𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐎𝐑𝐋�...

Galing kay kyarymzk

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• ꒰ Não... falar? ꒱ ˎˊ˗ Melissa Sanchez, uma adolescente de 15 anos, vive em um mundo de silêncio devido a um... Higit pa

୨💌୧ prólogo, dedicatória e trailer
୨💌୧ O garoto dos tênis amarelos
୨💌୧ Olhos castanhos
୨💌୧ Pode me chamar de Bill
୨💌୧ Minha própria arte
୨💌୧ O Tokio Hotel
୨💌୧ Ready, Set, Go!
୨💌୧ Fotógrafa silenciosa
୨💌୧ Por que você me beijaria?
୨💌୧ Senhorita apaixonada
୨💌୧ Chamada de voz
୨💌୧ Ponto de partida

୨💌୧ Pinceladas misteriosas

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Galing kay kyarymzk


Eu acordo de manhã cedo, tão sonolenta que quase caio da cama. Engatinho até a janela e abro suas cortinas.

Meus olhos entreabertos são imediatamente atingidos por feixes de luz.

O sol está começando a raiar no horizonte, iluminando meu quarto com uma luz suave. Sem perder tempo, eu me levanto e corro até o espelho do banheiro para começar minha rotina de arrumação.

Pego cuidadosamente meu uniforme, a blusa branca com a saia azul marinho. Os visto, sentindo o tecido, agora confortável, sobre minha pele.

Enquanto penteio meus cabelos castanhos, observo meu reflexo no espelho e abro um sorriso delicado.

Dou uma última olhada em meu reflexo, satisfeita com o resultado. Desço as escadas de minha casa para tomar café.




Entro no ônibus com meus fones de ouvido e dou um sorriso tímido para o motorista, cumprimentando-o. Vou ao encontro do quarto assento e me acomodo.

Uma música do Tears For Fears começa a tocar em meus fones, ecoando em meus ouvidos e me fazendo vibrar internamente.

Enquanto a melodia envolvente preenche meus sentidos, eu fecho os olhos e me perco em meus próprios pensamentos.

Observo a cidade passando pela janela do ônibus, enquanto me deixo levar pela sinfonia de possibilidades que aqueles acordes trazem para mim.

Meu coração se enche de esperança e euforia enquanto imagino todos os desafios e aventuras que o dia reserva para mim.




Sou uma das primeiras a descer do ônibus. Caminho calmamente em direção ao prédio da escola, até que lembro que é segunda-feira, dia de culto na igreja. Confiro o horário no celular. Faltam seis minutos para ele começar.

Alguns alunos ainda estão parados por ai, papeando. Tento caminhar mais rápido, em direção à minha sala de aula.

Eu caminho apressada pelos corredores da escola, minha mente cheia de pensamentos e planos para o dia. Estava com pressa para chegar ao culto, afinal, era um dos momentos que eu mais aguardava na semana.

Com um pouco de distração, de repente, sinto um impacto no meu ombro. Meus olhos se abrem abruptamente e percebo que esbarrei em alguém.

Antes que eu possa me desculpar, vejo tintas e pincéis caídos ao meu redor, espalhando caos no chão.

Momentos de silêncio se seguem enquanto a cena se desenrola diante dos meus olhos.

Meu coração dispara de preocupação. Me afasto, com passos para trás, olhando ao redor o estrago que fiz.

Desesperada, olho para a pessoa com quem acabei de colidir.

Me deparo com um garoto de estilo alternativo, puxado para o emo. Seus cabelos escuros são bem cortados, mas ele usa uma maquiagem negra nos olhos, e está todo de preto.

Seu rosto iluminado pela surpresa e pelos traços de pintura colorida que o atingiram.

Nossos olhares se encontram por um momento, e posso sentir o constrangimento e a frustração neles.

Sem pensar duas vezes, me abaixo rapidamente para o ajudar a recolher tudo.

Pego alguns potinhos de tinta, enquanto o garoto continua parado em minha frente, com as duas mãos tapando a boca, somadas à uma expressão de surpresa e susto.

Com as mãos cheias de tintas, ao mesmo tempo que pegava os pincéis do chão, sinto um sorriso de desculpas escapar.

Abro a boca para falar algo, mas me sinto tão nervosa e culpada que minha voz não sai. Meu rosto, ficando ainda mais vermelho de vergonha.

Ele me olha diretamente nos olhos por alguns segundos, com um sorriso gentil.

— Acontece... — Diz, com uma voz tranquila, como se lesse meus pensamentos. — Nem eu estava prestando atenção por onde estava indo.

A hospitalidade e compreensão preenchem o ar enquanto continuamos a juntar as tintas e pincéis.

Com cada objeto recuperado, o clima tenso dá lugar a uma sensação de camaradagem.

Quando acabo de ajudá-lo, faço um gesto de despedida e sigo meu caminho até a sala de aula. Trancada.

Não vejo outra opção a não ser deixar minha bolsa no chão. Coloco meu celular no bolso do casaco e saio do prédio, seguindo a estrada de pedras até a igreja.




— Onde você estava? Achei que tivesse se perdido! — Exclama Alice assim que me vê.

Quero responder, porém não consigo. Ela me guia até o local onde está sentada com Ada. Por sorte, há um lugar livre ao lado da garota.




As primeiras aulas foram tranquilas. Eu fazia os exercícios, mas havia algo de errado. Sentia-me observada. Mesmo olhando para os lados, cada um estava na sua, no seu próprio mundinho.

Até que, quando estou respondendo a algumas perguntas de história, me viro rapidamente e flagro um menino me encarando de longe.

Ele está sentado na frente de Bill, e apenas desvia o olhar.

Não parece muito interessado na aula, muito menos em fazer as atividades, então o observo brincar com sua caneta, a girando entre os dedos.

Agora que já me dispersei, continuo a encará-lo.

Os raios de sol que atravessavam as janelas faziam seus cabelos castanhos parecerem um tom de ruivo, enquanto seus olhos acinzentados contracenavam com o moletom negro.

Quando a professora se levanta de sua cadeira, rapidamente volto aos meus exercícios, como se nada tivesse acontecido.

No meio a explicação de Viviane sobre o conteúdo da prova, minha mente se volta ao pintor misterioso.

O quanto ele era desenhável, e como foi simpático, mesmo eu tendo derrubado suas tintas e nem sequer ter conseguido abrir a boca para pedir desculpas.

A aparência dele era um tanto intrigante. Parecia mais velho, então chego à conclusão que talvez fosse do terceiro ano.

Nunca achei que me libertaria de uma escola cheia de zés droguinha e acabaria em outra, esbarrando com um emo e derrubando as tintas dele. Minha eu do início do ano não iria acreditar.



Quando estou andando pelos corredores no intervalo, sinto um braço se entrelaçar no meu. É Bill.

Por um segundo, passa-me pela cabeça perguntá-lo sobre um dos dois garotos misteriosos de minha procura, mas deixo a ideia de lado.

Mesmo em silêncio, percorrendo o trajeto até a cantina, sinto que meu novo amigo me observa, pelo canto dos olhos.

Chegamos e, juntos, avistamos Tom acariciando os cabelos loiros de uma garota. Bill rapidamente dá meia volta.

— Você tem irmãos? — Pergunta, se agarrando mais ao meu braço.

Por incrível que pareça, gosto de quando ele se agarra mais a mim, mesmo não sabendo explicar o porquê. Assinto para a pergunta dele. Bill torce a boca.

— Ah, sinto muito. — Fala, em um tom brincalhão.

Estamos indo até as mesas do pátio, e o pintor passa por nós. Percebo que seu olhar está assustado e ele está carregando uma caixa metálica na mão direita.

Rapidamente, solto o braço de Bill e começo a segui-lo.

Sem pensar, não olho para trás, para ver a reação de meu amigo, apenas vou.

O sigo pelos corredores, tentando acompanhar seus passos.

Ele sobe as escadas, após passarmos por um corredor com pouca luz.

Até que enfim, chegamos a algum lugar.

A biblioteca.

Passo rapidamente por ele e me escondo em um corredor, de livros de psicologia. Pego um livro na prateleira e o abro, para disfarçar.

Entre os livros, consigo espiar o garoto. Ele deixa sua caixa em cima da mesa, e de dentro dela, retira um caderno de capa cor de madeira e uma lapiseira. Abre o caderno e começa a fazer alguns rabiscos.

Me assusto quando o livro de psicologia cai de minhas mãos, fazendo um estrondo. Sem hesitar, abaixo para pegá-lo e espio o menino entre os livros.

Ele está olhando para minha direção.

Volto o olhar para o objeto em minhas mãos e me ajoelho no chão, fingindo arrumá-lo em meio aos outros.

O pintor volta sua atenção para seus rabiscos, o que me faz suspirar aliviada.

Mas, uma ideia faz "plim" em minha cabeça.

Pego meu celular e abro a câmera, apontando-a para o garoto.

Tiro algumas fotos dele para, mais tarde, analisá-las melhor.

Depois de colocar aquele livro em seu devido lugar, saio da biblioteca sorrateiramente, como se nada tivesse acontecido.



Andando rapidamente, encontro Bill comendo sozinho, em uma mesa no meio do pátio. Quando me aproximo, abro um sorriso para ele, que não hesita em retribuir.

— Onde você estava? — Ele pergunta, quando me sento.

Quando vou tentar responder algo, o sinal toca.




Eu gosto de escrever, mas a gramática não é meu forte.

Ainda mais quando se trata daquelas milhares de orações que te atingem como um tufão quando você entra no primeiro ano.

Mesmo em minha antiga escola, já não aguentava mais aquelas orações disso e daquilo.

Mas, para minha sorte, Lívia passou uma atividade em dupla.

Me viro cuidadosamente na cadeira para olhar para Bill, que já estava olhando para mim, por algum motivo.

Meus lábios se curvam em um sorriso discreto, e ele retribui, com um bem simpático.

Dias já se passaram desde que fizemos nossa primeira atividade juntos, então já nos acostumamos (mais ou menos) com o jeito um do outro.





— Você lembra o que a Lívia disse que era substantivo preposicionado? — Pergunta Bill, quando estou refletindo sobre a vida e a existência ao invés de me concentrar nos exercícios.

Dou de ombros, me sentindo um tanto envergonhada por não saber a resposta. Ele ergue a mão, chamando a professora. Tira sua dúvida e continuo em meu próprio mundinho de pensamentos e reflexões.

Até que meu celular vibra na mesa.

Eu e Bill nos encaramos e ele sorri.

Assim que o pego, é uma notificação do grupo da sala. Uma mensagem de Alice.

Baixo a foto e uma onda de vergonha me atinge.

Alice tirou uma foto minha e de Bill, e desenhou um coração em volta.

Ah, meu Deus.

Bill se aproxima, os olhos espiando a tela do celular.

— Vai se ferrar, Lice! — Ele grita, em uma altura razoável, para que não chame a atenção da professora.

Alice ri, junto com Ada. Coloco as mãos sobre as bochechas, as sentindo muito quentes.

Meu celular vibra novamente e tenho medo do que está por vir.

Pego-o e me deparo com metade da sala dizendo "eu shippo!!", principalmente as garotas.

Rapidamente deixo o eletrônico na mesa e mal posso olhar para o lado.

Como vou olhar para a cara de Bill agora?

Por alguns instantes, achei que ele ficaria envergonhado, bravo, ou algo do tipo, mas o garoto está apenas rindo, com a mão apoiada no queixo.

O lanço um olhar preocupado, e ele apenas continua rindo. Até que passa o braço ao redor de meus ombros, me puxando para perto.

Sinto meu corpo inteiro ferver.

— Ah, que fofo! — Elogia uma voz feminina, que quando me viro, percebo que é a garota que estava tendo os cabelos acariciados por Tom mais cedo.

Ela está com o rosto apoiado nas mãos e me lança um sorriso simpático. Volto meu olhar para Bill, o qual já acabou de rir.

— Meu Deus, esse povo inventa cada coisa! Não é, Mel?

Me sinto aliviada quando percebo que ele não levou aquela brincadeira a sério.

Mas, algo me diz que talvez ele tenha gostado daquilo.

Assinto, sorrindo um pouco, tentando entrar na brincadeira.

— Vai dizer que eles não combinam, Lice? — Questiona a mesma garota loira de momentos atrás.

Arregalo os olhos e volto meu campo de visão à Alice. Ela olha para mim, depois encara a garota.

— Sim!? Ah, por favor, eles são tão fofos!

Minhas bochechas ardem ainda mais. Tento me lembrar que é apenas uma brincadeira quando encaro Bill, que está franzindo o cenho. Ele me lança um sorriso bobo e revira os olhos.





Há dias que tenho me questionado como a garota de cabelos negros e lábios avermelhados era tão popular. Não me esquecera de seu rosto desde o dia que ela esbarrou em mim, algum tempo atrás.

Pelo o que eu havia observado e escutado por ai, seu nome é Yasmin e ela é bem reservada, tanto que não ouvimos sua voz em nenhum momento durante as aulas.

Às vezes nos encaramos pelos corredores e ela sorri para mim, o que criou uma primeira impressão bastante simpática.

Mas agora, estou parada em frente a porta de nossa sala de aula, na saída, a vendo conversar com o pintor. E eles parecem bem próximos.

Até que Bill e seu irmão passam por mim.

— Você não vem? — pergunta o garoto de cabelos negros.

Apenas o encaro, depois volto a olhar para Yasmin e o menino.

Os dois trocam olhares, como se não entendessem o que tinha acabado de acontecer. Logo, Tom faz um sinal para Bill andar. Assim, eles seguem caminho para sair do prédio da escola.

Quando o pintor se despede de Yasmin, sinto que é agora ou nunca.

Eu preciso falar com ela e descobrir quem é esse garoto.

Junto todas as minhas forças e coragem para ir até a garota.

Me aproximo, passo reto por ela, que muda de direção e vai ao encontro de uma moça de cabelos cacheados.

Vou em direção ao ônibus, não acreditando que fiz isso.

Melissa Sanchez só tem 10 no boletim, mas não consegue falar com as pessoas.

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