Um voto inesperado

נכתב על ידי BegoniaInfestante

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[CONCLUÍDA] Após uma discussão acalorada na noite do baile de inverno, Harry inadvertidamente faz um voto per... עוד

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4

Capítulo 5

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נכתב על ידי BegoniaInfestante

Harry na verdade não sabia que bicho o havia mordido para seguir até a estação com Draco. A realidade ainda não havia batido para ele e caminhar rapidamente pelas pradarias era sua maneira de fugir do pânico.

Eles haviam realmente se beijado pela primeira vez. Eles deveriam conversar ou apenas fingir que isso era normal e seguir adiante? Harry acelerou o passo conforme sua mente corria mais depressa. E todos saberiam sobre isso quando ele voltasse, sua plateia dificilmente era avessa à fofoca. Céus. E se eles decidissem que não daria certo depois daquele anúncio entusiasmado dele? O quão estranho seria? O pânico o estava alcançando agora e era difícil sequer enxergar o caminho a diante.

— Harry. — A voz de Draco chamou, mas Harry não ouviu realmente. — Harry! — Ele chamou novamente e Harry finalmente percebeu que o havia ultrapassado em alguns muitos passos.

— Uh. Desculpe. — Ele se envergonhou e esperou que Draco o acompanhasse em seu passo muito mais tranquilo.

— Você está surtando, não está? — Ele praticamente afirmou como um fato. Harry ficou ainda menos confiante em seus sapatos. Mesmo Draco podia dizer que ele não tinha os pensamentos no lugar.

— Eu... Não é um surto. Eu só... Parece que tudo virou de cabeça para baixo de ontem para hoje. Eu não sei como reagir. — Ele deixou seus ombros caírem. — E você parece estranhamente calmo. Calmo até demais. Desde quando você leva a vida com tanta tranquilidade?

— Desde hoje, é claro. — Draco sorriu. — Você está enganado. Tudo não virou de cabeça para baixo. Virou de cabeça para cima.

Harry refletiu por um instante nessa fala e não pôde controlar o pequeno sorriso que surgiu em seus lábios enquanto ele acenava sem olhar Draco nos olhos.

— E eu já tive o meu surto, muito obrigada. — Ele complementou, voltando a andar ao lado de Harry. — Ocorreu mais ou menos no dia do nosso noivado pouco convencional se você quer saber, mas eu lidei com isso com muito mais sutileza.

— Isso... — Harry se lembrou de algo. — Seus amigos... Eles não pareciam surpresos. Você contou à eles antes?

— Não sobre o voto, obviamente, mas contei à alguns sobre nós. — Draco deu de ombros. — Greg e Vince não adivinhariam por si mesmos, mas Blaise provavelmente descobriu antes de mim. E Pans provavelmente teria descoberto antes se não estivesse em negação por um tempinho.

— Talvez eu também devesse ter contado aos meus amigos antes. — Harry conjecturou. — Eles não disseram nada muito contra, mas... Ainda é estranho saber que mantive você como um segredo por tanto tempo, como se fosse uma coisa ruim. — Ele se sentiu mal do estômago enquanto falava.

— Existem segredos bons. — Draco respondeu otimista. — Eu acho. E veja só. Nós vencemos! O cretino com cara de cobra foi desbravar o submundo, e nós ainda estamos aqui. Então não acho que deveríamos fazer nada diferente, ou isso poderia não ter acontecido.

— É uma maneira de pensar. — Harry respirou fundo. — Acho que esse seu otimismo recém descoberto está começando a me infectar. — Ele espreguiçou os braços acima da cabeça como se se preparasse para receber melhor o dia.

— Isso é bom. — Draco se virou e caminhou um pouco de costas, olhando para Harry de frente. — Para onde estamos indo mesmo? — Draco questionou com as mãos nos bolsos.

— Estação... Londres? Hogsmeade? — Harry deu de ombros. — Qualquer lugar longe da multidão.

— Hm... — Draco fez uma expressão de quem estava pensando sobre algo, mas não queria dizer, o que fez Harry querer perguntar.

— O que foi? — Ele expôs sua curiosidade.

— En? Nada demais. — Draco voltou a sorrir. — Já escolheu um lugar? Madame Puddifoot?

Ele provavelmente estava brincando, mas Harry ainda congelou um passo. Não só pela implicação do que significaria ir ao estabelecimento favorito dos alunos enamorados de Hogwarts, quanto também por ele não ter memórias positivas naquele lugar em particular.

— N-não. — Harry gaguejou. — Vamos encontrar outro lugar.

— Eu conheço um lugarzinho em Londres. — Draco acenou com um sorriso de diversão e eles seguiram para a estação um passo de cada vez.

Como esperado, a estação vazia. Draco conseguiu seus bilhetes com o homem magro e bem composto atrás da barreira de vidro e madeira. Era interessante que um funcionário trabalhasse tranquilamente como se o mundo bruxo não estivesse prestes a implodir há poucas horas atrás.

Quando o trem vermelho finalmente chegou, ele estava igualmente vazio. Isso, por sua vez, era desconcertante. O único momento em que o expresso de Hogwarts ficava vazio era logo após sua chegada ou pouco antes de partir. Provavelmente seria um mau presságio vê-lo assim, se não fosse pelo fato de que o mal presságio em pessoa morreu essa tarde pelas "mãos" de seu próprio feitiço.

Eles se sentaram frente a frente numa cabine qualquer, sequer se dando ao trabalho de fechar as portas. O trem ainda demoraria alguns minutos para partir quando o silêncio se tornou insuportável para Harry.

— E seus pais? — Ele perguntou de maneira abrupta e se chutou mentalmente por sua falta de finesse.

— O que tem eles? — Draco ergueu uma sobrancelha parecendo mais divertido do que qualquer coisa e Harry suspirou.

— Digo... Onde eles estão agora e... você... contou pra eles sobre... nós? — Ele precisou reunir toda seu poder mental de "escolhido" para formular essa pergunta.

Draco não respondeu imediatamente. Ele fez uma cara presunçosa por um instante e se apoiou na borda da janela com o cotovelo. Harry provavelmente deveria ir se acostumando com esse cenário.

— Contei à minha mãe. — Draco explicou finalmente. — Ao menos um pouco. Mas isso foi há meses.

Harry se lembrou do comportamento de Narcisa na mansão e percebeu que talvez a mulher não estivesse realmente em dúvida se era ele ou não, mas o estivesse protegendo, como ela fez na floresta.

— Não sei o quanto meu pai sabe. Eu disse que iria ajudar você quando eles me encontraram, mas ele não entendeu muito... Talvez minha mãe conte antes que eu possa. Quem sabe? — O menino loiro deu de ombros como se estivesse despreocupado, mas Harry reconheceu a pequena presença nervosa sobre ele.

— Mn... Entendo. — Harry acenou e desviou o olhar para vencer normalmente o nervosismo de suas palavras. Nesse meio tempo o trem começou a vibrar devagar com o movimento pelos trilhos. Não havia como pular para fora agora e Harry não sabia se devia ser grato por isso. — Eu queria te perguntar... — Ele falou um pouco baixo por não saber se deveria realmente dizer.

— Perguntar o quê? — Draco instigou.

— É só que... Eu não quero que isso soe mal, mas... — Ele tomou coragem e olhou Draco nos olhos enquanto falava. — A verdade é que eu ainda não sei bem o que, exatamente, nós somos. — Draco apenas encarou, o que era a melhor maneira de ativar o vômito de palavras, então Harry tentou explicar. — Bem... Quero dizer. Nós estamos noivos, tecnicamente, mas não é como se tivesse sido um grande gesto romântico nem nada.

— Você não achou romântico? — Draco perguntou soando um pouco ofendido.

— Eh? Não. Não realmente. — Harry recomeçou. — Você vomitou, a gente trocou alguns socos e no final estávamos noivos sob pena de morte... Não acho que... — A expressão de Draco balançou um pouco e Harry percebeu que estava sendo provocado quando o garoto começou a rir, chacoalhando no assento. — Pare com isso. — Harry se empertigou. — Eu estou falando sério.

— Tudo bem. Tudo bem. — Draco ainda teve de controlar as risadas antes de se levantar e se jogar com um baque no assento ao lado de Harry.

Harry não entendeu imediatamente, então não disse nada, apenas observou quando Draco alcançou sua mão direita cuidadosamente com as dele. Ele ainda não falou quando ouviu Draco sussurrar um feitiço de invocação e assoprar suavemente em sua mão, mesmo que ele estivesse bastante boquiaberto com o anel prateado com uma pedra negra ostentosa que surgiu em seu dedo anelar.

— O... — Harry pretendia dizer algo, mas não teve a chance.

— Era o anel de noivado da minha mãe. — Draco explicou e Harry teve suas palavras roubadas novamente por um beijo suave nas costas de sua mão. — Presumo que isso possa ao menos fazer você parar de dizer "tecnicamente".

— C-certo. — Harry encarou a pedra negra que achou logicamente um exagero, mas só conseguia sentir uma coceira engraçada em seu peito. — Então somos noivos mesmo? Sem interlúdios? — Harry deu um pequeno sorriso.

— Mn. — Draco acenou ao seu lado na visão periférica de Harry. — E fazemos coisas de noivos.

— Coisas de noivos? — Harry questionou.

— Sim. Como nos beijar, por exemplo. — Ele mexeu as sobrancelhas e Harry finalmente voltou a encará-lo surpreso. — Nós nos beijamos, não é? — Draco pareceu preocupado.

— B-bem... Eu presumo que sim. — Harry teve tempo apenas de responder antes que Draco se aproximasse e, de fato, o beijasse rapidamente nos lábios.

— E as outras coisas também, claro. — Draco adicionou ainda a menos de um palmo de distância.

Harry provavelmente corou um pouco com a implicação, mas, antes de discutir, ele foi beijado novamente, mais insistentemente, até que sua cabeça encontrasse o vidro da janela do vagão.

A posição deles não era confortável, mas ele não se importou com isso. O primeiro beijo deles tinha sido bom, mas também difícil de desassociar da névoa de adrenalina daquela manhã. Esse era muito mais detalhista, não como um gesto que significava algo, mas como um momento íntimo e prazeroso.

Harry havia começado a pensar sobre isso quando se viu sendo puxado para mais perto e arrastado alguns centímetros, o que significou que agora sua cabeça estava apoiada no acolchoado do assento ao invés da janela. Ele fez um som abafado pelos lábios de Draco e empurrou os ombros dele com o máximo de firmeza que pôde reunir.

— Eu entendi. Entendi. Mas não aqui. — Ele olhou ao redor. Mesmo vazio, era muito estranho dar uns amassos onde ele costumava viajar com centenas de colegas ao longo do trem.

— Sabe que estamos sozinhos, não é? — Draco também olhou ao redor tentando ver o que Harry via e voltou a se abaixar para oferecer outro beijo. Foi um encontro breve antes que Harry empurrasse novamente.

— Eu sei, mas ainda assim. — Sua expressão expunha seu desconforto, então Draco finalmente suspirou e se sentou, puxando Harry consigo, fazendo com que o garoto acabasse quase no colo dele.

Se Harry estava sendo sincero, era bastante difícil dizer não. Draco foi como um ponto quente no mapa para ele desde alguns anos atrás, mas Harry ainda não havia realmente experimentado este calor em primeira mão e não por falta de curiosidade ou desejo. Agora ele podia tocar o quanto quisesse, mas ainda não conseguia se convencer a fazer isso num local tão público, mesmo que vazio. Suas pernas ainda estavam entrelaçadas estranhamente quando uma batida no portal da cabine os fez saltar de surpresa.

— Doces? — A velha senhora que Harry reconhecia bem desde seu primeiro ano perguntou com sua voz arranhada, mas gentil.

— Ah... — Harry de pós de pé rapidamente e remexeu em seu bolso para ver se encontrava alguns trocados perdidos. Ele não levou dinheiro para a batalha, aparentemente, mas queria comprar algo pois a santa mulher sequer piscou ao ver Harry Potter e Draco Malfoy sentados numa proximidade além da fraternal. — Eu acho que se eu... — Ele pretendia usar um feitiço de emergência com sua varinha, mas Draco surgiu detrás dele com um punhado de galeões e os entregou diretamente à mulher.

— Escolha o que quiser. — Ele sorriu um sorriso quase infantil para Harry.

— Obrigada. — Harry pronunciou por educação e encarou o carrinho. — Pode escolher alguns para mim, por favor? — Ele pediu à senhora ao perceber que não era capaz de pensar em opções de doces agora.

A velha mulher encheu um saco de papel com caramelos, sapos de chocolate, feijõezinhos de todos os sabores e mais uma dezena de balas e doces. Harry definitivamente não comeria tudos aqueles, mas não reclamou e apenas aceitou o saco com um aceno agradecido.

— Então não estávamos completamente sozinhos... — Draco acenou gravemente. Harry não revirou os olhos como deveria, mas optou por se sentar do outro lado do corredor, invertendo as posições em que eles se sentaram inicialmente.

— Você quer algum doce? — Harry perguntou olhando sem pensar muito para o saco.

— Huum... — Draco deu de ombros. Harry jogou uma caixa de feijõezinhos nele em resposta. Draco balançou a caixa em sua mão e a abriu com uma expressão curiosa. — Tive uma ideia. — Ele pronunciou enquanto erguia um feijãozinho levemente translúcido entre os dedos no ar.

— Devo ficar com medo? — Harry bufou e desistiu da sacola em favor de Draco.

— Talvez. — Draco moveu o lábio inferior. — Mas só se tiver algo a esconder. — Ele se preparou para lançar a bala pequena para Harry que, imediatamente e sem pensar, entrou no jogo e conseguiu pegá-la na boca com facilidade.

— E agora? — Harry mordeu a bala de exterior firme, mas textura macia no centro.

— Qual o sabor? — Draco perguntou.

— Algodão doce, eu acho. — Harry respondeu ainda sem entender.

— É uma boa, então você pode me fazer uma pergunta. E eu vou responder.

— Você não responderia sem os doces? — Harry provocou um pouco.

— Não tire a graça de tudo, Potter. — Draco revirou os olhos e Harry riu um pouco com a infantilidade.

— Hmm... Qual a sua cor favorita? — Harry perguntou.

— Sério? — Draco o julgou com os olhos. — É essa a sua pergunta? — Harry deu de ombros e Draco mais uma vez pareceu acessar sua exasperação carinhosa por ele. — Azul.

Ele não se aprofundou no tema e jogou outra bala. Harry errou essa, que caiu e rolou para sob os bancos, então ele jogou mais uma. Dessa vez, Harry fez uma careta.

— Cera de ouvido. — Ele jogou o doce pela parte aberta da janela sem pensar muito e mordeu uma barra alcaçuz do saco para apagar o gosto da língua.

— Minha vez então. — Draco sorria um pouco demais para o conforto de Harry. — Você quer ter filhos? — Draco perguntou tão diretamente que ninguém poderia julgar Harry por engasgar quando o alcaçuz desceu por sua garganta de uma vez sem a quantidade de mastigação adequada.

— Essa pergunta não é séria demais? — Ele questionou.

— É? — Draco sorriu um pouco. — Pensei seria bom saber essas coisas que as pessoas normalmente sabem antes de ficar noivas. — Harry não sabia se concordava com o método, mas teve de concordar que era bom discutir esse tipo de coisa.

— Bem... Sim. — Ele foi sincero. — Eu cresci um tanto solitário. Sempre sonhei em ter uma família grande. — Ele se segurou para não compartilhar demais. — E você, quer?

— Não é sua vez de fazer uma pergunta. — Draco ergueu outro feijãozinho e Harry fez uma expressão irritada. O propósito do jogo era, afinal, ter essas conversas importantes. — Tudo bem. — Draco lutou para não rir da expressão de Harry. — Eu quero, sim.

Harry sentiu o alívio inundá-lo com a admissão. Ele não sabia o quão importante era para ele que eles fossem compatíveis nesse aspecto. Ele perdeu três balas em seguida depois disso. Draco apenas riu um pouco até que Harry conseguisse pegar uma vermelho escuro.

— Não sei... Tomate? — Harry deu de ombros. — Não é ruim.

— Então pergunte.

— Certo. — Ele tinha sua maior dúvida na ponta da língua. — Por que você fez o voto perpétuo naquela noite? — A pergunta claramente surpreendeu Draco. Harry não temia ter ofendido, principalmente porque era uma pergunta muito justa e Draco não estava realmente em posição de ofender. — Por favor, não minta. — Ele pediu por temer que Draco se apegasse a meias verdades para não responder.

— Eu não sei ao certo. — O garoto começou e enfiou um feijãozinho na boca, devia ser bom, pois ele continuou falando sem reclamar. — Eu estava bêbado, noivo de Astória, Pansy tinha me beijado do nada e você pareceu lá... — Ele baixou os olhos ainda reunindo suas palavras.

— Está dizendo que você poderia ter feito um voto com qualquer um que aparecesse? — Harry não pretendia que a pergunta soasse tão amarga quanto soou e se arrependeu de perguntar.

— É claro que não. — Draco fez uma careta. — Eu... Só... Estava muito zangado. Com o universo inteiro. Porque você era bom demais para mim e sempre seria. Eu só queria um pedaço para mim, eu acho.

Ele pareceu pequeno enquanto falava e Harry não ousou interromper. A cabine estava escura devido ao túnel da ponte e parecia combinar com o clima no interior.

— Eu sabia que era errado quando fiz. Eu sabia que estava te dando poder para me jogar em Azkaban se quisesse. Mas não pude resistir à ideia quando a tive. — O vagão ficou quase completamente escuro atravessando a montanha, mas Draco não parou de falar e Harry não desviava o olhar da silhueta leve na penumbra. — Eu quis você no momento em que o vi pela primeira vez. E todos me disseram que eu não podia ter. Então eu pensei que deveria apenas tomar. Mesmo que você me odiasse e preferisse me deixar morrer. Era uma oportunidade boa demais para deixar passar. — Ele fez uma pausa significava. — Acho que nunca me desculpei por isso, não é? Eu... Eu sinto mu...

O trem emergiu do túnel com uma explosão de luz ao mesmo tempo que o corpo de Harry colidiu com o de Draco. O garoto de cabelos loiros e olhos marejados fora pego de surpresa e estava paralisado com os olhos arregalados enquanto Harry Potter o beijava, praticamente sentado em seu colo novamente.

Harry estava numa posição péssima para realmente aprofundar o beijo como queria, então ele empurrou Draco para se deitar sobre o banco para que pudesse se apertar melhor contra ele.

— Hm. Minha resposta foi tão boa assim? — Draco questionou quando os lábios de Harry se mudaram para seu pescoço.

— Foi uma resposta horrível. — Harry corrigiu e o calou com outro beijo.

— Então por quê? — Draco tentou falar novamente, quebrando o beijo.

— Porque você conseguiu, seu idiota. — Harry sorriu e beijou as bochechas um pouco coradas de Draco. — Um pedaço para você. — Ele mal terminou de falar quando eles estavam esmagados juntos novamente.

Dessa vez, Draco pressionou sua cintura ainda mais perto e tentou rolá-los. Não havia espaço para rolar, então ele mudou de tática completamente, se sentando com Harry em seu colo e tombando-o com a cabeça para o outro lado.

— Hmm. Espera. E se ela voltar? — Harry interrompeu com um surto de racionalidade.

— Foi você quem começou. — Draco franziu a testa.

— Eu sei, mas... — Harry não precisou terminar de falar antes que Draco sacasse sua varinha e fechasse a porta com um baque, além de baixar as persianas simples de privacidade.

Eles continuaram se esfregando e beijando depois disso, tanto que Harry começou a temer que eles fosse realmente para os finalmentes em um assento desconfortável de trem. Ele com certeza não reclamaria. Já estava dolorosamente duro em suas calças e Draco tinha quadris mágicos que o esfregavam da maneira certa toda vez.

Foi apenas o apito do trem, anunciando a parada eminente, seguido pela desaceleração perceptível que o fez retornar aos seus sentidos. Surpreendentemente, Draco também tinha bom senso e se afastou um pouco para que o ar fresco se infiltrasse entre eles e resfriasse seus corpos.

O brilho mais leve na estação era como uma fina cortina para a modéstia de ambos. Harry estava uma bagunça completa, com cabelos despenteados, lábios vermelhos e inchados, roupas amarrotadas e uma ereção furiosa que teria de se acalmar sozinha. Ao menos ele não era o único. E seus cabelos estavam acostumados a parecer um ninho de pássaros, os de Draco, nem tanto. Ele lutou contra o desejo de rir daquela imagem.

Graças aos céus a estação estava vazia. Havia um ou dois funcionários, mas eles estavam distantes e cuidando de seus próprios negócios, então provavelmente não perceberiam o estado desalinhado de Harry. Eles caminharam pela estação mágica quase vazia e depois pela estação trouxa movimentada de mãos dadas, nenhum dos dois querendo soltar, seguindo pela cidade devagar mas com confiança.

— Vem comigo. — Draco o puxou pelo pulso ao longo de uma rua lateral.

— Para onde estamos indo? — Harry questionou. — Não acho que qualquer estabelecimento bruxo estará aberto hoje.

— Não se preocupe. Me siga.

Draco o guiou por algumas vielas menores que Harry desconhecia completamente, mas a coisa ficou realmente difícil de acompanhar quando eles desceram uma escadaria como a de uma estação de metrô, mas que os levou para um tipo de beco sob a cidade. Harry podia sentir a magia estática no ar que protegia este lugar da percepção dos trouxas.

O lugar era um círculo amplo como uma praça, formado por estabelecimentos charmosos e fechado até o topo com o que pareciam ser quartos como os de um cortiço. Eles se aproximaram da porta verde que provavelmente dava para as residências acima. Draco bateu quase agressivamente demais.

— Murdur! Abra ou vou pessoalmente tornar a sua vida um inferno! — Ele berrou e o eco Sou alto naquela gruta subterrânea. Harry lhe deu um soco leve no ombro em repreensão pelos berros e a escolha de palavras. A maçaneta da porta fez barulho e ela se abriu cerca de uma polegada, o olho de um homem surgiu na festa.

— Jovem mestre Malfoy. — O homem abriu apenas o suficiente para mostrar metade de seu rosto assustado. — O que deseja? — Draco não respondeu imediatamente e o homem abriu cerca de metade da porta, finalmente vislumbrando Harry. — Uh... Você é...

— Sim. Eu e Harry aqui estamos famintos depois de derrotar as forças das trevas e o seu restaurante é o único que está aberto. O que acha de nos servir um prato de espaguete?

O homem ainda estava confuso e com os olhos arregalados. O restaurante ao qual Draco se referia estava claramente fechado, com sua porta verde e vidro fechados e cobertos por cortinas brancas por dentro.

— Nos desculpe por isso, senhor. Não queríamos ser rudes. — Harry apertou o braço de Draco para puxá-lo para longe, mas o garoto loiro tinha sua mais irritante cara de inocente no lugar.

— Espere. Os senhores estão dizendo que... Você sabe quem... realmente foi derrotado? — O homem talvez não acreditasse em meras palavras, mas a presença de Harry era uma evidência difícil de contestar.

— Uhum. A notícia deve se espalhar antes do anoitecer, tenho certeza. — Draco dispensou o assunto com um aceno de mão. — Você tem nossas reservas ou não?

— Ah... Sim senhor. — O homem finalmente saiu do corredor de entrada com um sorriso um pouco nervoso, mas ainda parecendo animado.

Harry não entendia a rudeza de Draco, mas decidiu esperar para ver. O homem devia ter ter seus 50 anos, cabelos lisos e amarelos se tornando grisalhos e um corpo atarracado com uma barriga proeminente. O sotaque dele era diferente, embora não a ponto de ser difícil de entender, Harry não sabia bem de onde era.

O homem tirou um molho de chaves do bolso e destrancou a porta do restaurante com as mãos ainda tremendo um pouco de excitação. Ele foi muito eficiente, embora tenha se atrapalhado aqui e ali, ele baixou as cadeiras de uma das mesas redondas e estendeu uma toalha branca, correndo para os fundos do restaurante, por uma porta atrás do bar.

O restaurante parecia um lugar aconchegante e familiar com as luzes acesas. Era um pouco pequeno, mas provavelmente funcionava com reservas. Harry admirou a arquitetura simples e charmosa com enfeites sutis aqui e ali.

— Como você o conhece? — Harry perguntou um pouco baixo enquanto se sentava quando Draco puxou a cadeira para ele. O homem agora estava berrando nos fundos da propriedade em uma língua estranha, talvez italiano.

— É uma história longa. — Draco também se sentou. — Ele é um amigo da minha mãe, eu diria. Não é particularmente inteligente, mas é um sujeito interessante e um cozinheiro incrível.

— Você foi meio rude com ele... — Harry franziu a testa.

— Ah. Não se preocupe com isso. — Draco acenou com a mão. — O velho vai acabar gritando com a gente antes do fim da refeição. Ele só estava com medo pela Diora antes.

— Diora? — Harry perguntou curioso.

O nome "Diora" foi berrado novamente, desta vez misturado com palavras que soavam muito agressivas em italiano e uma senhorita em seus 15 anos, de cabeça loira e membros longos e magros apareceu de detrás do bar carregando uma bandeja de utensílios em sua mão.

Ela sorriu para os dois e começou a colocar a mesa com eficiência, sem nunca baixar a bandeja. Harry reparou no nariz um tanto longo da menina, mas que ele apenas a tornava mais distinta, embora ela vestisse o que parecia ser um pijama qualquer para ficar em casa e seu cabelo estivesse em um nó bagunçado, ela não baixou seu sorriso em nenhum momento e finalmente baixou a bandeja e pegou um bloco de notas sobre ela.

— Em que podemos serví-lo hoje, mestre Malfoy. — Ela perguntou e isso significava que Draco era provavelmente um cliente regular. — E... Mestre Potter. — Ela sorriu ainda mais. Harry estava acostumado com reações assim de seus admiradores.

— Jantar completo, Diora. — Draco ofereceu à ela um sorriso pequeno. — Comecem pelo começo e impressionem.

— Isso nós sempre fazemos. — Ela riu um pouco.

— Verdade. Mas hoje... — Draco olhou para Harry, depois para ela e fez um gesto para ela se aproximar. A menina imediatamente se aproximou para ouvir o cochicho de Draco. Harry não conseguiu ouvir, mas não é como se o rosto da menina fosse sutil. Ela voltou à postura e olhou para Harry com olhos arregalados, pousando o olhar em sua mão e olhando de novo para Draco. Draco apenas levou um dedo aos lábios num pedido de silêncio.

Harry estava vermelho beterraba quando ela trouxe as velas para a mesa e diminuiu as luzes ao redor. Draco definitivamente tinha uma história que não estava contando à Harry e Harry só podia encarar com desaprovação até que Draco decidisse quebrar o silêncio.

— O quê? — Draco sorriu inocentemente. — Ela não vai contar à ninguém.

— Céus. — Harry não sabia se ria ou chorava. — Pode ao menos me explicar sua relação com essas pessoas?

— En? — Draco apoiou a bochecha em sua mão. — Diora é nascida trouxa. Foi adotada. Murdur pediu que minha mãe conseguisse documentos falsos para ela. Minha mãe pediu para o meu pai e eu meio que ajudei a vender a farsa. Mas acho que eles não precisam mais se preocupar.

— Seus pais ajudaram uma nascida trouxa? — Harry parecia surpreso até demais. — Quero dizer... Talvez sua mãe, mas não posso visualizar seu pai fazendo isso.

— Ele é um homem complicado. Faz praticamente qualquer coisa que minha mãe pede e provavelmente prefere que Murdur lhe deva um favor do que ajudar a "limpar o mundo mágico dos sangues ruins". — Draco deu de ombros.

— Você parece ser próximo dela. — Harry franziu o lábio.

— Ciúmes? — Draco sorriu.

— Isso. — Harry ironizou. — E também me perguntando como você se aproximou de uma menina tão legal com esse discurso de supremacia do sangue.

— É claro que eu não me aproximei pensando desse jeito. — Draco revirou os olhos. — Eu tive um tipo de iluminação após o quarto ano. — Ele olhou para Harry e Harry sentiu que ele era a iluminação sobre a qual estava ouvindo.

— Acho que trouxas são um pouco... sem graça. — Draco usou o termo que julgava ser menos ofensivo. — Mas os bruxos nascidos trouxa adicionam alguma perspectiva à mistura... Não sei.

Harry ia perguntar mais, mas Diora serviu dois pratos com o que pareciam tortilhas recheadas com carne e vegetais. O cheiro era tão bom que Harry sentiu-se salivar. Ela serviu vinho e se afastou um passo.

— Aproveitem. — Ela falou sorrindo, e Harry viu a piscadela que ela enviou a Draco e quase enfiou o rosto em seu prato.

As tortilhas deviam ser a coisa mais deliciosa do universo, mas a sopa que veio em seguida devia ser feita de lágrimas dos inocentes, porque Harry queria chorar só de provar. A conversa deles ficou muito tempo concentrada em elogios à comida e eles até trocaram algumas memórias sobre pratos prediletos e como Harry sabia cozinhar um pouco enquanto Draco contava com sua equipe de elfos domésticos.

Quando o macarrão chegou, Harry literalmente gemeu. A discussão sobre não apoiar mão de obra élfica sem consentimento e boas condições de trabalho nem foi tão sombria como poderia ter sido e Draco meio que prometeu que não haveriam elfos quando eles morassem juntos, então Harry encheu sua boca para não ter de falar por alguns instantes e permitir que suas faces esfriassem.

A sobremesa era um petit gateau. Harry já havia ouvido falar, mas na verdade nunca havia provado e desconfiava que não poderia ser mais delicioso que aquilo. Draco sorriu com os elogios de Harry e ergueu um guardanapo para limpar o sorvete do lábio superior de Harry.

Era uma cena quase perfeita demais. Harry não queria mais sair. Ele sabia que o mundo real não havia desaparecido e que estava apenas em pause, e apenas por pouco tempo. Quando eles saíssem, podia nunca ser tão bom de novo, então talvez eles devessem apenas morar ali naquela mesa. Mas era uma fantasia irreal. Eles precisavam lidar com as mudanças políticas, provavelmente correr atrás de seus diplomas adequadamente, conseguir empregos, se casar, ver o mundo surtar com a notícia e Merlin saberia o que mais.

— Está entrando em pânico de novo. — Draco comentou de passagem. — Sério? Mesmo depois dessa refeição?

— Como você pode dizer? — Harry sorriu levemente.

— Eu sempre posso dizer quando é você. — Draco informou. — O que acha de uma caminhada?

— Eh? B-bom. — Harry respondeu um pouco despreparado.

— A conta, por favor! — Draco chamou um pouco alto, mas não berrando.

Harry teve de admitir que Draco não estava completamente errado. O Murdur veio da cozinha animado, acompanhado por Diora e trouxe consigo um saco de biscoitos recém assados. Harry provavelmente morreria por comer tantos doces, mas não poderia recusar. Disso se seguiu uma onda de reprovação a Draco por aparecer do nada, seguido por um pedido para voltar sempre e mais uma reclamação por ser um moleque mimado que acha que as pessoas podem cozinhar para ele a hora que quiser e agradecimentos por se livrarem de Voldemort e elogios a Harry.

O homem devia ser bipolar ou algo do tipo. Harry estava muito confuso. Ele foi convidado a retornar e pretendia fazê-lo, mas também teve sua barriga beliscada e foi dito que ele deveria comer mais para crescer uma barba. No fim, foi Diora quem os libertou do destino de ser elogiados e repreendidos pelo homem em um ciclo infinito.

A notícia estava definitivamente se espalhando. O sol já estava no alto e mesmo naquela vila subterrânea havia pessoas fora de casa e estabelecimentos abrindo, gente falando alto e com sorrisos no rosto. Harry tentou diminuir sua presença enquanto eles andavam para fora do lugar. A estação não estava mais tão vazia, mas tinha pouca gente, o que ainda era um privilégio. Draco e ele se sentaram à espera do trem.

— Draco. — Harry quebrou o silêncio entre eles.

— Mn.

— Eu realmente quero me casar com você. — Ele informou surpreendendo até a si mesmo. — Eu tenho medo que não dê certo. Admita, nós não tivemos o relacionamento mais convencional. E se decidirmos amanhã ou daqui a dez anos que não damos certo?

Em resposta, Draco apenas alcançou gentilmente a mão de Harry e a segurou na sua com os dedos entrelaçados.

— Isso acontece com todo mundo. — Draco falou baixo. — Também tenho medo de que você decida amanhã que não vai dar certo. Duvido que um voto perpétuo faria você ficar se você realmente não quisesse. Mas eu não pretendo desistir facilmente.

— Eu também não pretendo. — Harry abraçou o braço de Draco e apoiou sua cabeça no ombro dele, apenas porque podia.

— Hm. — Draco suspirou. — Você vai querer um grande evento ou algo íntimo só para família e amigos? — Ele perguntou um pouco fora do assunto.

— Íntimo. Com certeza. — Harry respondeu.

— Errado. — Draco informou. — É claro que o casamento entre os dois bruxos mais proeminentes dessa geração deve ser uma festança.

— O quê? — Harry riu. — Você me perguntou. Não quero repórteres no meu casamento.

— Eu perguntei para te testar. Você reprovou. Eu vou organizar a cerimônia.

— Desde que eu não tenha que entrar montado num unicórnio. — Harry se resignou, mas planejava apelar.

— Não... Num hipogrifo. — Draco riu e Harry riu junto com ele. O trem chegou à estação.

— Isso vai ser uma bagunça... — Harry comentou enquanto Draco o ajudava a se levantar para entrar no trem.

— Quem é Voldemort perto dos terrores do matrimônio? — Draco falava com humor, mas Harry entendeu o que ele dizia. Foram 7 anos combatendo o bruxo mais perigoso que já viveu. Ele podia lidar com qualquer coisa depois disso.

A viagem de volta foi relativamente tranquila. Com Harry apoiado no ombro de seu noivo, Draco com a cabeça sobre a de Harry e ambos um pouco hipnotizados encarando suas mãos unidas no centro. O anel grande, cafona e maravilhoso no dedo de Harry encarando-os de volta. Era bom conversar e aprender um sobre o outro, mas o silêncio também era agradável e Harry não percebeu quando caiu no sono enquanto ouvia Draco explicando o porquê sua avó paterna tinha proibido as futuras gerações de criarem cães na mansão sob pena de maldição. Foi um descanso muito bom.

2 anos depois

— Ó, Merlin! Me diga que já está pronto. — Hermione entrou em seu quarto como uma tempestade, vestida em lilás e com uma flor rosa no ombro do vestido.

— Eu já estou pronto há muito tempo. — Harry riu do desespero dela. No fim, eles conseguiram segurar a notícia sobre o noivado até quase o fim do 8° ano deles em Hogwarts, as reações foram mistas, mas, após o choque inicial, Hermione foi o braço direito de Draco em tudo que se referia à cerimônia de casamento.

— Céus, o bolo finalmente chegou, mas esqueceram os docinhos e tem pelo menos umas 15 crianças entre os convidados, os docinhos são necessários. — Ela parecia estar superaquecendo um pouco, então caiu no sofá ao lado de Harry e deu um suspiro longo e deliberado para se acalmar.

— Você não pode surtar mais do que eu. — Harry a abraçou com o braço esquerdo. — É o meu casamento.

— Eu sei... — Ela sorriu, finalmente relaxando os ombros. — É que vocês são tão acelerados em tudo... Num dia estão apaixonados e no outro já se casam. Eu não consigo me preparar adequadamente.

Harry riu para não chorar. Ele sabia em seu coração que seu relacionamento tinha na verdade um ritmo muito estranho, mas sinceramente não queria passar mais nem um dia sem estar casado com Draco.

Era natural que todos sentissem que eles estavam indo rápido demais, Ron foi quem mais se preocupou quando a notícia veio à tona, mas mesmo ele cedeu após alguns dias e uma conversa com Draco à qual Harry não teve acesso. Talvez fosse mais certo dizer que Lucius ofereceu a maior oposição, mas isso se pareceu mais com irritação confusa num dia e aceitação hesitante uma semana depois da perspectiva de Harry.

Toda a coisa com Voldemort também não ajudou. Houveram funerais, prisões, testemunhos, multas e reformas, tudo somado à voltar a ser um estudante e a iminência de seu casamento . Harry estava surpreso por tudo estar finalmente perto do fim. Ele só queria abraçar seu marido e desaparecer em suas núpcias até perder a noção de em que mês estavam.

— Ei. — Astória entrou, também sem bater, e encontrou os dois sentados calmos lado a lado. — Já está pronto?

— Estou sim. — Harry sorriu e ficou de pé.

— Céus... tinha que ser um grifinório. — Harry se ofendeu, mas a jovem não lhe deu tempo para pensar, ela literalmente arrancou seu lenço e jogou por cima do ombro, substituindo por um que julgava mais refinado e removeu a flor em seu colarinho apenas para prendê-la dois centímetros acima. Ela claramente só estava fazendo ajustes e Harry foi paciente em aceitar ser puxado aqui e ali.

Ela havia se tornado uma boa amiga, no início ele pensou que poderia restar alguma animosidade por ele estar se casando com o ex-noivo dela, mas na verdade foi o oposto. A garota pareceu quase desmaiar de alívio, depois disso foi fácil para eles se tornarem mais próximos, na verdade seu relacionamento com Draco lhe rendeu muitos amigos sonserinos e Harry gostava disso.

— Está na hora. — Gina abriu a porta, novamente sem bater, para anunciar. — Estão prontos?

— Sim. — Harry respondeu em uníssono com Hermione e Astória.

Ele na verdade não sabia o que esperar da cerimônia, suas opiniões foram ouvidas apenas superficialmente durante os preparativos, mas ele já podia se considerar impressionado. Ron e Hermione entraram como padrinhos, assim como Blaise e Pansy. Harry tinha de esperar sua vez e apenas ouvir a música enquanto segurava o antebraço do sr. Weasley. Draco entraria com sua mãe e Harry entraria com Arthur.

Ele esperou com impaciência, seu pé batendo num ritmo acelerado. Então uma mão tocou a sua no braço do sr. Weasley e Harry encontrou o olhar encorajador do homem sorrindo para ele, que o lembrou do quão feliz ele estava e o fez relaxar. Quando a música no violino mudou, era a vez deles. Eles esperaram lado a lado diante das portas de entrada e quando se abriram ele viu apenas draco.

Ele esperava em seu manto negro com uma gravata prateada como seus olhos. Não havia mais ninguém. Harry caminhou sem medo e aceitou aquela mão com um sorriso. 

É isso, leitores meus! O fim dessa saga emocional... Me perdoem por demorar tanto para postar a conclusão desta história, eu estava cursando meus últimos semestre de faculdade, mas não deixei de me sentir culpada um dia sequer. Agora que estou livre, a criatividade voltou a querer passar tempo comigo, então talvez nos vejamos mais.

Toda a minha gratidão à minha amada leitora beta @Saturecolor, ela tem a paciência de um monge e é uma ótima fonte de informações e inspirações.

Por fim, caso se pergunte como a história decorreu daqui em diante, eu gosto de pensar que eles tiveram 3 ou 4 filhos, Draco trabalha com poções, Harry e Ron são aurores e Hermione é a ministra da magia responsável por colocar ordem na casa e oferecer direitos trabalhistas aos elfos domésticos. Mas isso sou só eu kk😅

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