Velas Negras • MonSam

By Heartflwrbr

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Após a morte de seu pai Edward Teach, um dos maiores e mais respeitados piratas da região do Caribe, Mon assu... More

Introdução
Personagens - Os Negros
Personagens - O Bordel
Personagens - Os Vermelhos
1. O Pior da Minha Vida
2. Decisão Tomada
3. O Acordo
4. Seguir curso!
6. O Resgate
7. A Garota da Família Rival
8. Defesa
9. Inconsequência
10. O Julgamento
11. Visitas Inesperadas
12. Vontade
13. Motivos
14. Lidando com os sentimentos?
15. Não é porque eu te odeio que eu não posso mais beijar sua boca
16. A Dançarina
17. Brincando com Fogo
18. Cartas na Mesa
19. Buscando Respostas
20. Traição...?
21. Decisões Difíceis
22. Aliança
23. Afogando-me
24. Fatos e Conexões
25. Você é Bem Vinda.
26. A Última Noite
27. Traidores
28. Guerra

5. Atitudes Inesperadas

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By Heartflwrbr


Kornkamon Teach

Acordo com o som das ondas azuis do mar indo e vindo na faixa de areia branca. As gaivotas no céu, voavam agitadas e vez ou outra davam flecheiros no mar, pescando peixes.

Me mexo um pouco, mas sinto algum peso sobre meu corpo, então abro o olho e noto a perna da Samanun sobre a minha perna e seu braço passando por cima da minha barriga, como em um abraço. Acho estranho sua proximidade daquela maneira, tendo em vista o jeito hostil pelo qual sempre fui tratada por sua parte, porém não posso negar que o calor do seu corpo e a pressão que ele fazia com seu peso sobre o meu era muito confortável. Fico alguns minutos imóvel sem saber como me portar, porque eu tinha a noção que assim que recobrasse a consciência, ela iria renegar tudo aquilo e se afastaria como se eu tivesse lepra.

Minha cabeça doía um pouco pela ressaca do rum, mas também ainda pela pouca quantidade de líquido que havia ingerido ontem. Respiro um pouco mais forte e sinto seu corpo se mexer levemente. Olho para seu rosto e seu globo ocular começa a se mover em baixo de suas pálpebras ainda fechadas, mas assim que ela abre, seu olhar encontra o meu imediatamente.

Logo nos primeiros segundos, ela mantém seu olhar profundo em mim e permanece assim, sem se mover. Nos olhamos por alguns vários segundos, até eu resolver quebrar o silêncio.

- Você parece estar bem confortável entrelaçada no meu corpo, para alguém que prometeu manter distância ontem à noite. - Falo e então ela parece despertar do seu transe matinal dando um pulo e se afastando de mim rapidamente. Não consigo não gargalhar da sua reação porque eu havia imaginado que fosse exatamente do jeito que foi.

Muito previsível, Samanun.

- Me, me desculpa. Eu--

- Corta essa Sam, somos duas adultas e eu sei que você também sente atração por mim. Está tudo bem em ter se aproveitado de mim durante a noite. Eu também teria me aproveitado de você, se eu não tivesse apagado de tanto cansaço.

Ela solta o ar em aborrecimento.

- Deixa de ser idiota, Kornkamon. Eu já te disse que não existe possibilidade da gente acontecer. - Ela aponta com o indicador pra mim e para ela. - . Tira seu cavalinho da chuva e eu também já falei para não me chamar de Sam.

- Engraçado falar isso agora, mas ontem quando te beijei você não reclamou. - Seu rosto fica vermelho e sua boca se abre, mas ela não emite nenhum som.

Aproveito a deixa e dou as costas indo embora.

- Eu vou pescar alguma coisa pra gente comer, se você puder procurar mais água seria bom. - Falo pegando meu punhal e andando pela areia fofa em direção ao mar.

Sua resposta não vem mais e eu não viro para ver seu semblante, mas muito provavelmente sua boca continuava aberta sem saber o que responder. Porque a questão é que era a completa verdade, ela bradava para os quatro cantos daquela ilha o quanto nos odiava e queria distância, que éramos inimigas, que ela nunca ficaria comigo e mais um monte de baboseira. Quando a pego de surpresa e faço minha aproximação dando um beijo, ela fecha os olhos e retribui o selinho.

Eu tinha feito aquilo de propósito, por dois motivos: primeiro porque eu queria irritá-la (o que parece não ter surtido efeito) e segundo porque eu precisava avaliar se realmente ela tinha aquele ódio todo por mim quanto ela clamava ter. E aparentemente, não tinha.

Ando poucos metros até o mar, quando a escuto gritando de onde estava.

- Eu estou indo até o cume daquela montanha, como falei ontem!

Me viro para olhá-la e ela já estava com suas botas nos pés e sua faca em mãos.

- Você só vai perder tempo! - Respondo e ela permanece parada me olhando, então vem até mim com passadas rápidas e uma expressão um pouco impaciente.

- Perda de tempo é ficar aqui na praia bebendo rum, Kornkamon. Eu só não fui ontem porque já estava escurecendo, mas eu pretendo tentar fazer alguma coisa para sair daqui. Você nem mesmo sabe o que tem do outro lado.

- Eu não vou perder a pouca energia que tenho para ir para o cume de uma montanha, porque em breve minhas tripulação vai me achar. É muito mais proveitoso ficar aqui e procurar comida.

- Você vai ficar sentada esperando sua tripulação lhe achar? Que idiotice.

- E você vai fazer o que?! Ir nadando de volta até Nassau?

- Eu vou tentar fazer alguma coisa. Pode ser que não dê em nada--

- Não vai dar. - Interrompo sua fala com os braços cruzados e a expressão entediada.

- Mas pode ser que dê! - Ela me ignora e finaliza o que estava dizendo, com raiva na voz.

- Se alguém chegar para nos resgatar e você estiver embrenhada na mata, eu vou dizer que você morreu e vou embora daqui sem você. - Assim que termino de falar, tenho vontade de rir da sua expressão incrédula. E mais uma vez a deixo sem palavras.

Ela cruza os braços raciocinando o que fazer. Ela olha para a montanha e volta a olhar para mim, eu tinha uma expressão divertida e ao mesmo tempo desafiadora no rosto.

- Você não teria coragem...

- Será? - Levanto uma sobrancelha.

- É impressionante o dom que você tem de fazer eu ter vontade de voar no seu pescoço.

- Ai que delícia Sam, eu gosto também. - Abro um sorriso safado e ela explode.

- Vai a merda, Kornkamon! - Ela vai embora puta da vida enquanto eu desato a rir, observando ela entrar na mata.

Volto então ao meu plano original que seria o de pescar alguns peixes, eu começava a ter bastante fome novamente. Mas já que a sem noção se negava a fazer trabalho em dupla, eu teria que procurar água pra não morrer de sede. Começo a andar pela praia, procurando alguma garrafa cheia que tenha vindo pelo mar, proveniente da explosão, mas a única coisa que eu encontro é uma garrafa cheia apenas de água do mar. Provavelmente perdeu a rolha até chegar aqui, deixando escapar todo o líquido que estava dentro.

Eu não tinha nenhuma outra saída que não fosse entrar na mata também procurando água, o que iria tomar muito mais do meu tempo. Então eu pego a garrafa, tiro a água salgada esvaziando-a e começo a entrar pela mata, procurando algum riacho. Ando por alguns quilômetros, sempre utilizando o sol para me situar e não acabar me perdendo. Cerca de duas horas depois eu finalmente encontro o riacho. Meu corpo já estava quente de tanto andar no sol escaldante e minha garganta completamente seca pela sede. Corro até a água doce que corria devagar e encho rapidamente a garrafa, trazendo sedenta para minha boca e entornando todo o líquido o mais rápido que podia. Depois que sacio minha sede, resolvo entrar de roupa e tudo para refrescar o calor.

A água mais fria que meu corpo, rapidamente alivia a quentura desconfortável que minha pele e minhas roupas carregavam. Mergulho na água cristalina e relaxo minha musculatura cansada pelas horas andadas procurando água.

Permaneço ali no riacho quase uma hora e só saio porque minha barriga roncava de fome e eu ainda teria várias horas de caminhada de volta para, então poder comer. Saio de dentro da água, minha roupa pingando incessantemente. Encho novamente a garrafa e enquanto o fazia, percebo que haviam vários peixes ali mesmo no riacho, então resolvo tentar a pescaria onde eu estava, para ganhar tempo.

Após mais algumas horas, consigo apanhar três peixes médios e começo a fazer o caminho de volta. Mais duas horas depois eu chego de volta ao nosso "acampamento" e percebo que a Sam ainda não havia voltado. Olho o céu para tentar avaliar aproximadamente que horas eram, o sol estava a pino, revelando que deveria ser por volta de meio dia ou uma hora da tarde. Ela deveria estar chegando no cume agora, talvez ainda demorasse um pouco para voltar.

Inicialmente me preocupo um pouco, mas depois jogo aquele pensamento para longe, ela tinha querido ir até lá, então ela que bancasse a ideia idiota dela. Eu não era babá de ninguém, fora que ela era grandinha o suficiente para saber se manter. Não era que ela a caçadora? Pois que procurasse caçar e se alimentar.

Trato o peixe todo e depois reacendo a fogueira para assá-lo. Assim que ele assa de forma minimamente aceitável, eu o devoro de uma vez e resolvo guardar os dois outros peixes para depois, deixando-os para o jantar.

Nesse momento me deito em uma sombra e observo as nuvens. Meu corpo estava quente novamente devido à andada pelo sol. O suor escorria pela minha testa, mas a brisa que corria me dava uma sensação de alívio. O sono pós almoço e o cansaço me abatem, então fecho os olhos um pouco e acabo pegando no sono e acordo no susto porque não queria baixar a guarda, algum navio poderia passar e eu precisaria agir para que me vissem aqui, de forma que tenho a ideia de ir nadar no mar. A água daquela costa era cristalina e azul, a areia era fina e branca, o visual era muito bonito. O sol naquele momento já dava sinais de que, em breve iria escurecer, deveria ser por volta das quatro da tarde, então como eu não poderia arriscar que minhas roupas não secassem a tempo antes de escurecer, eu as retiro e me lanço nua na água salgada e morna.

Samanun Every

Meu estômago clamava por comida, mas eu tinha decidido que não iria parar para comer no caminho porque iria perder tempo. Não me daria ao luxo de perder algumas horas caçando e comendo, porque eu não queria arriscar nem por um momento perder a luz do dia enquanto fazia aquele percurso. O sol era um aliado forte para me situar durante minha caminhada, se ele se pusesse antes de eu conseguir voltar, provavelmente eu teria que dormir na mata para esperar o outro dia. Seria arriscado ficar andando pela mata sem saber a direção correta, de forma que eu iria ficar em perigo e muito exposta, eu não sabia qual era a fauna local, não sabia de nada daquela ilha. Então no final das contas a única parada que fiz foi para beber água em um riacho que encontrei no caminho e encher as duas garrafas que tinha levado para o percurso.

Ou seja, não iria arriscar. De forma que já faziam muitas horas que eu estava andando por entre a mata tropical fechada e úmida. Meu corpo estava exausto e eu só queria chegar de volta.

O percurso até a montanha de nada serviu, o que me incomodava um pouco lá no fundo do cérebro porque a Kornkamon estava certa, só serviu para eu gastar minhas energias, mas eu não iria assumir isso para ela nunca. Já bastava o tanto que ela era cheia de si.

A única coisa que eu consegui ver de cima da montada era mata e mais mata. Aparentemente a ilha não era muito grande, mas de nada serviria ir para o outro lado dela já que havíamos chegado por uma ponta e se alguém fosse nos salvar, seria por aquele mesmo trecho de areia. As chances de isso não acontecer eram mínimas e nos separar para ficar cada uma em um extremo da ilha não era uma opção muito inteligente, de forma que eu voltei da minha excursão derrotada, exausta e com fome.

Assim que finalmente passa pela fronteira da última vegetação antes da faixa de areia da praia começar, passo os olhos no nosso acampamento e não vejo nem sinal da Kornkamon. Aquilo me deixa em alerta, ela realmente poderia ter ido embora e me deixado. Isso que dava confiar em inimigo, eu havia baixado a guarda por alguns poucos momentos e isso tinha acontecido.

Meu coração começa a bater mais rápido pelo vislumbre de ter sido deixada na ilha e de, possivelmente, ser dada como morta e nunca mais virem me buscar novamente. Corro os olhos desesperadamente pelo nosso acampamento e começo a correr até próximo à cabana improvisada, mas muito bem feita, diga-se de passagem.

A fogueira ainda tinha brasas em chamas, o que indicava que ela havia sido acesa recentemente. Enrolados em uma folha de bananeira haviam dois peixes tratados, prontos para serem assados e mais ao lado, na areia fofa, roupas.

Me aproximo daquela montanha de roupas negras e noto que indubitavelmente eram as roupas da Kornkamon. Meu cérebro da um nó, o que poderia ter acontecido com ela, para ela estar sem roupas? Olho ao redor e não encontro mais nenhum sinal dela, até que varrendo o local, avisto seu corpo nu tomando banho de mar.

Ela estava de costas para mim, virada para o sol que começava a se pôr e deixava rastros laranja e rosa no céu. A lâmina de água cobria seu corpo até pouco acima da altura de sua bunda, mais ou menos no seu cóccix. O balanço da água fazia seu nível subir e descer, às vezes revelando quase o início do seu glúteo.

Seu cabelo castanho molhado caía por cima das suas costas definidas. As gotas de água do mar corriam pelo seu corpo e a água refletia as cores vibrantes do por do sol, impossibilitando ver qualquer coisa abaixo dela.

Então em um movimento rápido, ela mergulha novamente no mar, me tirando dos meus devaneios. Passo a mão pelos cabelos e então coço minha nuca, sem jeito. Eu estava observando seu corpo haviam alguns minutos e eu poderia ter sido pega, se ela não tivesse de costas distraída.

Então novamente ela volta à superfície e dessa vez ela me vê.

- E então, encontrou o que do outro lado da ilha? Um navio atracado esperando você para voltar à Nassau? - Ela fala cínica.

- Você nunca vai saber o que eu encontrei, se eu tiver um plano para ir embora, saiba que você não está incluída nele. - Falo enquanto ando pela areia fofa, me aproximando da água onde ela estava.

Nesse momento a altura da água estava um pouco acima dos seios os encobrindo, mas assim que começo a chegar próximo, o reflexo que a água fazia dos raios do sol no céu ficavam menos evidentes e eu noto o quanto a água era transparente, deixando todo o seu corpo à mostra. Subo meu olhar rapidamente, encontrando sua expressão divertida e uma sobrancelha levantada.

- Você estava na areia me observando sem eu perceber, Samanun? - Ela pergunta ainda com a mesma expressão divertida.

- Eu tenho mais o que fazer, Kornkmanon. - Falo coçando minha cabeça, mas minha voz falha por alguns milésimos de segundo, traindo o que eu falava e seu sorriso se abre de vez.

- Não acha que você é pouco grandinha para estar vendo mulher pelada escondida?

- Cara você não consegue parar de ser babaca? - Falo me irritando de vez e viro as costas para voltar ao acampamento. Eu sentia meu corpo completamente exausto, naquele momento o meu nível de cansaço era muito maior do que o da fome, eu só queria poder me deitar um pouco.

- Para com isso, Samanun, eu estou só brincando. - Ouço o barulho do seu corpo saindo da água. - Você é muito fácil de tirar do sério, não tem nem graça.

Continuo andando para próximo do nosso acampamento, enquanto ela me seguia nua atrás.

- Eu vou caçar alguma coisa, não comi ainda. Te vejo na volta. - Continuo andando a passos rápidos de volta para a mata.

- Samanun, deixa de ser idiota! - Ela grita, andando atrás de mim, até que ela me alcança e puxa meu braço virando para ela. Utilizo todas as forças que eu tinha para manter meu olhar em seu rosto. - Eu pesquei alguns peixes, comi um e deixei outros dois para a gente comer. Não precisa você voltar à mata agora, já está escurecendo.

- Não precisa, eu vou caçar alguma coisa e volto assim que der, obrigada. - Faço que vou embora, mas ela novamente me segura impedindo meu movimento. Meu olhar cai rapidamente no seu corpo, mas volto a olhar para seu rosto.

- Sam, você está claramente exausta e em uma hora estará completamente escuro. Deixa de ser cabeça dura e orgulhosa e vem logo. Eu vou reacender a fogueira e asso os peixes para a gente comer. Eu descansei um pouco durante a tarde, posso fazer isso.

- Eu percebi o quanto está à vontade. - Falo coçando minha nuca e olhando para o lado, eu estava muito desconcertada. Não é como se eu nunca tivesse visto uma mulher pelada, a questão é que nutrir ódio pela Kornkamon era muito mais fácil quando ela estava vestida.

- E eu percebi o quanto está sem graça só porque estou pelada. Você é virgem por acaso?

- Eu vou ignorar sua pergunta. Pode colocar uma roupa agora, por favor? - Eu continuava olhando para qualquer coisa, que não para ela.

Ela então começa a se aproximar um pouco mais de mim, puxa meu queixo e me faz olhar para ela. Eu sentia meu coração batendo na minha orelha.

- Tá com medo de ceder ao que seu corpo tanto quer, não é? É por isso que não quer nem me olhar. - Ela segurava meu queixo com força mantendo meus olhos nos seus. - Admite que você quer olhar meu corpo.

Meu olhar desce sem que eu tenha mais força de vontade de controlá-lo, varrendo cada centímetro da sua pele, ela tinha um corpo que parecia que havia sido modelado por alguma mão. Era esguio e sua musculatura levemente marcada. Seu abdome tinha leves entradas e pequenos delineamentos dos músculos por baixo da pele.

Mas antes que eu começasse a me perder naquela armadilha, minha mente retoma a sanidade e eu volto a olhar o seu rosto.

- É dessa maneira que você ganha batalhas? - Pergunto com um ar triunfante e assim que ouve minhas palavras, vejo a raiva lhe abater as feições pela primeira vez.

- Vá se foder, Samanun. - Ela me empurra para longe de si e se afasta com pressa, indo até o montinho das suas roupas que estavam na areia. Ela começa a se vestir rapidamente, enquanto eu a observava.

Talvez eu tivesse feito o juízo de valor errado? Talvez não fosse uma estratégia e ela realmente tivesse interessada?

Balanço a cabeça e tento afastar aqueles pensamentos conflitantes porque eu começava a ficar um pouco confusa. Eu cresci ouvindo que deveria manter distância dela e de toda sua família, porque eram traiçoeiros, eles queriam o poder da ilha para eles e que fariam qualquer coisa para isso. Eu cresci ouvindo histórias de como eles passaram nossa família para trás, de como tentaram suplantarmos nos ataques aos navios e como isso culminou em uma onda de violência, mortes e, por fim, uma batalha naval entre o navio do meu pai e o navio do pai dela.

Minha cabeça estava programada para odiá-la e mantê-la longe de mim. E aqui estava eu, tendo que conviver com ela 24 horas por dia. E essa convivência começava a me pregar peças, achá-la bonita não era o suficiente, eu começava a achá-la gentil e agradável. Começava a achar atraente a forma segura de si que ela tinha e encontrá-la sem roupas tão próxima de mim e perceber a maneira como eu iria facilmente ceder aos meus desejos carnais me fez acender uma luz vermelha, eu não podia cair naquelas armadilhas.

No entanto, ver como ela havia ficado ofendida com o que eu acabara de falar, tornava a deixar confusa minha cabeça. Ela realmente tinha um plano para me envolver e me manter por perto, para então ter o que queria ou aquela pessoa era ela mesmo e não havia nenhuma intenção ruim por trás de seus atos?

Me mantive no mesmo local, enquanto minha cabeça não parava de repassar pensamentos e analisar seus atos, enquanto ela estava longe de mim, terminando de colocar suas roupas.

A observo de longe, ela estava muito irritada. Eu não sabia como agir naquele momento, deveria pedir desculpas ou eu estava certa em tentar me proteger? Decido por continuar me mantendo longe, sem me aproximar dela naquele momento.


Kornkamon Teach

Eu estava puta da vida porque eu realmente estava interessada. Eu tinha atração física por ela desde o momento que havia visto naquele dia no Bordel, e depois que eu dei o selinho e ela "retribuiu", ficando claramente confusa por ter gostado do beijo, me deixou com mais vontade ainda de ir mais afundo naquilo.

Eu não tinha planos para que ela diminuísse a guarda, eu não tinha o menor interesse que ela gostasse de mim para que eu pudesse fazer algum coisa com ela, ou o que quer que fosse que estivesse passando na cabeça da Samanun naquele momento. Além do mais, eu tinha minhas habilidades e minha inteligência, eu não precisava usar meu corpo para "vencer batalhas", era completamente ofensivo que ela sugerisse isso, principalmente ela também sendo uma mulher.

Isso havia me irritado de uma forma muito profunda e tinha servido para que eu decidisse me afastar dela de uma vez por todas. Eu não precisava dela para nada, o único motivo de eu querer algo dela seria realmente por atração e nada mais. Então se ela pensava aquilo de mim, ela que se virasse sozinha de agora em diante.

Termino de colocar minhas roupas e vou até o local onde eu tinha "armazenado" os peixes que eu havia pescado e que eu não tinha mais nenhuma intenção em dividir com ela, diga-se de passagem. Eu havia os deixado prontos para assar, de forma que eu só precisava acender a fogueira novamente e colocá-los no espeto. Então começo a procurar por mais madeira para encher a fogueira.

Ando de um lado para o outro, colhendo madeira seca enquanto percebo que ela me observava.

Então quando estou abaixada, acendendo a fogueira, ela se aproxima de mim.

- Eu não sei direito o que dizer ou o que pensar. - Ela fala.

- Então melhor não dizer nada. - Respondo secamente. Eu não estava afim nem de ouvir sua voz naquele momento.

Ela inspira fundo e passa a mão no cabelo, jogando-os para trás. Eu já havia notado que ela costumava fazer aquilo quando estava um pouco nervosa ou inquieta e eu devo confessar, embora estivesse muito irritada com ela naquele momento, achava muito charmoso quando ela fazia aquilo.

- Desculpa se interpretei mal seus movimentos. - Ela fala por fim e eu paro o que estava fazendo e me ponho de pé, olhando em seus olhos.

- Você é cega por um ódio que nem você mesmo consegue explicar. Vivemos em paz e não existe nenhuma necessidade de você achar que seremos inimigas mortais por toda a eternidade. - Falo o que estava entalado na minha garganta desde o momento que a encontrei no Bordel e ela foi hostil comigo, sem nem mesmo eu ter feito nada.

- Passei a minha vida inteira ouvindo o quão dissimulados e perigosos vocês são. Que eu não deveria me aproximar de nenhum dos Negros, que vocês podiam a qualquer momento me passar para trás para assumir de vez o controle da ilha.

- Sabe o que é bizarro nisso tudo? - Ela faz que não com a cabeça e eu continuo. - Meus pais me criaram sabendo sobre todo o passado da ilha, de violência e da rivalidade de nossas famílias, mas diferentemente do seu pai, ele sempre me passou a ideia de que aquela rivalidade estava encerrada a partir do momento que foi selado o Acordo de Paz e enquanto nós o respeitássemos, não haveria necessidade para ódio gratuito. No entanto, você o quebrou primeiro e eu que quero passar você para trás?

Ela parece pensar nas minhas palavras e em determinado momento ela franze o cenho, como que se deparando com alguma informação que a deixasse confusa.

- Você esperava que eu ficasse de braços cruzados aguardando que meus suprimentos acabassem e os meus passassem fome? Que se dane o Acordo de Paz, se necessário fosse eu o quebraria novamente, contanto que eu estivesse protegendo minha família e as pessoas que dependem de mim para viver.

- Então acho que eu que deveria temer a aproximação com você, se você verbaliza com tanta tranquilidade que quebraria o Acordo de Paz de novo e de novo, me passando para trás. Você teme que eu te passe para trás, sendo que quem fez isso foi você comigo.

- Eu não te passei para trás! - Ela se irrita e se aproxima de mim.

- Ah não? E o que você acha que fez, ao atacar um navio que já estava sendo atacado por mim? - Olho em seus olhos de maneira desafiadora. Estávamos bem próximas agora e ambas as respirações eram aceleradas.

- Você não precisava daqueles suprimentos!

- Não queria dizer o que eu preciso ou não preciso, você não tem o direito de decidir isso por mim. As regras são simples e você não as cumpriu!

Ambas falávamos alto naquele momento, em uma discussão que havia tomado rumos acalorados.

- Você poderia, pelo menos uma vez na sua vida parar de olhar para o próprio umbigo e entender que estávamos prestes a passar fome?! - Nossas testas quase encostavam, de tão perto que estávamos.

- Você é uma idiota completa se acha que nessa história toda, eu que estou sendo a egoísta.

- Você não sabe o que é passar necessidade, sempre viveu em berço de ouro.

- Ah e você não?! Coitada de você, a filha do capitão de um dos maiores grupos de piratas da região. Tanta necessidade você deve ter passado. - Falo irônica.

- Por mais que eu tente, eu não consigo deixar de sentir um ódio intenso por você. - Ela fala entre dentes.

- Tá sentindo ódio porque sabe que eu falo a verdade. - Sua respiração estava tão próxima que eu sentia o ar quente batendo no meu rosto.

- Você fala o que dá na cabeça, eu não acredito em uma só vírgula do que fala.

- Você deve ter algum grau de esquizofrenia, porque até quando eu só estou dando em cima de você, me atirando nua na sua frente, você acha que isso tem alguma coisa a ver com a guerra entre nossas famílias.

Ela então me puxa pela nuca e me dá um beijo forte, com raiva. Eu sentia por seus lábios quentes o tanto ódio e desejo que ela tinha naquele momento por mim. Seus lábios esmagavam os meus enquanto sua mão passava da minha nuca para os meus cabelos, enrolando os dedos neles e os puxando.

Sua boca cede passagem para a minha língua entrar, sua mão puxava meu cabelo e apertava minha cintura com força. Ela me puxava contra seu corpo de uma maneira bruta, como se tivesse se segurado de fazer aquilo há algum tempo e agora estava extravasando seus desejos.

Minhas mãos descem para a sua bunda, aquela bunda deliciosa moldada em calças apertadas que ela fazia questão de usar e que só me deixavam com mais tesão pelo seu corpo.

Sua língua respondia à minha dentro de nossas bocas, em uma dança deliciosamente quente. O ardor que ela causava enquanto puxava meu cabelo só me acendia ainda mais. Ela parecia ter sede da minha boca, porque era evidente que ela não queria parar e eu também não.

Eu tinha raiva dela naquele momento, mas isso não me fazia querer me afastar, parecia surtir o efeito contrário. É como se meu desejo por ela só aumentasse e ela se portava como se sentisse a mesma coisa. Estávamos prestes a nos fundir, nossos corpos estavam completamente colados, ao passo que ela apertava minha cintura e me puxava para mais perto.

Meu coração batia acelerado, até que o beijo para e ela se afasta rapidamente uns dois passos para trás e volta a passar a mão nos cabelos. Sua boca vermelha e um pouco inchada, sua respiração acelerada.

Ela coloca a mão na cintura e olha para o mar, que àquela hora da noite não passava de uma ampla escuridão que refletia a lua brilhante no céu escuro. Ela respira fundo e então olha para mim. Eu não conseguia conter um sorriso de canto de boca pelo beijo misturado com tesão e raiva que havíamos dado. Meu corpo estava em chamas e eu transaria com ela naquele momento sem piscar duas vezes.

- Vai finalmente admitir que sente atração por mim o tanto que eu sinto por você? - Pergunto de forma desafiadora. Ela respira fundo, tentando normalizar sua respiração.

- Você é gostosa Kornkamon--

- Eu sei disso.

- E eu odeio a forma que você me deixa com vontade de tomar seu corpo, quando na verdade eu queria distância.

Levanto uma sobrancelha.

- Você tem que decidir se quer tomar meu corpo ou se quer distância. - Falo com divertimento na voz.

- Até a maneira que se diverte com minha raiva, me deixa com mais raiva ainda. - Ela volta a dar passos em minha direção.

- Eu me divirto porque é claro o que você quer e é engraçado ver você lutando contra isso. - Ela me puxa pela minha blusa, me trazendo mais pra perto dela. E eu olho para sua mão, fazendo aquele gesto - Em uma batalha claramente perdida.

Ela tenta me beijar de novo, mas eu desvio a boca e ela me olha confusa.

- Você acha que pode me beijar sempre que quiser? - Seus braços estavam enrolados na minha cintura, me prendendo próxima a ela. Sua expressão de irritação pela maneira que eu defleti seu beijo demonstrava que ela não esperava por aquilo.

Ela me segura pelo queixo, de uma maneira parecida como eu havia feito com ela momentos atrás.

- Eu acho que posso te beijar agora, porque eu sei que você também quer.

- Não é assim que a banda toca, Samanun. - Seu olhar era profundo nos meus olhos, e sua mão continuava segurando forte meu queixo, mas não de uma maneira ruim. - Você tem que pedir, verbalizar que quer.

- Me dá um beijo, Kornkamon. - Ela fala entre dentes.

- Não. Eu quero que você verbalize, vamos Samanun, não é tão difícil dizer que me quer, é só dizer.

- Eu não te quero. - Ela fala e eu ponho as mãos nos seus ombros, me afastando dela, mas ela aperta seus braços na minha cintura e não deixa eu me mover. - Eu não deveria te querer. Mas eu te quero para caralho, aqui e agora.

Então ela me puxa para o beijo de novo e dessa vez eu não desvio, correspondendo o beijo quente que ela me dava. Sua mão volta para o meu cabelo, apertando o couro cabeludo de uma maneira deliciosa.

Andamos nos beijando até próximo à cabana e então ela me empurra na cama improvisada, se deitando por cima de mim com pressa. A pressão que seu corpo fazia sobre o meu e o seu calor naquele momento que a temperatura começava a cair por causa da noite, me eram muito confortáveis.

Ela puxa minha camisa negra por cima da minha cabeça, mas por algum momento a camisa prende em alguma coisa e ela não consegue completar o movimento então ela põe as duas mãos na gola da camisa e a rasga completamente. Olho surpresa a minha camisa completamente aberta, dando a visão do meu dorso, e então olho seu rosto.

- Você tem noção de que eu não tenho exatamente uma mala com roupas aqui, não é?

- Cala a boca. - Ela fala e volta a me beijar com raiva. Seus beijos começam na minha boca, mas logo ela passa para minha mandíbula, perto do meu queixo e ela morde o local. Seus movimentos urgentes procurando por mais e mais do meu corpo, só me deixavam mais quente e eu sentia o sangue pulsar no meu nervo enrijecido de tesão.

Suas mãos voam para meus seios cobertos pelo sutiã, mas a peça não impede suas mãos de passar por baixo do tecido e irem direto na minha pele, apertando-os. Sua língua lambe o local entre meus seios e os aperta novamente, puxando meu sutiã para baixo e expondo meus seios. Assim que eles ficam expostos, ela leva sua boca quente até um dos meus mamilos e os chupa com vontade.

Sua boca envolvia quase que toda a extensão do meu peito, sua boca aberta para abocanhar o máximo que dava e sua língua dentro, lambia meu mamilo duro. Então então diminui a abertura da sua boca, sugando meu mamilo com força. Aquilo causa um ardor local que só deixava a sensação mais gostosa.

Passo as minhas mãos por seus cabelos lisos e negros, embrenhando meus dedos por entre os seus fios e puxando seu rosto contra meu peito. Eu queria mais de sua boca no meu mamilo.

Ela chupava com vontade, vez ou outra mordiscando-os. E sempre que ela estava com a boca em um seio, ela fazia questão de estimular o outro mamilo com os dedos. Sua boca sobe para a minha clavícula, enquanto suas mãos trabalhavam nos meus dois seios, e então ela morde o local, sugando a pele em seguida. O local com toda certeza iria ficar marcado, mas eu não me importava com aquilo agora, eu estava cega de desejo e a urgência com que ela se mexia me tomando para ela só me dava mais tesão.

Ela desce sua boca pela extensão do meu abdome, lambendo a pele por todo o caminho, deixando um rastro molhado. Com a ponta da língua ela contorna a borda do meu umbigo. Eu estava desesperada por ela me dar algum alívio, meu centro estava mais molhado que o oceano naquele momento e ele pulsava descontroladamente, eu precisava de algum alívio.

Desço minha mão e a passo por dentro da minha calça, alcançando meu clitóris que implorava por atenção. Ela então percebe meu movimento e tira rapidamente minha mão dali, abrindo meu cinto, minhas calças e puxando de uma vez, junto com minha calcinha, me deixando completamente nua.

Ela então observa meu corpo com o mesmo olhar de desejo que ela havia me observado antes quando fingia que não queria me ver pelada. Ela então em um movimento rápido retira suas roupas e volta a se deitar por cima de mim. O contato da sua pele macia no meu corpo era muito agradável. E sem demora, ela desce sua boca até minha boceta, com dois dedos ela abre meus grandes lábios, expondo meu clitóris para sua língua lamber livremente.

Assim que sinto sua língua áspera em contato com meu nervo, solto um gemido alto que parte de dentro da minha garganta sem eu controlar.

- Eu sabia no momento que eu te vi, que você seria uma delícia na cama, Samanun. E eu não estava errada. - Falo em um fio de voz, enquanto ela me chupava sem nenhuma cerimônia.

Suas mãos apertava minhas coxas enquanto sua boca dava beijos de língua na minha buceta. Levanto meu tronco para ter a visão de sua cabeça entre as minhas pernas. Se nossos pais sequer sonhassem que bastava ter duas filhas lésbicas para acabar com a briga das famílias, eles já teriam resolvido aquilo há muito tempo.

Minhas pernas se apoiavam em seus ombros, enquanto sua cabeça fazia movimentos entre minhas pernas, me chupando e me dando o oral mais sedento que eu já havia recebido.

Ela não trabalhava sua boca apenas na cabeça do meu clitóris, ela usava toda a extensão dele, descendo sua língua, causando sensações diferentes a cada centímetro que ela chupava.

Ela levanta a cabeça, me olhando. O redor de sua boca brilhava com o líquido que escorria de dentro de mim. Ela então começa a me dar prazer com os dedos, passando sua mão pelas minhas dobras, mas sem me penetrar. Enquanto usava suas mãos, ela mesma troca nossas posições, me colocando por cima de si e fazendo meus joelhos apoiarem no colchão improvisado com folhas de coqueiro, me pondo para sentar gostoso nos seus dedos.

- Eu poderia mandar fazer uma pintura com sua visão sentando nos meus dedos, enquanto rebola e seus peitos balançam. - Ela fala isso enquanto seus olhos escorriam desejo, me observando. Eu tinha minhas mãos nos seus ombros, enquanto ia e vinha nos seus dedos.

Puxo seus cabelos, fazendo ela olhar para mim e então lhe dou um beijo, sentindo o gosto da minha própria buceta na sua boca. Aquilo era enlouquecedor, meu gosto nos seus lábios enquanto ela me fodia gostoso com seus dedos certeiramente dentro de mim.

Minha boca desce para seus peitos, o gosto da sua pele era delicioso. Seu cheiro misturado com o sal do suor que começava a nascer dos seus poros, pela transa que conduzíamos ali naquela ilha.

Ela tinha sua mão esquerda dentro de mim e a direita ela mantinha na minha cintura, me apertando e guiando meus movimentos, mas assim que começo a chupar seus peitos, ela leva sua mão direita para meus cabelos e sua cabeça cai para trás gemendo baixo.

Eu percebia que ela também precisava de alívio, então sem sessar meus movimentos com o quadril, eu desço minha mão dominante para sua boceta encharcada. Seu clitóris estava completamente duro. Assim que toco meu dedo na ponta do seu nervo inchado, ela volta a gemer baixinho.

Eu lhe dava prazer, enquanto rebolava na sua mão cada vez mais rápido, ao ponto que sentia meu orgasmo chegando.

- Você pode até ser uma idiota, mas é uma idiota muito da gostosa. - Ela fala entre suspiros, enquanto eu tentava manter meus movimentos em sua boceta, mas em determinado momento não consigo continuar com coordenação motora suficiente, então levo minhas duas mãos para seus ombros e aumento o movimento do meu quadril, mas assim que removo a mão de seu centro, ela nos vira novamente, me colocando deitada e desce com rapidez sua boca para minha buceta e volta a me penetrar com seus dedos. Ela me chupava forte enquanto introduzia seus dedos em mim e quando estavam lá dentro, ela dobrava as pontas atingindo meu ponto G.

Gemo alto, me desfazendo em uma onda de choque que percorre todo o meu corpo. Ela retira seu dedo de dentro de mim e volta a introduzir de uma vez, me pegando de surpresa, prolongando o orgasmo.

Meu corpo permanece naquela sensação absurdamente boa. Minha boceta fechava e abria ao redor do seus dedos e ela continuava a me chupar, até que finalmente o orgasmo cessa e uma onda de relaxamento atinge todos os músculos do meu corpo.

- Senta na minha cara. - Falo, pegando-a de surpresa.

Ela me olha como se não tivesse entendido o que tinha ouvido.

- Vem Sam, senta aqui. Eu quero te chupar. - Volto a falar e ela atende, sem verbalizar nada. Ela então se levanta, coloca um joelho de cada lado da minha cabeça e se abaixa, encostando sua boceta na minha boca. Minha língua dura a penetrava vez ou outra, e voltava a lamber e a chupar seu clitóris.

Minhas mãos espalmam sua bunda e apertam, fincando as unhas na sua carne com força.

- Ai filha da puta, isso dói. - Ela fala irritada, mas não parava de rebolar na minha língua. Tenho vontade de rir, mas não conseguia naquele momento, então volto a fazer o mesmo. - Ai, Kornkamon, porra!

Ela tinha dor, mas não parava de se deliciar em cima da minha língua.

- Vai, me chupa gostoso assim, que você vai aceitar as alterações que eu quero dos termos, ainda com o gosto do meu gozo na sua boca. - Assim que ela fala aquilo, eu saio de baixo dela e troco nossas posições, me colocando por cima.

Desço a mão para a sua boceta de novo que tão desesperadamente clamava por mim, enquanto a outra mão vai para seu pescoço.

- Você vai precisar me fazer gozar muito mais vezes se acha que me comendo uma vez eu vou fazer o que você quer.

A imagem da gente transando com raiva era muito sensual. Eu estava sentada em cima dela, com minha mão na sua boceta e a outra no seu pescoço a enforcando.

Ela levanta o tronco levemente, puxando meu cabelo e me deixando em uma situação um pouco mais submissa, me fazendo olhar para ela.

- Que esses termos vá pra puta que pariu, Kornkamon. - Ela fala e então me beija novamente, empurrando o lábio forte contra o meu, sua língua invade minha boca, retribuo o beijo e a penetro com meus dedos, ela geme na minha boca. Ela finaliza o beijo, dando uma mordida no meu lábio inferior até sangrar.

- Ai, filha da mãe! - Reclamo, levando uma mão até meu lábio e vendo que um fio fino de sangue escorria.

- Me fode forte, Kornkamon. - Ela manda e eu aumento as estocadas na sua boceta, fazendo ela gemer novamente e inclinar a cabeça para trás, colocando à mostra seu pescoço. - Assim! Você faz muito gostoso...

- Vai, elogia o sexo com sua maior inimiga. Tá vendo como você se entrega a mim por uma boa transa?

Desço meu tronco e abocanho seu pescoço, retribuindo o chupão que ela havia dado na minha clavícula e depois levo minha boca até o lóbulo da sua orelha, mordendo o local e diminuo as estocadas, retirando meus dedos de dentro dela e roçando no seu clitóris.

- Implora por mim vai, Samanun. Implora pra que eu te foda até você gozar que nem uma passiva, gemendo meu nome. - Falo ao pé do seu ouvido.

- Não para, porra. - Ela reclama, com raiva.

- Assim não, você tem que pedir bem educada. - Dou um leve tapa em seu rosto e ela sorri safada. - Gosta quando eu te bato assim né, filha da puta?

- Gosto mais quando você me fode forte. Para de enrolar, Kornkamon.

Eu passava meu dedo bem de leve no seu clitóris, dando prazer, mas não deixando ela gozar.

- Você vai me pedir com carinho?

- Por favor. - Ela fala por puro desespero.

- Você pedindo assim como uma menininha obediente, eu te dou o que você quiser. - Desço minha boca chupando ela, enquanto volto a penetrá-la com força e rapidez.

- Isso, isso. Não para! - Ela fala, enquanto arqueia o tronco, joga a cabeça para trás e com uma das mão ela empurra minha cabeça, aumentando o contato com seu centro.

Mais alguns segundos e ela goza forte na minha boca. Continuo por mais alguns momentos o movimento com minha língua no seu centro, até que seu corpo cai relaxando.
Saio de cima dela, enquanto ela recobrava sua respiração. Ficamos em silêncio por alguns minutos até que ela quebra o silêncio.

- Eu estou faminta. Não comi nada o dia inteiro. - Ela finalmente fala e sinto uma pontada de pena por ela, me levantando e ficando sentada para olhar seu rosto.

- Meu Deus, Sam, é verdade!

- Você poderia me dar um dos peixes que pescou? Não sei se teria forças para caçar agora. - Ela pergunta sem graça, mas com o olhar suplicante.

- Sim, claro! Eu os guardei para a gente jantar. - Me levanto nua e a brisa fresca passa pelos meus ombros. Automaticamente procuro minhas roupas, passando as mãos pelos meus dois braços, tentando me esquentar.

- Pode pegar me sobretudo. - Ela fala se levantando.

- Não, tá tudo bem. Eu vou acender a fogueira. - Eu falo, tentando procurar minhas roupas, mas então se aproxima de mim, colocando seu sobretudo nos meus ombros.

- Para de ser teimosa, você tá morrendo de frio.

- Obrigada. - Falo fechando o sobretudo ao redor do meu corpo, para me esquentar. Ela então coloca uma calcinha e sua camisa e vai até a fogueira.

- Você nunca sente frio? - Pergunto enquanto me aproximo. Ela estava abaixada, passando um pequeno graveto em cima da madeira, tentando acender o fogo.

- Muito dificilmente. - Ela fala rindo da minha pergunta. Finalmente o atrito da madeira com o graveto começa a dar resultado e em poucos segundos, começamos a ter uma chama considerável.

Nesse momento eu já tinha os dois peixes nos gravetos e então começamos a assá-los. Enquanto esperamos pelo ponto dos peixes, sentamos próximas à fogueira, como fizemos na noite anterior.

- É uma pena que não tenhamos achado uma outra garrafa de rum. - Comento e ela faz que sim com a cabeça.

- Tem razão. Se bem que do jeito que eu estou exausta, dois goles seriam o suficiente para que eu desmaiasse de vez e só acordasse amanhã.

Esperamos cerca de dez minutos e os peixes ficam prontos para comer e nós os devoramos. Como metade do meu e ofereço a outra metade para ela. Eu havia comido mais cedo e achava que ela precisava mais do que eu. Ela aceita de bom grado, o que era um milagre. Talvez sua fome estivesse tamanha que ela agradece sem pestanejar.

- Vamos dormir? - Ela fala, assim que termina de mastigar o último pedaço.

- Vamos. - Respondo e então levantamos em silêncio até a cabana.

Nos deitamos próximas. Eu tinha seu sobretudo por cima do meu corpo, me protegendo do frio e ela estava apenas de calcinha e sua blusa branca. Em poucos minutos ambas pegam no sono.

---------------------

O sol já estava super quente, quando finalmente recobro minha consciência. Abro meu olho e observo sua posição, deduzindo que deveria ser por volta das oito horas, o que era muitíssimo tarde.

Ao meu lado Sam dormia profundamente, apenas com sua camisa e uma calcinha, enquanto eu estava nua apenas com seu sobretudo cobrindo meu corpo. Memórias da noite anterior invadem minha mente e um pequeno sorriso brota no meu rosto.

Transar com a Sam tinha sido uma ótima surpresa que eu não imaginava que poderia acontecer. Ela era muito boa de cama, eu tinha que admitir.

Me espreguiço um pouco e resolvo me levantar, mas assim que fico em pé, avisto um navio de velas negras e casco escuro no horizonte. Era o Concorde, eles haviam me achado! De lado, um pequeno bote já estava no mar e algumas pessoas, que pela distância eu não conseguia distinguir quem era, já remavam em direção à ilha.

Viro novamente para a Sam, que continuava dormindo profundamente e começo a me tocar nos trajes inapropriados que usávamos e a felicidade de ver o navio é trocada pelo desespero de acordá-la o quanto antes, precisávamos nos trocar antes que chegassem na ilha.

- Sam! - Corro até seu corpo imóvel e toco nela, para acordá-la. Ela abre os olhos rapidamente e me olha surpresa.

- O que foi?! - Ela pergunta assustada.

- O Concorde chegou para nos resgatar. - Ela troca seu olhar de mim e vira para o mar, olhando com uma expressão aliviada.

- Meu Deus, finalmente! - Ela fala tranquila e me olha sem entender meu desespero.

- Samanun, levanta a gente tá nua!

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