principal haviam dois machos. Um deles estava amordaçado e com as mãos algemadas. O rosto repleto de hematomas horríveis, seu nariz quebrado, olhos e lábios inchados.

O segundo macho, com suas vestes impecáveis, pele negra e cabelo escuro cortado rente ao couro cabeludo, atirou o outro feérico do mirante.

Todos se afastaram rapidamente, exasperados, formando um círculo e abrindo espaço para que o macho caindo da vela não acabasse em cima de alguém.

Ele atingiu o piso de madeira com um baque horrível e nojento.

Mas ainda estava vivo.

Ele estava soltando chiados baixinhos de agonia, seu corpo estava mole e tremendo levemente, mas sua cabeça sangrava. O líquido viscoso já se espalhava pelo chão.

E então, o macho que ainda estava no mirante atirou uma adaga certeira no rosto dele, apesar da altura que os separava.

Azriel observou sua expressão brutal, desprovida de qualquer emoção. Seu nariz parecia já ter sido quebrado alguma vezes. Marcas de sol manchavam sua pele e os olhos castanhos alertavam perigo.

As sombras sibilavam para Azriel, atentas, mas permaneceram escondidas por baixo de suas asas, tão encolhidas que era como se não existissem.

— Descobrimos que ele era um espião de Vallahan — explicou o macho calmamente, alto o bastante para que a tripulação conseguisse ouvi-lo do convés. — E não toleramos espiões. Não toleramos traidores. Sou Major Ssenach, o Capitão. Sejam bem-vindos ao Remetente da Morte.

Houveram alguns arquejos e sussurros da multidão quando o macho se agarrou a uma corda próxima e saltou da vela, descendo para o convés principal e ficando aos pés do macho morto.

Um macho atrás de Azriel vomitou no convés. Dois feéricos-menores o agarraram pelos braços e começaram a empurra-lo na direção da saída.

Major Ssenach sorriu para o piso ensanguentado e o corpo ali, antes de se voltar para aquela nova equipe a sua frente.

— Só porque seus nomes estavam na minha lista, não significa que façam parte disso. Não de verdade — ele falou, pisando no sangue do feérico antes de se curvar para pegar a adaga cravada ao rosto destruído. — Meus homens de confiança são os que cuidam das entregas. Vocês ainda estão sendo avaliados, então ficam com a limpeza. Não são valiosos para mim, e posso substituí-los quando bem entender, então, cuidado.

Ele caminhou a frente daquela nova tripulação de cerca de trinta feéricos, observando cada um com atenção, como se pudesse ver cada mínimo defeito em cada um deles.

Azriel sentiu a necessidade de passar Theodosia para trás de si, mas se conteve quando Ssenach se aproximou dos dois, abrindo um pequeno sorriso torto para a ruiva.

— É muito, muito raro aceitarmos fêmeas aqui, senhorita...

— Kennedy, Capitão — Theodosia respondeu com a voz firme, mas respeitosa, a postura reta, mas os olhos focados em algo atrás de Major, para fazê-lo acreditar ser temido por ela.

Ele sorriu mais, assentindo.

— Não faça com que eu me arrependa de tê-la aqui — ele se virou para Azriel agora, uma de suas sobrancelhas se arqueando. — Um illyriano... essa é nova.

— Voar não é tão divertido quanto parece — o Encantador de Sombras respondeu, acrescentando ao fim, de forma mais fria que subordinada — : Capitão.

— Navegar também — Major respondeu, sua boca se entortando com certo escárnio —, não gosto muito de illyrianos. A maioria consegue ser mais bárbara do que os piratas.

— E fedem mais — um feérico atrás de Major zombou com um sorriso torto, provavelmente era o Mestre do Navio.

Risadas ecoaram pelo barco, e até o Capitão esboçou a sombra de um sorriso, assentindo.

— Eu e Kennedy somos...

— Parceiros, sim, também sinto o cheiro disso — Major o interrompeu, assentindo com a cabeça, antes de indicar Theo. — Não vamos dar tratamento especial para a ruivinha.

— Eu posso dar tratamento especial para ela — o Mestre do Navio se intrometeu mais uma vez, um sorriso tão grande que mostrava todos os dentes tortos e pontudos.

— Cale a boca, Froy, e traga-me os braceletes — Major ordenou por trás do ombro, olhando para o macho de pele branca, mas queimada pelo sol, cabelo grisalho curto e muitas marcas da idade.

Enquanto Froy obedecia, Ssenach dava alguns passos para mais longe do grande grupo, podendo ver todos melhor.

— Como ia dizendo, nenhum de vocês é de confiança. E até que me convençam de que são, vão usar braceletes banhados em freixo.  Não terão acesso a magia perto desse navio — ele mandou um olhar para Azriel. — Traga as correntes também, Froy, para as asas do nosso illyriano.

Froy voltou empurrando um baú com pequenas rodas pelo convés, cheio de pulseiras de ferro grossas e aparentemente pesadas, grilhões e correntes.

Ele e Theodosia se entreolharam um segundo antes de Froy se aproximar e prender braceletes nos braços dela. Logo depois, o Encantador de Sombras sentiu o ferro frio ser fechado em suas asas.

[...]

Azriel e Theodosia ficaram responsáveis por cuidar do armazenamento das armas.

O espaço não era muito grande, ocupava apenas um pedaço do andar, que era dividido para também comportar o armazenamento de água, comida e suprimentos gerais.

Eles estavam ali junto com mais oito machos, fazendo a contagem das espadas, mas também dos canhões de fogo -comprados em um dos leilões de Vendavour- e outras inúmeras armas diferentes.

Ele estava fazendo a contagem das bolas dos canhões, mas Theodosia estava esfregando o chão. A feição aborrecida dela já mostrava o bastante sobre o quanto estava odiando estar ali.

Suor pingava do queixo de Theo e sua respiração era ofegante e superficial. Seu cabelo comprido estava preso em uma trança frouxa e sua franja estava molhada de suor. As mãos estavam moles contra o corpo do esfregão.

Sustentar a muralha estava acabando com ela.

Por um momento, Azriel pensou que a magia de Theo que formava a muralha de fogo ia se dissipar assim que ela colocasse os braceletes, mas a fêmea o contou que ainda sentia sua magia funcionando em Kenneth. Major falou a verdade quando disse que a magia não funcionava somente perto do navio.

Certamente a ajuda do grupo que seguiu para as fronteiras para também usar seu fogo estava facilitando o trabalho dela, mas não o bastante.

Theo parecia sempre estar prestes a desmaiar.

Ele se aproximou de onde a fêmea estava, no canto do espaço, atrás de uma fileira de canhões, limpando uma mancha de sangue antiga.

— Espalhei minhas sombras pelos corredores há alguns minutos — ele sussurrou ao pé de ouvido dela, o mais baixo que conseguiu. — Elas vão encontrar a Assassina de Mundos em breve.

Theodosia assentiu antes de se escorar contra a parede e enxugar o suor da testa com o braço. Ela umedeceu os lábios lentamente, seu olhar distante.

— Precisa beber água — Azriel afirmou, os olhos analisando o rosto exausto de Theo.

— Está vendo algum garçom por aqui? — ela perguntou com deboche, voltando a usar o esfregão.

— Poderia ir à enfermaria.

— Sou a única mulher aqui, Brandon. E bancar a pobre coitada doentinha não vai me ajudar a ganhar o respeito de ninguém.

Ela voltou a ignorar Azriel então, piscando repetidamente como se sua visão estivesse desfocada, se afastou da parede e continuou trabalhando.

O illyriano estava finalizando a contagem das espadas quando sentiu uma de suas sombras se aproximando, passando discretamente pela porta aberta, entrando naquela sala mal iluminada por poucas lamparinas.

Ninguém percebeu-a se aproximar de Azriel e voltar para o esconderijo por baixo de suas asas atadas. Mas ele conseguia a ouvir, mesmo que não estivesse tão perto de seus ouvidos.

As entregas do Remetente da Morte ficavam no andar abaixo do que eles estavam. A vigia por lá era redobrada. A Assassina de Mundos estava na última sala do corredor.

— Querida — Azriel chamou por Theodosia, e os outros machos ali soltaram risadas ou risos de escárnio. — Tem certeza que está se sentindo bem?

Theo o olhou com atenção, seus olhos azuis ganhando um brilho esperto, e ela pareceu entender perfeitamente o que Azriel estava tentando dizer.

— Sim, eu estou, meu bem — ela mandou um sorriso cansado para o Encantador de Sombras antes de dar as costas para ele.

E, quando ela se curvou para passar o esfregão por baixo de um armário, soltou um arquejo e caiu no chão, deixando o corpo mole e os olhos fechados.

— Merda — um dos machos se ajoelhou para segurar no rosto de Theo, tentando fazer com que ela acordasse. — Ela comeu hoje?

— Kennedy não gosta muito do mar — Azriel já estava se aproximando, pegando Theo nos braços —, fica muito enjoada, pobrezinha...

— Parece ser mais do que enjoo — outro macho murmurou, dando um passo para longe, como se o que Theo tinha pudesse ser contagioso.

— Melhor levá-la a enfermaria, lá em cima — outro feérico sugeriu.

Azriel assentiu, soltando agradecimentos enquanto saía da sala de armamentos e seguia pelo corredor. Theo se manteve nos braços dele, em silêncio, fingindo estar tão mal que não conseguia falar.

Azriel temia não ser realmente fingimento.

O illyriano cruzou dois corredores para se certificar de que não haviam guardas por perto antes de ser envolto por sombras, deixando Theo e a si mesmo escondidos na escuridão.

— Como consegue usar as sombras? — Theo perguntou com a voz rouca, abrindo os olhos um pouco. Azriel a apertou mais contra si.

— Sem braceletes. Illyrianos não tem poderes, se não estiverem com seus sifões. Major não vi necessidade de gastar seus acessórios comigo — explicou suavemente, ordenando às sombras que envolvessem Theodosia.

— Isso é bom — ela disse, baixinho, fechando os olhos novamente enquanto as sombras deslizavam por seu rosto e braços, refrescando-a.

As sombras sempre foram boas em conter o poder de Theo, e ele esperava que fossem o bastante para mantê-la mais forte naquele momento, que pudessem lutar contra o esforço que ela fazia para manter aquela muralha viva.

As sombras acalmavam o fogo. Ophelia já tinha dito aquilo a ele. Azriel esperaria Theo se recuperar. Os dois só seguiriam com a missão quando ela estivesse melhor.

O illyriano ficou em silêncio, escorado contra uma parede e protegido por suas sombras, mantendo Theodosia nos braços, observando as sombras relaxarem os músculos doloridos da fêmea.

Levou alguns minutos, mas a respiração de Theo se estabilizou. Ela parou de suar e sua boca já não estava mais tão ressecada. Quando abriu os olhos, eram de um azul claro e brilhante.

E ela sorriu para ele.

Ali estava, seu passarinho de fogo.

Theodosia desceu dos braços de Azriel com cuidado, precisando se segurar nele por um instante, ainda um pouco zonza.

— Como está se sentindo? — ele perguntou, erguendo o rosto dela com as duas mãos, seus olhos concentrados no mar nas orbes dela.

— Exausta — Theo admitiu, antes de abrir mais um de seus sorrisos —, mas não tão exausta.

— Consegue ficar de pé sozinha? — Azriel quis saber, e ela assentiu, apoiando as mãos na cintura e respirando fundo.

— Vamos devagar até lá embaixo, certo? Ainda estou me recuperando — ela o olhou. — Talvez precise das sombras de novo, mais tarde. Se você puder fazer isso mais uma vez...

— Sim — o macho respondeu, assentindo. — Sempre que precisar.

Ela parecia prestes a esboçar um sorriso, mas seus lábios se tensionaram, e sua postura ficou mais rígida.

— Vamos logo — e então, Theodosia deixou a proteção das sombras para seguir ao último andar do navio.

Quando chegaram ao corredor escuro, já estavam envoltos pelas sombras novamente, para evitar que os vigias das portas os notassem.

Azriel as deixou escapar e se espalhar pelo corredor, em direção aos machos. As sombras subiram rapidamente até os olhos de cada um deles, começando a forjar cenários falsos que os distraíssem enquanto ele e Theodosia deixavam a proteção da escuridão.

Ela já parecia melhor. Parecia mais acordada e disposta. Azriel se lembraria de usar as sombras para acalma-lá mais uma vez, depois de mais algumas horas.

Os dois seguiram em silêncio pelo fim do corredor, até a porta do lado esquerdo, aquela que as sombras haviam dito que guardava a Assassina de Mundos.

O illyriano usou um filete de sombras por dentro da fechadura. A porta se abriu. Os dois entraram.

Foi muito fácil identificar a Assassina de Mundos.

Theodosia arfou.

O ar na sala era mais frio, como se a caixa por cima do caixote no centro do cômodo sugasse todo o calor.

Haviam algumas outras caixas espalhadas, mas a da Assassina de Mundos era pequena e retangular, feita de um bronze escuro.

Theo se aproximou do objeto, olhando Azriel de soslaio antes de finalmente abrir a caixa de bronze.

O aparelho era fino mas comprido, da cor obsidiana e repleto de fios cinzas que mais pareciam espinhos. Theodosia passou o dedo indicador por ele e estremeceu, dando um pequeno passo para trás.

— É com isso que Beron pretende matar todos nós — ela murmurou, sem tirar os olhos do objeto. — Com esse... graveto esquisito.

— Vamos esperar anoitecer, quando só ficarem alguns sentinelas lá no convés. Voltamos aqui para pegar o aparelho, depois subimos e eu atravesso nós dois.

Theodosia assentiu, fechando a caixa e se afastando.

— De volta ao trabalho, então — ela resmungou, dando as costas. — Vou à enfermaria para provar que estive lá, se preciso. Melhor você voltar para a sala de armas.

Ela passou pela porta e partiu.


Theodosia tomou água e comeu um mingau horrendo na enfermaria, fingindo que estava passando mal o suficiente para não reparar a forma como o macho a olhava enquanto passava o pano molhado pela testa dela.

Aquela era a pior missão de todas.

Ela estava pensando seriamente em explodir a embarcação quando partisse com Azriel, mas precisava se livrar dos braceletes para isso. E ainda não fazia a menor ideia de como abri-los sem as chaves que estavam com o Capitão Ssenach.

O curandeiro a avisou que teria que voltar para a sala de armas para continuar limpando de onde parou, e Theodosia foi despachada para lá.

Quando chegou ao corredor, viu os machos deixando a sala, com os papéis de contagens em mãos e olhares cansados.

Havia uma dupla carregando um macho que olhou Theodosia com pesar.

— Marcos vomitou em cima de uns caixotes, foi mal — um deles se desculpou ao passar por ela.

Theo entrou na sala, vendo que Azriel continuava ali, contando lâminas. Seus olhares se cruzaram antes dela pegar o esfregão e o balde d'água para limpar o vômito do tal Marcos.

Ela sentia o olhar do Encantador de Sombras queimar sua nuca enquanto terminava a limpeza. Mas ignorou. Fingiu que não estava percebendo.

Mas ela sabia que ele sabia que era fingimento.

Azriel estava tenso agora, a mandíbula cerrada enquanto a observava deixar o esfregão contra a parede e usar o balde d'água limpa para lavar as mãos.

— O que foi, Brandon? — ela usou o nome falso apesar dos dois estarem sozinhos, e se virou de frente para ele com as mãos na cintura e as sobrancelhas arqueadas.

Azriel parecia estar perdendo a paciência -o que era algo raro para ele-, quando seguiu em passos pesados até a porta da sala e a fechou com força.

Theo sentiu o baque da porta retumbar pelo corpo enquanto o illiryano arrastava um caixote pesado e o colocava a frente da porta, impedindo outras pessoas de entrarem na sala com facilidade.

Ele se aproximou de Theodosia, os olhos de avelã queimando quando percorreram o rosto dela. A ruiva empinou o nariz, tentando se mostrar indiferente à raiva do macho.

O rosto dele se suavizou um pouco, com os olhos dele focados nos dela, e a fúria ali se tornou tristeza.

— Você me odeia? — ele perguntou em um tom baixo, como se sentisse medo do que Theo responderia.

A postura de Theodosia vacilou sob o olhar dele, e ela desviou os olhos, tentando escapar da pergunta, mas Azriel não a deixou fugir dessa vez. Ele apoiou os braços na parede, prendendo-a entre eles.

— Você me odeia, Theodosia? — repetiu a pergunta, o tom mais urgente.

— Odeio o que você faz comigo — ela admitiu, os lábios reprimidos por um momento para tentar controlar as falas, mas continuou: — odeio ser puxada para você e depois jogada longe. É isso que eu odeio.

Ele vacilou dessa vez, seus braços se afrouxando na parede, como se para deixá-la passar, como se quisesse encerrar o assunto. Mas agora era Theodosia quem não o deixaria fugir.

— Odeio quando você me olha com medo. Odeio quando estamos prestes a... — a garganta dela oscilou, interrompendo-a — e você se afasta com medo. Do que você tem medo, Azriel? Tem medo de mim?

Não — ele respondeu rapidamente, os braços voltando a ficar firmes contra a parede. A voz mais dura. — Não tenho medo de você, Theo, é claro que não.

— Então do que você tem tanto medo quando está comigo? — ela insistiu.

Ele deu um passo para trás, mas Theodosia segurou os braços dele, impedindo-o de tirá-los da parede. Azriel suspirou.

— Tenho medo de perder você, Theo — ele admitiu, a voz rouca e os olhos infelizes. — Perdi você uma vez, mas você estava viva, isso bastava. Sentir o laço e saber que estava viva bastava. Mas se eu te perder agora... se eu te perder de maneira definitiva...

Azriel...

— Não vou suportar isso, Theo. Não posso deixar que isso aconteça. Não posso te perder de novo — a respiração dele agora estava mais agitada, mais desesperada.

— Você não vai me perder...

— Não é você quem controla isso. E não sou eu. Esse é o problema, Theo. Talvez eu não seja capaz de impedir isso. E saber dessa possibilidade está acabando comigo.

Theodosia se calou dessa vez, vendo a preocupação e o medo inundarem os olhos do Encantador de Sombras. Ele continuava a observando, como se quisesse decorar cada mínimo detalhe do rosto dela.

Como se o dia em que ele veria aquele rosto pela última vez estivesse próximo.

Mas algo mais passava pela mente de Azriel, como se ele estivesse criando uma maneira de salva-lá de sabe-se lá o quê. E aqueles olhos de avelã antes tão desolados começaram a ser preenchidos por uma leve esperança.

— Diga alguma coisa — ele pediu.

Theodosia suspirou.

— O que quer que eu diga?

— Me diga para beijar você.

Theodosia viu as sombras deixando o esconderijo atrás das asas do illyriano, as sentiu tocando seu rosto, seu pescoço, em carícias frias com o efeito calmante que a fêmea só sentia quando estava com elas.

Ela prendeu a respiração.

— Me beije, Azriel... — ele mal a deixou terminar de falar antes de chocar seus lábios contra os dela.

As mãos do Encantador de Sombras finalmente deixaram a parede para serem firmadas nos quadris de Theodosia, a prensando contra si e a madeira, a mantendo o mais próximo possível.

Theo tinha esquecido como soltar o ar dos pulmões quando sentiu os lábios de Azriel se movendo contra os dela. Mal sabia o que estava fazendo, mas sentiu os cachos escuros do illyriano contra os seus dedos, sentiu as mechas macias serem puxadas por entre eles, a nuca fria dele contra suas unhas.

Theodosia sentiu aquele laço começar a se acender entre os dois, uma luz tímida porém brilhante, quente e reconfortante.

Como conseguiu ficar duzentos anos sem Azriel? Sem os lábios dele? Sem o toque dele? Como conseguiu ficar duzentos anos sem ouvir sua voz, sua risada?

Ele a apertou mais entre as mãos grandes, como se estivesse se agarrando a uma energia vital que não era capaz de soltar. Os dedos afundando nos quadris de Theodosia quase doíam, mas ela passou os braços ao redor do pescoço dele, o mantendo ainda mais perto.

Ela não podia soltá-lo. Não podia deixá-lo ir.

A língua de Azriel deslizou entre os lábios de Theodosia. Ela cedeu espaço no mesmo instante. Um som gutural escapou da garganta do illyriano ao mesmo tempo em que ela arquejava contra os lábios dele, os sons se misturando enquanto os dentes se chocavam e as línguas se cruzavam.

Uma das mãos do Encantador de Sombras subiu para o rosto de Theodosia, cobrindo o queixo dela e os dedos se afundando nas maçãs do rosto quando ele afastou seus lábios.

Ele estava ofegante, o peito subindo e descendo, as sombras histéricas ao redor, explodindo no teto e voltando para rodear aos dois, se espalhando pelo cômodo.

Ele se aproximou do rosto dela novamente, o hálito frio de Azriel batendo contra a pele de Theodosia. Ela ainda sentia os dedos dele se afundando em seu rosto, o aperto em seu queixo.

Azriel deixou um beijo lento nos lábios dela, movendo os lábios com suavidade, até a mão começar a se afrouxar no rosto da fêmea.

Ela não gostou disso. Queria que ele a segurasse de novo. Que marcasse seu rosto. Que marcasse sua alma com aquela respiração fria e olhos brilhantes.

Azriel desceu as mãos para as coxas de Theodosia e a colocou por cima de um caixote alto ao lado deles. O baque foi tão forte que o esfregão apoiado na parede caiu no chão, a água dos baldes respingou no piso.

Ele a puxou pelas pernas e Theo as prendeu ao redor do quadril dele, subindo as mãos para o pescoço do illyriano e o puxando para si mais uma vez.

Fogos explodiam atrás dos olhos de Theodosia. Agora aqueles braceletes eram uma benção, porque ela sentia que podia ter incendiado todo o navio enquanto Azriel devorava sua boca.

Ele afastou os lábios para provar seu pescoço, brincando com a língua por cima da veia que pulsava ali, roçando os dentes e fazendo a ruiva choramingar.

O Encantador de Sombras deslizou uma mão pela lateral e segurou seu seio, o punho se fechando por cima da camisa dela. A mão de Theo pousou sobre a dele, a apertando, o mandando usar mais força. O macho sorriu contra seu pescoço, ela conseguiu sentir.

Sua cabeça pendeu para trás quando Azriel lambeu a coluna de sua garganta. Ela arquejou contra ele, seus olhos se fechando e as unhas fincando nos ombros do illyriano.

Azriel voltou a beijar a boca de Theodosia, aquele laço antes tão frágil ganhando mais resistência entre eles.

Ela ergueu a mão e deslizou as unhas por uma das asas membranosas, a altura dos ombros do Encantador de Sombras, no ponto que conhecia bem, que tinha guardado na memória pelos últimos duzentos anos.

Azriel sibilou por cima da boca de Theodosia, as mãos marcadas se deslocando pelo corpo dela. Uma, apertando sua coxa, a outra subindo para seu pescoço.

Theodosia arranhou com um pouco mais de força a asa de Azriel, e assistiu o corpo inteiro dele tremer por um momento. A mão dele apertou seu pescoço, os dedos se fechando sob a pele enquanto os dentes se fechavam no lábio inferior da fêmea.

Theo pulou no lugar, seu coração disparando de susto quando batidas fortes na porta retumbaram pelas paredes.

— Isso é um navio, não um motel! — a voz do Mestre do Navio passou pelas frestas da porta, furiosa.

Theodosia e Azriel se olharam em silêncio, esperando os passos de Froy se afastarem pelo corredor. Quando perceberam que o macho foi embora, começaram a rir.

Azriel soltou uma risada baixa, seus olhos ficando apertados e sorrindo junto com seus lábios, enquanto Theodosia soltava uma risada muito mais alta.

Ele a observou rir, aquele sorriso continuando a brilhar em seus lábios, como se estivesse admirando a coisa mais linda do mundo.

— Eu estou mesmo — ele murmurou, como se soubesse exatamente o que Theodosia estava pensando. — Você é a fêmea mais linda do mundo, Theo.

As bochechas de Theodosia ganharam um tom escarlate conforme ela abria um sorriso. O olhar de Azriel ficou preso em seus lábios, e ele ergueu a mão, deslizando o polegar pelo lábio inferior.

Theo sentiu uma dor leve em sua boca ao mesmo tempo que o gosto de ferro chegava a sua língua. Azriel deslizava o polegar com toda a suavidade do mundo, um pouco de sangue o manchando.

— Sinto muito — ele disse. Theo o dispensou com um gesto de mão.

— Eu não sinto — respondeu ela com um sorrisinho, puxando-o para mais perto antes de indicar o pescoço dele com alguns pequenos arranhões. — E estamos quites.

Azriel soltou uma risada suave antes de deixar mais um beijo doce sob os lábios de Theodosia. E naquele instante, tudo era perfeito. Eles eram perfeitos.

Não havia guerra. Não havia nenhuma muralha de fogo. Não havia Princesinha das Chamas ou Encantador de Sombras.

Tudo o que existia era Theo e Az.

Apenas Theo e Az.


‧₊˚ Esse foi o capítulo de hoje! O que acharam?

‧₊˚ Essa foi a última missão do Az e da Theo juntos. Domingo que vem vamos dar adeus ao Remetente do Mar e ver a Corte Outonal de novo.

‧₊˚ O que acharam do primeiro beijo da Theo e do Az após duzentos anos?

‧₊˚ O próximo capítulo tem uns momentinhos que me deixam muito bobinha, amo esse (quase) casal demais. 🥹

‧₊˚ Uma perguntinha... Vocês leriam uma fic Lucien X fem OC? Comecei a rascunhar uma e pretendo lançar quando FIREBIRD terminar. 👀

‧₊˚ Por hoje, é isso! Mas nos vemos logo <3

——— F.  17 de dezembro de 2023.

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